Brasil: Total de óbitos passa de 77 mil

Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados ontem (17/07) apontam que mais 1.163 mortes por Covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 77.851, segundo atualização publicada às 18h.

O Brasil ainda registrou oficialmente mais 34.177 casos, elevando o total para 2.046.328. Na quinta-feira, o país ultrapassou a marca de 2 milhões de casos, menos de um mês depois de registrar oficialmente o primeiro milhão.

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

O Conass não informou o número de curados no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na quinta-feira, 1.296.328 já se recuperaram.

Ainda nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a transmissão do coronavírus no Brasil atingiu um platô. Ou seja, o número de novos casos se estabilizou e a curva não está mais subindo como antes.

No entanto, a OMS destacou que ainda não há uma tendência de queda e que é preciso ação política coordenada para que os casos caiam. “O Brasil está ainda no meio da luta. E não há maneira de garantir que a queda vai ocorrer por si”, disse o diretor de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de Covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos EUA, que acumula 3,6 milhões de ocorrências.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 37. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – novamente atrás dos EUA, que acumulam 138 mil mortes.

Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 12° – bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (4,78) e o Uruguai (0,93). Na quarta-feira, o Brasil ultrapassou a Holanda (35,73) em número de mortes por 100 mil/hab. Na quinta-feira, foi a vez de passar à frente da Irlanda (36,04).

Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (67,99) e a Bélgica (85,76), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo – no caso britânico, está na casa das dezenas, já a Bélgica tem registrado vários dias seguidos sem mortes.

Na quarta-feira, o Brasil completou dois meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos disparam no país. Foram 62 mil novos óbitos registrados desde que a pasta passou a ser gerida integralmente pelos militares.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, 593 mil pessoas já morreram de Covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 13,9 milhões em todo o planeta.

Fonte: Terra

Com mais 1.332 infectados e 33 óbitos por Covid-19, Pernambuco tem 77.423 casos e 5.869 mortes

Pernambuco confirmou, ontem (17), no último boletim divulgado, 1.332 casos e 33 óbitos causados pela Covid-19. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, o estado passou a totalizar 77.423 infectados e 5.869 mortos devido ao novo coronavírus, números que começaram a ser registrados no início da pandemia, em março.

De acordo com a SES, entre os confirmados nesta sexta-feira (17), 1.205 são casos leves, ou seja, pacientes que não precisam de internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 127 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Do total de 77.423 registros, 21.780 são casos graves e 55.643 leves.

Nesta sexta-feira (17), também houve 273 novas curas confirmadas da Covid-19, totalizando 54.243 pacientes recuperados da doença. Desse total, 11.250 são de casos graves, que demandaram leitos no sistema de saúde, e 42.993 casos leves.

Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por 181 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha e da ocorrência de pacientes em outros estados e países.

Mortes

Das 33 mortes confirmadas no boletim desta sexta-feira (17), 19 ocorreram entre o dia 18 de abril e a segunda-feira (13). As outras 14 mortes aconteceram nos últimos três dias. São 21 mortes de pacientes do sexo masculino e 12 do sexo feminino.

Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Belo Jardim (1), Caruaru (3), Feira Nova (1), Garanhuns (1), Glória do Goitá (2), Goiana (1), Gravatá (1), Igarassu (1), Itaquitinga (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Lagoa do Ouro (1), Olinda (6), Passira (1), Paudalho (1), Petrolina (1), Recife (3), Salgueiro (1), Santa Cruz do Capibaribe (1), São Lourenço da Mata (1), São Vicente Férrer (1), Sertânia (1) e Surubim (1).

Os pacientes tinham idades entre 23 e 99 anos, além de um (1) natimorto do sexo masculino. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 20 a 29 (1), 30 a 39 (2), 40 a 49 (2), 50 a 59 (3), 60 a 69 (5), 70 a 79 (11), 80 anos ou mais (8).

Dos 33 pacientes que vieram a óbito, 22 apresentavam comorbidades confirmadas: doença cardiovascular (13), diabetes (12), hipertensão (9), tabagismo/histórico de tabagismo (3), doença respiratória (3), etilismo/histórico de etilismo (2), doença hepática (2), doença renal (1), hipotireoidismo (1), dislipidemia (1), imunossupressão (1), doença de Alzheimer (1), doença cromossômica (1) e obesidade (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Três não tinham comorbidades e os demais estão em investigação.

Leitos

Nesta quinta, a taxa global de ocupação de leitos para Covid-19 era de 66%. Havia pacientes internados em 76% das UTIs e em 56% das enfermarias.

Caruaru tem 3.506 casos da Covid-19

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta sexta (17), que até o momento foram realizados 8.475 testes, dos quais 3.725 foram através do teste molecular e 4.750 do teste rápido, com 3.506 confirmações para a Covid-19, incluindo um óbito, registrado no dia 13 julho, sendo ele: Mulher, 70 anos, com comorbidades.

Em investigação estão 581 casos e já foram 4.388 descartados.

Também já foram registrados 15.675 casos de síndrome gripal, dos quais 1.894 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

A secretaria informa ainda que 3.020 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.

Sesc lança protocolo de volta às aulas

Em todo país, estados e municípios começam a traçar planos para a retomada presencial dos estudos em meio a dúvidas crescentes sobre quais medidas devem ser adotadas para garantir a segurança de alunos, professores e funcionários das escolas. Parte desses questionamentos foi debatida nos últimos meses pelo Sesc, que mantém 213 unidades escolares e atende cerca de 70 mil estudantes em todo o país. A discussão deu origem a um protocolo amplo, que aponta número máximo de pessoas por metro quadrado nas salas, indica os procedimentos em caso de registros de sintomas em estudantes e profissionais, sugere metodologias de avaliação, entre outras orientações.

O documento elaborado pelo Sesc serve de guia para todas as escolas que integram o sistema educacional da Instituição e, também, pode ser acessado por administradores públicos e privados que estão elaborando seus próprios protocolos .

“O protocolo que elaboramos teve que ser detalhado e amplo o suficiente para atender as condições das unidades que temos do Oiapoque ao Chuí. Convivendo com realidades tão diferentes, acreditamos que é uma referência nacional que pode servir de base para administrações públicas e demais estabelecimentos escolares”, comenta a gerente de Educação do Sesc, Cynthia Rodrigues.

O documento do Sesc prevê que os cuidados com a saúde devem balizar todas as atividades curriculares, o rearranjo dos espaços físicos e as avaliações pedagógicas das escolas. O planejamento das ações só deve prosseguir se o formato definido for o mais adequado para reduzir os riscos de contágio. E deve sempre observar as observações de pais e alunos.

Para a organização do novo espaço, o protocolo recomenda desmontar o layout atual das salas de aula, alocando o mobiliário que não poderá ser utilizado em outro lugar e abrindo espaço para a circulação e o distanciamento seguros entre os alunos.

Com o intuito de garantir o cumprimento das medidas sanitárias devidas, será necessário atender à proporção de número de estudantes por metro quadrado do espaço. As salas de aula devem ser organizadas respeitando a disposição de no máximo quatro estudantes a cada 10 metros. Dessa forma, uma sala de aproximadamente 40 m² deve acomodar até 16 pessoas, incluindo o professor.

Essas recomendações de distanciamento levam em conta os estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Para a Educação Infantil, há critérios específicos, também abordados pelo protocolo desenvolvido pelo Sesc.

Para vencer esse obstáculo de salas com menos alunos, é oportuno planejar a ocupação dos diferentes espaços livres da escola, explorando áreas com contato com a natureza e liberdade para movimentos amplos. O protocolo recomenda que diariamente deve-se prever momentos de uso dos locais externos por todas as turmas da escola.

O documento elaborado pelo Sesc trata ainda das questões pedagógicas, sugerindo uma avaliação diagnóstica e como deve se dar a conclusão do ano letivo. Nas unidades da Instituição, a orientação é adequar os tempos ao ritmo de cada estudante, evitando a reprovação e garantindo a todos o direito de aprendizagem. Para isso, é sugerida a reorganização do currículo em ciclos de progressão continuada, que permite o alcance dos objetivos curriculares.

Para concluir a carga horária prevista, o Sesc recomenda a manutenção das aulas remotas com o rodízio das aulas presenciais e a inclusão das horas de estudo remoto para concluir as metas estabelecidas.

Em caso de contaminação

O protocolo aponta ainda os procedimentos que devem ser adotados caso alunos, professores ou funcionários sintam sintomas relacionados com o novo coronavírus, um risco que deve ser considerado e informado à comunidade escolar para que todos compreendam a reação adequada nesses episódios.

Caso o estudante ou profissional apresente sintomas durante o horário de funcionamento da escola, deve ser encaminhado a um espaço previamente reservado para acolhê-lo, enquanto são tomadas as providências cabíveis. Se isso ocorrer durante a aula, a orientação é que a família tenha ciência de que deverá retirar o aluno da escola com urgência e encaminhá-lo ao sistema de saúde para os primeiros cuidados.

Os sintomas mais recorrentes e indicados para o monitoramento dos alunos são: tosse, espirro, falta de ar, dor de garganta, fadiga, problemas digestivos e sensação de febre. Após o relato dos sintomas e o isolamento do estudante ou do profissional da escola, deve ser feita a limpeza minuciosa da sala em que a pessoa foi isolada após uma latência de algumas horas. O doente só poderá retornar à unidade com atestado médico.

Família e comunidade

Além das medidas relacionadas diretamente com as atividades de ensino e do ambiente escolar, o protocolo do Sesc aponta que a construção de um ambiente seguro para retomada presencial dos estudos depende fundamentalmente do estabelecimento de normas de convivência que sejam debatidas e assimiladas pelos alunos, familiares e a comunidade escolar.

Uma das orientações do protocolo criado pelo Sesc é que a volta às aulas deve ser debatida com os serviços de atendimento aos cidadãos como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os Centros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), os postos de saúde de família, os conselhos tutelares, as demais escolas da região, entre outros órgãos públicos e parceiros privados. Esse é um importante ponto de partida para organizar as ações em cada território, considerando o que já está estabelecido e traçando outras estratégias.

“É muito importante essa pactuação, trazer a família e os estudantes para o debate e torná-los construtores da solução. Há pais que ainda vão resistir à volta dos filhos para a escola e será preciso pensar num caminho para não deixar esses alunos para trás”, explica a analista de educação do Sesc, Nathalia Carvalho.

Os pais, estudantes e a comunidade escolar também precisam estar convencidos de que o protocolo adotado está em linha com as melhores recomendações de especialistas, por isso é importante indicar as fontes usadas para o manual de volta às aulas.

“Esse documento não é de aplicação obrigatória, mas é importante destacar que para sua elaboração consultamos os protocolos adotados em outros países como a França, as orientações do Banco Mundial, da OMS e outras fontes nacionais e internacionais. Ele será também uma guia viva, porque pode ser ajustado de acordo com o retorno das aulas presenciais com situações que ainda não haviam sido previstas”, explica Nathalia.

Educação no Sesc

O Sesc conta com uma rede escolar de 213 unidades espalhadas por todas as regiões do país, com exceção de São Paulo que atua com a educação não-formal. Cerca de 70 mil estudantes frequentam as unidades educacionais do Sesc, sendo o maior contingente no Ensino Fundamental, com mais de 32 mil alunos. Na Educação Infantil, a Instituição atende a mais de 20 mil crianças.

No Ensino Médio, mais de 3 mil alunos estudam no Sesc e há ainda mais de 14 mil estudantes dos módulos de Educação de Jovens e Adultos. Todos eles estão sendo atendidos por aulas remotas durante a pandemia do novo coronavírus.

“O Sesc não tem data unificada para volta às aulas, porque isso depende da realidade local de cada unidade, mas há previsão, por exemplo, do retorno das atividades presenciais no Distrito Federal, mas isso dependerá ainda da avaliação dos gestores locais”, explica Cynthia.

Caso Queiroz e prisão domiciliar de foragida: decisão pode ser revertida

A decisão do ministro Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de conceder prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e sua mulher, Márcia Aguiar, no caso das “rachadinhas” é considerada inusitada por especialistas em Direito Penal e pode ser revertida. O motivo é que foi obtida no período de recesso do Judiciário por decisão de apenas um ministro.

“Deve ficar muito claro que a decisão do ministro Noronha foi liminar e é uma análise individual feita por ele no exercício da Presidência no Plantão Judiciário, mas essa decisão será analisada e convalidada, ou não, pela turma julgadora do STJ, em que outros ministros analisarão o mérito. Na decisão colegiada eles podem rever essa liminar, fazendo com que a situação de custódia que se desenvolvida até aquele momento seja restabelecida”, explica Leonardo Pantaleão, advogado especializado em Direito Penal e Processual.

Queiroz e a esposa Márcia são investigados pela Polícia Civil e Ministério Público cariocas por desvios e apropriação de honorários de funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

A modalidade de pena em que o investigado fica em casa não é obtida com facilidade e só é concedida com o preenchimento de requisitos estabelecidos em lei, o que não ocorreu no caso da mulher de Queiroz.

A prisão domiciliar é uma medida excepcional que substitui a prisão preventiva e é concedida quando estão preenchidos os requisitos da prisão preventiva e a pessoa, por alguns problemas de ordem pessoal, não pode ficar presa:

“Na situação de Márcia, diante do fato de ela estar foragida, os requisitos dos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal, que são aqueles a serem preenchidos quando da decretação da prisão preventiva, estavam presentes, mas quando olhamos para as exigências para prisão domiciliar, há pouca plausibilidade e, além de ser circunstância rara, foi feita uma construção jurídica para conceder esse benefício”, confirma Acacio Miranda da Silva Filho, doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF e mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha.

Existe a previsão legal de que a pessoa acometida com doença grave e devidamente examinada pelo Poder Judiciário pode ter a prisão substituída para modalidade domiciliar, mas, segundo Pantaleão, a jurisprudência não tem esse caráter “benevolente”.

“A lei não impede que a pessoa foragida possa ter seu habeas corpus analisado. Não é obrigatório que a pessoa se recolha ao sistema prisional para que só depois tenha a requisição examinada, porém não é usual, pelo que mostra a jurisprudência, que alguém foragido consiga obter essa substituição da forma como aconteceu”, explica Pantaleão.

PERFIL DAS FONTES

Acacio Miranda da Silva Filho é Doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF. Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha. Cursou pós-graduação lato sensu em Processo Penal na Escola Paulista da Magistratura e em Direito Penal na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. É especialista em Teoria do Delito na Universidade de Salamanca/Espanha, em Direito Penal Econômico na Universidade de Coimbra/IBCCRIM e em Direito Penal Econômico na Universidade Castilha – La Mancha/Espanha. Tem extensão em Ciências Criminais, ministrada pela Escola Alemã de Ciências criminais da Universidade de Gottingen, e em Direito Penal pela Universidade Pompeu Fabra.

Leonardo Pantaleão é advogado, professor e escritor, com Mestrado em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Doutorado na Universidad Del Museo Social Argentino, em Buenos Aires e Pós-graduado em Direito Penal Econômico Internacional pelo Instituto de Direito Penal Econômico e Europeu (IDPEE) da Universidade de Coimbra, em Portugal, professor da Universidade Paulista. Autor de obras jurídicas, palestrante com ênfase em Direito Penal e Direito Processual.

Dom Hélder: O ‘profeta da fraternidade’ inspira o combate à desigualdade

O PSB exibiu nas suas redes sociais, ontem (16), o segundo vídeo temático da campanha NÃO VIOLÊNCIA ATIVA – PAZ, ESSA É A NOSSA BANDEIRA, tendo Dom Hélder Câmara, “o profeta da fraternidade”, suas ideias e sua luta como inspiração.

Lançada nesta semana pelo partido, a campanha busca inspirar brasileiros a lutarem pela democracia, pela paz e pela justiça social, nesses tempos em que o país assiste a uma minoria defender uma agenda antidemocrática e a pregar o ódio, a discriminação e a intolerância.

Ícone da não violência ativa no Brasil, Dom Hélder Câmara dedicou sua vida aos mais carentes, defendeu os direitos humanos e enfrentou com coragem a ditadura militar. Foi ainda um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pregava por uma Igreja simples voltada para os pobres e oprimidos.

“Nós temos que viver uma Igreja que reze, que ame a Deus, mas sem esquecer o próximo e não fique apenas em amor de palavra. Porque não é possível que a nossa gente fique aí cada vez mais sacrificada. Quando a gente vê pelas estatísticas oficiais quantas pessoas morrem de fome no mundo a cada ano é uma coisa tenebrosa”, diz o líder em um trecho do vídeo que traz imagens dele e trechos de seus discursos.

Dom Hélder Câmara também é destacado como exemplo de trajetória que pode inspirar o país a mudar a própria história diante das crises ética, econômica, política e social vividas atualmente.

A desigualdade social, como nos demais vídeos da campanha, é apontada como um dos graves problemas do Brasil. O vídeo explica que apenas seis pessoas mais ricas do país possuem riquezas equivalente ao patrimônio de 100 milhões de brasileiros mais pobres. Os 5% mais ricos possuem a mesma fatia de renda que os demais 95%.

“Corrigir as injustiças no Brasil impõe medidas extensivas em diversas frentes: políticas, econômicas e sociais. O Partido Socialista Brasileiro acredita que é urgente a realização de ações que tenham como foco o combate às desigualdades e promoção dos princípios do humanismo, da diversidade e da sustentabilidade”, finaliza o vídeo.

Campanha NÃO VIOLÊNCIA ATIVA

A não violência ativa é uma prática de resistência que mobiliza a sociedade em busca da paz, da democracia e da justiça social, sem entrar no campo da agressão, do ódio e da intolerância, explica o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

“Nos últimos tempos, temos assistido uma minoria que prega a violência, a intolerância e o ódio. Por essa razão, estamos realizando uma campanha com uma série de vídeos, inspirada nos ícones da ‘não violência ativa’ como Dom Hélder Câmara, Martin Luther King, e Nelson Mandela, para inspirar os brasileiros a lutarem pela paz, pela harmonia e pela coesão social”, explica Siqueira.

“Esses aspectos devem caracterizar a maioria da população brasileira, e devem ser realçados e incentivados para que ela use a arma da paz e da democracia em defesa da justiça social”, completa.

Serão lançados ao todo cinco vídeos, sempre às terças e quintas-feiras, às 17h. O primeiro vídeo, apresentado na terça-feira (14), traz Nelson Mandela, líder sul-africano do movimento contra o Apartheid, como figura inspiradora da luta pacífica em defesa dos direitos humanos, da liberdade e pela igualdade racial.

A campanha inclui ainda vídeos de outros dois grandes líderes da humanidade como Mahatma Gandhi e Martin Luther King, além das jovens ativistas Greta Thumberg e Malala Yousafzai. Os filmes estarão acessíveis no site oficial e nas redes sociais do PSB para serem baixados e compartilhados.

CONFIRA TODO O CONTEÚDO DA CAMPANHA EM:

http://psb40.org.br/campanha-nao-violencia-ativa/

SERVIÇO

Campanha “Não violência ativa – Paz, essa é a nossa bandeira”

Sempre às terças e quintas-feiras, às 17h

Live nas redes sociais e no site do PSB nacional

@psbnacional40 / www.psb40.org.br

Brasil pode ter embarque aéreo sem uso de documentos

portrait of blond hair woman holding mobile phone and taking a self portrait photography.smiling and feeling joyful before her departure.

Imagine passar por todas as etapas do embarque aéreo sem apresentar, em nenhum momento, qualquer tipo de documentação. Um sistema de reconhecimento por biometria, que valida a identidade do viajante por selfies tirados na hora comparados com a base de dados do Denatran, foi um dos destaques do segundo dia do Digital Week MInfra. Desenvolvida pelo Serpro para o Ministério da Infraestrutura, a tecnologia está em fase piloto, com previsão de implantação do embarque de testes ainda para este ano.

“A responsabilidade pela validação da identidade do viajante deixa de ser das companhias aéreas e passa a ser feita, com toda segurança, pelo Governo Federal”, anunciou o coordenador da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Carlos Eduardo Gomes.

Segundo Gomes, o sistema “Embarque Seguro” também poderá permitir o controle de toda a trajetória do viajante, seu histórico e das pessoas que compartilharam voos com ele. “Isso é uma ferramenta essencial para as políticas públicas de saúde, principalmente em um contexto de pandemia. Sem falar que o embarque passa a ser feito sem qualquer contato físico”, avaliou.

No futuro, o sistema poderá integrar dados de órgãos diversos, como Interpol e Polícia Civil, avisar o viajante quanto tempo falta para a saída do vôo e, ainda, identificar o portão correto e traçar a rota mais rápida para chegar.

Duas selfies

Com o Embarque Seguro, a validação da identidade passa a ser feita por duas selfies: uma tirada antes da entrada na área restrita do aeroporto; outra, anterior ao embarque. Essas fotos são comparadas com outras da base do Denatran, e o sistema registra um “percentual de similaridade”, garantindo a identidade do viajante. “O cartão de embarque passa a ser emitido com o QR Code Vio, desenvolvido pelo Serpro. Isso permite que os agentes façam a validação mesmo no caso fortuito de falta de eletricidade ou de internet no aeroporto”, explicou o consultor de negócios de Soluções de Gestão de Transporte Terrestre e Aéreo do Serpro, Fernando Paiva.

O uso de todas essas informações está alinhado à LGPD: o processo de identificação atente às necessidades de segurança pública e defesa nacional e o compartilhamento de informações só será possível mediante convênio prévio entre os órgãos.

Minha avó não tem celular

Uma das questões trazidas pela platéia do webinar foi sobre a obrigatoriedade de utilização dessas novas tecnologias. Um participante relatou que sua avó viaja muito de avião, mas sequer tem um smartphone. “Se o usuário não tiver ou não quiser usar seu celular, poderá fazer as selfies no próprio aeroporto, que vai estar equipado para isso. Sua avó só vai perceber que o embarque ficou muito mais rápido e, por algum motivo, ela tirou duas fotos e não precisou sequer tirar a identidade do bolso”, disse Paiva.

Silvio Costa Filho convida ministro Paulo Guedes para apresentar proposta de Reforma Tributária

Durante a retomada das atividades da Comissão Especial da Reforma Tributária, nesta quinta-feira (16), o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), que está no exercício da Liderança do partido, convidou o ministro Paulo Guedes para apresentar à Câmara, em audiência pública, o texto que está sendo elaborado pelo Ministério da Economia. “Com a posição oficial do Poder Executivo é mais fácil de a gente construir o texto. Queremos de forma conjunta, com o governo, Câmara, Senado e Congresso Nacional, construirmos a melhor reforma para o Brasil”, argumentou.

Silvio lembrou que já existem duas Propostas de Emenda à Constituição: a PEC 110/19, do Senado, e a PEC 45/19, da Câmara. Para ele, é fundamental que a proposta seja apresentada de forma coletiva. “Não faz sentido avançarmos na agenda da Câmara e do Senado sem ter conhecimento do que o governo federal propõe”, explicou ao protocolar requerimento formalizando o convite para o ministro Paulo Guedes.

Silvio Costa Filho defende que as mudanças na legislação não aumentem os valores dos impostos. “O Brasil já paga uma carga tributária de mais de 33%, enquanto outros países da América Latina pagam em torno de 23%”, disse. Segundo ele, o crescimento econômico do país só terá solidez se existir uma legislação tributária com regras transparentes, de modo a proporcionar um bom ambiente de negócios para o investidor internacional. “Temos mais de 27 legislações de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) mais de 200 legislações de ISS (Imposto Sobre Serviço), infelizmente um manicômio tributário que engessa a economia do Brasil”, afirmou.

Em seu pronunciamento, o deputado também fez uma análise das mudanças da atual legislatura. “Este é o Congresso mais reformista desde a Constituição de 1988. Em pouco mais de oito meses entregamos a Reforma Previdenciária com a potência fiscal em pouco mais de R$ 800 bilhões. Além disso, aprovamos a Cessão Onerosa, o conjunto de medidas creditícias e o Marco Legal do Saneamento”, finalizou.

O parlamentar recebeu o apoio do presidente do colegiado, Hildo Rocha, e do relator Agnaldo Ribeiro, que também consideram o conhecimento da proposta fundamental para os trabalhos avançarem.

Dia da Amizade: psicóloga fala da amizade por fase da vida

Nesta segunda-feira (20), vivencia-se em todo o mundo o Dia Internacional da Amizade e do Amigo. Um dia que será celebrado de maneira diferente devido à pandemia pelo coronavírus, mas que servirá para relembrar a importância da amizade e o que ela traz. Afinal, o que é a amizade? Como o “ser amigo” vai se tornando durante as etapas da vida e como essa atitude vai mexendo com cada etapa?

A psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lucineide Silva, explica que a amizade é um sentimento que gera emoções de alegria, bem-estar, calma, sentimentos positivos como felicidade, compaixão. Ainda segundo a profissional, é um sentimento gratuito e recíproco, que faz tão bem ao ser humano. Alguns amigos chegam a ser considerados como nossa família, não sanguínea, mas que o coração, ou melhor, o cérebro, sentiu uma identificação e através de uma emoção foi gerada um sentimento tão forte, que se denominou amizade.

“A amizade é essencial em todas as fases do desenvolvimento humano. Somos seres biopsicossociais, ou seja, além de sermos constituídos por nosso corpo, somos por nosso psicológico, e pelo social. Este último influencia no que somos e nossas amizades refletem muito de nós mesmos”, explica a psicóloga.

Ainda segundo a docente, viver isolado é prejudicial à saúde, o isolamento pode acarretar adoecimento, visto que um nível alto de tristeza e solidão, pode gerar angústia, desânimo, e levar a patologias como a depressão. “Somos seres sociáveis e de vínculos e os amigos fazem nossa empatia crescer, proporcionam sentimentos de bem-estar, liberam substâncias positivas no nosso cérebro, que faz com que diminua o nível de tristeza, angústia e ansiedade. Ficamos mais inspirados e motivados a falar, nos movimentar, lembrar de fatos, trabalhar com nossa memória”, destaca Lucineide Silva.

A amizade nas fases da vida

Lucineide elenca como a amizade ajuda e influencia positivamente nas importantes fases da vida, infância, adolescência, adulta e terceira idade:

– Começamos na fase da infância com a amizade para o nosso processo de desenvolvimento, aprendendo as primeiras regras de convivência, de estar e ser com o outro.

– Depois na adolescência, para o processo de independência, as amizades ficam mais intensa na busca de grupos de iguais, começa o desenho para nossa identidade.

– Na fase adulta, as vezes com tantas demandas, nem nos lembramos quem somos, e as amizades são nossas referências, para lembrar de nós mesmos.

– Já quando idoso, a amizade faz com que relembremos os momentos, ativemos o cérebro, faz com que possamos sorrir do passado, ter leveza no presente e continuar a seguir.