Atividade do comércio cai 8,8% no Dia das Crianças, aponta Serasa Experian

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian mostra que as vendas na semana do feriado de Dia das Crianças apresentaram queda, mas ainda assim, registram melhor resultado do que a baixa verificada no Dia dos Pais (-10,6%), última data comemorativa analisada pelo índice. De acordo com o indicador, houve um decréscimo de 8,8% nas vendas do varejo brasileiro durante a semana de 05 a 11 de outubro na comparação com o mesmo período de 2019, quando houve aumento de 1,7%. Essa é a maior baixa desde 2006, período de início da série histórica do índice. Quando considerado apenas o final de semana (09/10 a 11/10) o tombo foi de 7,7%.

Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a baixa menor do que a verificada na data comemorativa anterior é positiva, pois mostra que a recuperação da economia, mesmo que em ritmo lento, está acontecendo. “Existem dois principais motivos que mantém o cenário de retração: um deles é o desemprego, que continua em alta, o outro está ligado à redução do valor do auxílio emergencial, que foi cortado pela metade na maioria dos casos. Ou seja, embora o consumidor ainda esteja sem fôlego para realizar compras que não sejam prioridade, os níveis de consumo não estão piorando, pelo contrário, estão caminhando para a retomada”.

Dia do Professor: STEM Brasil ajuda professores durante a pandemia

A pandemia do novo coronavírus alterou a rotina dos professores e a forma de ensinar. A falta de capacitação para ministrar aulas de forma remota é uma realidade: 89% dos docentes de escola pública não tinham qualquer experiência com esse tipo de ensino, mostra a pesquisa “Trabalho Docente em Tempos de Pandemia”, feita pelo Gestrado/UFMG (Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais) e pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Nesse quadro de insegurança, o trabalho desenvolvido por organizações não-governamentais faz diferença na atuação dos docentes. Voltado para a formação de professores de escolas públicas, o STEM Brasil, por exemplo, ensina uma metodologia própria baseada em atividades práticas que facilitam o aprendizado de ciências e matemática. O programa é desenvolvido pela ONG Educando.

“A falta de interatividade, muitas vezes, gera resultados negativos no processo de aprendizagem. Se não tiver uma pitada de ludicidade e tecnologia, o professor está fadado a fracassar pedagogicamente. Aí que entra o STEM, mostrando como o professor pode produzir esses trabalhos na escola e fora dela, contextualizando com a realidade dos alunos. A teoria deve estar sempre de mãos dadas com a prática experimental”, afirma o professor Jonas Fernandes da Silva, de Aracajú (SE).

Ainda que o foco não seja o ensino a distância, a formação tem facilitado o trabalho dos professores que já concluíram o programa. É o caso da professora de biologia Milena Ribeiro Moreno, de Bauru (SP). Ela conta que, mesmo a distância, tem usado roteiros de aula do STEM Brasil com os seus alunos. “Usei uma prática e um jogo que os alunos poderiam fazer em casa para estudar genética”, diz. Segundo Milena, o material enviado pela ONG é fundamental já que, muitas vezes, o governo não consegue fornecer.

Professor de matemática, João Pereira de Lira Neto, de João Pessoa (PB), exalta o método e também usa o momento para pôr em prática a sua formação: “ele permite aos alunos o fortalecimento dos quatro pilares da educação: aprender a conviver; aprender a fazer; aprender a aprender; e aprender a ser”.

Com base no que foi oferecido pela ONG sobre dengue, o docente conseguiu mostrar aos estudantes como se dá a transmissão da Covid-19. “O jornal usa a progressão geométrica para explicar a velocidade, dizendo que cada indivíduo contamina outros três. Mas isso só mostra a velocidade, não mostra como se dá a contaminação, que é um problema probabilístico, que exige a análise de diversos fatores. Assim, os alunos entenderam o modelo que representava a contaminação comunitária e que qualquer pessoa podia ser vetor”, relata.

Além disso, João Pereira também tem feito outras práticas com materiais fáceis de se encontrar em casa, como um canudo, por exemplo, para uma experiência térmica. “É o que acho mais fácil para o desenvolvimento e o uso do método nesse tempo de pandemia. Tem um ou outro material mais complexo, mas que mesmo assim dá para substituir”.

Opinião semelhante é do professor Félix Hermínio, que dá aulas em Duque de Caxias (RJ). “A formação oferecida facilita o trabalho nesse período, tanto pela forma de interagir com os alunos quanto pela possibilidade de se fazer ciência com material do cotidiano”, diz.

Com o investimento de empresas privadas e apoio de governos locais, a Educando já levou o programa STEM Brasil para quase 9 mil professores, beneficiando diretamente mais de 740 mil alunos. Além do Brasil, a ONG também oferece o programa no México.

Sobre o STEM Brasil

O STEM Brasil começou em Pernambuco, em 2009, e já formou ou está formando um total de 8.909 professores em 1.096 escolas de 21 estados brasileiros, alcançando um impacto positivo em mais de 742 mil alunos. O sucesso levou o programa a ser adaptado para o currículo mexicano, e o STEM en México iniciou a formação de professores no país em 2018. Segundo levantamento da consultoria internacional ManpowerGroup, engenheiros e profissionais de TI são cargos em que há grande carência de mão de obra em ambos os países.

O programa oferece aos professores formação exclusiva, seguindo uma metodologia própria, que enfatiza a mão na massa para dar vida ao currículo obrigatório de ciências e matemática dos estados brasileiros. As técnicas de ensino são baseadas em atividades práticas e facilitam o aprendizado de conceitos teóricos. A formação envolve quatro áreas: física, química, biologia e matemática. Cada professor passa por 180 horas de formação distribuídas ao longo de dois anos. “O objetivo do STEM Brasil é incentivar o professor a despertar a sua paixão nos alunos”, afirma Kelly Maurice, diretora executiva da Educando.

Bolsas de estudo para mães de crianças com doenças raras

O projeto Mães Produtivas, desenvolvido pelas Instituições mantidas pelo grupo Ser Educacional, oferta bolsas de estudos em cursos EAD de Graduação e Pós-Graduação. A iniciativa busca oportunizar para mães de crianças com doenças raras o acesso ao ensino superior. A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife conta com cinco vagas, sendo três em cursos de graduação e duas para pós-graduação, voltadas para as mães aprovadas no processo 2019.2 mas que não haviam sido selecionadas.

O projeto faz parte do Programa EAD Social do grupo Ser Educacional e visa beneficiar as mães que não podem comparecer às aulas presenciais por seus filhos precisarem de cuidados especiais. “O Mães Produtivas é um dos projetos de Responsabilidade Social mais importantes da UNINASSAU. Com ele, nos comprometemos com essa mãe de bebê com doença rara, possibilitando o acesso ao ensino superior e incentivando que ela continue desenvolvendo seu lado profissional”, afirma o reitor da UNINASSAU Recife, Yuri Neiman.

Yuri destaca as vantagens de fazer um curso EAD, principalmente nessas situações. “Em uma graduação presencial, os horários são muito corridos e o ensino a distância oferta a flexibilidade que essas mães precisam para estudar em um momento de folga e transformar o conhecimento adquirido em uma forma de estabilidade financeira no futuro”, afirmou.

As vagas serão destinadas exclusivamente às candidatas que participaram do processo seletivo de 2019.2.

Pesquisa CNM: mais de três mil Municípios não devem retomar aulas presenciais em 2020

Diante das dificuldades para adoção dos protocolos sanitários necessários para reabertura de escolas e da complexidade do cenário decorrente da pandemia da Covid-19, 82,1% das prefeituras (3.275) consultadas em pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) acreditam não ser possível retomar as aulas presenciais em 2020. Em pelo menos 3.742 Municípios do país não há data definida para retorno presencial na rede municipal de ensino. Participaram da pesquisa 3.988 gestores locais – o equivalente a 71,6% do total.

Enquanto não abrem os espaços físicos das escolas, 3.887 redes de ensino, portanto 97,5% do total de Municípios pesquisados, garantem o ano letivo por meio de atividades pedagógicas não presenciais aos estudantes, tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental. A distribuição de material pedagógico impresso tem sido combinada com o envio de atividades por aplicativos de mensagens instantâneas e por aulas e atividades em meios digitais.
Para retomada presencial das aulas é necessário um plano de contingência, que deve ser articulado entre as áreas de educação e saúde. Nesse quesito, 2.811 gestores municipais afirmaram que têm os planos de retorno prontos ou em elaboração. Entre esses, a maioria respondeu que planeja adotar medidas para um modelo híbrido de ensino (78,2%), além de um retorno gradual das aulas presenciais (74,7%) e um sistema de rodízio (70,5%) para facilitar o distanciamento social.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destaca o complexo cenário para tomada de decisão. “Não se pode esquecer que há, até este momento, mais incertezas do que respostas ou soluções e a realidade tem exigido planejamento sério e articulado e uma forte capacidade de adaptação dos gestores, que estão pautando suas decisões de forma responsável para garantir a continuidade do processo educacional com segurança e qualidade.”

Somente em relação à aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os estudantes, estima-se que o custo total – incluindo rede municipal e estadual de ensino de todo país – seria de cerca de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão desse valor referente apenas às instituições municipais. Além dos EPIs para o restante da comunidade escolar, há ainda outros diversos investimentos necessários para reabertura das escolas, como adaptação da estrutura física (salas de aula, cantinas, bebedouros), aquisição de materiais de limpeza e higiene (álcool, medidor de temperatura), campanhas de prevenção, capacitação e contratação de profissionais para substituir os que estão no grupo de risco.

Recife registra crescimento de 400% de transporte de passageiros sobre motos

A Picap, startup voltada ao transporte de passageiros sobre motos, vem registrando, nas últimas semanas, crescimento do serviço em Recife. Desde agosto, o número de viagens subiu 400%, o que demonstra o fôlego do serviço neste início de retomada da atividade econômica. A empresa vem orientando os motociclistas a respeitarem todas as normas e segurança sanitária e estabeleceu que os usuários tenham capacetes próprios.

– Mudamos alguns protocolos, como no caso do capacete. Antes, os motoristas tinham de fornecer o equipamento. Com a pandemia, o usuário passou a ser responsável por este item, visto ser quase impossível cuidar da higienização do capacete, ainda mais num uso coletivo – avida Travassos.

O serviço de transportes sobre motos sofreu uma queda abruta com a chegada da pandemia. Com isso, a Picap passou a investir em serviços de entrega last mile, em parcerias com empresas de grande porte como forma de dar maior fôlego à área de logística.

– O crescimento do serviço de transportes de passageiros em Recife foi uma grata surpresa, mostra o quanto a cidade aderiu a esta possibilidade de transporte urbano. Recife sempre foi o nosso principal mercado e volta a mostrar força – comemora Travassos.

Covid-19: Riacho das Almas divulga boletim

A Secretaria de Saúde de Riacho das Almas informa que não registrou ontem (14) nenhum caso positivo de contaminação por Covid-19.

Riacho das Almas contabiliza 420 casos de Covid-19, sendo 02 pacientes em isolamento domiciliar, 409 pacientes recuperados e 09 óbitos. 09 casos estão em investigação e 982 pessoas tiveram diagnóstico descartado para a doença.

Raquel Lyra apresenta propostas para funcionários de supermercado

A candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), esteve na tarde de ontem (14) em um supermercado de Caruaru apresentando suas propostas e ouvindo os trabalhadores, que fazem parte do empreendimento que está construindo uma nova unidade.

Ela também mostrou o que faz nos últimos três anos e dez meses de gestão. “Fizemos projetos, buscamos dinheiro e estamos fazendo obras de saneamento em diversas localidades para chegar com pavimentação. Vamos continuar trabalhando com todos os detalhes para Caruaru seguir em frente”.

Reconstrução Mamária é tema de live da Campanha de Prevenção às Doenças da mama nesta quinta (15)

Nesta quinta-feira (15), a partir das 19h, será realizada mais uma das lives que fazem parte da Campanha de Prevenção das Doenças da Mama, promovida pela Manoel Florêncio Diagnósticos em parceria com a Acic. A médica Liberalina Motta e o médico Manoel Florêncio conversam sobre o tema Reconstrução Mamária, assunto recorrente entre as mulheres que tiveram o câncer e precisaram fazer a retirada da mama.

Na transmissão, que será feita no instagram da @aciccaruaru, serão abordados tópicos como os detalhes do procedimento, seu impacto na autoestima da mulher, e a importância do autocuidado e acompanhamento clínico.

Este ano, a Campanha está sendo realizada apenas online, em razão da pandemia do coronavírus, que inviabiliza a reunião das milhares de mulheres que são, anualmente, atendidas pela iniciativa. Lives educativas estão sendo promovidas como forma de manter as mulheres informadas e reforçando sobre a necessidade da prevenção.

Campanha Outubro Rosa reforça a importância da prevenção contra uma doença que pode atingir até 66 mil mulheres em 2020

Fundado na década de 1990 como um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa tem o objetivo de compartilhar informações, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir, consequentemente, com a redução da taxa de mortalidade. Em 2020, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança o movimento de conscientização “Quanto antes melhor”. A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável no dia a dia, com a prática de atividades físicas e boa alimentação para evitar doenças, como o câncer de mama.

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Estatísticas como essa reforçam como o cuidado com a saúde feminina deve ser olhado com atenção, principalmente neste momento em que o rastreamento e tratamento foram prejudicados pela pandemia de Covid-19.

“De acordo com o Inca, são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio. Por isso, a importância do diagnóstico precoce diminui a redução da mortalidade e contribui com cirurgias mais conservadoras. O diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, por exemplo, nos permite encontrar tumores iniciais e possibilita maior chance de cura, além de preservação da fertilidade em mulheres jovens”, explica Daniele Esteban, ginecologista do Instituto Paulista da Mulher e parceira da Care Plus.

O aumento desses índices revela ainda que, apesar de existir maior disposição ao desenvolvimento da doença entre mulheres com mais de 50 anos, no Brasil, há uma tendência de aumento da mortalidade por câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos.

“É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos principais sintomas. Nódulo endurecido, fixo; pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações do mamilo; nódulo axilar; e saída de secreção papilar sanguinolenta estão entre os principais indícios. O fato de ser mulher, em si, já é um fator de risco para o câncer de mama. Além disso, raça branca, residir próxima a regiões industrializadas, primariedade após 30 anos, menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade, obesidade pós-menopausa, terapia hormonal prolongada e não controlada, antecedente pessoal e consumo de álcool. Em relação ao câncer uterino, está relacionado ao início precoce da atividade sexual e tabagismo”, complementa a doutora.

Como parte do processo de prevenção, Daniela recomenda o autoexame nas mamas, que deve ser realizado a partir dos 20 anos, de preferência no período pré-menstrual. “Para mulheres que não menstruam, a frequência ideal é uma vez ao mês. Já a mamografia pode ser realizada em diversas situações. A diagnóstica, quando se tem suspeita clínica, e a de rastreamento, que reduz a mortalidade entre 25 e 30% e deve ser iniciada aos 40 anos. Para o câncer de colo uterino, a prevenção primária está no uso de preservativo durante o ato sexual, prevenindo o contágio de HPV (tipos oncogênicos. A vacinação do HPV e a realização de exames preventivos (Papanicolau) também são um complemento desse processo”, finaliza.

O resultado que a campanha Outubro Rosa apresenta ao redor do mundo é um aliado das pesquisas científicas que, simultaneamente, buscam métodos menos invasivos para as modalidades de tratamento, assim como eficácia no tratamento local e sistêmico. Para que isso continue acontecendo, a doutora reforça a importância do tratamento precoce.

“O que eu recomendo a todas as mulheres é que não tenham medo de fazer a mamografia. O diagnóstico e tratamento precoce proporcionam cirurgias menos invasivas e aumentam muito a chance de cura”.