O Grupo de Trabalho (GT) do Gesso, integrado por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Pacto Global, apresenta, no próximo dia 26 de agosto, o Plano de Desenvolvimento Local (PDL) Gesso 2030. Em função da pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, a exposição acontece em evento virtual, às 9h30.
O PDL traz diretrizes de promoção do trabalho decente e melhoria das condições de vida no maior polo gesseiro do mundo, situado no Sertão do Araripe, e é fruto de um trabalho desenvolvido pelo GT desde 2018. A parceria, que começou com uma pesquisa de campo nos cinco principais municípios produtores da atividade gesseira, desencadeou uma série de ações na região desde então.
Ao longo dos últimos três anos, foram produzidos relatórios situacionais da cadeia produtiva do gesso, bem como documentários, além da articulação de mesas de diálogo com atores tripartites e formação do GT Gesso 2030, composto por construtoras e incorporadoras brasileiras, sindicato de produtores de gesso e outras organizações.
Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, no ano passado o GT não parou. O grupo desenvolveu um plano de contingência para não prejudicar a atuação e dar continuidade ao trabalho. A análise da cadeia produtiva do gesso e o mapeamento dos atores dessa dinâmica precisaram ser feitas remotamente. Mesmo assim, ao longo de 2020 o GT desenvolveu três das quatro etapas previstas para a conclusão do documento.
A última etapa, o “Workshop Gesso 2030: definição do Plano de Ação para a melhoria das condições de trabalho na cadeia produtiva gesseira”, qualificou as discussões, as ferramentas e os instrumentos para a construção e consolidação do documento. Na ocasião, foram analisadas as ações estratégias que compõem o documento. Os debates estabelecidos no encontro funcionaram como uma bússola para nortear como se darão as ações do PDL.
GRUPO DE TRABALHO
Desde 2015, o MPT, por meio do GT do Gesso, acompanha a situação das condições de trabalho no Sertão do Araripe pernambucano, com o intuito de garantir melhorias no meio ambiente de trabalho no setor. O grupo atua através de inspeções, audiências públicas, assinatura de compromissos de ajustamento de conduta e ajuizamento de demandas coletivas contra empresas da região.