Segue o boletim informativo da Unimed Caruaru sobre os atendimentos da COVID-19 no HUC até a sexta-feira (05).
Author Archives: Léa Renata
Economia e praticidade motivam opção por contabilidade digital
A era digital nos serviços para empresas já era crescente antes da pandemia, mas com o isolamento social e a crise financeira, pequenas e médias empresas estão readequando seus custos, sem perder a qualidade dos serviços. A Contabilidade é uma despesa significativa para MEI e empresas optantes do Simples.
A Razonet, startup de contabilidade digital, que atende MEIs e optantes pelo Simples Nacional registrou uma queda de 12% de empresas cadastradas na plataforma depois do início das restrições (março e abril).
“Em janeiro e fevereiro (antes da pandemia) tivemos 81 novos clientes. De março a abril (durante a pandemia) tivemos 71 novos clientes. Isso representa uma queda de 12% de procura durante os meses de isolamento social.
Já de maio até hoje (05/06) tivemos 74 novos clientes, 4.3% de aumento de novos contratos o que demonstra uma retomada da economia e a migração de contabilidade por preço, pois muitas empresas no Brasil estão reestruturando seus custos, sem perder a qualidade. Somos uma contabilidade totalmente digital, simples, segura, que evoluiu de uma contabilidade tradicional com valores que reduzem em até 50% o custo mensal em relação ao mesmo serviço. Nos diferenciamos no mercado oferecendo um excelente trabalho operacional e um atendimento pessoal, próximo ao cliente, ainda que por meios eletrônicos”, explica Luana Menegat, CEO da Razonet.
Um dos maiores impactos da Razonet está na redução expressiva de custo com a contabilidade. A mensalidade é fixa para MEI em R$ 19,90 por mês; Simples Serviços – a partir de R$ 85,90 por mês; e Simples Comércio e Indústria – a partir de R$ 199,90 por mês. No site da Razonet é possível fazer a simulação para visualizar a economia da mudança para a contabilidade digital: https://www.razonet.com.br/#simulador
Em Caruaru, adolescentes em internação provisória iniciam curso de tapeçaria
Adolescentes em internação provisória na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Caruaru, no Agreste do Estado, estão usando a criatividade para aprender uma nova vocação. Nesta sexta-feira (5), eles foram inseridos em um curso de tapeçaria, com certificação do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A oferta da qualificação profissional na instituição, que é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, ocorre de olho no mercado de confecções, que tende a ser uma das forças motrizes da retomada econômica da região após a pandemia da Covid-19.
As aulas estão ocorrendo dentro do Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, com adaptações para cumprir as recomendações de distanciamento social. As turmas, por exemplo, foram reduzidas a apenas três alunos, todos de máscaras. Haverá aulas para grupos diferentes pela manhã e à tarde ao longo de quatro sextas-feiras, com carga horária total de 24 horas/aula. A agente socioeducativa Joselma Batista, que atua na unidade, está responsável pela oferta do conteúdo. O material usado nas aulas foi disponibilizado por meio de uma parceria firmada com uma microempresária do ramo de confecções.
Os itens produzidos no curso, assim como outras produções artesanais do Cenip Caruaru, ficarão à disposição de funcionários da Funase e de familiares dos socioeducandos, além de passarem a compor o catálogo de produtos da instituição em exposições, quando esse tipo de evento voltar a ser realizado. Além do Cenip Caruaru, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho, unidade da Funase no Grande Recife, também desenvolveu o curso de tapeçaria, em maio deste ano. Na próxima semana, na unidade de internação provisória de Caruaru, serão reiniciados o curso de informática e o grupo de leitura e reflexão.
Para a coordenadora geral do Cenip Caruaru, Maria Clara Amorim, a realização dessas atividades busca oportunizar a transformação de realidades através do aprendizado. “Durante a pandemia, reforçamos as atividades esportivas. Agora, sentimos que já é possível retomar as atividades profissionalizantes, com grupos menores de adolescentes e outros cuidados. Nesse curso específico, a ideia é produzir tapeçaria de vários tamanhos, modelos e com harmonia de cores. Buscamos que, ao saírem da Funase, os adolescentes possam colocar em prática, junto às famílias, o aprendizado que obtiveram na instituição”, avalia.
Pernambuco tem 37.507 confirmações e 3.134 óbitos por Covid-19
Pernambuco confirmou, no último boletim divulgado nesta quinta-feira (4), 1.044 novos casos da Covid-19. Também foram constatadas 122 mortes de pacientes com o novo coronavírus no estado. Com isso, o número de confirmações da doença subiu para 37.507, enquanto o de óbitos passou para 3.134.
Dos casos confirmados nesta quinta (4), 243 são classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e outros 801 foram considerados leves, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, o estado passa a ter 15.292 pacientes graves e 22.215 leves.
A taxa global de ocupação dos leitos para Covid-19 em Pernambuco chegou, nesta quinta, a 78%. Estavam com pacientes 97% das vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 68% das enfermarias.
Além disso, o boletim desta quinta registrou mais 1.425 pacientes recuperados do novo coronavírus em Pernambuco, totalizando 20.375 pessoas curadas da Covid-19. Desse total, 5.473 são de casos graves e 14.902 casos leves.
Até esta quinta, os casos graves confirmados da doença estavam distribuídos por 164 municípios pernambucanos, além do Arquipélago de Fernando de Noronha e da ocorrência de pacientes em outros Estados e países.
Mortes
Em relação às mortes, a SES explicou, por nota, que a alta no número desta quinta (4) está relacionada ao “atraso na informação dos óbitos pela rede hospitalar”, já que, dos 122 óbitos, 81 ocorreram entre os meses de abril e maio e 41 foram registrados ao longo dos últimos quatro dias.
Os novos óbitos confirmados são de pessoas que moravam nos seguintes municípios:
Recife (56), Jaboatão dos Guararapes (16), Cabo de Santo Agostinho (7), Gameleira (4), Goiana (3), Olinda (2), Abreu e Lima (2), Paulista (2), Camaragibe (2), Vitória de Santo Antão (2), Ipojuca (2), Araçoiaba (2), Ribeirão (2), Rio Formoso (2), São Bento do Una (2), São Lourenço da Mata (1), Igarassu (1), Timbaúba (1), Paudalho (1), Água Preta (1), Xexéu (1), Bonito (1), Cortês (1), Condado (1), Cumaru (1), Palmares (1), Sanharó (1), São Vicente Ferrer (1) e Serra Talhada (1), além de duas (2) mortes de pacientes de outros estados.
As mortes ocorreram entre os dias 17 abril e 3 de junho. Os pacientes tinham idades entre 25 e 107 anos de idade, além de uma criança (sexo masculino) de 5 anos.
Dos 122 pacientes que morreram, 90 apresentavam as seguintes doenças pré-existentes (comorbidades):
Hipertensão (61), diabetes (33), doença cardiovascular (17), tabagismo/histórico de tabagismo (10), câncer (7), histórico de AVC (4), doença pulmonar (4), doença renal (4), obesidade (4), doença de Alzheimer (3), doença de Parkinson (3), etilismo/histórico de etilismo (3), doença respiratória (2), esquizofrenia (1) e doença hepática (1).
Dezoito não apresentavam comorbidades e os demais estão em investigação pelos municípios. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 20 a 29 (1), 30 a 39 (4), 40 a 49 (13), 50 a 59 (10), 60 a 69 (27), 70 a 79 (30), 80 ou mais (36).
Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 10.856 casos foram confirmados e 11.779 descartados.
As testagens abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada.
Fonte: G1 PE
Caruaru registra 772 casos de Covid-19, incluindo dois novos óbitos
A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta quinta (4), que até o momento foram realizados 2628 testes, sendo 772 confirmados para a Covid-19, incluindo dois novos óbitos: homem, 88 anos, sem comorbidades, falecido em 1° de junho, e homem, 59 anos, com comorbidades, falecido em 03 de junho.
Em investigação estão 196 casos e 1660 já foram descartados. Também já foram registrados 5342 casos de síndrome gripal, dos quais 1183 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.
A secretaria informa ainda que 584 pacientes já foram recuperados do novo coronavírus.
Micro, pequenas e médias empresas têm a oportunidade de participar de rodadas virtuais para exportação
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) juntamente com o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Apex-Brasil vão realizar, entre os dias 22 e 26 de junho, uma rodada internacional de negócios do setor de alimentos e bebidas, envolvendo micro, pequenas e médias empresas. Fornecedores brasileiros poderão se conectar com compradores de toda a América Latina, além dos Estados Unidos, Índia, Emirados Árabes e Canadá. Essa é a 1ª vez que o evento acontecerá no modelo virtual em função da pandemia do coronavírus, que afeta o Brasil e diversas outras nações do mundo.
As instituições brasileiras que atuam na organização do evento fazem parte do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). O Sebrae, a CNI e a Apex-Brasil são responsáveis por conduzir as ações voltadas às empresas do setor de alimentos e bebidas. Independentemente do porte, todos os segmentos terão uma grande oportunidade de expandir suas atividades e buscar novos negócios fora do país. “Para a Apex-Brasil, as rodadas virtuais fazem parte de um conjunto de ações de suporte às empresas brasileiras para incrementar a geração de negócios internacionais e tornar a nossa indústria mais competitiva, com mais efetividade e menores riscos”, avalia a Gerente de Competitividade da Apex-Brasil, Deborah Rossoni.
“A internacionalização aumenta a competitividade das empresas, com a ampliação de mercados e diversificação da demanda o que se transforma em mais uma alternativa para se conseguir ultrapassar este momento desafiador que vivemos”, afirma Carlos Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI. A CNI coordena nacionalmente a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), presente nas 27 unidades da federação com foco no atendimento às empresas para assegurar uma atuação competitiva no mercado internacional.
A rodada virtual internacional, chamada de Business Connection Brazil: food & beverage, é um dos desdobramentos da Connectamericas.com. A plataforma de negócios gratuita criada pelo BID para apoiar mais de 300 mil empresários cadastrados na realização de mais e melhores negociações internacionais. O evento será o primeiro que acontece virtualmente no Brasil. “Será uma semana inteira de atividades online e vamos dar todo o suporte para que as empresas tenham agendas de negócios bem-sucedidas”, comenta o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick.
Fabrizio Opertti, Gerente do Setor de Integração e Comércio do BID, ao qual pertence a ConnectAmericas, assegura: “Este evento só é possível graças a uma aliança histórica entre as mais reconhecidas instituições de apoio empresarial do Brasil, agora reforçada com a participação do BID, cujo propósito comum é apoiar as MPMEs neste momento de crise sanitária e econômica global. No BID, temos muito orgulho de fazer parte deste esforço por meio do nosso apoio contínuo ao Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) para que, depois da rodada, as empresas possam seguir fazendo negócios na ConnectAmericas.com
A ConnectAmericas realiza anualmente várias rodadas de forma presencial, mas em função da pandemia, estão fazendo tudo de forma virtual em 2020. A plataforma foi criada pelo BID para fomentar o comércio exterior e investimentos internacionais nos países da América Latina e Caribe. As empresas que queiram participar do evento este ano podem se inscrever entre os dias 1 e 19 de junho, gratuitamente, na plataforma e no site bcbrazil.com. Em uma segunda etapa haverá um processo de seleção dessas empresas, de acordo com uma avaliação da sua capacidade de exportação e o grau de correspondência com as demandas dos compradores.
As micro, pequenas e médias empresas têm um papel muito importante nas exportações brasileiras de forma diversificada. Juntas representam 70% do número de empresas exportadoras segundo estudo do Sebrae de 2019, principalmente do setor da indústria. De acordo com o Sebrae, mais de 40% das empresas exportadoras brasileiras são micro e pequenas. Elas foram responsáveis por vendas externas no montante de US$1,2 bilhões em 2018.
Viana & Moura Construções doa 200 protetores faciais para secretarias de Saúde
A Viana & Moura Construções doou 200 protetores faciais para as secretarias de Saúde de Caruaru, Garanhuns, Belo Jardim e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. A ação se soma às demais realizadas pela empresa, que distribuiu 900 máscaras de tecido e mais de 200 cestas básicas para as associações de moradores dos empreendimentos construídos e vendidos nesses municípios, além de Igarassu, esse último na Região Metropolitana do Recife (RMR). A construtora também doou 6 mil cestas básicas à Prefeitura de Caruaru e apoia o movimento Empresários por Pernambuco, que já distribuiu mais de 50 mil cestas básicas em todo o Estado. A Viana & Moura Construções também fez a doação de mais de 21 mil litros de água mineral a creches e ONGs do Grande Recife.
O objetivo da doação de protetores faciais a esses municípios, onde a empresa atua, é o de ajudar no combate à Covid-19, doença causada pela contaminação pelo novo coronavírus. “Queremos contribuir com a proteção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, cuidando da população”, destaca a gerente de Sustentabilidade da Viana & Moura Construções, Whilma Lacerda. O material foi produzido em Pernambuco, por empresa do Grupo Moura.
O gerente de vendas da Viana & Moura Construções, Leonardo Queiroz, diz que as ações se somam a outras que fazem a diferença, no Estado. “Queremos incentivar outras empresas e pessoas a também doar. Tudo aquilo que for disponibilizado é importante, nesse enfrentamento pelo o qual estamos passando, seja um item ou mais. Independe de quantidade, o mais importante é aderir a esse movimento”, frisa.
Delivery Center fecha parceria com B2W para acelerar transformação de lojistas
A Delivery Center anuncia acordo com o grupo B2W para acelerar a transformação de, inicialmente, 6 mil lojistas físicos através dos marketplaces do grupo B2W (Submarino, B2W, Shoptime e Ame digital) e entrega no mesmo dia (same day). Os milhares de produtos dos lojistas do ecossistema da Delivery Center ficarão disponíveis nos marketplaces do grupo B2W e as lojas integradas às soluções de O2O (Online to Off-line) oferecidas pela Delivery Center, com venda online e entrega expressa em todo o Brasil, utilizando os estoques das lojas físicas.
O lançamento será no Rio de janeiro, ainda no mês de junho e expandido nacionalmente no início do segundo semestre. “Nosso foco é transformar a vida dos empreendedores com a integração de seus produtos dentro do ecossistema da Delivery Center. Contar com a abrangência e força da B2W é fundamental nesta expansão. Não importa o segmento, temos a capacidade de oferecer aos lojistas uma rápida inclusão de sua loja no mundo digital, com o diferencial de entrega no mesmo dia e ajudar a garantir a continuidade dos negócios para lojistas e empresários que foram impactados com a pandemia”, explica Saulo Brazil, co-CEO da Delivery Center.
Sobre a Delivery Center
A Delivery Center é um ecossistema que promove a multicanalidade ao integrar lojistas físicos, marketplaces e shoppings. As centrais ficam em locais estratégicos para receber os pedidos de consumidores, coletar os itens junto aos lojistas e fazer a entrega rápida via motoboys. Os shoppings, inseridos em grandes centros urbanos, funcionam como centrais de distribuição tanto para compras efetuadas por aplicativos quanto como plataformas próprias e de terceiros, que buscam otimizar suas operações. Essa integração gera economias de escala, rapidez nas entregas e uma relação de parceria entre empreendimentos e lojistas. A companhia conta com centrais de entregas distribuídas por São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, e prevê a inauguração de novas unidades nos principais centros urbanos do Brasil nos próximos anos.
Boletim Coronavírus Unimed Caruaru
Segue o boletim informativo da Unimed Caruaru sobre os atendimentos da COVID-19 no HUC até a quinta-feira (04).
Coronavírus: como bares e restaurantes podem sobreviver à pandemia
Milhares de empreendimentos gastronômicos em todo país já suspenderam suas operações tradicionais ou alteraram seus expedientes, mas isso não está sendo o suficiente para que eles possam “sair com vida” deste momento de crise. Mesmo com o relaxamento do isolamento social em diversas cidades, o Índice de Confiança do Empresário (ICEC) segue em queda – de 125,2 pontos, em março, para os atuais 118,7 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 4,1%.
Já estamos no terceiro mês de isolamento e, em um panorama que prevê ainda mais dois meses com baixo – ou baixíssimo – faturamento para bares e restaurantes, a situação pode piorar ainda mais. Segundo o empresário José Araújo Netto, um dos grandes nomes do mercado nacional, fundador das redes Mr. Hoppy e Porks – Porco & Chope, que contam com mais de 50 unidades espalhadas pelo país, o momento pede que os empresários, antes de tudo, entendam seu local na economia para que possam traçar estratégias que beneficiem a si mesmo e a toda a comunidade.
José Araújo Neto aponta a existência de três níveis de empresas: as “verdes”, que possuem alto poder aquisitivo, ou seja, podem atuar sem grande fluxo de caixa e conseguem retomar ao mercado tranquilamente após a crise; as “amarelas”, que contam com um caixa razoável para manter as contas em dia, mas sem fluxo diário vão entrar no negativo e, consequentemente, ter dificuldade para se estabilizar novamente; e as “vermelhas”, que já estão com capital de giro zerado e não sabem nem como vão pagar o aluguel no final deste mês.
Empresas classificadas como “verdes”
“Empresas verdes podem e devem criar oportunidades neste momento de crise”, aponta o empresário. Ele explica que, como o foco desses empreendimentos não é sobreviver, é preciso continuar aparecendo na mídia de forma positiva. “Este é o momento de investir no próprio marketing e pensar no futuro da organização”, explica. “Além de criar ações que beneficiem os clientes e gerem engajamento à marca, é preciso observar os pequenos negócios ao redor, principalmente aqueles essenciais para o funcionamento futuro da sua empresa, como fornecedores, e ajudá-los”. Araújo Netto aponta que o momento não é de quebra de contratos, mas sim de auxílio e solidariedade com aqueles que tem risco de fechar as portas.
Empresas classificadas como “amarelas”
Para José Araújo Neto, o mais importante é cuidar dos funcionários e colaboradores. “Nenhuma empresa, seja um restaurante ou uma fábrica, funciona sem mão de abra, por isso o mais importante é manter os salários em dia, mesmo que seja necessário estabelecer uma redução de carga horária ou adiantar as férias coletivas”, diz.
Mas como manter os pagamentos em dia sem o faturamento que já estava planejado? Antecipar os recebíveis, como valores de cartão de crédito ou de aplicativos de delivery, é a primeira opção. “Mesmo que signifique perder um pouco, devido às taxas de adiantamento, esse dinheiro em mãos pode salvar a receita do estabelecimento”, diz. E nada impede que sejam feitas negociações! O empresário indica conversar com os aplicativos para propor um adiantamento facilitado e se beneficiar das reduções de taxas que vários bancos já se propuseram a fazer.
Como nem sempre apenas adiantar valores é suficiente, economizar também se faz necessário. “Este é o momento de rever sua cadeia de suprimentos, procurar preços mais acessíveis e negociar com fornecedores, principalmente com aqueles de produtos perecíveis”, conta. “Se você conseguir subsídios mais baratos, também poderá diminuir os preços do seu cardápio e fazer promoções para atrair mais clientes. Desta forma, todos saem ganhando”, complementa ele.
Por fim, a dica é procurar se manter ativo nas redes sociais, gerando conteúdo relevante para manter seus clientes entrosados e falando sobre o seu negócio. “Para as próximas semanas, minha equipe já estabeleceu uma rotina de vídeos que ensinam nossas principais receitas, desde como montar o hambúrguer x até preparar o molho y”. O empresário reforça a ideia de que não precisa ter medo de abrir a cozinha do seu estabelecimento para o cliente. “Isso vai aproximar as relações e criar um sentimento positivo do cliente em relação a sua empresa, fazendo com que ele volte a consumir seus produtos após a crise”.
Empresas classificadas como “vermelhas”
Para as empresas vermelhas que já iniciaram a crise com pouco fluxo de caixa, as dicas vão além de antecipar receitas, renegociar prazos e manter as redes sociais ativas. Estes pequenos comerciantes devem buscar apoio profissional em amigos e, principalmente, consultores. “Neste momento existem diversos profissionais oferecendo apoio gratuito ou no modelo ‘pague mediante bons resultados’”, conta. “Também é possível pedir ajudar ao contador ou advogado da empresa, assim como para outros donos de restaurantes”, complementa ele. Para Araújo Neto, o importante é não ter vergonha de procurar ajuda!
Aproveitando que a taxa básica de juros está reduzida no momento, consultar linhas de crédito pode ser também uma excelente saída. “Emprestar R$ 50 mil do banco e dividir em 48 vezes pode dar um fôlego ao negócio, sem pesar tanto no bolso do empresário”, afirma. Além disso, Araújo Netto aconselha que bares e restaurantes com pouco caixa foquem apenas em seus carros-chefes. “Não gaste dinheiro com suprimentos que não são vendidos com facilidade, invista apenas nos produtos que mais saem da sua loja”, explica.
Se nada disso der certo, é preciso entrar em um processo de congelamento de gastos. Barganhar o não pagamento do imóvel com o proprietário do seu ponto comercial – neste caso, é possível pedir um parcelamento da dívida quando o bar ou restaurante voltar a atuar normalmente; negociar o pagamento dos fornecedores conforme a venda dos produtos ou, caso o estabelecimento feche, propor um pagamento mínimo apenas para que o outro não se prejudique; e estabelecer uma conversa franca com seus funcionários – se houver a necessidade de demissões, é imprescindível abrir as contas da empresa para os colaboradores e, se possível, prometer uma recontratação assim que o mercado se estabilizar. “Neste momento, precisamos ser solidários uns com os outros”, afirma. “Não adianta falar pros funcionários que está sem dinheiro e continuar aparecendo com carro novo e vivendo uma vida de abundância”, complementa o empresário.