Jovens desenvolvem tecnologia que reduz desperdício de água e previne vazamentos

O desperdício de água é uma das maiores preocupações da população mundial, seja por sua escassez, uso indevido ou desperdício. Segundo a Sabesp, pode existir uma perda de até 30% do volume de água entre as bombas do fornecedor e os hidrômetros dos consumidores.Foi pensando nisso, que alunos do último ano de Engenharia Elétrica e Engenharia Eletrônica do Instituto Mauá de Tecnologia desenvolveram um novo modelo de hidrômetro visando um melhor controle, gerenciamento de distribuição de água e mitigação de vazamentos.

O projeto propõe o uso de tecnologias inovadoras como a nuvem, Inteligência Artificial, LoRa e IoT, reduzindo perdas de água e gastos com manutenção de tubulações. Análises das condições de vazão tornarão possível prevenir falhas e vazamentos que hoje são dificilmente detectados, gerando assim uma economia monetária e contribuindo com uma maior sustentabilidade.

Este projeto já está sendo testado dentro do campus da própria faculdade, em São Caetano do Sul e se mostrou viável, obtendo resultados extremamente satisfatórios e transmitindo dados em tempo real por e-mail aos controladores.

O resultado desse trabalho será apresentado ao público no Instituto Mauá de Tecnologia, na Eureka, nos dias 27 a 29 de outubro, das 14h às 20h30, no campus de São Caetano do Sul.

Alunos:

Alexis Rubio

Gustavo Pavan

Stéfany Mazon

Thales Pizzotti Costi

Thiago Kenji Homma

Trabalhadores farão ato em solidariedade ao povo venezuelano

O manifestação foi feita a pedido das centrais sindicais que integram a ADS. “Estamos muito preocupados com centenas de venezuelanos que cruzam diariamente a fronteira entre o Brasil e a Venezuela em busca de trabalho, comida e fugindo do regime político do presidente Nicolás Maduro”, diz Nilton Neco da Silva, secretário de Relações Internacionais da Força e secretário-geral da ADS.

A ADS foi criada entre 17 e 21 de abril, em Bogotá, Colômbia com o compromisso de unir a classe trabalhadora e combater a política de países que atentam contra a liberdade sindical e a democracia, além dos direitos dos trabalhadores.

Participam da ADS, centrais sindicais do Brasil, México, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, El Salvador, Honduras, Curaçao, Aruba, Porto Rico e Paraguai. Juntas, elas representam cerca de trinta milhões de trabalhadores. “A nova central sindical internacional defenderá estritamente os interesses dos trabalhadores e não terá matizes ideológicos”, destaca Neco.

AGENDA

Ato de solidariedade ao povo venezuelano

Data; 10/10/2017
Horário: 10 horas
Local: Consulado da Venezuela em São Paulo
Endereço: Rua General Fonseca Teles, 564 – Jardim Paulista – São Paulo

Um terço dos estagiários é responsável pelo pagamento da própria faculdade, aponta pesquisa

Arcar com os custos de uma graduação nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente diante dos percalços econômicos que o país enfrenta atualmente. É fato que o mercado de trabalho foi enxugado devido à crise financeira, por isso, muitas famílias tiveram que apertar o orçamento, no entanto, o investimento nos estudos está entre as prioridades, porém, com a renda familiar reduzida, a despesa está ficando, cada vez mais, por conta dos jovens. É o que revela um levantamento do setor, realizado pela Companhia de Estágios, assessoria especializada no recrutamento e seleção de estagiários, os dados afirmam que, atualmente, a maioria dos estudantes é responsável pelos custos da própria graduação, mas, em contrapartida, eles não estão atrás de vagas que elevem os recursos financeiros, a prioridade no momento é adquirir experiência para construir uma carreira de sucesso, e esse é um momento decisivo para isso segundo especialistas do setor.

Estudantes investem recursos próprios

Nos últimos anos as ofertas de financiamento estudantil, modalidade consolidada em países mais desenvolvidos, vem ganhando espaço por aqui e possibilitando o ingresso de mais jovens ao ensino superior. Além disso, as bolsas integrais ou parciais oferecidas por programas do governo, ou mesmo pelas próprias instituições de ensino, têm tornado o caminho ao diploma mais acessível.

No entanto, a grande maioria dos jovens ainda arca com os próprios estudos. A pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágios em 2017”, realizada no primeiro semestre do ano, contou com 2.193 entrevistados de todas as regiões do país. Segundo o levantamento, entre aqueles que cursam uma graduação particular, 36% dos alunos pagam o valor total do curso, 30% contam com a ajuda da família e o restante possui bolsa parcial ou integral.

Aprendizagem em primeiro lugar

Apesar da maioria dos jovens arcarem com os custos da própria graduação, o fator financeiro não é o mais decisivo na hora de procurar uma vaga: a pesquisa apontou que a oportunidade de aprendizado é o item mais relevante para a maioria dos estudantes na hora de avaliar uma oferta de estágio. Esse é o maior fator de peso segundo 70,4% dos entrevistados, contra apenas 6,8% que consideram a bolsa auxílio e benefícios oferecidos como o quesito mais importante.

De acordo com Tiago Mavichian, diretor da recrutadora, esse é justamente o foco dos programas de estágio: “O objetivo principal é promover conhecimento e capacitação profissional, tanto é que a proposta central é, sobretudo, ensinar e preparar o jovem para o mercado de trabalho. Isso faz com que o estágio seja considerado como uma extensão da formação acadêmica do aluno, tornando-o um requisito fundamental dentro de uma grade curricular técnica ou universitária mais completa”.

Mas as vantagens não param por aí, pois, o estágio pode abranger, além da esfera educacional e profissional, o desenvolvimento pessoal do jovem, possibilitado a vivência com profissionais consolidados, trabalho em equipe, comprometimento, responsabilidades e benefícios como carga horária reduzida, bolsa auxílio, auxílio transporte e, até mesmo, recesso remunerado (férias). Configurando uma rotina mais leve para se adequar a vida dos universitários que vivem enfrentando provas, trabalhos e novos desafios em seus cursos.

Entre a cruz e a espada

Experiência para ter emprego, emprego para ter experiência: esse é um dos principais dilemas enfrentados por quem está ingressando no mercado de trabalho, justamente por isso é que os programas de estágio são tão almejados pelos jovens. De acordo com o levantamento da recrutadora, 75% dos entrevistados estavam em busca de uma colocação profissional, mas desses, quase 60% procuravam especificamente por uma vaga de estágio.

Mavichian explica que: “A modalidade exclui qualquer exigência de experiência prévia, portanto, ela serve como ponto de partida desses novos profissionais, pois oferece a eles a oportunidade de colocar em prática tudo o que foi aprendido em sala de aula e, dessa forma, adquirir experiência em sua área de formação para competir no mercado”.

Plano de carreira

Além disso, de acordo com o diretor, os estudantes têm uma motivação a mais, já que, após o final do programa, muitas empresas decidem efetivar seus estagiários, permitindo que eles possam continuar desenvolvendo suas carreiras dentro da organização: “O estudo mostrou que, embora em uma proporção menor se comparado com o fator ‘aprendizado’, o segundo item mais relevante para que o estudante opte pelo estágio é a chance de ser efetivado após a conclusão do programa – cerca de 18%. E isso de fato acontece, pois, muitas empresas encaram o estágio como uma oportunidade para investir no treinamento de um funcionário em potencial, que pode contribuir muito para o crescimento da organizacional, por isso, o estagiário que se destaca durante o programa tem grandes chances de integrar o quadro de colabores da empresa no futuro” – afirma o especialista.

Estágio se torna investimento estratégico

Para mais de 80% dos estudantes, o principal objetivo ao aderir a um estágio é adquirir experiência profissional. Mesmo em tempos difíceis, apenas 15% afirma que complementar a renda familiar está em primeiro plano. Para Mavichian isso é prova de que os jovens têm consciência da importância do momento: “O mercado está começando a se estabilizar e logo apresentará sinais de recuperação, portanto, os profissionais que estiverem melhor preparados conseguirão se destacar com mais facilidade”.

Em vista disso, o diretor afirma que priorizar o trabalho em detrimento dos estudos pode ser um grande erro e retardar ainda mais o desenvolvimento profissional: “Quando as vagas que foram cortadas em decorrência da crise econômica forem retomadas, aqueles que continuaram os estudos, investiram em qualificação e adquiriram experiência no mercado terão mais chances em relação aos demais, portanto, trata-se de um investimento na carreira”.

A dica do especialista é apostar em alternativas que possam agregar novos conhecimentos e valor ao currículo do jovem, como cursos on-line gratuitos, seminários e palestras oferecidos por órgãos públicos, ongs e instituições de ensino e, até mesmo, trabalhos voluntários, que demonstram qualidades profissionais altamente desejadas pelas empresas, sem comprometer o orçamento do estudante.

Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources

PRF-PE registra aumento no número de apreensões de veículos roubados

Veículo de luxo recuperado em Igarassu

As estatísticas apontam que em 2017, aumentou o registro de veículos roubados em todo o estado do Pernambuco. Dados da Polícia Rodoviária Federal do Estado, mostram que o número de veículos roubados, que foram recuperados nas estradas, aumentou 6 vezes mais que o mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro deste ano, foram apreendidos 222 veículos roubados nas rodovias federais de Pernambuco, no mesmo período do ano passado, esse número era bem menor, apenas 34 veículos apreendidos.

Segundo o Inspetor Cristiano Mendonça, chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal do Pernambuco, esses veículos roubados são utilizados para praticar diversos tipos de crimes, como roubo, tráfico de drogas e contrabando, além de serem revendidos por valores abaixo do mercado.

No momento da identificação, após uma verificação minuciosa nos caracteres do carro, a polícia constata que as placas desses veículos são frias, clonadas, “na maioria das vezes são placas clonadas, ou seja, com a mesma numeração de veículos regularizados, da mesma marca, cor e modelo” afirma o inspetor Cristiano.

O trabalho de fiscalização da polícia para coibir a ação desses criminosos é intenso, mas eles continuam agindo, principalmente pela facilidade que os criminosos encontram para fazer a clonagem das placas e circular livremente pelo estado, isso através do emplacamento irregular e da adulteração nos documentos do veículo. “ A polícia investe na capacitação das equipes para que as fraudes possam ser identificadas e em comandos específicos de fiscalização, que verificam tanto a documentação como os caracteres veiculares. Além disso, são levantadas informações sobre grupos que cometem esses crimes e são realizadas operações voltadas para combater esta pratica” diz o inspetor.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, afirma que no total, de janeiro a agosto de 2017, foram registrados 4.972 veículos roubados que foram recuperados pelo trabalho das policias Civil e Militar.

O delegado titular de Repressão aos Roubos e Furtos de Veículos, Mauro Cabral, explica que deste total boa parte são veículos clonados. “Quando o veículo é recuperado ele passa por um processo de vistoria para a identificação se a placa foi clonada, as quadrilhas roubam os carros, modificam a placa e cometem outros crimes, eles conseguem comprar essas placas através do mercado paralelo, ou em casos de quadrilhas mais sofisticadas que produzem e fabricam placas frias, explica o delegado.

O delegado alerta, ainda, para outra modalidade de crime que vem se tornado comum, a venda de veículos pela internet com placas clonadas, aplicativos que geralmente vendem os carros com preços mais atrativos onde as quadrilhas aproveitam da informalidade para aplicar golpes.

O problema é grave e persiste, o delegado afirma que a polícia vem trabalhando para combater a atuação dessas quadrilhas, mas que seria necessário uma ação em conjunto com outros órgãos fiscalizadores, “ é necessário aumentar o controle desse mercado paralelo que fabrica e revende placas fora da legalidade”, afirma o delegado.

Os inúmeros casos de fraudes e crimes envolvendo as placas veiculares em todo o Brasil, acontece muito pela falta do controle, medidas emergências devem ser adotadas para mudar essa realidade e diminuir os registros desse tipo de crime. No intuído de combater a pratica deste crime o Detran PE publicou a portaria 1604/17 em 23 de maio deste ano, com medidas para a produção de placas veiculares. O objetivo da nova medida é combater os casos de clonagem de placas de veículos, além de reorganizar e redefinir os procedimentos operacionais de produção, distribuição e comercialização. Com tal medida o estado do Pernambuco vem ganhando destaque e notoriedade em ações para diminuir os casos de roubos de veículos.

Vale ressaltar que de acordo com os regulamentos vigentes do CONTRAN, as placas veiculares devem ser produzidas por empresas credenciadas pelos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal, sendo que, a exemplo de outros DETRANs do país, o DETRAN-PE, já diferenciava duas categorias de empresas que atuam nesse setor, justamente para oportunizar o acesso a um número maior de empresas. O Departamento de Trânsito do Estado de Pernambuco foi o pioneiro em diferenciar as duas categorias de empresas que atuam neste setor.

Dentre as medidas da portaria decretada pelo presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro, especifica que as placas devem conter o código QR para evitar clonagem e auxiliam no maior apoio operacional. Provendo completa rastreabilidade das placas e controle pelo Governo. Juntamente com a utilização de maquinário interligado e a inserção de itens de segurança que tornam inviável qualquer clonagem. Foram adicionadas uma serie de critérios de segurança no processo, onde outras melhorias tecnológicas são exigidas. A medida vale para veículos novos e ou para transferências.

Dentro dos novos parâmetros, fica determinado que tanto o Fabricante (fornece as placas semiacabadas) quanto o Estampador (estampa a combinação alfanumérica e emplaca o carro) são responsáveis por todo o processo. Para isso é necessário que a empresa se adeque as tecnológicas possibilitando assim, a segurança, autenticidade, rastreabilidade e validação completa na realização dos procedimentos de produção, distribuição e utilização/descarte da placa veicular.

Desta forma este conjunto de ações poderá possibilitar a redução das placas clonadas, roubos de carro e consequentemente os crimes oriundos dessa pratica.

Fonte dados:
Policia Rodoviária Federal de Pernambuco
Secretária de Defesa Social de Pernambuco
Delegacia de Repressão a roubos e furtos de veículos de Pernambuco

Semana da Maria da Penha em PE

penha

Uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no ano de 2016. Só de agressões físicas, o número é de 503 brasileiras, vítimas a cada hora. Os dados compõem a pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres¸ feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança. Nesse sentido, 2743 denúncias por violência doméstica foram registradas somente em janeiro em Pernambuco, influenciadas pela Lei Maria da Penha, que completou 11 anos em 2017.

Como medida de reforço à conscientização (com o desenvolvimento de ações educativas sobre o assunto) a respeito da importância de se realizar esse tipo de denúncia, foi aprovada, na Alepe, no último dia 26/09 , a Lei Nº 16.151/2017. De autoria do Deputado Zé Maurício, a Lei institui, no Calendário de Eventos do Estado de Pernambuco, a Semana Estadual de Conscientização sobre a Lei Maria da Penha, a ser realizada anualmente na semana do dia 7 de agosto.

A Lei entra para o rol de iniciativas do deputado, na perspectiva de suporte às mulheres que passam ou podem passar por situações de violência doméstica, a exemplo da Lei N°15.897/2016, que garante às mulheres, em situação de violência doméstica e familiar (deslocadas de suas residências), e a seus familiares, a prioridade de vagas nas escolas públicas estaduais.

É do parlamentar ainda o PL N° 1268/2017 (já aprovado pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe), que amplia a disponibilização da Lei Maria da Penha, em órgãos representativos do direito da mulher, hospitais, bibliotecas de escolas e de instituições de ensino superior do Estado, estendendo assim o acesso à Lei – já disponível em delegacias de polícia e bibliotecas das escolas da rede estadual de ensino e nas bibliotecas públicas do Estado, conforme determina a Lei Estadual Nº 15.083/2013.

CNI divulga amanhã, às 11h, as novas previsões para o desempenho da economia e da indústria em 2017

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará nesta terça-feira (10), às 11​h, o Informe Conjuntural do terceiro trimestre. O relatório, que traz as novas previsões para o desempenho da indústria e da economia brasileiras neste ano, será publicado no Portal da Indústria e enviado por e-mail aos jornalistas cadastrados.

O Informe Conjuntural contém estimativas sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), da atividade industrial, dos investimentos, da inflação, dos juros, do câmbio, da taxa de desemprego, da balança comercial e outros indicadores.

Unifavip realiza aulão gratuito do grupo FitDance

O Centro Universitário do Vale do Ipojuca (DeVry/Unifavip) recebe, no dia 21 de outubro, o aulão de dança e ginástica do grupo FitDance. É a primeira vez que o evento acontece em Caruaru, tendo em Pernambuco participado apenas na capital, Recife. O evento, gratuito e aberto ao público, acontece das 10h as 11h30, no pátio do Unifavip.

FitDance é um grupo nacional que trabalha com movimento coreográficos pensados de forma didática. A equipe forma instrutores por todo o Brasil e quem ministrará as aulas será a primeira turma de profissionais do grupo FitDance formados em Caruaru. No aulão, serão ensinados aos participantes diferentes estilos musicais, nacionais e internacionais. As inscrições acontecem no próprio dia e horário do evento.

SERVIÇO:
Aulão de FitDance
Data: 21/10/2017
Horário: 10h às 11h30
Local: Auditório do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (DeVry/Unifavip)
Endereço: Rua Adjar da Silva Casé, 800 – Indianópolis, Caruaru – PE
Entrada gratuita
Mais informações pelo telefone: 4020.4900

Em Riacho, Secretaria de Assistência Social realiza atividades na Semana da Criança

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A Secretaria de Assistência Social de Riacho das Almas através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Crianças e Adolescentes deu início na última semana a uma extensa programação em comemoração à Semana da Criança. O dia dedicado a elas é celebrado tradicionalmente no Brasil no dia 12 de outubro.

As atividades foram iniciadas na última quinta-feira (5) e seguem até o dia 17, levando em consideração o feriado prolongado desta semana. As crianças já tiveram acesso a atividades relacionadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente, e também um dia especial com banho de piscina e muita brincadeira. Já nesta semana, a programação seguirá com muitas brincadeiras, gincanas, concursos e comidinhas que toda criança adora.

Nesta segunda-feira (9) será o Dia do Sorvete. Na terça (10), o SCFV vai oferecer o Dia do Algodão Doce. Quarta-feira (11) o Serviço vai se transformar em uma grande balada e realizar o concurso que vai escolher o Gato e a Gata do SCFV 2017. Após a pausa do feriado prolongado, as atividades vão ser retomadas no dia 16, com gincanas e bingos. As comemorações serão finalizadas no dia 17 de outubro com uma grande festa, que será realizada no Palace Club, em Riacho das Almas.

As atividades estão sendo realizadas com todas as turmas do SCFV, no horário das 8h às 16h.

Raquel Lyra presta homenagem aos 90 anos do Colégio Diocesano de Caruaru

diocesano

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, esteve acompanhada do seu marido, Fernando Lucena, e do vice-prefeito Rodrigo Pinheiro, na noite do último sábado (07), na missa em ação de graças pelos 90 anos do Colégio Diocesano de Caruaru, celebrada pelo bispo Dom Dino e pelo diretor-geral da instituição, Monsenhor Olivaldo Pereira. Na ocasião, a prefeita falou da importância do colégio para o desenvolvimento de Caruaru e ofereceu uma placa como homenagem pelos serviços prestados à cidade.

27º FETEAG, que começa no próximo dia 14 e segue até 29 deste mês, provoca as cidades de Caruaru e Recife a partir da africanidade

Caruaru e novamente o Recife, quase que simultaneamente e sempre com entrada franca, vão poder apreciar teatro da melhor qualidade, e de caráter internacional, tendo como norte o tema da “Africanidade”. O 27º FETEAG (Festival de Teatro do Agreste), realizado pelo grupo Teatro Experimental de Arte (TEA), vai acontecer nas duas cidades, de 14 e 29 deste mês de outubro, oferecendo espetáculos de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Alagoas e São Paulo, mas também provocações cênicas que chegam da Alemanha, Suíça, Itália e, especialmente, da África. A programação, totalmente gratuita e também contando com palestra, workshop, debates, seminário e oficinas gratuitas, ocupará não só casas de espetáculos, mas também espaços completamente alternativos, como casas e apartamentos residenciais, salões e associações de moradores de bairros periféricos e de distritos da Zona Rural de Caruaru. Se em 2016 o Festival propôs para as escolhas da grade o tema “Corpos Fluídos”, abordando os limites entre teatro, dança e performance, desta vez, toda a relação cultural herdada por nós da África permeia esta 27ª edição.

Preconceitos, identidade, branquitude/negritude, ancestralidade e história são alguns dos assuntos em pauta nas peças e discussões programadas, como explica o produtor executivo do FETEAG, Fábio Pascoal, também à frente da curadoria do evento (aqui, junto a Marianne Consentino). “O tema deste ano, Africanidade, trata da herança cultural negra presente na nossa sociedade, como uma das bases da formação do Brasil como Nação. O evento busca abordar temas complexos como preconceito e identidade, através dos espetáculos selecionados e dos debates promovidos. Tudo vem na perspectiva de problematizar tais questões, pois primeiramente somos um festival de teatro. Queremos é romper ‘caixinhas’ e discutir, fugindo do patrulhamento ideológico”, lembra ele. A cada edição do Festival, um recorte temático curatorial específico é traçado, sempre apostando em questões contemporâneas. O racismo, claro, tem sido assunto mais do que significativo para estes tempos tão obscuros.

São 36 anos desde a primeira edição do FETEAG, em 1981, já que o Festival passou alguns anos sem poder ser realizado por falta de parcerias. Em 2017, o 27º FETEAG conta com patrocínio da Prefeitura de Caruaru, incentivo do Funcultura e apoio da Caixa Econômica Federal, Goethe Institut (Alemanha), Prohelvetia (Suíça), Institut François (França), SESC Pernambuco e Prefeitura do Recife. “Manter este festival é um ideal de vida que vai além da nossa vontade. E o que nos move é realmente a persistência, pois nada é fácil. Precisamos a cada edição começar do zero. Por isso levantamos a bandeira da criação de uma agenda de festivais para Pernambuco, pois é preciso reconhecer a importância deles na promoção da cultura no Estado”, lembra Fábio Pascoal.

Além de toda a programação ser gratuita, tanto no Recife quanto em Caruaru, alunos de escolas da rede municipal de ensino da capital do Agreste serão levados a apreciar as peças infantojuvenis da programação, na Mostra Estudantil de Espetáculos. O evento conta ainda com a Mostra Nacional/Internacional de Espetáculos Adultos (inclusive com sessões descentralizadas por bairros e Zona Rural de Caruaru), e um seminário sobre o tema Africanidades, Cultura e Resistência, que acontecerá em diversos espaços da cidade de Caruaru, além de palestra e de workshop na UFPE (Recife). Os ingressos para os espetáculos nas duas cidades devem ser retirados na bilheteria dos teatros a partir de 1h antes de cada sessão, mas é possível fazer reserva de entrada para a Mostra Profissional pelo site www.feteag.com.br. As inscrições para participar especificamente do espetáculo Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru também devem ser feitas antecipadamente pelo site www.feteag.com.br.

FETEAG 2017

Resistir! Ao completar 36 anos de existência, nada mais coerente e oportuno do que falarmos de resistência. Resistir sempre, esse é o motivo de nossa fé, contra os modelos que nos encaixotam, que empobrecem as relações e que estimulam e sistematizam as segregações e os preconceitos. Vivemos tempos difíceis, em que o Brasil atravessa uma grande crise ética, política, financeira e social. Mas também um momento oportuno para se construir novas relações pautadas no respeito às diferenças e no reconhecimento histórico das desigualdades. Nesse contexto, o FETEAG apresenta em sua edição 2017 o tema “Africanidade”, em diálogo com as inquietações que mobilizam nossa sociedade. Pautar um assunto tão complexo e visceral como esse requer coragem para tocar em nossos próprios preconceitos e desafiar nossos limites de compreensão da dor do outro e de cada um. “Africanidade” também é uma reverência à ancestralidade presente na nossa formação, com toda a sua potência, beleza e alegria.

27º FETEAG (Festival de Teatro do Agreste) – PROGRAMAÇÃO

Atividades Formativas:

Oficinas

Dias 14 e 15 de outubro de 2017 (sábado e domingo), das 9 às 18h, no Museu da Fábrica Caroá – Espaço Cultural Tancredo Neves, em Caruaru

A Busca Pela Descoberta de Uma Ancestralidade Teatral

Com a atriz e arte-educadora Agri Melo (Recife/PE). Para até 30 alunos a partir dos 16 anos. A ideia é ampliar os estudos sobre a Matriz africana e sua relação com o teatro contemporâneo.

De 19 a 22 de outubro de 2017 (quinta-feira a domingo), das 13 às 18h, no Museu da Fábrica Caroá – Espaço Cultural Tancredo Neves, em Caruaru

Descobrindo a Estética do Oprimido

Com os atores e arte-educadores Wagner Montenegro e Andréa Veruska, do Coletivo NEXTO (Recife/PE). Para até 25 participantes maiores de 16 anos. A proposta é voltada para artistas, profissionais e graduandos, surdos e ouvintes, que atuam ou pretendem atuar no ensino das artes.

Inscrição para ambas, por carta de intenção, através do site www.feteag.com.br.

Palestra

Dia 17 de outubro de 2017 (terça-feira), às 15h, no Teatro Milton Baccarelli (CAC/UPFE), no Recife

Bate-papo sobre a trajetória artística e processos criativos de Faustin Linyekula (República Democrática do Congo) e François Moïse Bamba (Burkina Faso). Participação de alunos dos cursos de Teatro e Dança da UFPE e mediação do professor Doutor Luís Augusto Reis.

Workshop

Dias 18 e 19 de outubro de 2017 (quarta e quinta-feira), das 9 às 13h, no Teatro Milton Baccarelli (CAC/UPFE), no Recife

A Oralidade Como Base Educacional. Com François Moïse Bamba (Burkina Faso).

Seminário

Africanidades, Cultura e Resistência

De 23 a 27 de outubro de 2017 (segunda a sexta-feira), em Caruaru, sempre das 15 às 17h, com temáticas diferentes diariamente.

Dia 23 de outubro de 2017 (segunda-feira)

Tema: História da África: A História Negra Resiste

Local: Accacil (Academia Caruaruense de Cultura, Ciência e Letras)

Debatedores: Aristóteles Veloso (professor e Doutorando) e Joana Figueiredo (professora e secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Políticas Para Mulheres)

Mediadora: Maria Patrícia da Silva (acadêmica de Direito e membro do Projeto Adoção de Presos da Asces Unitas)

Dia 24 de outubro de 2017 (terça-feira)

Tema: Brasil Afrodescendente: Os Direitos do Povo Negro e as Dívidas Históricas

Local: Auditório do Ministério Público

Debatedores: Anderson Carvalho (advogado e assessor ministerial) e Lucimary Passos (advogada e professora)

Mediadora: Joana Figueiredo (professora e secretária-adjunta da Secretaria de Políticas Para Mulheres)

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira)

Tema: Religiões de Matrizes Africanas: Ancestralidade e Resistência

Local: Colégio Municipal Álvaro Lins

Debatedores: Ekedy Layze D´Logun Edé (advogado e assessor da Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos da Prefeitura Municipal de Caruaru), Ivan Ty Àira (Babalorixá) e Huntó Reiner (Ogan)

Mediadora: Lucimary Passos (professora e advogada)

Dia 26 de outubro de 2017 (quinta-feira)

Tema: Afrodescendentes nas Mídias e nas Produções Artísticas

Local: Escola do SESI Caruaru

Debatedores: Chris Mendes (cantora e assessora de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Políticas Para Mulheres da Prefeitura Municipal de Caruaru), Renata Araújo (jornalista e youtuber) e Raquel Santana (cantora e feminista negra)

Mediador: Gabriel Sá (cantor, ator e produtor cultural)

Dia 27 de outubro de 2017 (sexta-feira)

Tema: Lutas Contra o Racismo

Local: Escola Estadual Professora Maria Auxiliadora Liberato

Debatedores: Teresa Raquel (professora, pedagoga e pesquisadora da Lei 10.639/03 junto à SEDUC) e Michele Guerreiro (professora e Doutoranda)

Mediador: José Laércio Ramos (professor)

Espetáculos no Recife:

Dia 18 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 20h, no Teatro Apolo

Black Off (Ntando Cele – África do Sul)*

*Com legenda em português.

Dia 19 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Le Cargo (A Carga) (Faustin Linyekula – República Democrática do Congo)

Dia 20 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Amêsa (Heloísa Jorge – Angola/Brasil)

Dia 21 de outubro de 2017 (sábado), às 18h, no Teatro Hermilo Borba Filho

Contes et Legendes du Burkina Faso (Contos e Lendas de Burkina Faso) (François Moïse Bamba – Burkina Faso)*

*Com tradução simultânea para o português por Laura Tamiana.

Dia 21 de outubro de 2017 (sábado), às 20h, no Teatro Apolo

Branco – O Cheiro do Lírio e do Formol (Alexandre Dal Farra e Janaína Leite – São Paulo/SP)

Espetáculos em Caruaru:

Dia 19 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Amêsa (Heloísa Jorge – Angola/Brasil)

Dia 20 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Black Off (Ntando Cele – África do Sul)*

*Com legenda em português

Dia 21 de outubro de 2017 (sábado), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Le Cargo (A Carga) (Faustin Linyekula – República Democrática do Congo)

Dia 22 de outubro de 2017 (domingo), às 16h, na Comunidade do Boi Tira-Teima

Contes et Legendes du Burkina Faso (Contos e Lendas de Burkina Faso) (François Moïse Bamba – Burkina Faso)*

*Com tradução simultânea para o português por Laura Tamiana.

Dia 22 de outubro de 2017 (domingo), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Branco – O Cheiro do Lírio e do Formol (Alexandre Dal Farra e Janaína Leite – São Paulo/SP)

Dia 23 de outubro de 2017 (segunda-feira), às 16h, no Marco Zero

Os Filhos do Céu e os Corações de Tambor (Coletivo Heteaçã e Universidade Federal de Alagoas/UFAL – Maceió/AL)

Dia 23 de outubro de 2017 (segunda-feira), às 18h, em residência divulgada aos participantes

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Dia 23 de outubro de 2017 (segunda-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Dia 24 de outubro de 2017 (terça-feira), às 10h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Aqui, Onde Nos Encontramos (Grupo Teatral Jovem Em Cena e SESC Santo Amaro – Recife/PE)*

*Debate após a sessão.

Dia 24 de outubro de 2017 (terça-feira), às 18h, em residência divulgada aos participantes

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Dia 24 de outubro de 2017 (terça-feira), às 19h, na Casa 76, Praça Central do Povoado de Riacho Doce

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Dia 24 de outubro de 2017 (terça-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

A Receita (O Poste Soluções Luminosas – Recife/PE)

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 10h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Isadora, Um Espetáculo de Plagiocombinação (Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Pernambuco – Recife/PE)*

*Debate após a sessão.

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 18h, em residência divulgada aos participantes

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 19h, no Salão Paroquial, Praça Central do Povoado de Pau Santo

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Rosário (Felícia de Castro – Salvador/BA)

Dia 25 de outubro de 2017 (quarta-feira), às 22h, em residência divulgada aos participantes

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Dia 26 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 10h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Jogos na Hora da Sesta (Curso Livre de Teatro e Teatro Experimental de Arte/TEA – Caruaru/PE)*

*Debate após a sessão.

Dia 26 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 18h, em residência divulgada aos participantes

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Dia 26 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 19h, na Associação dos Moradores do Bairro Agamenon (Av. Presidente Castelo Branco, 190, Agamenon)

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Dia 26 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Isto Não é Uma Mulata (Mônica Santana – Salvador/BA)

Dia 27 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 10h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

E Agora, no Escuro? (Cia. de Teatro Exato e Exato Colégio & Curso – Caruaru/PE)*

*Debate após a sessão.

Dia 27 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 19h, na Associação dos Moradores do Alto do Moura (Rua Mestre Vitalino, s/n, Alto do Moura)

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Dia 27 de outubro de 2017 (sexta-feira), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Luzir é Negro! (Teatro de Fronteira – Recife/PE)*

*Espetáculo para até 100 pessoas, no palco do teatro.

Dia 28 de outubro de 2017 (sábado), às 18h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Salina – A Última Vértebra (Amok Teatro – Rio de Janeiro/RJ)

Dia 29 de outubro de 2017 (domingo), às 18h, no Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru)

Salina – A Última Vértebra (Amok Teatro – Rio de Janeiro/RJ)

DETALHES DOS ESPETÁCULOS:

Black Off (Ntando Cele – África do Sul)

O espetáculo, para maiores de 18 anos, aborda e enfrenta estereótipos racistas. Na primeira parte do espetáculo, a performer e atriz Ntando Cele assume o seu alter ego intitulado Bianca White, uma comediante sul-africana, viajante do mundo e filantropa, que julga saber tudo sobre negros no mundo inteiro e ainda quer ajudá-los a superar a sua “escuridão interior”. Na segunda parte, a atriz lida com estereótipos de mulheres negras e tenta descobrir como o público a vê. Com legendas em português, a provocante obra faz uma mistura de comédia stand-up, concerto de rock – há uma banda em cena – e performance. Este espetáculo é uma coprodução com o PRAIRIE, modelo de coprodução do Migros Culture Percentage para companhias de teatro e dança inovadoras da Suíça.

Le Cargo (A Carga) (Faustin Linyekula – República Democrática do Congo)

Durante a última década, Faustin Linyekula tem contado histórias do Congo, de corpos e destinos violentados e abusados, irremediavelmente marcados pela grande História. Mas, como, por um momento, deixar de lado as palavras para falar sobre a memória de um corpo? Nesse caminho, em busca de si próprio, o performer partiu em busca de movimentos que já não se dançam mais: danças proibidas pelo deus do milagre e do despertar espiritual. Este espetáculo circula com o apoio do programa TransARTE, do Institut Français, selo que desde 2012 promove a circulação de propostas artísticas híbridas, estendendo os limites da arte contemporânea.

Contes et Legendes du Burkina Faso (Contos e Lendas de Burkina Faso) (François Moïse Bamba – Burkina Faso)

François Moïse Bamba é contador de histórias de Burkina Faso, da casta dos ferreiros. Especialista na arte do ferro e fogo, ele aprendeu a narrar histórias com seu pai. Assim, vem coletando e escrevendo numerosos contos, já tendo publicado diversos livros, principalmente da etnia Sénoufo. O espetáculo, então, é um convite para viajar a Burkina Faso, literalmente “terra dos homens íntegros”. Trata-se de uma descoberta dos povos desse país, em que se busca compartilhar suas culturas, suas histórias, suas crenças, seus valores, suas visões de mundo, para que haja um enriquecimento mútuo no respeito pelas nossas diferenças.

Amêsa (Heloísa Jorge – Angola/Brasil)

O espetáculo é uma vivência que tem como provocação base o texto do dramaturgo angolano José Mena Abrantes, “Amêsa ou A Canção do Desespero”. De forma poética, conta um século da história de Angola pela perspectiva do feminino. A memória da personagem Amêsa, com suas perdas e dores, traz para a cena símbolos essenciais da mitologia da mulher, ao mesmo tempo que representa questões de um coletivo atingido pela guerra. Heloísa Jorge, atriz natural de Angola, é radicada no Brasil desde os 12 anos e graduou-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. O espetáculo conta com músicas do angolano Wyza Kendy.

Salina – A Última Vértebra (Amok Teatro – Rio de Janeiro/RJ)

O espetáculo propõe um mergulho numa África ancestral para contar uma história universal e atemporal, inspirada em tradições afro-brasileiras (em particular o congado e o candomblé), mas composta por elementos vindos de diferentes civilizações, da tragédia grega à epopeia africana. O resultado é uma incursão no tema do ódio e do perdão. O texto de Laurent Gaudé, com direção dos premiados Ana Teixeira e Stephane Brodt e a participação de dez atores no elenco, nos traz uma África imaginária através de uma obra profundamente humana.

Branco – O Cheiro do Lírio e do Formol (Alexandre Dal Farra e Janaína Leite – São Paulo/SP)

Nesta polêmica obra do dramaturgo Alexandre Dal Farra, com direção dele e de Janaína Leite, uma família de classe média, formada por um pai, um filho e uma tia, vive um cotidiano comum, até que alguns acontecimentos externos os forçam a terem que lidar com o que existe do lado de fora da casa. A montagem, que estreou na MITsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo) com enorme repercussão, procura jogar um olhar crítico do branco sobre si mesmo, desconstruindo-se enquanto reprodutor do racismo naturalizado e estrutural. Montagem indicada para maiores de 18 anos.

Brasil Em Casa: Home Visit Caruaru (Rimini Protokoll – Alemanha/Brasil)

Este é um espetáculo/performance que cabe num apartamento, na intimidade da nossa casa e questiona o que é a república: uma coligação de estados, uma identidade cultural ou uma forma de coabitação? Políticos costumam responder que república é uma ideia em mudança constante, mas para o cidadão comum esta verdade abstrata talvez represente pouco. O grupo Rimini Protokoll aceitou o desafio de fazer caber este conceito político na realidade concreta de um apartamento. Numa sala de estar de uma casa particular, 15 pessoas tomam parte de uma performance/jogo que entrelaça histórias pessoais com os mecanismos políticos do Brasil. Afinal, quanta democracia temos em nós? Cada performance acontecerá em diferentes residências de Caruaru. O FETEAG oferecerá transporte gratuito, ida e volta, partindo do Shopping Difusora até o local cênico. Inscrições pelo site www.feteag.com.br. Este projeto foi viabilizado a partir da parceria com os festivais Tempo_Festival (RJ) e FIAC (BA), e do apoio do Centro Cultural Brasil Alemanha, Goethe-Institut Brasil e do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.

Isto Não é Uma Mulata (Mônica Santana – Salvador/BA)

Partindo da famosa frase proferida por Gilberto Freyre, “Branca para casar. Mulata para fornicar. Negra para trabalhar”, a artista baiana tece esta obra que questiona as formas de representação da mulher negra: seja a mestiça hipersexualizada, de formas exuberantes e sempre disponível para o sexo, seja a negra escura para o serviço braçal, tendo como ponto de partida a ironia da imagem canonizada da mulher negra nas artes e na mídia, visitando diferentes referências e criando novos discursos. Trata-se de um projeto crítico de multilinguagens, com direção, dramaturgia e atuação da própria Mônica Santana.

Olhos de Café Quente (Soraya Silva – Itália/Brasil)

Partindo de obras das autoras Carolina Maria de Jesus, escritora, catadora de papel, habitante da extinta favela do Canindé, e Elisa Lucinda, poetisa responsável por uma literatura avassaladoramente feminina, o espetáculo prioriza a cena vazia de elementos para encontrar a defesa de uma heroína, “mulher, negra e pobre”, no corpo da atriz Soraya Silva. Ela é a porta-voz destes tantos sobreviventes frente aos preconceitos diários, camuflados e perigosos, que a afiada lâmina social corta e fere, por vezes, fatalmente. Direção de Quiercles Santana.

A Receita (O Poste Soluções Luminosas – Recife/PE)

Obra tragicômica que descreve o universo de uma mulher num processo de libertação. Como num acerto de contas, a atriz Naná Sodré interpreta uma anônima que confessa como passou a maior parte do tempo temperando suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha, até

mesmo em momentos desatinados. O espetáculo revela as situações vividas no ambiente domiciliar/social de várias mulheres pelo mundo afora. Morte, violência, loucura e a intolerância são narradas neste solo pautado numa dramaturgia de Samuel Santos, também diretor da proposta, antenado com as questões de uma personagem no seu processo limite.

Luzir é Negro! (Teatro de Fronteira – Recife/PE)

O espetáculo revela dilemas do racismo e como o preconceito afeta a vida social. Sob direção de Rodrigo Dourado, a peça traz como elemento simbólico as memórias familiares do ator Marconi Bispo, da sua trajetória no teatro e como filho-de-santo/praticante do candomblé, além de discorrer sobre o negro e o debate público referente às questões raciais contemporâneas. A dramaturgia transita, então, entre o passado e o presente muito recente, o público e o privado, a ficção e a realidade, por vezes dura, mas divertidamente crítica.

Rosário (Felícia de Castro – Salvador/BA)

Inspirada na simbologia da Coroação de Reis Negros – sempre viva nos Congados mineiros e em outros folguedos nacionais –, a peça é interpretada pela atriz e pesquisadora baiana Felícia de Castro e nos oferece uma experiência cênica baseada na formação da identidade brasileira sob o aspecto do feminino. O texto revela o que representou o encontro de culturas diversas e a religiosidade como estratégia de resistência e sobrevivência numa realidade hostil. Através de canções e explosões de textos, a atriz traz à cena um rosário de mulheres, como que reunidas em uma única prece. O repertório textual é pautado em poemas autorais e em textos sobre a invasão ao Caldeirão da Santa Cruz do Deserto (CE), em canções do Reisado de Congo (CE), em corridos de Capoeira, em orações do catolicismo popular, e no livro “Viva o Povo Brasileiro!”, de João Ubaldo Ribeiro. Direção de Demian Reis.

Os Filhos do Céu e os Corações de Tambor (Coletivo Heteaçã e Universidade Federal de Alagoas/UFAL – Maceió/AL)

Histórias, viagens e destino acompanham nossos três narradores, que guiados pelo que contam os filhos do céu procuram eco e escuta onde moram os corações de tambor. Este espetáculo de narrativas na rua, com direção de Toni Edson, reúne contos de tradição oral africana com canções originais que provocam o imaginário dos transeuntes. Melhor emprestar os ouvidos para navegar…

Aqui, Onde Nos Encontramos (Grupo Teatral Jovem Em Cena e SESC Santo Amaro – Recife/PE)

Nesta obra infantojuvenil inédita do dramaturgo Luiz Felipe Botelho concebida a partir de oficina com o próprio elenco, os irmãos Kaline, Radijalson e Renata buscam um abrigo seguro para se protegerem do caos que está no mundo e acabam encontrando um local abandonado. Lá, onde tudo parece ganhar vida, vários encontros acontecem. Nessa caminhada é preciso ficar atento às surpresas que estão por vir e se permitir viver essa aventura com novos seres, habitantes daquele espaço essencialmente teatral. Direção de Flávio Santos.

Isadora, Um Espetáculo de Plagiocombinação (Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Pernambuco – Recife/PE)

Um divertido experimento cênico, com criação coletiva e direção de Marianne Consentino, resultante da disciplina “Consciência Corporal e Expressão Artística”, do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Pernambuco. Descaradamente inspirado no espetáculo “Gala”, de Jerome Bel, a proposta mistura referências diversas da dança, do teatro e da cultura popular na busca pela expressão da singularidade de cada corpo.

Jogos na Hora da Sesta (Curso Livre de Teatro e Teatro Experimental de Arte/TEA – Caruaru/PE)

Indicada para maiores de 14 anos, a obra é uma estranha brincadeira de crianças, sem risos, sem graça e revela jogos que nos alertam para o quanto os adultos e a sociedade influenciam decisivamente na formação das crianças. É este universo violento e adultamente deturpado que a autora Roma Mathieu aborda nesta peça dirigida por Pedro Henrique e Rosbergg Alexander. Ditadura, bullying, preconceito, sexualidade e intolerância são fomentados como brincadeiras banais nesta montagem. A sociedade e a televisão assumem as rédeas de nosso futuro, e então, desde cedo, criamos alguns pequenos monstros. Até onde? Até quando?

E Agora, no Escuro? (Cia. de Teatro Exato e Exato Colégio & Curso – Caruaru/PE)

No enredo desta peça para todas as idades, escrita e dirigida por Gabriel Sá, Ziggy, Frida, Lili, Nara e Pingo são três crianças que ficam presas em uma casa em um dia de chuva e falta de energia elétrica. Elas resolvem, então, inventar brincadeiras para espantar o medo. Longe de toda tecnologia, a peça faz um resgate de brincadeiras antigas e uma conscientização de como a tecnologia pode ser muito útil ao homem, mas, que pode também afastá-los cada vez mais.