Vacinas contra o coronavírus poderão ser produzidas por laboratórios veterinários

Em reunião da Comissão Temporária Covid-19 (CTCOVID19) na manhã desta segunda-feira (29), o relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT) debateu com os membros do colegiado a fabricação de vacinas contra a Covid-19 por empresas de saúde animal. Na última semana o senador já havia se reunido com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para avaliar a estratégia que visa ampliar a produção brasileira de vacinas em até 400 milhões de doses.

Para o senador a falta do imunizante é o maior fator de atraso na vacinação da população e esta parceria é uma alternativa para o problema. “O Brasil tem um parque industrial pronto com condições de fazer as vacinas necessárias”, destacou. 

Na última semana o Ministério da Saúde reduziu em 10 milhões a previsão do número de doses esperadas para o Brasil no mês de abril. O total de vacinas para o próximo mês a serem distribuídas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) passou de 57,1 para 47,3 milhões.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) colocou à disposição do governo o parque industrial para a fabricação dos insumos. De acordo com o sindicato, a indústria de saúde animal reúne 28 laboratórios de fabricação de produtos animais, possui três plantas com nível máximo de biossegurança NB3+ e é dominante no que diz respeito à produção de vacinas inativadas, sendo capaz de atender a demanda de imunizantes. 

O vice-presidente executivo do Sindan, Emílio Salani, destacou o potencial da iniciativa. “Nós temos condições de produzir mensalmente grandes volumes de vacinas inativadas no Brasil caso sigam aquelas premissas básicas que eu disse no início: trabalhar com o detentor da tecnologia e a tecnologia for de uma vacina inativada”, afirmou. 

As vacinas inativadas, que é o caso dos imunizantes contra a Covid-19, podem ser produzidos pela indústria que usam agentes mortos ou apenas partículas deles. Já as vacinas atenuadas contêm agentes infecciosos vivos, mas enfraquecidos. Salani destacou que as indústrias têm a tecnologia necessária para a produção da vacina inativada e que só falta a parceria entre as empresas brasileiras detentoras da vacina com as empresas de produtos veterinários. 

A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Freitas, disse que todas as possibilidades estão na mesa para serem avaliadas e que hoje haverá mais uma reunião com o setor, intermediada pelo Ministério da Agricultura, para conhecer melhor o parque fabril da indústria de saúde animal.  

“Vamos avaliar essa questão da produção, em especial da transferência da tecnologia do insumo farmacêutico ativo, verificar quais são as provas de comparabilidade que precisam ser feitas do o insumo farmacêutico com os estudos clínicos que a gente conhece”, afirmou. 

A comissão temporária foi criada para acompanhar as ações contra a Covid-19. Além da parceria, na ocasião foi debatido o andamento dos processos de autorização emergencial e definitiva de vacinas contra a doença e da produção dos imunizantes pelo Brasil.

Além da Anvisa, do MAPA e do Sindan, estiveram presentes representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Diretoria do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Lançamento de livro sobre a história de Salvador marca os 472 anos da primeira capital do Brasil

A comemoração dos 472 anos de Salvador nesta segunda-feira (29) e a necessidade de estimular nos mais jovens o amor pela capital da Bahia foram o ponto de partida para mais uma joia lançada pela Editora Martins & Martins. Em parceria inédita, os professores e historiadores Ricardo Carvalho e Aurélio Shommer preparam uma surpresa, um livro dedicado ao público infantojuvenil que mescla experiências tradicionais de uma obra literária e um mergulho no mundo virtual, via plataformas digitais.

O lançamento de “Salvador, minha cidade” seria realizado exatamente no dia 29 de março, data em que a “soterópolis” completa 472 anos, mas precisou ser adiado em respeito às medidas de restrição estabelecidas pelas autoridades para conter o avanço da Covid-19.

Utilizando a autoridade de outras produções no mundo acadêmico e científico, os autores partem da necessidade de apresentar a primeira capital do Brasil para seus moradores e visitantes com um carinho especial, como uma forma de despertar a autoestima de um povo que superou inúmeras contrariedades para desenvolver características que são muito particulares, uma mescla ímpar da cultura de povos que desembarcaram ou foram encontrados aqui.

Essas particularidades do “ser de Salvador” têm sido cada vez mais fundamentais no enfrentamento desta Pandemia que já provocou mais de 4.500 mortes e infectou quase 169.000 pessoas apenas na capital da Bahia e que tem promovido outras perdas nos setores produtivos, na economia e até na formação educacional de quem não dispõe de grandes condições financeiras.

Fotos: Divulgação/ Luís Filipe Veloso

Prefeitura de Caruaru registra mais de seis mil doses de vacina aplicadas em uma semana

Foto: Janaína Pepeu

Com a ampliação do horário de funcionamento do Centro de Vacinação, que fica no Espaço Cultural Tancredo Neves, mais pessoas estão conseguindo ser imunizadas no município. O local passou a atender das 7h as 19h.

Além disso, a vacinação também está acontecendo aos sábados e domingos. Essas mudanças já têm apresentado resultados na quantidade de doses aplicadas por dia.

Da segunda-feira (22) até este domingo (28), 6.906 doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas. Dessas, 6.498 foram de primeiras doses e 408 de segundas doses.

O secretário de Saúde de Caruaru, Breno Feitoza, comemorou o resultado. “Nossa meta é vacinar mais de mil pessoas por dia em Caruaru. Para isso, não vamos medir esforços. Ampliamos o horário do Centro de Vacinação e, também, os dias de funcionamento“, disse Breno.

Delivery Sulanca também funcionará às terças, quartas e quintas-feiras até 22 de abril

Foto: Janaína Pepeu

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, informa que, a partir da quarta-feira (31) até 22 de abril, o Delivery Sulanca funcionará também às terças, quartas e quintas-feiras, das 5h às 12h. Às segundas-feiras, o serviço permanece das 5h às 17h, inclusive após o retorno do comércio presencial no Parque 18 de Maio, previsto para acontecer na próxima segunda-feira (05/04).

Só nesta segunda-feira (29), dados cadastrais estimam movimentação de aproximadamente R$ 6.380 milhões no Delivery Sulanca. Os dados ainda apontam que 771 veículos de feirantes utilizaram o serviço na data, entregando mais de 170 mil produtos no estacionamento do Polo Comercial de Caruaru, local utilizado como ponto de entregas.

A ampliação do serviço reforça o compromisso do Poder Executivo Municipal com os feirantes da região que comercializam em Caruaru. Esses poderão realizar entregas de mercadorias em mais dias da semana, além das tradicionais segundas-feiras. A medida ainda tem o compromisso de fornecer uma estrutura segura, organizada e com protocolos sanitários, para que feirantes e excursionistas possam comercializar com menor risco de contágio da Covid-19.

Para Ytalo Farias, secretário da pasta, o serviço contribui para a economia da Sulanca e amplia as opções de venda e entrega dos feirantes. “Nosso objetivo é que o comerciante que precisa da nossa cidade para garantir seu sustento tenha mais opções de comercializar com segurança durante essa fase séria de combate à pandemia”, esclarece.

Raquel Lyra se reúne com prefeitos do Polo de Confecções para debater sobre horário das feiras da região

Em reunião realizada nesta segunda-feira (29), a Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, debateu com os prefeitos de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, Fábio Aragão e Edilson Tavares, respectivamente, sobre o horário das feiras do Polo de Confecções do Agreste. Com a retomada das atividades, após o período de quarentena mais rígida, os gestores solicitaram, por meio de ofício enviado ao Governo de Pernambuco, que as tradicionais feiras de cada cidade funcionem a partir das 5h, e não das 10h às 20h, como definido pelo poder Executivo estadual.

De acordo com Raquel Lyra, as feiras são movidas pelas suas peculiaridades, trazendo público de todas as regiões do País. “Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama são cidades que promovem as principais feiras do Polo de Confecções do Estado, sendo de total importância para a economia da região. A dinâmica de cada feira dessas três cidades possui suas especificidades. A mudança do horário é fundamental para manter essa dinâmica”, explicou a Prefeita.

No ofício encaminhado pelos prefeitos, também foi solicitado o agendamento de reunião para discutir, de forma conjunta e antecipada, os temas tocantes ao universo do Polo de Confecções, a fim de promover uma participação ativa na construção de resoluções mais efetivas para a região.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 29.03.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (29), 96,35% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 155 novos casos, 168 pessoas recuperadas da doença e um óbito.

O número de testes realizados subiu para 65.664 dos quais 25.429 foram através do teste molecular e 40.235 pelo teste rápido, com 18.870 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 45.822

Também já foram registrados 79.765 casos de síndrome gripal e 3.662 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 972 casos, 57 pessoas em isolamento domiciliar e 55 internamentos.

Idosos de Caruaru devem ficar atentos ao prazo da segunda dose da vacina contra a Covid-19

Foto: Janaína Pepeu

Os idosos que receberam a primeira dose da vacina CoronaVac, no início do mês de março, devem ficar atentos ao prazo da segunda dose. Para saber qual o dia de recebê-la, o idoso ou o familiar deve conferir a data marcada no comprovante de vacinação.

Sabendo a data, o idoso deve comparecer ao Centro de Vacinação, que fica no Espaço Cultural Tancredo Neves, após as 13h, apresentando o comprovante de vacina, constando a primeira dose, além do comprovante de residência, RG, Cartão Nacional do SUS e CPF.

“O esquema de imunização contra o novo coronavírus prevê duas doses da vacina. O intervalo de tempo entre a primeira e a segunda é de até 28 dias para a do Butantã. Conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações, as duas doses são necessárias para a proteção esperada”, explicou o secretário municipal de Saúde, Breno Feitoza.

Prefeitura de Caruaru celebra centenário de Zé Caboclo com exposição virtual

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura (FCC), realiza uma exposição virtual em homenagem ao centenário do artesão Zé Caboclo. São apresentadas as peças de barro do artista, evidenciando a imagem do artesão que, assim como Vitalino, contribuiu com a difusão da história do Alto do Moura.

Na exposição virtual, obras dos filhos e filhas de Zé Caboclo também serão exibidas, apresentando como a arte do pai influenciou os mesmos. Devido à pandemia da Covid-19, os museus estão fechados e, por isso, o formato para expor é on-line. Confira os links para acessar o material:

Instagram: https://www.instagram.com/museuscaruaru/
Facebook: https://www.facebook.com/musueus.caruaru

Zé Caboclo

José Antonio da Silva, o Zé Caboclo, nasceu no dia 28 de março de 1921 em Caruaru, Pernambuco. Ele foi casado com Celestina Rodrigues de Oliveira, com a qual teve oito filhos: Paulo, Antonio, José, Horácio, Helena, Socorro, Carmélia e Marliete (as três últimas são renomadas artesãs da nova geração de mestres da arte figurativa popular do Alto do Moura).

Em parceria com o seu cunhado Manuel Eudócio, Zé Caboclo inovou técnicas e formas na produção de suas peças. Diferente dos brinquedos que faziam ainda quando crianças, uma das novidades que trouxeram foi a introdução do uso de arame e criação dos olhinhos em alto relevo, ao invés de fazê-los furadinhos. Os olhinhos dos bonecos passaram a ser pintados com pigmento branco e pontinho preto, uma inovação para a época e que continua sendo utilizada até hoje pelos artesãos de todo o Nordeste.

Além das mudanças impressas no realismo das figuras e cenas mais parecidas, Zé Caboclo destacava em sua produção as figuras de velhos, que era justificada por ele pelo fato de que quando criança gostava de conversar com pessoas idosas. Além disso, de acordo com as tendências do mercado da época, modelava médicos, advogados, dentistas, engraxates, lenhadores, sapateiros, pescadores e outros profissionais. O artesão também ficou famoso pelos seus grandes conjuntos de maracatu (14 peças) e bumba-meu-boi (23 peças), duas manifestações que fazem parte da nossa cultura.

Em artigo, Armando defende auxílio-emergencial e apoio aos micro e pequenos empresários

Em artigo publicado neste sábado (27), no Jornal do Commercio, o ex-Senador Armando Monteiro Neto defendeu algumas medidas urgentes que devem ser tomadas para que se minimizem os impactos sociais e econômicos da pandemia do coronavírus. Abaixo, a íntegra:

As luzes que não podem se apagar

ARMANDO MONTEIRO NETO

A maior crise sanitária de nossa história é também um momento de graves consequências econômicas e sociais para o Brasil. A carta aberta assinada recentemente por mais de 1,5 mil economistas e empresários brasileiros dá a medida das dificuldades que atravessamos.

Em Pernambuco, pesquisa da FIEPE detecta o ambiente de incertezas enfrentado também por quem empreende: 37,3% das empresas dizem que ainda vão ter queda de faturamento este ano e 48,5% ficarão estagnadas, enquanto apenas 14,2% acreditam em recuperação no curto prazo.

Além de acelerar a vacinação, o momento exige rigorosas ações de controle e restrições de atividades consideradas não essenciais. Tais medidas, embora necessárias, afetam ainda mais a retomada dos pequenos negócios no País que, segundo o SEBRAE, tiveram em fevereiro queda de 40% no faturamento médio, com 19% das micro e pequenas empresas demitindo no período.

Para minorarmos esse cenário, devemos trabalhar em três frentes. Primeiro, o pagamento imediato do auxílio emergencial, que sequer deveria ter sido interrompido, por ser a única renda com a qual a imensa parcela mais pobre e vulnerável da população poderá contar. O auxílio-emergencial é também um benefício que alavanca a demanda e movimenta os pequenos negócios. É de se reconhecer, porém, que o montante de R$ 44 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional é insuficiente, dada a gravidade da pandemia e o ritmo lento de vacinação. Há de se encontrar espaço fiscal para sua ampliação.

Segundo, é necessária a reedição do programa de suspensão de contrato de trabalho e redução de jornada, com a complementação de renda para trabalhadores formais. Assim, dá-se um fôlego para as micro e pequenas empresas, responsáveis por 52% dos empregos formais. Finalmente é preciso inaugurar uma nova fase do Pronampe. A extensão da carência e do prazo de pagamentos dos contratos no mínimo por 6 meses se faz necessária, além do aporte adicional de recursos no fundo garantidor que possibilitará empréstimos novos.

As empresas, e os empregos, também precisam sobreviver a este período crítico da crise sanitária, em especial os micro e pequenos negócios. Eles são como luzes na cidade, que não podem se apagar.

Especialista indica o que fazer para evitar o endividamento

A pandemia da Covid-19 está cada vez mais preocupante. A propagação do coronavírus tem impactado no bolso de muitas pessoas, com um cenário alarmante para os brasileiros. Exemplo disto é o crescente percentual de endividados no país. Em 2020, esse índice fechou em 66,5%, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É o maior patamar de endividamento familiar em 11 anos.

Mas, segundo o professor de Administração da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Daniel Mariano, ainda é possível acreditar em uma diminuição na inadimplência. Isso porque ela ainda é inferior em termos percentuais se comparado com o mesmo período do ano passado (2020), quando a pandemia do COVID-19 começou a assolar o mundo.

Segundo Mariano, a pandemia impacta na saúde da população e na saúde financeira das famílias. “É possível compreender que temos dois cenários para coordenar e controlar estes números referentes às finanças das famílias brasileiras: o que fazer para evitar o endividamento e, caso esteja endividado, o que deve ser feito para solucionar tal questão”, ressalta o docente.

Quanto ao que fazer para se evitar um endividamento, o especialista destaca que é fundamental adotar um novo comportamento em termos de administração financeira e familiar neste cenário de incertezas. “Para as famílias endividadas, a principal orientação é que se faça acordo com seus respectivos credores. Como esta realidade está impactando o bolso do brasileiro sem distinção de classe social, as partes envolvidas estão sinalizando interesses em acordos que sejam minimamente satisfatórios para ambas as partes. Isso representa um cenário favorável para os ajustes das contas”, explica o professor.

Caso você tenha tido suas finanças comprometidas e que levaram ao endividamento neste período, o especialista recomenda a procura dos credores com o objetivo de encontrar solução para quitar as dívidas. “O acordo pode ser a principal forma de controlar esses gastos e dívidas. Assim, é possível reverter esta situação por meio do comprometimento em pagamentos na medida e proporção que as famílias podem então custear”, finaliza Daniel Mariano.