Atraso na construção da PE-33 prejudica milhares de alunos da UFRPE e do IFPE

O atraso na conclusão das obras da rodovia PE-33, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, prejudica milhares de alunos do câmpus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) no município. A estrada é fundamental para o funcionamento das duas instituições e começou a ser construída em 2017, mas o descaso deixou as obras paralisadas, prejudicando alunos, professores e moradores do local.

No caso da Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA) da UFRPE, a falta da rodovia resultou na suspensão da obra, que está cerca de 65% concluída e tem custo total de R$ 250 milhões. Desses, já foram investidos aproximadamente R$ 108 milhões. Sem a estrutura para funcionar, a UFRPE gasta cerca de R$ 200 mil mensais com o aluguel de um empresarial onde mais de três mil alunos estudam de forma improvisada, nos cursos de engenharia mecânica, civil, eletrônica, eletrotécnica e de produção.

Quando estiver em pleno funcionamento, a sede definitiva da UACSA poderá abrigar mais de 20 mil alunos numa estrutura equipada com biblioteca, auditório, residências estudantis, restaurante universitário, entre outros espaços, com moderno sistema de reaproveitamento hidráulico e sustentabilidade nas estruturas e serviços.

Já no caso do IFPE as obras foram finalizadas, mas, sem a conclusão da rodovia, os estudantes não têm como chegar ao local. A instituição investiu R$ 35 milhões para atender 600 estudantes de ensino técnico e superior. Sem poder ter acesso à nova sede, os estudantes hoje ocupam parte das instalações da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Cabo de Santo Agostinho (Fachuca).

A estudante do curso técnico em Meio Ambiente do IFPE Maria Eduarda da Silva, fala sobre a importância da conclusão das obras. ” A informação que temos é de que ainda não estamos estudando nesse prédio do IFPE por causa das obras que dão acesso. Sem a conclusão delas, preciso me deslocar para outro prédio que o Instituto precisou nos colocar para estudarmos. Hoje, para chegar no prédio da Fachuca, demoro duas horas. Se as obras de acesso estivessem concluídas, eu chegaria no IFPE em 30 minutos”.

O campus do IFPE, pronto para ser inaugurado, possui mais de 12 mil metros quadrados de área construída, divididos entre 2 blocos de salas de aula com 30 ambientes, 2 blocos de laboratórios com 24 ambientes, biblioteca central com salão amplo, 3 salas de estudo, 1 sala de vídeo para 40 pessoas, creche projetada para atender, em parceria com o município, até 56 crianças de 0 a 6 anos, auditório central para 439 pessoas, além de bloco administrativo, bloco acadêmico, miniauditório, ampla área de convivência e ginásio poliesportivo.

De acordo com a moradora Edivania Maria, ela e outros moradores ainda sonham com a conclusão das obras. “Não vemos a hora de ganhar um acesso adequado para nossas casas, mas já fazem uns cinco anos que começaram as obras e ainda não concluíram. É uma obra importante para nossos filhos irem para escola, para facilitar a entrada de uma ambulância em caso de emergência, além de outras coisas”.

A PE-33 tem 8,7 quilômetros de extensão e custo de R$ 32,7 milhões. Licitada em 2014, a obra teve início em outubro de 2017. Em janeiro do ano seguinte, foi paralisada, após atraso no pagamento da empresa que realizava o serviço. A rodovia liga a PE-60 à BR-101, no Cabo de Santo Agostinho. Localizados no bairro Mercês, os campi, que estão inseridos no Complexo Convida Suape, têm juntos cerca de 67,5 mil m². O investimento necessário para o primeiro trecho, de dois quilômetros, da BR-101 até as estruturas educacionais, é de R$ 10 milhões.

Nota da Associação Comercial de Pernambuco (ACP)

Desde o início da pandemia, foi ouvido, por boa parte da população, que as medidas restritivas são tomadas sob um viés político, causando desconfiança e tensão política, o que prejudica ainda mais a economia. Essa desconfiança só gera desgastes políticos e prejudica tanto os governantes quanto a população, que sente os efeitos diretos e fica insegura quanto à realidade dos fatos.

A fim de evitar especulações e garantir a confiabilidade das informações, nós, da Associação Comercial de Pernambuco, pleiteamos junto ao Governo Estadual a representatividade no Comitê Especial Intermunicipal de Enfrentamento ao Coronavírus e no Comitê Estadual Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus.

O objetivo é acompanhar a evolução dos casos da Covid-19 e a quantidade de leitos disponíveis no Estado, além de outras informações relevantes no que diz respeito à evolução dos casos e a estrutura da Saúde, visando maior transparência e confiança da população. Reiteramos que esta solicitação não tem nenhuma conotação política, mas de colaboração.

Como integrantes destes comitês, poderemos acompanhar de perto e informar a toda comunidade empresarial e à população os detalhes sobre a situação da pandemia no Estado de Pernambuco, com a finalidade de analisar a pertinência das medidas adotadas pelo Governo.

Tiago Carneiro
Presidente da Associação Comercial de Pernambuco

De Férias com o Ex Brasil Celebs: Humorista alagoano Rico Melquiades é um dos participantes da próxima temporada

A MTV divulgou os nomes dos participantes da segunda temporada do reality show De Férias com o Ex Brasil: Celebs. Entre diversas personalidades, está o comediante alagoano Luiz Ricardo Melquiades Santiago, de 27 anos, vem conquistando a internet com o pseudônimo Rico Melquiades. Ultrapassando a marca de 2,4 milhões de seguidores no Instagram, o digital influencer iniciou a carreira em 2018 mostrando o seu dia a dia, a relação com família e diversas situações do cotidiano que arrancam risadas do público.

O reality show foi gravado em janeiro deste ano, em uma casa em Ilha Bela, litoral norte de São Paulo. A data de lançamento da nova temporada ainda não foi confirmada, mas a expectativa é de estreia para o primeiro semestre do ano. O programa costuma ir ao ar semanalmente na MTV e na plataforma de streaming Amazon Prime Video.

Além do humorista @ricomelquiades, integram nomes como Marina Godoy, vencedora do The Circle Brasil e a sobrinha de Zezé di Camargo, a cantora sertaneja Day Camargo. Além disso, o ator Tarso Brandt, que será o primeiro homem trans a participar do programa e os influenciadores digitais Matheus Pasquarelli e Ingrid Ohara.

Sobre Rico Melquiades:

Nascido em Maceió, Rico sempre desejou levar seu humor para o Brasil inteiro. Junto com o digital influencer Davi Matheus, sua antiga dupla de conteúdo, lançaram diversos vídeos engraçados, um sucesso, rendendo até um tour de sete shows nos EUA, passando por cidades como Orlando, Miami, Washington D.C. e Atlanta no ano de 2019. Sempre se destacando, Rico também foi um dos convidados da mansão da Rafa Kalimann em Goiânia, uma ação para o maior Villa Mix do país ao lado de artistas como Lore Improta, Simone das Coleguinhas, John Drops, Paula Amorim e mais.

O crescimento estava só começando, quando, em setembro do mesmo ano, Rico aceitou o convite do cantor Wesley Safadão para compor o time do projeto ‘Vai Com Safadão’, uma imersão de conteúdos acompanhando uma rotina de shows e momentos dentro de uma fazenda do cantor. Mais na frente, Rico ganhou o público da televisão brasileira, após participar do Programa da Eliana, no quadro ‘Famosos da Internet’.

Não parando por aí, ainda no mesmo mês, Rico se uniu novamente a Davi e, juntos, lançaram o espetáculo Cabaré do Rico e do Davi, levando o sucesso da parceria para 6 estados do nordeste brasileiros, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Fortaleza e Alagoas, nesse último lotando o teatro local com 1.200 telespectadores. O sucesso chamou atenção de outras regiões, porém a agenda precisou ser cancelada devido a pandemia do Coronavírus em 2020. Mas isso não desanimou o artista, que mesmo à distância, aproveitou a oportunidade para mostrar sua ‘nova rotina’ e participar de entrevistas como do canal do Youtube do influencer Matheus Mazzafera.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 08.03.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta segunda-feira (8), 96,55% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 51 novos casos, 52 pessoas recuperadas da doença e dois óbitos.

O número de testes realizados subiu para 57.187 dos quais 22.987 foram através do teste molecular e 34.200 pelo teste rápido, com 16.942 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 39.409.

Também já foram registrados 71.174 casos de síndrome gripal e 2.245 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 836 casos, 10 pessoas em isolamento domiciliar e 36 internamentos.

Pernambuco abre seleção para bolsas de estudo de ensino superior

O estado de Pernambuco lançou, nesta segunda-feira (8), o edital de seleção de estudantes para o Programa Pernambuco na Universidade (PROUNI-PE). O programa vai destinar mil bolsas de estudos, no valor de R$ 500 reais cada, para alunos matriculados em Instituições de Ensino Superior (IES), públicas ou privadas sediadas em Pernambuco.

O programa é destinado a estudantes não portadores de diploma de curso superior, cuja renda familiar mensal, per capita, não exceda o valor de um salário mínimo e meio.

O processo seletivo terá como critério a nota mínima de 350 pontos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o qual deve ter sido realizado nos dois últimos anos. A inscrição deverá ser feita pelo estudante, para a IES em que estuda, no período de 15 de fevereiro a 1º de março de 2021, através do link https://prouni.secti.pe.gov.br/

Fotógrafas têm como inspiração Dia Internacional das Mulheres para criar ensaio de autorretratos

O Dia Internacional das Mulheres chegou e, como maneira de mostrar as várias facetas e investigar o que é ser mulher na nossa sociedade, as fotógrafas do coletivo I Hate Flash realizaram um ensaio de autorretratos. Elas saíram detrás das câmeras e foram para frente para revelar como se sentem diante das pressões diárias, em meio a uma pandemia, e colocaram em imagens sentimentos que muitas vezes ficam trancados. O resultado foram imagens cheias de significado e força que estarão disponíveis nas redes sociais do coletivo (@ihateflash).

Laís Aranha

Artista, fotógrafa, operadora de câmera e diretora de fotografia há onze anos. Começou na aventura de criar imagens como forma de navegar no mundo e conhecer pessoas, lugares, ouvir e contar histórias.

Autorretrato: “O exercício do autorretrato é uma oportunidade de me vincular comigo, pensar no dilema da autoimagem, de como quero ser vista, como pensamos que nos veem e como queremos que nos vejam. Gosto de trabalhar isso para me colocar no lugar daqueles que fotografo e é doido perceber quanta vulnerabilidade existe do outro lado da câmera. É importante saber como a imagem bate em cheio em cada um.

Para essa foto, deixei uma lente analógica antiga na frente da minha câmera digital, ajustei o foco e me coloquei ali na frente das duas lentes, em uma noite de estudos durante a pandemia”.

Julia Assis

Carioca, fotógrafa, carnavalesca, body positive. Apaixonada por lentes fixas, sombras, janelas e banheiros fotogênicos. Usa o ensaio fotográfico como ferramenta para ajudar as pessoas a verem com novos olhos, a se permitirem e se aceitarem mais.

Autorretrato: “Gosto de trabalhar, principalmente, com aceitação do corpo então o nu e o autorretrato sempre foi parte do meu processo artístico. Tento usá-lo como para sair da minha zona de conforto. Esse foi especialmente difícil porque, apesar da pandemia já estar fazendo aniversário, nas últimas semanas testei positivo para a Covid, mas sem sintomas. Foi a primeira vez que fiquei totalmente confinada no quarto, em poder sair nem para o essencial. O autorretrato veio como uma maneira de sair um pouco e testar um processo de edição novo, com dupla exposição”.

Anette Alencar

Pernambucana que mora no Rio de Janeiro há dez anos. Trabalha com fotojornalismo, registro de performances artísticas, fotografia de eventos e pré-estreias audiovisuais.

Autorretrato: “Esse autorretrato, que chamo de ‘Onde enterrar palavras que morrem na ponta da língua’ é um processo de investigação e costura sobre a minha história e da minha mãe, que morreu no dia que nasci. Ao entrar na banheira fiz um paralelo com a relação de enterrar algo, mas na água, que traz fluidez para tudo”.

Helena Yoshioka

Fotógrafa e artista, pesquisa diferentes formatos de mídia, seus limites e potencialidades. Faz parte de projetos que abrangem temas como identidade, ancestralidade, feminismo e política.

Autorretrato: “Esse autorretrato surgiu durante um movimento de aceitação de memórias e lembranças antigas, em que entrei em um movimento obsessivo em relação ao passado na esperança de recuperar os fragmentos e histórias que tinham me passado despercebidos”.

Tainá Félix

Produtora cultural e do setor audiovisual. Realiza cursos de cinema e é fotógrafa, trabalho em que usa câmeras para expressar seus sentimentos e visão do mundo.

Autorretrato: “A inspiração desse autorretrato foi o fim da minha menstruação. Uma vez por mês tem lua cheia no céu e lua cheia aqui dentro. Uma vez por mês o útero descama e o corpo sente fora. Durante essa fase lunar muita coisa acontece. Os seios doem, o humor muda e o choro vem. Processo que se repete, mas nunca é o mesmo. O meu corpo fala, estou aprendendo a ouvir.”.

Anne Karr

Diretora de fotografia, criativa de conceito e desenvolvimento de imagem.

Autorretrato: “Não sou muito adepta doa autorretratos porque é difícil abrir a escuta para nós mesmas, como mulheres. Se colocar na frente da câmera é mesmo se enxergar e criar algo imagético que passe a grandeza e diversidade que habitam em nós. O papel alumínio que tem dois lados, o fosco e brilhante, muito utilizado na cozinha, local muito significativo onde por muito tempo a sociedade machista designou ser o lugar de uma mulher, na minha foto entra como objeto de quase coisificação, tampando minha boca, minha fala, me fazendo quase que uma só com a parede da minha casa, porém, vale aqui ressaltar, os olhos continuam fixos e atentos, quase desafiadores. Esse autorretrato também foi feito no contexto da quarentena, mas é incrível a experiência que oferece. É como se fosse quase impossível esconder qualquer inconsciente quando a lente te desnuda. As mensagens que existem dentro de nós cabem muitas óticas. Temos muito o que contar”.

Clarissa Ribeiro

Diretora, montadora e artista visual. Atua desde 2017 no I Hate Flash como diretora, editora e produtora de conteúdo e trabalhou com marcas como Nike, Adidas, Coca Cola e Stella Artois.

Autorretrato: “Autorretrato que é selfie que é retrato. Minha intenção nesse experimento foi tensionar os limites entre realidade e virtualidade, alargar o que sou eu, o que é minha autoimagem e o que eu quero que as pessoas acessem de mim. A iluminação magenta vem para trazer uma certa aura de misticismo e magia, para lembrar-nos sempre de prestar atenção no nosso lado espiritual e não sucumbir às perversidades dos padrões de beleza hegemônicos que o capitalismo impõe sobre nossos corpos e desejos”.

Artigo: Os impactos da pandemia

Por Jânyo Diniz – Presidente do grupo Ser Educacional

Há pouco mais de 1 ano, o Brasil registrou o primeiro caso de infecção causada pelo Novo Coronavírus e, desde então, a pandemia vem produzindo repercussões não apenas na área da saúde, mas trouxe consigo os mais diversos impactos sociais, econômicos, políticos e culturais. Impactos sem precedentes e que provocam mudanças históricas em escala global.

Os dados são assustadores: são mais de 115 milhões de casos e mais de 2,5 milhões de mortes em todo o mundo. No Brasil, os números se aproximam dos 11 milhões de casos e mais de 260 mil mortes. Números que não param de crescer e que expõem, claramente, a fragilidade dos sistemas sociais: os impactos sobre os sistemas de saúde; a exposição de populações e grupos vulneráveis; a sustentação econômica do sistema financeiro e da própria população; a saúde mental das pessoas após tanto tempo de confinamento; e o acesso a bens essenciais como alimentação, medicamentos, transporte, entre outros.

Em uma discussão sem fim sobre os impactos econômicos causados pela pandemia, é preciso ser realista sobre o que está por vir. Vivemos em sociedade e, talvez, esse seja de longe um dos maiores desafios: manter o distanciamento social. A natureza humana grita pela volta da socialização. Entretanto, isso não se aplica, impreterivelmente, ao trabalho. As empresas, em sua grande maioria, conseguiram direcionar seus recursos humanos para o trabalho home office ou remoto e tem, mantido a produtividade e eficiência.

Aliado a isso, vimos uma disruptura tecnológica acentuada com a criação de assistentes digitais que auxiliam, e muito, nessa transição. A produtividade não depende mais de um gestor que necessita ver sua equipe diariamente. Agora, esse resultado é mensurado por meio de plataformas que ajudam a medir resultados, KPIs e tempos eficientes. Até a forma de contratação foi repensada. Deixamos de lado as entrevistas presenciais e a necessidade de ter o colaborador presencialmente no escritório. Contratar os melhores do mundo tornou-se mais fácil, e eficiente. É, claramente, uma globalização.

Porém, essa mesma tecnologia que ajuda em determinados setores, muda o perfil de operação e ocupação segmentos como o hoteleiro, que tem grande fatia de lucro decorrente de eventos como congressos e reuniões. Esses eventos passaram a acontecer de forma remota e os organizadores descobriram a redução de custos possível, mantendo a efetividade do evento, por outro lado, o aumento de trabalho remoto, vai permitir em um futuro próximo a aumento das viagens de lazer, mesmo em momento de trabalho e não só em período de férias. Boa parte do que antes avaliávamos como necessário ser presencial, tornou-se possível virtualmente: igreja, academia, passeio em museus, cinema, etc.

Empresarialmente falando, aqueles que não investirem em tecnologia vão sofre bastante, alguns vão falir. Não será mais possível existir empresas tradicionais. Aquelas que não ofertarem seus produtos e serviços on-line, com entrega ou disponibilização virtual, estão com seus dias contados. É importante, inclusive, começar a pensar no que acontecerá com os grandes shoppings centers, uma vez que o comércio on-line deve superar o presencial em breve.

E por falar em on-line, outro reflexo da pandemia se deu na educação, que atingiu em cheio os brasileiros em idade escolar. Mesmo na rede privada, muitas escolas ainda não estavam preparadas para adotar aulas on-line, um desafio que se tornou ainda maior na rede pública. A educação nunca mais será igual e a desigualdade no acesso à educação ficou ainda mais clara quando observamos a falta de condições de milhões de estudantes, que enfrentaram carência de conexões rápidas à internet, computadores e ambiente doméstico propício para a aprendizagem à distância. Porém, essa é a nova realidade: escolas e universidades passaram a adotar um ensino híbrido e não haverá retorno, o hibrido será o modelo dominante na educação mundial.

A pandemia trouxe medo, incertezas e insegurança. Mas também trouxe uma revolução. Estamos debatendo mais assuntos como aquecimento global, educação, saúde, energia, segurança, política. As grandes empresas se uniram para fazer o bem no melhor conceito de empreendedorismo social. A reciclagem, por exemplo, está voltando muito mais forte depois de anos de desperdício incontrolável em todo o mundo. E em todos os aspectos, a tecnologia é um item presente e indispensável.

Precisamos enxergar a pandemia em todos os seus aspectos, bons e ruins. Mas precisamos enxergá-la, principalmente, como uma oportunidade de repensar e recomeçar. É um momento de pensarmos como um todo, de cuidarmos de nós e do próximo.

Dia da Mulher: professoras dão dicas sobre como abordar o tema em sala de aula e inspirar garotas

O Dia Internacional da Mulher é uma data importante para levantar debates acerca da representatividade feminina e desigualdade gênero no Brasil. Na sala de aula, o 8 de março também deve fugir da superficialidade da comemoração e oferecer uma reflexão. Por isso, as professoras e autoras do Sistema de Ensino pH Rafaela Mateus (História), Claudia Lúcia (Matemática) e Heloísa Simões (Biologia) comentam sobre como trabalhar a presença feminina em suas áreas.

Como trabalhar o tema em sala de aula?

Nas aulas de História, Rafaela conta que busca reinserir a participação de personalidades femininas. “Um exemplo clássico foi a importância da Dona Leopoldina. A História Oficial explica a Independência do Brasil feita por D. Pedro no Sete de Setembro, quando, na verdade, quem assina a independência do Brasil é a Dona Leopoldina no dia 2 de setembro junto ao conselho de Estado.”

As educadoras ressaltam que a presença feminina deve ser um tema recorrente nas aulas, não apenas na ocasião do 8 de março. A professora Heloísa segue essa linha ao falar frequentemente sobre quem está por trás do conhecimento científico, que geralmente é conhecido apenas por um sobrenome. “É o caso de Margulis, que as pessoas conhecem da ‘Hipótese de Margulis’. Mas eu sempre falo sobre a Lynn Margulis, para que as pessoas saibam que ‘Margulis’ é uma mulher.”

Desafios existem, mas devem ser enfrentados

“Na minha área, a área de ciências, é importante que as alunas percebam que a ciência é realizada por todos, a aptidão e o gosto não dependem do gênero do indivíduo”. A afirmação da educadora se refere à presença de mulheres em ciências e exatas. De acordo com pesquisa divulgada pela UNESCO em 2018, apenas 30% das pesquisadoras do mundo todo atuam nessas áreas.

A professora Cláudia acredita que o papel dos educadoras nesses momentos de desafio é mostrar exemplos reais, para que as alunas entendam que qualquer carreira é possível. “É importante motivar os alunos quanto a importância da mulher na composição do mundo moderno”, completa.

Repertórios e inspirações

Ela aconselha que os estudantes busquem mais sobre figuras como Katherine Johnson, cientista negra responsável por realizar as contas que garantiram a ida e volta dos astronautas ao espaço na NASA, e Hipátia de Alexandria, a primeira mulher matemática da história. Na área de história, a professora Rafaela sugere a leitura do livro “História das Mulheres no Brasil”, de Mary Del Priore, e o filme “As Horas”, que conta a história de três mulheres temporalmente separadas, mas que enfrentam problemas bastante semelhantes.

Por fim, a professora Heloísa indica o filme brasileiro “Nise: O Coração da Loucura”, que conta a história da Nise da Silveira. “Eu acho a trajetória de vida dela fantástica, pelo trabalho que ela desenvolveu com a questão da mente humana, como médica. Apesar de não trabalhar com essa área, eu acho uma história muito inspiradora.”

Sobre o Sistema de Ensino pH (www.sistemadeensinoph.com.br) – O pH surgiu em 2012, a partir do trabalho desenvolvido no Colégio pH e Curso pH, presente há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. Reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do estado e pelos excelentes resultados no ENEM, o pH atua da Educação Infantil ao Pré-vestibular.

O sistema conta com uma série de escolas parceiras e oferece orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação.

Covid-19: Boletim diário da Secretaria de Saúde – 05.03.21

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que, até esta sexta-feira (5), 96,27% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Hoje, foram registrados 35 novos casos, 48 pessoas recuperadas da doença e um óbito.

O número de testes realizados subiu para 56.614 dos quais 22.832 foram através do teste molecular e 33.782 pelo teste rápido, com 16.843 confirmações para a Covid-19.

O número de casos descartados subiu para 38.936.

Também já foram registrados 71.078 casos de síndrome gripal e 2.408 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em investigação, a secretaria informa que são 835 casos, 14 pessoas em isolamento domiciliar e 47 internamentos.