Operações Tapa-Buracos e de Manutenção seguem com reparos nas vias de Caruaru

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Obras, segue realizando os serviços de manutenção e tapa-buracos nas vias da cidade. A ação tem como objetivo recuperar o maior número de vias danificadas, seguindo um cronograma semanal, planejado de acordo com as necessidades emergenciais de cada localidade.

Na última semana (03 a 07/08) foram contemplados os bairros: Alto do Moura (Taquara de Cima); Baraúnas; Boa Vista; Centenário; Centro; Cidade Alta; Inocoop; Jardim Panorama; Lagoa do Algodão; Maurício de Nassau; Murici; Nova Caruaru; Petrópolis; Rendeiras; Riachão; Salgado; São João da Escócia; Santa Rosa; Vassoural; Vila Andorinha. Foram realizados reparos na pavimentação, desobstrução de redes de esgotos e limpeza de sistemas de drenagem.

Esta semana (10 a 14/08), as Operações Tapa-Buracos e de Manutenção estarão nas seguintes localidades: Alto do Moura; Boa Vista; Centenário; Centro; Cidade Alta; Divinópolis; Indianópolis; Kennedy; Lages; Murici; Nova Caruaru; Petrópolis; Rendeiras; Santa Rosa; São Francisco e Vassoural Vila do Aeroporto.

Governo Federal altera regras no programa Minha Casa, Minha Vida

O Governo Federal anunciou mudanças no programa de habitação Minha Casa, Minha Vida. As novas regras são válidas aos beneficiários da faixa 1 do programa, que contempla famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil. A alteração nas normas é válida para duas mil unidades habitacionais já contratadas, mas que ainda não foram entregues. 

Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), que estabeleceu as novas regras, para integrar essa faixa do programa, os interessados devem atender a pelo menos um de seis requisitos listados, como por exemplo: viver em domicílio em que não há parede de alvenaria ou de madeira aparelhada, possuir mais de 30% da renda comprometida com o pagamento de aluguel, encontrar-se em situação de rua, entre outras regras. 

Caso cumpram a algum desses requisitos, os candidatos precisarão atender, em outra etapa da análise, a pelo menos cinco exigências demandadas. Os requisitos anteriores também podem compor essa soma. Nesta fase, estão enumerados critérios como: ser mãe chefe de família, ser beneficiários do Programa Bolsa Família, receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC), residir com alguma pessoa com deficiência, entre outros.

Além disso, a portaria limita o acesso à faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida apenas às pessoas inscritas no Cadastro Único do governo federal, cujas informações contidas são de responsabilidade de estados, municípios e Distrito Federal. 

Karla França, analista técnica da Habitação e Planejamento Territorial da Confederação Nacional de Municípios (CNM), afirma que gestores locais terão uma responsabilidade ainda maior por conta dessa mudança. “Somente por meio do cadastro, as pessoas poderão ser contempladas para participar do programa e adquirir uma moradia social”, explica. 

Antes da publicação da portaria, a lista de possíveis candidatos do programa era estabelecida pelos próprios municípios. Agora, a relação das pessoas que se adequam às regras será feita pela União. Porém, segundo o governo federal, os municípios podem manifestar interesse em manter a seleção de beneficiários por meios próprios, desde que comprovem possuir sistema com dados transparentes.

Para Eliseu Silveira, advogado especialista em Direito Público, as novas regras podem permitir que mais pessoas acessem ao programa, pois essas diretrizes delimitam melhor as responsabilidades de cada entidade governamental. “A portaria deixou bem delimitado às atribuições das prefeituras, da Caixa Econômica Federal e dos ministérios, o que trará uma facilitação na concessão do benefício às famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil”, afirma. 

Em nota, o Governo Federal alega que a publicação da portaria tem como objetivo “dar ampla transparência ao processo de seleção de beneficiários, de maneira a possibilitar o controle social”. Além disso, afirma que até o final de junho foram entregues 178 mil residências para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida e que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) autorizou, neste ano, a transferência de mais de R$ 1,1 bilhão do Orçamento Geral da União para garantir a execução do financiamento. 

Fonte: Brasil 61

Decisão do STF restabelece eficácia de decretos municipais que restringem funcionamento do comércio

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, durante abertura do terceiro dia de julgamento, sobre a validade da prisão em segunda instância no Supremo Tribunal Federal (STF)

Foi restabelecida a eficácia do decreto que determinava fechamento do comércio e do setor de serviços aos domingos no município de Votuporanga, em São Paulo. A decisão foi do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que entendeu que o município teria extrapolado o poder ao editar o decreto. A restrição, no entanto, não impede o regular funcionamento das empresas atingidas.

O Tribunal de Justiça do estado concluiu que o fechamento do comércio aos domingos poderia aumentar a aglomeração de pessoas nos dias de semana e gerar desabastecimento da população. 

No pedido ao STF, o município de Votuporanga alegou que o decreto foi editado após análise técnica dos dados da Secretaria Municipal de Saúde, que constatou o alto nível de transmissão da doença no município e o alto índice de ocupação dos leitos hospitalares. 

Segundo dados do município, no mês de julho, a média de novos casos confirmados da covid-19 aumentou cerca de 50%. E de acordo com a Vigilância Sanitária local, estabelecimentos como supermercados e hipermercados estão entre os pontos que geram maior aglomeração de pessoas, especialmente nos fins de semana.

Segundo entendimento do presidente do STF, a restrição imposta pelo município foi uma estratégia para restringir a circulação de pessoas e a ocorrência de aglomerações em determinados pontos da cidade.

Dias Toffoli também acolheu pedido do município de Santa Fé do Sul (SP) e suspendeu os efeitos da decisão do TJ-SP que assegurou aos estabelecimentos filiados à Associação Paulista de Supermercados o funcionamento em horário normal e afastou a redução de jornada imposta por meio de decreto municipal. 

Entre outras, a normativa municipal implantou, como regra geral, o funcionamento das 9h às 15h para todos os estabelecimentos comerciais e, fora desse horário, somente os serviços de entrega em domicílio e drive-thru. 

Fonte: Brasil 61

PE: Fiocruz sequencia 39 genomas do novo coronavírus em estudo que ajuda entender circulação do vírus

Um projeto elaborado pela Fiocruz Pernambuco realizou o sequenciamento genético de 39 genomas do novo coronavírus que circula no estado. A pesquisa levou em conta o sequenciador de DNA de alto desempenho do Núcleo de Plataformas Tecnológicas (NPT) da instituição. Liderado pelo pesquisador Gabriel Wallau, o estudo também contou com a colaboração do Lacen e de profissionais da Universidade Federal de Pernambuco.

A pesquisa identificou pelo menos duas introduções de linhagens europeias e a transmissão comunitária entre os municípios pernambucanos e de estados vizinhos. O resultado se deu a partir de amostras coletadas no início da pandemia.

O objetivo da investigação é alcançar um total de 100 genomas sequenciados. A ideia é que os dados coletados sirvam como base para o entendimento sobre os padrões de espalhamento do vírus que causa a Covid-19. Além disso, os resultados devem ajudar no desenvolvimento de vacinas e no acompanhamento de sua efetividade junto à população local.
 

Fonte: Brasil 61

Caruaru registra mais dois óbitos por Covid-19

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, neste domingo (9), que até o momento foram realizados 13.370 testes, dos quais 5.232 foram através do teste molecular e 8.138 do teste rápido, com 5.231 confirmações para a Covid-19, incluindo dois óbitos, no período de 30 de julho a 5 de agosto, sendo eles: Homem, 84 anos, com comorbidades e um homem, 73 anos, com comorbidades.

Em investigação estão 547 casos e já foram 7.592 descartados.

Também já foram registrados 21.104 casos de síndrome gripal, dos quais 1.564 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

A secretaria informa ainda que 4.809 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.

Caruaru Shopping ganhará Faaca Boteco e Parrilla

O Faaca Boteco e Parrilla, conhecido no Nordeste como um excelente local que oferece carnes nobres especiais, feitas na parrilla, expande sua experiência gastronômica e chegará ao Caruaru Shopping ainda neste segundo semestre. O espaço oferece um serviço exclusivo para os apreciadores de uma boa comida, acompanhada de drinks especiais e aquela tradicional cerveja gelada. Hoje consolidado como marca, o Faaca já está em João Pessoa e Natal, além de duas unidades no Recife, uma em Olinda, uma em Aldeia e outra em Petrolina.

A casa de carnes oferece cortes nobres em exposição, escolhidas diretamente pelo cliente e feitas no ponto correto. A marca investe em matéria-prima exclusiva, com gado próprio e corte especialmente para o Faaca. As casas trabalham com oito fazendas por todo o Brasil e um frigorífico apenas para o corte, em São Paulo.

Sobre a inauguração da nova unidade em Caruaru, um dos sócios do Faaca, Bruno Carrazone, comentou sua expectativa para o novo mercado. “Esperamos chegar como uma grande novidade na cidade, desenvolvendo essa cultura do consumo de carnes nobres. A gente quer mostrar para o público essa nova experiência”, disse Carrazone.

O Faaca também deve inaugurar ainda no segundo semestre de 2020 em mais algumas cidades da região: Maceió, Fortaleza, Salvador e Campina Grande são as mais cotadas. A expectativa é que após se fortalecer ainda mais no Norte/Nordeste, a expansão da marca deva chegar ao Sul e Sudeste do País.

Marcus Belarmino, superintende do Caruaru Shopping, comenta: “Buscamos trazer experiências novas para nossos clientes e o FAACA atende perfeitamente o que o amante da boa gastronomia precisa para degustar diversos cortes nobres de carnes. É mais um marco para essa retomada das atividades do Caruaru Shopping”.

O FAACA

Trata-se de uma mistura do tradicional boteco brasileiro com a parrilla argentina, onde o cliente escolhe o seu próprio pedaço de carne, direto no freezer. Os clientes Faaca podem conhecer e decidir sua carne de acordo com o marmoreio (quantidade de gordura presente na peça) e a gramatura (porção por pessoa) a carne de sua preferência.

No cardápio é possível encontrar cortes como bife ancho, bife de chorizo, short rib, carnes de black angus, T-Bone, picanha americana, carré, entre outros. A carne sai direto da parrilla – um sistema de grelhas móveis usadas e criadas pelos uruguaios e argentinos para preparar carnes. Apenas as brasas quando incandescentes são utilizadas para assar as carnes, peixes, frango, ovinos e suínos.

PARRILLA

A queima do carvão separada do alimento é o maior benefício da parrilla. O resultado dessa queima com as brasas é uma carne que não fica defumada e possui um sabor muito característico. A carne é assada com o calor (o isolamento e a falta de contato com a fumaça e o fogo direto atribuem à carne um sabor mais autêntico) com menos interferências que alterem o sabor.

A regulagem das alturas, a quantidade de brasas e a intensidade de calor estão diretamente ligados à forma de preparo, modo de finalização e ponto desejado de degustação. É a certeza de provar o verdadeiro sabor que cada tipo de corte proporciona.

BOTECO

Já na seção boteco, as opções são pasteizinhos de costela, coxinha de queijo do reino e alguns frutos do mar – também feitos na parrilla.

Diabetes avança e hipertensão arterial se mantém em patamar elevado entre os idosos

Idosos são vacinados em estação de metrô em Brasília, durante o dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe de 2014 que começou na última terça-feira (22) vai até 9 de maio (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O número de idosos com diabetes vem crescendo no Brasil. É o que mostram os dados mais recentes do Ministério da Saúde, que colhe as informações por meio da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônica). A prevalência da doença entre as pessoas com mais de 60 anos passou de 18,2% em 2006 — início da série — para 21,8% em 2019. Já em relação à hipertensão arterial, a ocorrência nesse grupo se manteve estável nos últimos 14 anos, mas em um patamar elevado: 55,4%. 
 
Segundo a doutora Patrícia Brunck, endocrinologista, três fatores podem explicar o aumento da prevalência de diabetes entre os idosos: o sedentarismo, o excesso de peso e a má alimentação. “Eu atribuo isso, basicamente, ao aumento do sedentarismo e da obesidade — que anda de mãos dadas com a diabetes — e do consumo de alimentos industrializados, que têm maior índice glicêmico”, aponta.
 
Os dados da pesquisa Vigitel mostram que a doença tem crescido, principalmente, entre os homens com idade entre 60 e 64 anos. Em 2006, o percentual de diabéticos nessa faixa etária era de 12,6%. No ano passado, o índice chegou a 22,2%. Já entre as mulheres, os números estão estáveis desde o primeiro levantamento, com exceção para aquelas que têm mais de 75 anos, em que a prevalência da diabetes passou de 18,4% para 24% no período.
 
O levantamento feito nos 26 estados e no Distrito Federal indica que a região Nordeste tem três das cinco capitais do país com maior índice de idosos com a diabetes: Fortaleza, São Luís e Maceió. Na capital cearense, por exemplo, uma a cada quatro pessoas com mais de 60 anos têm a doença, ou seja, 25%. As outras duas capitais ficam no Centro-Oeste (Cuiabá) e no Sudeste (São Paulo).

Hipertensão

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial está ainda mais presente na vida dos idosos brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, 55,4% deles tinham a doença no ano passado. Não houve mudanças significativas no quadro nos últimos catorze anos, já que em 2006, o percentual era de 55,8%.
 
Os destaques ficam por conta da tendência crescente que se observa entre os homens da faixa etária de 65 a 74 anos, em que a taxa passou de 53,5% para 55,9% e, nas mulheres de 60 a 64 anos, cuja prevalência da hipertensão caiu: de 57,5% para 50,9%.
 
No recorte entre as capitais que apresentaram os maiores índices de hipertensão arterial, duas estão no Nordeste. Maceió (59,8%) e Recife (58,5%). Palmas, Cuiabá e Belo Horizonte completam a lista das cidades com as piores prevalências. Os melhores resultados vêm da região Sul, onde Florianópolis e Curitiba têm índices inferiores a 50%, o que faz de ambas exceção no país.
 
Moradora de Ceilândia — cidade a cerca de 25 km de Brasília — a dona Gonçalina de Souza Moura está prestes a completar 60 anos e, infelizmente, tem diabetes e pressão alta. Ela conta que “a vida se transformou em um caos” desde que descobriu esses problemas de saúde e que toma vários remédios para controlar as doenças.
 
Em janeiro, ela sofreu um infarto, mas conseguiu se recuperar. De lá para cá, resolveu mudar alguns hábitos e, mesmo com a pandemia, arrumou uma forma de se manter ativa e praticar atividade física. “Estou cuidando direitinho da minha saúde depois que eu tive o infarto. Antes eu não cuidava, mas agora eu cuido. Mesmo na pandemia faço uma hora de caminhada, aqui ao redor da igreja, ao lado da minha casa”, conta.

Impactos da pandemia

A pandemia do novo coronavírus trouxe mais motivos para que o Brasil se preocupe com os números ascendentes de diabetes e a alta taxa de hipertensão entre os idosos. Afinal, as autoridades em saúde apontam que as doenças em indivíduos com mais de 60 anos os colocam em um maior risco de apresentarem gravidade ou óbito por Covid-19. É o que afirma Patrícia Brunck.
 
“A gente sabe que pacientes que são doentes crônicos aumentam o risco de ter a forma mais grave da Covid-19. Os diabéticos, por exemplo, são considerados imunossuprimidos. É um paciente que já tem dificuldade nas defesas imunológicas.”
 
De acordo com os dados consolidados mais recentes do Ministério da Saúde, 72% dos óbitos por Covid-19 no Brasil ocorreram na faixa-etária acima dos 60 anos. Boa parte deles, apresentava, ao menos um fator de risco ou comorbidade para a doença.
 
Uma pesquisa recente, conduzida por pesquisadores nacionais, incluindo a Universidade de São Paulo (USP) e internacionais, feita com 1700 brasileiros mostrou alguns dos impactos que a pandemia teve sobra a saúde dessas pessoas.
 
De acordo com o estudo, 95% dos respondentes passaram a ficar mais tempo em casa e diminuíram a atividade física. Com academia e parques fechados e a ênfase dada ao distanciamento social, nem todos conseguiram seguir o exemplo da dona Gonçalina. Ficaram mais sedentários, aponta a USP.
 
Uma opção para quem não tem como se exercitar de forma segura ao ar livre e longe de aglomerações é improvisar uma rotina em casa mesmo, indica Patrícia. “Os pacientes ficaram mais isolados dentro de casa. Talvez, o que poderia ser feito é o paciente fazer exercício pelos aplicativos, usando objetos ou o peso do próprio corpo, polichinelo”, exemplifica.
 
Um outro problema que preocupou os estudiosos foi que, do total de 64% dos entrevistados que obtêm os insumos para controlar o metabolismo junto ao SUS (Sistema Único de Saúde), apenas 21% receberam os medicamentos para 90 dias, o que é uma recomendação do Ministério da Saúde.
 
Além disso, dos 91% dos entrevistados que disseram monitorar a glicemia, a maioria (59%) notou alterações nos níveis de glicose.

Fonte: Brasil 61

Oito capitais brasileiras registraram mau desempenho nas ações de combate ao novo coronavírus em julho

Governo do Distrito Federal autoriza a abertura de shoppings, com regras rígidas de higiene e afastamento social

No mês em que o Brasil ultrapassou os 2,6 milhões de casos confirmados da Covid-19 e os 100 mil mortos pela doença, um estudo realizado por pesquisadores de universidades federais do Brasil mostrou que capitais como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) regrediram no combate à pandemia. Juntas, as cidades somavam, em julho, 27,9 mil casos confirmados da doença. 

Outras cinco capitais também integravam essa amarga lista: Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), João Pessoa (PB) e Brasília (DF) – a capital federal caminhava, até o dia 31 de julho, para 105 mil casos confirmados (na primeira semana de agosto, já eram quase 120 mil). A avaliação considerou a situação no dia 19 de julho nas 27 capitais brasileiras. Os dados foram calculados a partir de um sistema de projeções chamado ModInterv, que tem como base modelos matemáticos que mostram informações da curva epidemiológica (como número de contágio e/ou óbitos) e da localidade (como cidade, estado ou país). 

A partir dos dados é que entram os três modelos matemáticos. A aplicativo faz os ajustes das curvas epidêmicas e decide qual modelo é mais apropriado para determinada localidade. Com essa análise, é possível determinar em que fase da pandemia se encontra cada capital – exponencial, intermediária ou de saturação. 

De acordo com especialistas das universidades do Paraná (UFPR), de Pernambuco (UFPE) e de Sergipe (UFS), responsáveis pela análise dos dados, as oito cidades mencionadas estavam com curva acumulada de mortalidade em ascensão, seja ela mais ou menos acentuada. Para chegar a essa conclusão, os cientistas consideraram o cenário de mortes por Covid-19 já registradas na primeira quinzena abril, o que leva a crer que as cidades estão falhando nas medidas de combate ou que houve retrocessos no combate ao vírus por causa do afrouxamento de medidas de prevenção.

“As capitais da região Sul se encontram em regime de crescimento exponencial de casos na epidemia. É importante lembrar que essas cidades, no início, tiveram crescimento bem mais lento, exatamente pelas medidas de contenção adotadas logo no começo da pandemia”, alerta o professor Giovani Vasconcelos, do Departamento de Física da UFPR, que participou do estudo. 

“Com o relaxamento das medidas de isolamento, a curva de óbitos de Curitiba, por exemplo, passou a crescer de forma acelerada a partir de junho. Foi como se a epidemia estivesse começando de novo”, lamenta o pesquisador. 

O levantamento mostra que a maioria das capitais já se encontrava, no mês de julho, em uma fase intermediária da doença, ou seja, saíram da fase exponencial (ou crescente) e estavam em regime de crescimento mais lento, com curvas epidêmicas em desaceleração. “Nesses casos, podemos dizer que o pior já passou. Contudo, a epidemia ainda não está controlada nessas cidades, ou seja, as curvas epidêmicas ainda não atingiram a fase de saturação, que é quando há uma forte desaceleração da curva de óbitos em direção ao platô final, o que representa o fim da epidemia”, explica Vasconcelos.

Recife (PE) e Belém (PA), segundo os dados levantados na data de referência, eram as únicas cidades que haviam atingido essa saturação. Maceió (AL), em escala bem menor, estava quase atingindo essa fase. “Isso significa que essas capitais lograram certo controle sobre o vírus, na medida em que o número diário de óbitos vem caindo de forma consistente. Entretanto, é preciso continuar com medidas eficazes de controle, como evitar aglomerações e manter o distanciamento social, para que não haja uma relargada da epidemia nessas capitais”, reforça. Até 31 de julho, Belém tinha 2.075 mortes registradas e 25,5 mil casos confirmados. Na primeira semana de agosto, os números de casos subiram para 27,8 mil. Em Recife, eram 2,1 mil mortes e 26,5 mil casos positivos até o final do mês passado. Agora, são 27,8 mil casos e 2,2 mil mortos. 

O médico infectologista Hemerson Luz encoraja a população a manter as medidas de segurança repassadas por órgãos oficiais de saúde. “Enquanto não houver vacina, o isolamento é a melhor forma de evitar o contato com o novo coronavírus. Estamos falando de toda uma população que é suscetível, ou seja, quem tiver contato com o vírus, vai abrir um quadro para a Covid-19. E existe um amplo espectro de manifestação clínica, que vai desde quadros brandos até aqueles que necessitam de UTI e os que podem, infelizmente, evoluir para o óbito”, alerta. 

Fonte: Brasil 61

Com nova lei, Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) se volta ao saneamento básico, diz Onyx Lorenzoni

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, durante a coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento no combate ao coronavírus

Com a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, vai trabalhar também para atrair recursos privados para os serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto. A informação é do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em entrevista concedida ao portal Brasil 61.

“Com o novo marco regulatório, nós inserimos o saneamento básico no PPI. Isso vai facilitar para que a gente consiga fazer concessões privadas de saneamento nas cidades. Um dos grandes problemas que temos no Brasil é o tratamento de esgoto, por conta da contaminação de rios e mananciais de água”, explicou o ministro.

O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) é vinculado à presidência da república e foi criado em 2016 para aumentar a captação de investimentos privados.

Entrevista completa: “Renda Brasil deve ser enviado ao Congresso em 30 dias e irá substituir o Bolsa Família”, diz Onyx Lorenzoni

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico foi aprovado em junho no Senado e sancionado pelo presidente da República no dia 15 de julho. O objetivo da medida é inserir a iniciativa privada no setor, que hoje é controlado quase em sua totalidade por empresas públicas. Para abrir o setor de água e esgoto para a concorrência privada, o texto obriga que os serviços passem por licitação. Com isso acabam os contratos de programa, que passavam o saneamento das cidades diretamente para estatais, sem concorrência.

“A vedação dos contratos de programa é a medida que vai estimular o crescimento do investimento privado no setor, uma vez que favorece o ambiente competitivo e o incremento de negócios. A isonomia competitiva aumenta o número de interessados em prestar os serviços, o que favorece a modernização e a expansão das redes em direção a universalização do fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto”, defende o advogado Marcus Vinicius Macedo Pessanha, especialista em Direito Administrativo, Regulatório e Infraestrutura do escritório Nelson Wilians & Advogados Associados.

Para o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a nova lei aumenta a atratividade do setor. “Com o marco regulatório e o PPI, o Brasil tem a melhor carteira do mundo de investimentos em infraestrutura. Tenho certeza que esse casamento vai permitir que a iniciativa privada brasileira e internacional possa nos alavancar para que consigamos universalizar o saneamento em todo país”, defende Onyx.

Fonte: Brasil 61