Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 22.03.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (22), 96,21% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 149 novos casos, 193 pessoas recuperadas da doença e um óbito.

O número de testes realizados subiu para 63.327 dos quais 24.730 foram através do teste molecular e 38.597 pelo teste rápido, com 18.091 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 43.914.

Também já foram registrados 75.861 casos de síndrome gripal e 2.954 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 1.322 casos, 302 pessoas em isolamento domiciliar e 50 internamentos.

No Dia Mundial da Água projetos que garantem renda e preservação são destaques

O dia 22 de março marca as celebrações do Dia Mundial da Água data instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O tema que contempla saúde, economia e direitos humanos ganha destaque quando bem aplicado em ações de preservação. Um exemplo disso é o Programa Produtor de Água.

Criado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e espalhado em mais de 20 pontos no Brasil, o projeto estimula os produtores rurais a investirem no cuidado do trato com as águas, concedendo um Pagamento por Serviços Ambientais (PSA hídrico) e prestando apoio técnico para implementação de práticas de conservação, como explica Ricardo Andrade, diretor da ANA.

“O Programa Produtor de Água é um programa que remunera os serviços prestados pelo agricultor na conservação do solo, nas boas práticas agrícolas, que resultam em uma melhor qualidade da água, preservação das nascentes, fontes, rios. Na prática, o programa reconhece a importância do pequeno produtor rural e paga para ele preservar as terras com práticas agrícolas adequadas, fazendo com que a água por ele gerada seja de melhor qualidade e com maior consistência.”

Ricardo cita que o Brasil tem hoje mais de 2.500 produtores rurais que já receberam por serviços ambientais, em uma área superior a 86 mil hectares. “Portanto, é uma iniciativa muito relevante”, define. Ou seja, a ação propicia, ao mesmo tempo, a melhora da quantidade e qualidade da água da região e o ganho econômico dos produtores.

Ações

Esses projetos são conduzidos por diferentes instituições em conjunto. Integradas, elas fazem parcerias com a ANA, como acontece no Distrito Federal. A capital conta com o Projeto Produtor de Água na Bacia do Ribeirão Pipiripau, que soma 200 produtores rurais e 17 instituições participando da iniciativa, coordenada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).

Devanir Garcia, assessor da Diretoria Colegiada da Adasa, conta que o modelo garante desenvolvimento para todos os envolvidos. “Porque se eu trabalho bem o meu solo, ele vai ter mais matéria orgânica, uma capacidade maior de infiltração. Com isso, vai dar um suporte melhor às culturas que eu implanto. Esse é o grande mote de sucesso do programa produtor de água. Você investe no ambiental com ganhos econômicos”, avalia.

A ação do DF chegou a ganhar, neste ano, o segundo lugar da premiação Water ChangeMaker Awards, que celebra iniciativas que promovem mudanças socioambientais por meio das águas. As ações são divididas em sete grupos de trabalho, para promover reflorestamento de áreas degradadas, cercamento de nascentes e Áreas de Preservação Permanente, adequação de estradas rurais, conservação do solo e melhoria da infiltração da água, entre outras estratégias ambientais.

Outros projetos de destaque são realizados nos municípios como Canindé de São Francisco (SE), Goiânia (GO), Uberaba (MG), Campo Grande (MS), entre outros. Os braços do programa nascem por meio de iniciativas de prefeituras municipais, comitês de bacia ou empresas de saneamento interessadas em manter ou aumentar a disponibilidade hídrica. 

Produtores rurais que queiram participar devem verificar junto a essas instituições se a área de suas propriedades está inserida na bacia hidrográfica contemplada por algum projeto. Também é possível obter mais informações no e-mail disponibilizado pela ANA, produtordeagua@ana.gov.br.

Desafio

Se por um lado há boas práticas a serem comemoradas e expandidas no dia da água, há também desafios a serem enfrentados pelo país. O Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, publicou uma nova edição do Ranking do Saneamento do Brasil com dados das 100 maiores cidades. Os resultados avaliam os indicadores à água potável e preocupam.

A publicação mostra que o país mantém sem serviços de água tratada quase 35 milhões de habitantes, e aproximadamente 100 milhões de habitantes não têm acesso à coleta de esgotos. O Brasil também não trata metade dos esgotos que gera (49%), “o que representa jogar na natureza, todos os dias, 5,3 mil piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento”, aponta o texto da pesquisa.

Para Pedro Scazufca, pesquisador do Instituto Trata Brasil, o estudo permite um panorama nacional do tema do saneamento. “Dos 20 melhores colocados entre as 100 maiores cidades, os destaques foram cidades dos estados do Paraná e de São Paulo, que, no total, têm 14 entre as 20 melhores cidades. Do lado oposto, temos capitais, cidades grandes, como Macapá, Porto Velho, Belém e Rio Branco, cidades na região Norte, nas últimas colocações. Muitas delas com níveis de atendimento em esgotamento sanitário abaixo da média nacional de 50%, que é muito baixa.”

O especialista também avalia que é preciso analisar esses dados para construir políticas públicas de qualidade que influenciem na qualidade de vida da população. “Acho que esse é o desafio, conseguir estruturar projetos que viabilizem a prestação de serviços de saneamento para elevar o investimento nesses locais”, finaliza. 

Uma em cada quatro mulheres teve sua consulta de rotina cancelada durante a pandemia

A saúde da mulher deixou de ser prioridade devido à pandemia da COVID-19. Esse é um dos dados da pesquisa inédita realizada pela consultoria Kantar, em parceria com a Amgen, uma das maiores empresas de biotecnologia no mundo. O levantamento demonstrou que a saúde da mulher brasileira deixou de ser prioridade no período da pandemia: uma em cada quatro mulheres (23%) teve sua consulta de rotina cancelada pelo médico.

A pesquisa foi realizada com mais de 2.000 mil mulheres de 7 países, incluindo Canadá, Brasil, México, Argentina, Colômbia, Arábia Saudita e Turquia. A iniciativa faz parte do movimento global “Juntas Somos Invencíveis”, promovido pela Amgen e apoiado no Brasil pela CDD – Crônicos do Dia a Dia, cujo objetivo é conscientizar sobre a importância do cuidado com a saúde feminina, especialmente no atual cenário de pandemia e que afeta diariamente centenas de mulheres ao redor do mundo. Ao longo de 2021, a campanha abordará diversas enfermidades que afetam diretamente as mulheres, como saúde óssea, doenças cardíacas e câncer.

Outro dado observado na pesquisa apontou que a mulher brasileira é proativa em falar sobre cuidados à saúde com seus familiares e amigos, com um papel fundamental na conscientização. Uma em cada duas mulheres (46%) disse que traz tópicos de saúde para a família e amigos. Isso foi significativamente maior do que o que foi observado no México (24%), Argentina (19%) e Colômbia (27%).

“Sabemos que o papel do cuidado das famílias é culturalmente dado às mulheres, que acabam desempenhando essa função mas, muitas vezes, negligenciam sua própria saúde, o que tem sido muito evidente durante a pandemia. O movimento Juntas Somos invencíveis servirá como um lembrete importante para que nós, mulheres, protejamos nossa saúde, enquanto também cuidamos umas das outras durante momentos como esses, em que os recursos de saúde e o acesso a informações podem ser mais limitados”, Bruna Rocha – Gerente Geral da CDD – Crônicos do Dia a Dia.

Desconhecimento da saúde óssea

A pesquisa também abordou o conhecimento da osteoporose entre as mulheres. A doença é uma condição de saúde grave que ainda é amplamente subdiagnosticada. No Brasil, estima-se que a osteoporose afete 10 milhões de pessoas¹, entretanto, após quebrar um osso, a maioria dos pacientes não é diagnosticado e devidamente tratado para osteoporose, que é a causa subjacente da fratura.

A condição traz um alto impacto para a produtividade e vida de centenas de brasileiros. Após uma fratura, 40% são incapazes de andar de forma independente e 80% passam a ter restrições em suas atividades diárias, como dirigir e fazer compras de supermercado. Além das limitações físicas, a osteoporose e as fraturas podem afetar significativamente a saúde mental e emocional das mulheres.

De acordo com o levantamento, embora a maioria das mulheres no Brasil (96%) concordam que os ossos desempenham um papel fundamental na capacidade de independência, 40% das mulheres que não conversaram com o seu médico sobre a saúde óssea não o fizeram porque isso não é algo que as preocupa.

A pesquisa revelou algumas descobertas previstas, muitas delas surpreendentes, sobre como as mulheres no Brasil veem a saúde óssea e os desafios que enfrentam. Dentre as entrevistadas, as mulheres têm conhecimento para reconhecer os primeiros sinais de osteoporose: muitas sabiam que um osso que quebra facilmente (93%) e a perda de altura ao longo dos anos (75%) são sinais precoces de deterioração da saúde óssea, mas menos mulheres (57%) estavam cientes de que dor nas costas também poderia ser um sinal precoce de deterioração da saúde óssea.

A osteoporose afeta uma em cada três mulheres a partir dos 50 anos, porém, o método de prevenção ainda é desconhecido. Segundo a pesquisa, 60% das mulheres nunca realizaram e tão pouco ouviram falar sobre uma avaliação de risco de fratura. Outras 25% já ouviram falar, mas nunca completaram uma e apenas 7% haviam concluído o exame.

Além disso, quase todas as mulheres pesquisadas (96%) afirmam saber que as densitometrias ósseas são importantes para sua saúde óssea, porém, 29% nunca realizaram o exame. ‘’Apesar de avanços significativos na triagem e tratamento, a osteoporose continua sendo um grande problema em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil. Ao contrário de outras condições de saúde que têm um impacto imediato, muitas pessoas não sentem que a saúde óssea seja urgente, pois seus sintomas muitas vezes podem ser silenciosos. Se não for diagnosticada e tratada, a osteoporose pode levar a fraturas que, para muitos, podem significar perda de independência e da vida como a conhecem” afirmou o especialista Dr. Ben-Hur Albergaria, ginecologista e vice-presidente da Comissão Nacional de Osteoporose.

Mais informações sobre os dados e o movimento global Juntas Somos Invencíveis estão disponíveis no site: https://www.JuntasSomosInvenciveis.com.

Sobre a Amgen

A Amgen está comprometida em liberar o potencial da biologia para pacientes que sofrem com doenças graves ao descobrir, desenvolver e produzir medicamentos inovadores. Esta abordagem começa ao utilizar ferramentas como genética humana avançada para desvendar as complexidades da doença e entender os fundamentos da biologia humana. A Amgen se concentra em áreas de necessidade médica não atendidas, potencializado a sua experiência na fabricação de produtos biológicos para buscar soluções que melhorem a saúde e a vida das pessoas. Fundada nos Estados Unidos em 1980, a Amgen tornou-se a maior empresa de biotecnologia no mundo, com milhões de pacientes atendidos e com um pipeline de medicamentos com potencial revolucionário em desenvolvimento. A empresa está em constante expansão, oferecendo um portfólio robusto nas áreas de oncologia, hematologia, doenças ósseas, doenças cardiovasculares e nefrologia.

Fundação Estudar oferece auxílio financeiro para alunos de universidades públicas

Os estudantes das universidades públicas brasileiras têm no processo seletivo de bolsas de estudo da Fundação Estudar uma oportunidade de conseguir apoio financeiro para bancar os gastos referentes à graduação e ainda fazer parte de uma comunidade que já formou cerca de 700 líderes brasileiros, nas mais diversas áreas de atuação. Os selecionados recebem auxílio financeiro para despesas como mobilidade, aluguel, material didático e alimentação, além de mentoria e acesso a eventos exclusivos.

Os interessados em participar do Programa de Líderes, que completa 30 anos em 2021, têm até o dia 5 de abril para se inscreverem no site Fundação Estudar . A ação também tem como objetivo oferecer todo o suporte necessário para que os novos talentos brasileiros possam gerar transformação e impacto em suas áreas de atuação.

Do total de ex-bolsistas que tiveram ajuda da organização desde 1991 para estudar em instituições públicas, aproximadamente 55% solicitaram bolsa para estudar na USP (Universidade de São Paulo).

A área de biológicas é onde está a maior parte (23,6%) do total de beneficiados de universidades públicas pelo Programa Líderes Estudar. Entre eles está José Wallison Souza do Nascimento, morador do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. Estudante de medicina da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), o bolsista é líder da turma de 2020 e com apoio da bolsa e da comunidade da Fundação Estudar, ele quer criar um cursinho popular para que mais jovens negros se tornem médicos.

“É importante que todos esses jovens de universidades públicas com o perfil de liderança e a inquietude que a Fundação Estudar busca, tenham o apoio necessário para desenvolver projetos transformadores em suas realidades de vida. Os custos para concluir uma graduação, mesmo em universidades públicas, pode ser muito alto e inclui despesas como moradia, transporte, alimentação e livros. Por isso, ter um auxílio complementar como aliado no desenvolvimento acadêmico, é fundamental para que mais estudantes aprimorem suas competências no ensino superior e que consigam finalizar seus estudos”, explica Anamaíra Spaggiari, diretora-executiva da organização.

O valor das bolsas do Programa de Líderes é parcial e definido de acordo com o perfil acadêmico do candidato, a duração e o local do curso, além de sua condição familiar, profissional e socioeconômica. Caso os interessados não tenham condições financeiras de pagar a taxa de inscrição, eles podem solicitar a isenção.

Serviço

Link das inscrições: https://bit.ly/2MvfeyR.
Taxas: R﹩75,00 para inscrição nos programas de graduação e intercâmbio, e R﹩150 para programas de pós-graduação.
Isenção: Jovens que não tiverem condições financeiras de arcar com o valor da taxa podem solicitar a isenção, comprovando a necessidade.
Tipos de bolsa: Graduação completa no Brasil; Intercâmbio acadêmico de Graduação ou duplo diploma; Graduação completa no exterior ou Pós-graduação no exterior.
Prazo: 5 de abril de 2021.

Etapas:

• Inscrição;

• Testes de perfil e lógica e análise da trajetória;

• Avaliação de vídeo;

• Entrevista de competências;

• Painel com líderes Estudar*

• Painel final*

* Todas as fases serão online.

Sobre o Programa de Líderes
O Líderes Estudar é um programa da Fundação Estudar que seleciona jovens brasileiros com alto potencial e fornece bolsas de estudo para que cursem as melhores universidades do mundo, além de estimular o desenvolvimento pessoal e profissional para que gerem grandes transformações no país.

Sobre a Fundação Estudar

A Fundação Estudar contribui para a formação das futuras lideranças transformadoras do Brasil por meio do estímulo à experiência acadêmica de excelência e do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens. Mais informações: www.estudar.org.br.

A importância do sono no processo de aprendizagem

Todos sabem que dormir bem é essencial para um bom desenvolvimento do corpo e da mente, pois auxilia o cérebro no processo de fixação dos aprendizados adquiridos. É importante ressaltar que a privação do sono pode resultar em irritação, dificuldade de concentração e falta de interesse nas atividades, tudo motivado pelo cansaço. Por isso, é necessário ficar atento à qualidade das noites de sono dos seus filhos e fazer o máximo para ajudá-los a manter um equilíbrio saudável.

Há um ano que estamos passando por um período complicado, devido a pandemia, e com algumas medidas restritivas, como o isolamento social, as rotinas de todos modificaram, inclusive os horários de dormir e acordar, devido às aulas remotas.

A equipe do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP) do colégio GGE, sempre auxiliou os alunos a descobrir qual a melhor forma de aprendizado durante as aulas, como também no planejamento das rotinas de estudos em casa.

“Com a chegada da pandemia, tivemos que adaptar toda a metodologia para atender nossos alunos de maneira presencial e remota. Tentamos construir a rotina de cada aluno de maneira personalizada, com o objetivo de montar um planejamento que os faça assimilar o aprendizado com qualidade e também ter as horas de descanso. É importante que eles entendam que o sono é essencial para manter o equilíbrio corporal e mental. Por isso alertamos que eles precisam dormir nos horários certos, regularmente. Para fixar tudo que é ensinado, é necessária uma junção: prestar atenção nas horas certas e dormir nas horas certas também”, explicou Liliane Nascimento, uma das psicólogas do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP) do colégio GGE.

Vale lembrar que a falta de sono pode prejudicar os estudos. As crianças e os jovens que dormem mal, por exemplo, perdem facilmente a atenção e pode afetar a capacidade de absorver novos conteúdos, pois é durante o sono que o aprendizado e o conhecimento são concretizados, melhorando diretamente a qualidade cognitiva.

“Sempre buscamos uma parceria com os pais e responsáveis, pois as crianças não entendem e precisam do comando para obedecer a seus horários. Já os jovens querem ficar assistindo televisão, mexendo no celular ou jogando videogame até tarde, podendo provocar ansiedade e causar insônia. Esses aparelhos precisam ser deixados de lado um bom tempo antes do horário de dormir, pois o impacto visual causado por eles atrapalha o processo natural do corpo de ir se desligando e preparando-se para repousar. Por isso é tão importante que os pais estipulem um horário reduzido para a utilização no horário noturno e imponha limites diários, para proporcionar uma boa qualidade de sono e aprendizado ao seu filho”, concluiu a psicóloga.

Criatividade com pneus dá nova roupagem a unidade da Funase

No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Timbaúba, unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) na Zona da Mata Norte, uma boa prática na área de qualificação profissional está dando uma nova roupagem aos espaços de cumprimento da medida de internação por adolescentes em processo de reinserção social após envolvimento em atos infracionais. Trata-se do curso de Artesanato em Pneus, por meio do qual os alunos aprendem a criar, por exemplo, cacimbas artesanais, araras e tucanos usados na decoração de salas e das áreas externas. A turma mais recente chegou ao fim na última sexta (19).

A iniciativa foi idealizada pelo coordenador-geral da unidade, Adelson Paixão, que também é responsável por ministrar as aulas. Quinze socioeducandos participaram da ação, que já contou com três turmas formadas. As aulas ocorreram em grupos com até cinco alunos, com observância às medidas de prevenção ao coronavírus. No início de março, quando a segunda turma estava em atividade, dois adolescentes que já haviam passado pelo curso foram convidados para ministrar as aulas juntamente com o instrutor.

Todos os itens são produzidos a partir da ressignificação de pneus reaproveitados, o que ajuda a passar também a mensagem sobre a importância do reúso de materiais que, se descartados incorretamente, prejudicariam o meio ambiente. As atividades têm certificação do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). O fato de os objetos estarem sendo destinados à decoração dos espaços da unidade tem funcionado como um estímulo ao envolvimento coletivo dos alunos nesse processo.

Para o coordenador-geral do Case Timbaúba, Adelson Paixão, cursos como esses têm um papel diferenciado na trajetória dos adolescentes atendidos pela Funase. “Estou na instituição há 20 anos e é gratificante poder contribuir para o desenvolvimento profissional deles. O curso é uma oportunidade, para que, ao saírem da Funase, disponham de uma série de conhecimentos práticos e avaliem a possibilidade de trabalhar com artesanato, um característica muito forte em nossa região”, afirma.

Proibição de reajuste de salário para servidores até o fim do ano é constitucional, avalia STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a proibição de reajuste salarial a servidores públicos prevista no programa de combate ao coronavírus é constitucional. Todos os integrantes da Corte seguiram o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes. Assim, os entes da federação não podem aumentar a remuneração de funcionários públicos até 31 de dezembro deste ano. 

As ações que questionavam a proibição do reajuste foram ajuizadas por partidos políticos, que argumentaram que tal mudança não deve ser prerrogativa do Congresso Nacional, mas sim do presidente da República. As regras validadas pelo STF foram aprovadas por meio da Lei Complementar 173/2020, que estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus. 

Entre outras coisas a lei prevê a suspensão do pagamento das dívidas dos estados, Distrito Federal e municípios com a União, o repasse de auxílio financeiro federal, a autorização para renegociar dívidas contraídas junto a instituições financeiras e a proibição de aumentos para servidores até o fim deste ano, entre outras alterações. 

Ministério da Saúde anuncia início da vacinação contra a gripe para o dia 12 de abril

Em meio à imunização dos brasileiros contra a Covid-19, o Ministério da Saúde anunciou que vai iniciar outra campanha nacional de imunização. Trata-se da vacinação contra o Influenza, vírus que causa a gripe. De acordo com a pasta, a expectativa é alcançar 79,7 milhões de pessoas, que fazem parte do grupo prioritário a partir do dia 12 de abril. 
 
O Ministério da Saúde destaca que a vacinação vai prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos, internações e maior sobrecarga do sistema de saúde, que já sofre com a pandemia. Além disso, é importante para reduzir os sintomas que podem ser confundidos com os da Covid-19. O órgão orienta estados e municípios a tomarem todas as medidas de prevenção à propagação do novo coronavírus. Ao todo, são mais de 50 mil postos de imunização em todo o País. 

Entre os grupos prioritários estão as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos ou mais, professores, portadores de doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, por exemplo. 
 
O órgão ressalta que as unidades de saúde devem priorizar a vacina contra a Covid-19 antes da Influenza. Nesse caso, alguém que faz parte do grupo prioritário deve, preferencialmente, receber a vacina contra o novo coronavírus antes da dose contra a gripe.  

Vacinação gratuita no SUS contra o HPV é ampliada para mulheres imunossuprimidas com até 45 anos

O papilomavírus humano (HPV) é a infecção viral mais comum do trato reprodutivo e a maioria das mulheres e homens sexualmente ativos serão infectados em algum momento de suas vidas. Embora a maioria das infecções por HPV desapareçam sozinhas e grande parte das lesões pré-cancerosas se resolva espontaneamente, há um risco que a infecção por HPV se torne crônica e as lesões pré-cancerosas progridam para câncer cervical invasivo. Além do câncer de colo de útero, o HPV pode causar câncer de vulva, vagina, ânus, orofaringe e verrugas genitais.

Com aproximadamente 570 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o quarto mais comum entre as mulheres. A doença é responsável por 311 mil óbitos por ano, sendo também a quarta que mais causa mortes por câncer na população feminina¹. Além disso, recentemente foi identificada uma prevalência de HPV em colo uterino de 22,5% e de 48,8% no ânus em mulheres brasileiras submetidas a transplante renal. Um recente artigo publicado observou que o risco de desenvolvimento de câncer, em especial associado ao HPV, é cerca de seis vezes maior entre mulheres que convivem com o HIV em comparação com aquelas sem HIV.

Pensando nesse cenário, o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações/PNI e o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) ampliaram a indicação até 45 anos de idade com a administração de três doses da vacina contra o HPV (intervalos de 0, 2 e 6 meses) para mulheres com imunossupressão, já que estas pacientes estão mais expostas as complicações decorrentes da infecção pelo vírus. A imunização já está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) de todo o Brasil.

Prevenção

No Brasil, a estratégia de prevenção e diagnóstico precoce recomendada pelo Ministério da Saúde abrange a utilização de preservativos, a realização de exames de Papanicolau a partir dos 25 anos, e a vacinação contra o HPV. Na maioria dos casos, os sintomas surgem apenas quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, por isso a prevenção precisa ser incentivada.

Ampliação da vacina HPV para mulheres com imunossupressão

Grupo de idade e Indicação: mulheres entre 9 e 45 anos vivendo com HIV-Aids, transplantados de órgão sólidos e medula óssea e pacientes oncológicas | Três doses da vacina HPV (0, 2 e 6 meses).

O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde disponibiliza a vacina anti-HPV para:

• Meninas de 9 a 14 anos de idade;
• Meninos de 11 a 14 anos;
• Sexo feminino entre 9 a 45 anos e jovens do sexo masculino entre 9 e 26 anos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.