Artigo: Gamificação como instrumento de engajar equipes

Em meio a um cenário cada vez mais desafiador para aprimorar a qualificação e aumentar a produtividade de profissionais, a educação corporativa tem sido uma solução cada vez mais adotada pelas empresas e algumas abordagens inovadoras têm se destacado.

É o caso da gamificação (do inglês gamification). O uso do design e da mecânica de jogos para enriquecer conteúdos educativos aumenta o engajamento, a produtividade e a sensação de pertencimento e propósito dos trabalhadores à corporação.

E a verdade é que a gamificação não é nenhuma novidade. Já tem dez anos de história, mas segue evoluindo de forma exponencial. Seu uso continua crescendo porque é amplamente validada em termos de resultados.

O mercado de gamification foi avaliado em US$6.8 bilhões em 2018, com a projeção de que a área alcance a marca de US$40 bilhões por volta de 2024. O retorno que a gamificação traz para as empresas fala por si próprio. Cada vez mais ouvimos sobre a qualidade do ambiente do trabalho, a motivação dos colaboradores e seu desempenho.

O momento também ajuda: nunca se jogou tanto no Brasil. De acordo com a 7ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), em 2020, 73,4% dos brasileiros dizem jogar jogos eletrônicos, independentemente da plataforma, um crescimento de 7,1% em relação ao ano passado.

As aplicações de gamification crescem nos mais diversos segmentos, em todo o mundo. Na área da Saúde, por exemplo, elas geralmente envolvem automonitoramento, atividades físicas e formação de profissionais de saúde, como é o caso da solução gamificada adotada em um hospital de referência de São Paulo. Trata-se de um simulador digital centrado no treinamento de uma situação de socorro a uma vítima de parada cardiorrespiratória.

No setor de Mobilidade também vemos cada vez mais novidades. No final de 2019, foi lançado o programa Uber Rewards – programa de fidelidade para usuários do app de transporte, que já chegou a 15 cidades brasileiras. Com ele, a empresa pretende aumentar a vantagem sobre os concorrentes. Seguindo o exemplo da Uber, o mercado de mobilidade e logística tende a apostar no gamification como fator de diferenciação e competitividade.

Já para treinamentos corporativos, o conceito de gamificação vem se apresentando como um complemento importante em e-learnings e outras soluções digitais voltadas à especialização, aprimoramento técnico e produtividade.

Utilizando recursos similares aos de jogos eletrônicos, são criados cenários capazes de envolver cada colaborador em um esforço individual, mas com metas e objetivos compartilhados.

A estratégia propõe uma competição saudável entre os colaboradores, com recompensas estimulantes. Além da chance de compartilhar evoluções pessoais e buscar soluções complementares para os desafios.

O exército americano, por exemplo, desenvolveu um simulador em realidade virtual para treinamento dos seus soldados. Utilizando um sistema de captura de movimentos, o game cria um ambiente realista, por meio de um equipamento com um display no capacete (que não tira a visão periférica) e permite que soldados e treinadores assumam diferentes papéis para simular vários cenários, com civis ou soldados inimigos.

A multinacional Microsoft também usa a gamificação para os colaboradores, por meio de um sistema que ajuda as equipes de testes a encontrarem falhas nas traduções dos softwares da empresa.

Desta forma, a estratégia tem se mostrado bastante efetiva em corporações. Tornar o trabalho mais eficiente usando a tecnologia para estimular os colaboradores e também divertir é algo possível.

E o que podemos perceber diante disso tudo é que não existem limites para a gamificação. Aplicar as técnicas dos jogos em universos que vão além da imaginação, com caminhos por ora mais lúdicos, por ora mais técnicos, é algo que tem um potencial indiscutível.

Ao lembrar que o Brasil é o 13º maior mercado de games do mundo, podemos perceber que temos conhecimento na área e habilidades a serem exploradas como maneira de expandir a aplicação do gamification, que é uma tendência mundial, sobretudo neste novo momento.

A ideia é exatamente não remar contra o que surge e vem de novo, e sim, aliar todas essas ferramentas digitais que temos hoje. É essencial avaliar o contexto para escolher a estratégia correta para educação. Só assim será possível tornar as atividades mais produtivas e os funcionários mais engajados e qualificados.

*Luiz Alexandre Castanha é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em https://alexandrecastanha.wordpress.com/

Governo promete enviar reforma administrativa na quinta-feira

O presidente Jair Bolsonaro disse, hoje (1º), que vai entregar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa na próxima quinta-feira (3) ao Congresso. A data foi citada durante o anúncio da prorrogação do auxílio emergencial

A proposta faz uma mudança ampla na regulamentação do serviço público e permite o fim da estabilidade para algumas categorias. Durante o anúncio da prorrogação do auxílio, a iniciativa foi defendida pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que ressaltou que só vai valer para os servidores que forem contratados após as mudanças nas regras.

A equipe econômica do governo tenta desde o final de 2019 enviar a PEC, mas a iniciativa nunca chegou ao Congresso por conta da insatisfação de Jair Bolsonaro com a medida. No mês passado, a demora no envio da matéria, que chegou a ser anunciada como um assunto para 2021, foi um dos motivos para que Paulo Uebel saísse da Secretaria de Desburocratização. Ele era o principal coordenador técnico da iniciativa no governo.

Fonte: Congresso em Foco

ANTP elabora sugestões para orientar candidatos a prefeito na gestão do transporte público

Já está disponível o Guia de Emendas Orçamentárias 2021 do Ministério da Cidadania. O intuito do documento é destacar as ações estratégicas coordenadas pela pasta, além de apresentar aos parlamentares os conteúdos programáticos, de forma a auxiliá-los no processo de elaboração de emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2021.

O Governo Federal enviou, ontem (31), o PLOA 2021 ao Congresso Nacional. Pela proposta, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.067 a partir de janeiro de 2021. Além disso, a proposta prevê que a despesa total chegará a R$ 1,516 trilhão no ano que vem. O valor equivale a 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse montante, as despesas obrigatórias estão projetadas em R$ 1,420 trilhão, ou seja, 93,7% do total.

A proposta orçamentária do Ministério da Cidadania levou em conta a proposta de Plano Plurianual e destaca a opção por um modelo de desenvolvimento com redução das desigualdades, por meio da distribuição de oportunidades, do acesso a bens e serviços públicos de qualidade no âmbito do Desenvolvimento Social e do Esporte.
 

Fonte: Brasil 61

Ministério da Cidadania disponibiliza Guia de Emendas Orçamentárias 2021

Já está disponível o Guia de Emendas Orçamentárias 2021 do Ministério da Cidadania. O intuito do documento é destacar as ações estratégicas coordenadas pela pasta, além de apresentar aos parlamentares os conteúdos programáticos, de forma a auxiliá-los no processo de elaboração de emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2021.

O Governo Federal enviou, ontem (31), o PLOA 2021 ao Congresso Nacional. Pela proposta, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.067 a partir de janeiro de 2021. Além disso, a proposta prevê que a despesa total chegará a R$ 1,516 trilhão no ano que vem. O valor equivale a 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse montante, as despesas obrigatórias estão projetadas em R$ 1,420 trilhão, ou seja, 93,7% do total.

A proposta orçamentária do Ministério da Cidadania levou em conta a proposta de Plano Plurianual e destaca a opção por um modelo de desenvolvimento com redução das desigualdades, por meio da distribuição de oportunidades, do acesso a bens e serviços públicos de qualidade no âmbito do Desenvolvimento Social e do Esporte.
 

Fonte: Brasil 61

Funase licita computadores para laboratórios do Parque Profissionalizante

Novo prédio da instituição, restaurado por meio de convênio com o MPT-PE, deve formar até dois mil socioeducandos por ano em cursos de áreas diversas. Equipamentos também atenderão 16 laboratórios descentralizados

Em Pernambuco, recursos oriundos de multas trabalhistas obtidas em ações judiciais estão sendo utilizados para dar oportunidades de inserção profissional a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Por meio de um convênio com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o Ministério Público do Trabalho (MPT) destinou o montante de R$ 446,3 mil para a aquisição de 200 computadores, que vão equipar laboratórios de informática voltados a esse público. A licitação para a compra dos equipamentos, conduzida pela Funase e publicada no Diário Oficial do Estado, recebe propostas até o dia 10 de setembro.

Os laboratórios funcionarão em 16 microparques profissionalizantes a serem instalados, até dezembro, dentro de unidades da Funase em todo o Estado. Além disso, cerca de R$ 60,5 mil, também direcionados pelo MPT, foram utilizados na reforma de um imóvel no bairro de Afogados, no Recife. Em processo de equipagem, o prédio vai sediar o Parque Profissionalizante, que ofertará cursos em áreas como eletrônica, informática, barbearia, artesanato, culinária e produção audiovisual, com operação de instrutores do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. A expectativa é de que sejam formados até dois mil jovens por ano.

A procuradora do Trabalho Jailda Pinto, coordenadora regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do MPT em Pernambuco, diz que a parceria já despertou o interesse de outros estados. “O trabalho desenvolvido pela Funase não só legitima a destinação de recursos para o Parque Profissionalizante, como chama a atenção de outras regionais do MPT, como a de Minas Gerais, que demonstrou interesse pela queda no índice de reincidência no sistema socioeducativo de Pernambuco”, avalia. “O grande objetivo das destinações do MPT é promover ações transformadoras junto a órgãos e entidades que prestam serviços relevantes à sociedade. Ver a aplicação desses recursos em ações de capacitação de adolescentes é ainda mais satisfatório para o MPT”, completa a procuradora do Trabalho Maria Roberta Rocha, responsável pela destinação dos recursos.

No mesmo sentido, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes, destaca que a parceria com o MPT mostra à sociedade a importância de investir em oportunidades profissionais para o público do sistema socioeducativo. “Em Pernambuco, a qualificação profissional de adolescentes atendidos pela Funase é reconhecida como uma prática de impacto na queda da reincidência em atos infracionais, ou seja, na forma como devolvemos esses adolescentes ao convívio em sociedade”, analisa. “Aumentar a capacidade de formação profissional, no projeto com o MPT, é algo que gera grandes expectativas em todos nós. O projeto está muito perto de chegar à etapa de funcionamento”, complementa a presidente da Funase, Nadja Alencar.

Empresas interessadas em participar do processo licitatório para a aquisição dos computadores que serão usados no projeto podem obter outras informações no site www.funase.pe.gov.br

Professor tem trabalho publicado sobre Pandemia e Segurança

Em meio a uma das maiores pandemias vividas nas últimas décadas, a pesquisa e extensão têm sido importantes aliadas no combate ao novo Coronavírus. Mas também em outras áreas, profissionais têm dedicado estudos. Assim foi com o professor do curso de Direito da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Jairo Rivaldo. O docente teve um artigo publicado em um dossiê sobre perspectivas filosóficas sobre o Coronavírus da Universidade Federal do Amapá.

O trabalho está publicado em um dossiê da revista Investigação filosófico da UFAP em uma edição especial sobre o Coronavírus. O artigo tem como título “Hobbes e a pandemia hipotética no Leviatã: entre a liberdade e a segurança”.

Segundo o docente da UNINASSAU, o aparecimento do Covid-19 fez ressurgir um antigo debate no âmbito da filosofia política: o debate entre liberdade e segurança. “A maioria dos países atingidos precisou adotar medidas que restringiram a liberdade dos cidadãos para conter o avanço da doença”, explica.

“O texto está dividido em três partes. Em um primeiro momento, apresento a tese de Hobbes sobre a segurança e contra a liberdade irrestrita para evitar o estado de natureza. Em um segundo momento, apresento a tese de Hobbes sobre a liberdade limitada no estado político. Por fim, apresento uma possível solução para conjugar liberdade e segurança a partir do conceito hobbesiano de razão pública”, detalha o docente de Direito da UNINASSAU Caruaru.

O resumo e o trabalho completo podem ser conferidos através do link https://periodicos.unifap.br/index.php/investigacaofilosofica/article/view/5815

UniFavip oferece atendimento psicológico presencial gratuito

Com o objetivo de promover a saúde mental da comunidade, o Curso de Psicologia do Centro Universitário UniFavip está disponibilizando o plantão psicológico, na modalidade presencial. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no próprio campus da instituição.

“Os atendimentos são gratuitos, possuem duração de 30 minutos e são sistemáticos, ou seja, acontecem semanalmente. Tivemos início das atividades no dia 24 de agosto e vamos até o dia 30 de novembro. Todos os atendimentos devem ser agendados previamente, pois a checagem dos nomes é feita na portaria do UniFavip”, destacou a preceptora de estágio, Tarcya Lima, que também ressaltou os cuidados na prevenção contra o coronavírus durante os atendimentos.

“Como parte dos protocolos de segurança temos a checagem de temperatura na entrada, álcool em gel disponibilizado nas salas de atendimento e também organizamos as salas de atendimento respeitando o distanciamento das cadeiras conforme orientações dos órgãos competentes”, finalizou.

Os interessados em ter acesso ao serviço precisam agendar um horário, através do telefone 81 3138-8530 ou 81 3138-8501. No momento há disponibilidade de algumas vagas, com uma média 400 pessoas semestralmente atendidas semestralmente. Como frisou a preceptora de estágio, os atendimentos são feitos respeitando o distanciamento e os protocolos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à pandemia da covid-19 – lembrando que é obrigatório o uso de máscara para adentrar no UniFavip e durante toda consulta.

Serviço
Plantão Psicológico
Local: UniFavip
Dias: segunda a sexta-feira
Horário: 8h às 18h
Agendamento grauito: 81 3138-8530 ou 81 3138-8501

Coletiva online divulgará a programação da Festa de Nossa Senhora das Dores

Amanhã (02), às 10h, será realizada uma coletiva online para divulgação da programação da Festa de Nossa Senhora das Dores (Padroeira de Caruaru e da Catedral). A Diocese de Caruaru convida toda a imprensa da cidade e região para participar deste momento. A transmissão acontecerá no Youtube e Facebook da Diocese de Caruaru.

Brasil chega a 79% de curados da Covid-19

O Ministério da Saúde divulgou os números a respeito da pandemia da Covid-19 no Brasil. De acordo com as informações apresentadas, o país registrou 121.381 mortes por causa do coronavírus, o que representa um aumento de 553 óbitos nas últimas 24h.

Entre a quantidade de pessoas infectadas pela doença, o país chegou à marca de 3.908.272 casos. O número de pacientes recuperados está em 3.097.734 e já representa 79% das pessoas que estiveram doentes.

Permanecem em investigação, 2.708 casos suspeitos de Covid-19. Esses são dados baseados nas informações enviadas por estados e municípios.

Fonte: Brasil 61

Propaganda eleitoral na internet: saiba mais sobre as regras para as Eleições Municipais

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conclui a assinatura digital e lacração dos sistemas eleitorais que serão usados nas eleições de outubro (José Cruz/Agência Brasil)

A campanha eleitoral na internet têm cada vez mais relevância no resultado das urnas. Basta olhar para as eleições dos presidentes Jair Bolsonaro, no Brasil, e de Donald Trump, nos Estados Unidos, que contaram com forte engajamento nas redes sociais. E em meio à pandemia e o distanciamento social, a propaganda nas plataformas virtuais pode ter um peso ainda maior este ano, nas Eleições Municipais de 2020. 

Para tentar entender o que vale e o que não vale no período de pré-campanha e, também, após o dia 27 de setembro, com a oficialização das candidaturas, o Brasil 61 traz as principais recomendações do Tribunal Superior Eleitoral e de especialistas. 

Bastante usado para ampliar o alcance de uma postagem nas redes sociais, o impulsionamento de conteúdo está permitido, mas a Justiça Eleitoral estabeleceu algumas limitações. Em primeiro lugar, a publicidade só será permitida se feita pela conta oficial do candidato, do partido ou da coligação. Ou seja, o candidato não pode usar o perfil pessoal para alavancar conteúdo de campanha.  

O mesmo se aplica aos apoiadores e eleitores, que podem acabar prejudicando-o, explica Vladimir Feijó, advogado, mestre em direito público e professor da Faculdade Arnaldo, de Belo Horizonte. “O uso da internet com impulsionamento para divulgar pessoas e propostas, somente por partidos e candidatos. Eleitores e apoiadores estão proibidos. Isso configura abuso do poder econômico e pode levar à cassação daquele candidato.”

O professor aconselha os candidatos a buscarem os apoiadores e orientarem que campanha válida é a oficial. Além disso, o candidato não pode contratar uma empresa terceirizada para impulsionar qualquer conteúdo eleitoral. Assim, o impulsionamento deve ser contratado diretamente com as redes sociais, que devem ter foro no Brasil, afirma o professor Feijó. “Só pode contratar empresa nacional. Assessorias de comunicação não podem prestar esse serviço, tem que ser o candidato ou o partido dele”, esclarece. 

Para ter mais visibilidade nos resultados dos principais buscadores da internet, como o Google, o candidato pode pagar para ser mais bem ranqueado nas procuras dos usuários por palavras-chaves, por exemplo. Uma novidade em relação às Eleições de 2018 é que postagens feitas durante o período da eleição poderão continuar no ar no dia do pleito. 

Porém, de acordo com o TSE, a propaganda ou seu impulsionamento na data da eleição são considerados crimes eleitorais. “Nenhuma postagem nova poderá ser feita. Eleitores que publicarem qualquer comentário de cunho político [no dia da eleição] também podem ser enquadrados em crime de boca de urna”, afirma Feijó. 

Gastos

De acordo com a nova redação da Lei das Eleições, os custos contratados com impulsionamento de conteúdos serão levados em conta pela Justiça Eleitoral entre os gastos sujeitos a registro e limites legais. Assim, os candidatos deverão declarar, ao prestar contas da campanha, quais ferramentas receberam recursos para publicidade na internet. 

No entanto, não há um consenso entre os especialistas sobre quanto o candidato pode gastar com esse tipo de ação sem incorrer em abuso de poder econômico. A sugestão é que procurem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), já que os valores limite variam conforme o cargo ao qual se concorre, seja prefeito ou vereador, por exemplo. 

Pré-candidaturas

Até 27 de setembro, o período atual é o de pré-candidatura. E os pré-candidatos têm que tomar alguns cuidados. Feijó explica que, basicamente, eles podem fazer o que todo cidadão comum faz: discutir os problemas do país e alternativas para solucioná-los, mas nada de fazer promessa, apresentar plataforma de campanha ou pedir votos. 

Este é um período de autopromoção, ressalta João Meiras, estrategista de marketing político. Ele afirma que os políticos podem se aproveitar para se fazerem conhecidos sem, contudo, infringir a legislação eleitoral. “Ele não pode dizer que é candidato, mas pode dizer que é pré-candidato, por exemplo. Não vai dizer ‘vote em mim’, mas vai dizer ‘me apoie’. A pré-campanha se tornou a campanha, porque você pode fazer praticamente tudo desde que tome cuidado com essa semântica e utilize esses eufemismos. Pessoalmente, eu acho positivo”, afirma. 

No entendimento dos especialistas, a Justiça Eleitoral não entende o impulsionamento na pré-campanha como propaganda eleitoral antecipada. No entanto, não há consenso se a verba de campanha poderia ser usada nesta fase.

Segundo João Miras, há insegurança jurídica quanto a este ponto. “A cartilha do TSE se refere ao fato de não haver abuso, mas ela não determina critérios numéricos. O que eu tenho recomendado é que não exceda muito ao fazê-lo”, defende. Já Feijó acredita que o uso da verba para publicidade na pré-campanha não é possível ainda. “O pré-candidato pode [impulsionar] como um serviço de pessoa que quer ser visto pelo público, mas não vai poder computar como verba de campanha. Ele tá fazendo isso de cunho pessoal, o que é estranho”, opina.

Eleições: Partidos políticos iniciaram convenções para escolha de coligações e candidatos ontem (31)

ELEIÇÕES 2020: Mídia e redes sociais podem causar impacto nas urnas

Proposta de adiamento das eleições deste ano altera datas do calendário eleitoral

Robôs, remoção de conteúdo e direito de resposta

A cartilha do TSE publicada em 2018 traz regras que continuam valendo para as Eleições Municipais. Para trazer lisura ao processo eleitoral, a Justiça proíbe o uso dos chamados robôs para disparo em massa de mensagens, muitas vezes usadas para distorcer conteúdo ou manchar a imagem de adversários políticos.  

Para aqueles que forem vítimas das chamadas fake news, o direito de resposta continua como uma arma de defesa, explica Feijó. “Se existe impulsionamento, ele também será obrigado a usar o mesmo como direito de resposta. Candidatos que sejam prejudicados por propagação falsa, por fakes podem correr atrás do direito de resposta, talvez não na velocidade, da forma como o processo eleitoral seria útil pra ele, mas isso não exime a responsabilidade civil.”

Coisa de cidade grande?

Na avaliação de João Meiras, estrategista de marketing político, a internet terá um papel muito importante no pleito deste ano, sobretudo em meio ao maior distanciamento social por conta da pandemia da Covid-19. Ele afirma que, independentemente do tamanho, todos os municípios serão impactados pelo fenômeno das redes sociais. 

“Eu percebo é que independentemente do tamanho das cidades, as pessoas estão conectadas. Todos os políticos estavam se preparando para as redes sociais, porque é natural que os representantes da sociedade sigam os candidatos passados. Com a pandemia, isso se acelerou de maneira vertiginosa, porque deixamos de ter campanha na rua durante um período”, avalia. 

Para ele, o domínio das ferramentas digitais pode fazer a diferença no pleito em favor dos mais familiarizados com elas. “Os candidatos que trabalharam mais as redes sociais nos últimos tempos e, portanto, estão com mais seguidores, terão mais facilidade para comercializar a campanha eleitoral. Provavelmente, vamos ter um processo de renovação fundamentado nessa questão tecnológica.”

Na visão de Feijó, as mídias sociais serão as principais plataformas daqueles candidatos que ainda não são tão conhecidos. “Para quem está começando agora, devem apostar na mídia social. Está na mão de praticamente todo mundo”, aponta. 

Pleito

Antes previstas para outubro, as Eleições Municipais deste ano foram adiadas pelo Congresso Nacional por causa da pandemia da Covid-19. O pleito está marcado para os dias 15 de novembro e 29 de novembro, datas do primeiro e segundo turno, respectivamente. 

Fonte: Brasil 61