De olho no pescado saudável para a Semana Santa

A Semana Santa se aproxima e, com ela, aumenta o consumo de peixes, crustáceos e frutos do mar em geral. Para que a população consuma pescado saudável, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta: é necessário observar os cuidados de manuseio e conservação em toda a cadeia produtiva, desde a captura até o produto pronto para ser saboreado na mesa do consumidor.

Do momento em que é retirado do mar, do rio ou de um criatório, o pescado precisa ser manuseado com cuidado e precaução, por meio de boas práticas de manipulação. Além de conservar o produto por mais tempo, o cuidado tende a evitar a contaminação e as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Esse rigor sanitário deve ser mantido da pesca ao acondicionamento e transporte nas embarcações, passando pelo armazenamento na indústria até a comercialização em mercados e peixarias.

As embarcações pesqueiras precisam ser certificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, a bordo, os pescadores devem seguir critérios e requisitos higiênico-sanitários. O pescado recém-capturado, por exemplo, deverá ser protegido de qualquer contaminação, dos efeitos do sol ou de qualquer outra fonte de calor, precisando ser resfriado e acondicionado em gelo feito com água potável. Todas as etapas de evisceração, acomodação em gelo ou salmoura, bem como a disposição dos resíduos, devem seguir as normas de higiene.

Ao longo de toda a cadeia produtiva, a presença do responsável técnico é importante para garantir a saúde e a qualidade dos produtos que serão ingeridos pelo consumidor. Quando o peixe chega à indústria, há fiscal do Serviço Veterinário Oficial para verificar a procedência dos produtos, bem como um responsável técnico para garantir a manutenção dos aspectos sanitários durante a manipulação. Ao seguir para o supermercado ou peixaria, o pescado continua sendo supervisionado por outro responsável técnico do estabelecimento e pela fiscalização da Vigilância Sanitária. Tudo isso gera uma garantia de qualidade, que certifica o produto devidamente inspecionado para consumo.

No fim da cadeia está o consumidor, que não pode se esquecer de que o cuidado também deve continuar em casa. O peixe precisa ser bem armazenado em ambiente limpo e refrigerado. Se o produto estiver congelado, é preciso analisar a data de congelamento, o prazo de validade e o local onde o peixe está sendo armazenado, que deve estar com a temperatura entre -10° e -15°C. Uma vez descongelado, é necessário prepará-lo de forma adequada e consumi-lo imediatamente. Na verdade, o consumo imediato deve ocorrer sempre que o pescado sair da refrigeração e estiver em temperatura ambiente.
Ao comprar peixes frescos, fique muito atento à parte estética. Os olhos devem estar brilhantes, salientes e transparentes. O peixe precisa estar rígido, com a pele úmida, bem aderida e sem cortes ou machucados, enquanto as escamas devem se apresentar firmes, resistentes, translúcidas e brilhantes.

Até 60% dos casos de cegueira podem ser evitados

A catarata é uma das principais causas de deficiência ocular e cegueira no Brasil e no mundo. Estima-se que 65 milhões de pessoas tenham essa doença, segundo censo realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em 2019. Outras condições oculares, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, correspondem a 49% das doenças visuais em todo o mundo. Mas o dado que mais chama a atenção é de que 60% dos casos de cegueira têm como ser prevenidos.

O médico oftalmologista Fábio Nero Mitsuushi comenta algumas das doenças mais recorrentes entre os brasileiros, como a catarata e a miopia, e quais são os tratamentos indicados e práticas preventivas. Veja a seguir.

Catarata, a principal causa de cegueira reversível no mundo

Geralmente a catarata surge quando ocorre o envelhecimento natural do cristalino, que é como se fosse uma lente dentro do olho. Essa doença se desenvolve e compromete a visão.

“A catarata é mais comum a partir dos 55 anos porque está associada ao envelhecimento, mas também existem outras causas para a doença, como traumatismo nos olhos, complicação de alguma outra condição ocular, o uso inadequado de medicações, excesso de exposição solar e até diabetes”, destaca o Dr. Mitsuushi, especialista em catarata.

O tratamento é a cirurgia, que não é indicada em todos os casos. Só um profissional pode indicá-la mediante a testes e exames.

Miopia, a dificuldade para enxergar longas distâncias

As pessoas com miopia têm dificuldade em enxergar a longas distâncias. As causas da doença são variadas, mas a exposição excessiva e muito próxima de telas de computadores, smartphones e outros dispositivos pode comprometer a saúde ocular. A falta de luz do sol e luz natural também podem agravar a situação.

Como essa é uma doença tratável, é importante visitar rotineiramente um oftalmologista para avaliar a saúde da visão e identificar a oportunidade de adotar melhores hábitos. “Para quem constata a miopia com alto grau e não se adapta ao uso de óculos ou lentes de contato e não pode ser submetido a uma cirurgia a laser na córnea, as cirurgias refrativas são as mais indicadas”, destaca o especialista. “Uma ótima sugestão é recorrer à tecnologia de ponta das lentes implantáveis e com menor risco, como a Evo Visian ICL (implantable contact lens), da Advance Vision. Em geral, o cirurgião de catarata é o profissional com maior expertise para fazer esse tipo de implante de lente ICL, pois ele já está habituado a trabalhar com esse modelo técnico de procedimento”, finaliza.

*Para mais informações sobre a pauta ou entrevista com o oftalmologista, ficamos à disposição.

Parques urbanos de Caruaru reabrem para público no dia 1º de abril com novos horários de funcionamento

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, anuncia a reabertura dos parques urbanos para utilização pública a partir da próxima quinta-feira (1º). Na data, as unidades passarão a funcionar em novo horário: das terças às sextas-feiras, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. Nas segundas-feiras, os parques estarão fechados para manutenção.

Os novos horários refletem o cumprimento das determinações contidas no Decreto 50470/2021 do Governo de Pernambuco, com restrições que visam conter o contágio da pandemia da Covid-19 no Estado. As medidas serão aplicadas a todos os parques urbanos do município. São eles: Severino Montenegro, Baraúnas, São Francisco, Rendeiras e Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho (Serra dos Cavalos).

No caso do Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho, este terá um horário exclusivo: de terça a sexta-feira, das 10h às 16h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h. As trilhas saem somente até as 14h e devem ser pré-agendadas através do site parqueserradoscavalos.caruaru.pe.gov.br ou na sede do parque.

O uso de máscara é obrigatório durante toda a permanência nos parques urbanos municipais.

Dia da Saúde: profissional avalia cenário nutricional brasileiro

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O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é celebrado anualmente no dia 31 de março e faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde. A data propõe uma reflexão sobre os atuais e emergentes desafios enfrentados na área. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos de idade ou mais do país mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. Em 2019, ano da última pesquisa divulgada, uma em cada quatro pessoas de 18 anos de idade ou mais no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Eram 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.

Pensando nisso, a Nutricionista e docente do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Amália Leonel, faz uma avaliação dos avanços em relação ao tema e o papel da nutrição e do profissional nutricionista quanto à alimentação em meio à pandemia do Covid-19.

Amália afirma que, entre os avanços nos últimos anos, pode-se citar a criação e atualização de guias alimentares brasileiros, tanto para a população adulta como para as crianças menores de dois anos, com orientações de práticas alimentares mais saudáveis. “Foi uma inovação na proposta de um semáforo alimentar, com cores de trânsito e linguagem acessível, para dialogar com a população sobre o risco do consumo habitual de produtos ultra processados, alertar quanto aos produtos processados e estimular o consumo de alimentos minimamente processados ou in natura”, destaca.

Ainda segundo Leonel, o senso crítico quanto às informações de alimentação e saúde veiculadas nos rótulos dos produtos alimentares, por exemplo, tem ganhado espaço nessa trajetória em constante atualização. “O profissional nutricionista, estando incluso nesse debate e construção pode e deve trazer elementos esclarecedores à população, diante da complexidade e insegurança do quadro que enfrentamos atualmente”, ressalta a profissional.

Nutrição e pandemia

Segundo a professora, a pandemia da Covid-19, associada às vulnerabilidades sociais brasileiras e agravamento relacionado às doenças crônicas não transmissíveis, tem exigido do profissional nutricionista um grande esforço no suporte à saúde da população. Ela afirma que esse profissional se torna indispensável nessa caminhada coletiva pelo direito à alimentação, com escolhas mais críticas, autônomas, prazerosas e sustentáveis, a partir do estímulo a habilidades culinárias, consumo de alimentos frescos, da época e locais, mais baratos.

“Que o Dia Nacional da Saúde possa aproximar esse debate da diversidade de realidades da população brasileira e abra espaço para mais conquistas diante dos desafios”, finaliza a nutricionista.

Governo recebe mais 5 milhões de doses da CoronaVac do Butantan

Vacinação drive-thru contra a covid-19 no Parque da Cidade, em Brasília.

O Instituto Butantan liberou mais 5 milhões de doses da CoronaVac ao governo federal. Os imunizantes serão incorporados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), ou seja, vão ser distribuídos de forma igualitária aos estados e municípios pelo Ministério da Saúde. 

As doses entregues neste mês de março somam 19,3 milhões. Até o fim de abril, o total de vacinas estipulado pelo Butantan somará 46 milhões. 

De acordo com o governo do estado de São Paulo, a previsão é que o instituto entregue mais 54 milhões de doses para vacinação até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades.

Atualmente, 85% dos imunizantes disponíveis no País contra a Covid-19 são do Butantan, que afirma que a produção “segue em ritmo constante e acelerado”. 

Mais Médicos: prorrogado por mais um ano a atuação de 2.900 profissionais

O Ministério da Saúde prorrogou, excepcionalmente, a permanência de aproximadamente 2.900 profissionais que atuam pelo programa Mais Médicos (Edital nº 6). A medida vale para os médicos integrantes do 19º ciclo do programa, contratados pelo Edital nº 5, de 11 de março de 2020. A iniciativa prevê a prorrogação automática para esses médicos que teriam o contrato encerrado em abril.

Desta forma, os médicos poderão permanecer à frente do atendimento à população, atuando no enfrentamento à Covid-19, além de reforçar os serviços da Atenção Primária em regiões que mais necessitam. 

Para que a prorrogação seja efetivada, o médico não pode ter vínculo de serviço com carga horária incompatível com as exigências do programa, precisa estar em situação regular nas ações de aperfeiçoamento referentes ao primeiro ano de participação no projeto, e realizar novas atividades de ensino, pesquisa e extensão em regiões prioritárias para o SUS. 

A prorrogação será automática e os profissionais ou gestores municipais que não tiverem interesse na prorrogação deverão se manifestar à pasta, entre 5 e 8 de abril. 

Brasil tem capacidade para vacinar 2,4 milhões por dia, diz Queiroga no Senado

O Brasil tem capacidade de infraestrutura para vacinar 2,4 milhões de brasileiros por dia. Isso que declarou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em audiência pública no Senado Federal, na tarde da segunda-feira (29). Apesar do número ser usado como meta, faltam imunizantes disponíveis. O dia com o maior número de doses aplicadas contra a Covid-19 teve 432 mil vacinações, em fevereiro.  

“Temos 37 mil salas de vacina no nosso país. O teto da nossa capacidade vacinal, considerando o horário de funcionamento regular dessas salas, é de 2,4 milhões de brasileiros por dia. Se conseguirmos atingir essa velocidade, daremos as respostas que a sociedade quer ouvir de nós, os agentes públicos”, informou Queiroga.

O ministro foi ouvido na Comissão Temporária da Covid-19, e questionado por senadores como Wellington Fagundes (PL-MT), relator da comissão, Kátia Abreu (PP-TO), Nelsinho Trad (PSD-MS) e outros. Na avaliação do médico, o “problema imediato” no Brasil é conseguir atingir a meta de vacinação nos próximos três meses, o que “não é uma questão logística”, mas uma “questão de disponibilidade de vacinas”.

Sobre a quantidade de óbitos em decorrência da Covid-19, Queiroga reconheceu que o número é alto, lembrou da estatística de que a cada três pacientes entubados dois acabam morrendo, mas ressaltou que um dos motivos desse cenário é que o sistema de saúde brasileiro não se preparou ao longo do tempo para a situação atual. 

Outro ponto citado por ele na audiência foi o aval do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para constituir uma equipe técnica de especialistas que tragam condutas com “capacidade de mudar a história nacional da doença, preservando a autonomia dos médicos”.  

Medicações

Uma outra preocupação atual, além da velocidade das imunizações, é a falta de suprimentos de insumos utilizados em casos graves, como o chamado “kit intubação”, com medicações necessárias para intubar pacientes, e oxigênio. O ministro da Saúde chegou a dizer que a pasta vai agir para uma campanha do uso consciente de oxigênio.

“Estamos trabalhando na área técnica para trabalhar protocolos assistenciais que, entre outras coisas, racionalizem o uso de oxigênio. Muitas pessoas chegam aos hospitais e às vezes a primeira providência é colocar o oxigênio”, avaliou. 

Sobre as medicações, ele levantou que compete aos municípios ofertar esse tipo de medicamento, mas considerou que, “o Ministério da Saúde não pode se eximir do seu papel de regulador e provedor desses insumos”, diante da situação de saúde pública atual. 

“Então, têm sido feitas uma série de ações, como um convênio com a Anvisa para monitorar os estoques da indústria farmacêutica, para que não haja desequilíbrio entre a oferta de insumos para o setor privado e público”, detalhou.

Senadores

Wellington Fagundes abriu a fala contextualizando os problemas enfrentados pelo Brasil nesta pandemia diante do cenário de outros países, como a imunização lenta. “Estamos muito atrasados. Estamos em 15º no ranking mundial de vacinação proporcional à população. Nós amargamos um percentual de somente 6,3% da população com ao menos uma dose [recebida]”. 

O senador também citou casos de países como Inglaterra, Chile e Estados Unidos, que têm 43,8%, 33,4% e 27,4% da população imunizada com pelo menos uma dose. “Mesmo com a taxa alta de imunização, esses países têm promovido as demais medidas higiênicas e também de distanciamento social, o que tem ocorrido de forma não uniforme no Brasil. Muito em consequência disso somos o epicentro da doença no mundo”, colocou.

Queiroga evitou fazer avaliações de trabalhos passados, mas ressaltou que, em pouco tempo à frente do ministério, já há mudanças. “Uma delas é o uso de máscaras. Aqui no Ministério da Saúde, minha primeira providência foi editar uma portaria impondo o uso de máscaras para todos os funcionários”, disse.

Sobre outras medidas necessárias de combate à pandemia, como o fechamento de atividades, o ministro avaliou que o distanciamento social é sim necessário, mas “não vai ser resolvido na base da lei, vai ser resolvido com base na conscientização da população”. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticou a atuação do governo federal no combate à pandemia até este mês de março, mas pontuou pontos positivos das falas do novo ministro. “Fico particularmente satisfeito com sua preliminar. Nós estamos ouvindo do Ministério da Saúde algo que não ouvimos desde os ministros Mandetta e Teich. O senhor falou sobre o uso de máscaras, que é fundamental, sobre medidas restritivas mais fortes, que não existe possibilidade de tratamento precoce contra a Covid, isso é um bom ponto de partida”, classificou.

Prefeitura de Caruaru promove Feira da Mulher Empreendedora

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria da Mulher, promove, hoje, dia 31 de março, a 19ª edição da Feira da Mulher Empreendedora. O evento inicia às 15h e terá o formato de live. As vendas serão realizadas em tempo real por meio do Instagram, no @feiramulherempreendedora.

Participarão do evento mulheres dos mais diversos segmentos (gastronomia, confecção, decoração, artesanato, artes, entre outras), todas inseridas no “Mulheres Empreendedoras”. O projeto, desenvolvido em Caruaru, tem como objetivo a implementação de negócios, administração e novas oportunidades de gerar renda através da venda dos produtos expostos remetendo à páscoa.

Esse incentivo visa contribuir para a emancipação econômica das mulheres caruaruenses, como também incentivar o associativismo e o cooperativismo entre elas. “O intuito é desenvolver estratégias de novas formas de atuação no mercado como possibilidade de desenvolvimento coletivo”, afirmou a secretária da SPM, Juliana Gouveia.

A feira encerra as atividades em comemoração ao Mês da Mulher e, na ocasião, também promove a divulgação de produtos com a temática da Páscoa. “A feira é uma oportunidade de incentivar essas mulheres a persistirem com seus negócios. Elas vão expor e comercializar os próprios produtos, a fim de promover também o intercâmbio sociocultural com outras mulheres da cidade e da região”, pontuou Juliana.

Trinta e duas mulheres estarão expondo e comercializando seus produtos, expostos no Instagram, como uma vitrine virtual.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 30.03.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta terça-feira (30), 96,49% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 121 novos casos, 142 pessoas recuperadas da doença e dois óbitos.

O número de testes realizados subiu para 66.019 dos quais 25.540 foram através do teste molecular e 40.479 pelo teste rápido, com 18.991. confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 46.045

Também já foram registrados 80.083 casos de síndrome gripal e 2.880 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 983 casos, 52 pessoas em isolamento domiciliar e 57 internamentos.

Vacinas contra o coronavírus poderão ser produzidas por laboratórios veterinários

Em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID19) na manhã desta segunda-feira (29), o relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT) debateu com os membros do colegiado a fabricação de vacinas contra a Covid-19 por empresas de saúde animal. Na última semana o senador já havia se reunido com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para avaliar a estratégia que visa ampliar a produção brasileira de vacinas em até 400 milhões de doses.

Para o senador a falta do imunizante é o maior fator de atraso na vacinação da população e esta parceria é uma alternativa para o problema. “O Brasil tem um parque industrial pronto com condições de fazer as vacinas necessárias”, destacou. 

Na última semana o Ministério da Saúde reduziu em 10 milhões a previsão do número de doses esperadas para o Brasil no mês de abril. O total de vacinas para o próximo mês a serem distribuídas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) passou de 57,1 para 47,3 milhões.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) colocou à disposição do governo o parque industrial para a fabricação dos insumos. De acordo com o sindicato, a indústria de saúde animal reúne 28 laboratórios de fabricação de produtos animais, possui três plantas com nível máximo de biossegurança NB3+ e é dominante no que diz respeito à produção de vacinas inativadas, sendo capaz de atender a demanda de imunizantes. 

O vice-presidente executivo do Sindan, Emílio Salani, destacou o potencial da iniciativa. “Nós temos condições de produzir mensalmente grandes volumes de vacinas inativadas no Brasil caso sigam aquelas premissas básicas que eu disse no início: trabalhar com o detentor da tecnologia e a tecnologia for de uma vacina inativada”, afirmou. 

As vacinas inativadas, que é o caso dos imunizantes contra a Covid-19, podem ser produzidos pela indústria que usam agentes mortos ou apenas partículas deles. Já as vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas enfraquecidos. Salani destacou que as indústrias têm a tecnologia necessária para a produção da vacina inativada e que só falta a parceria entre as empresas brasileiras detentoras da vacina com as empresas de produtos veterinários. 

A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Freitas, disse que todas as possibilidades estão na mesa para serem avaliadas e que hoje haverá mais uma reunião com o setor, intermediada pelo Ministério da Agricultura, para conhecer melhor o parque fabril da indústria de saúde animal.  

“Vamos avaliar essa questão da produção, em especial da transferência da tecnologia do insumo farmacêutico ativo, verificar quais são as provas de comparabilidade que precisam ser feitas do o insumo farmacêutico com os estudos clínicos que a gente conhece”, afirmou. 

A comissão temporária foi criada para acompanhar as ações contra a Covid-19. Além da parceria, na ocasião foi debatido o andamento dos processos de autorização emergencial e definitiva de vacinas contra a doença e da produção dos imunizantes pelo Brasil.

Além da Anvisa, do MAPA e do Sindan, estiveram presentes representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Diretoria do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.