Mais cinco casos de Covid-19 em Caruaru

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta sexta-feira (01), mais cinco casos positivos de Covid-19.

Pacientes:
-26 anos, encontra-se internado em hospital de referência, em Recife;
– 32 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar;
-33 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar;
-37 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar;
-46 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar.

Caruaru conta, agora, com 57 casos confirmados de Covid-19, incluindo quatro óbitos.

Professora do UniFavip cria personagens para animar as aulas remotas

As aulas de Direito, ministradas pela professora Natália Barroca, no Centro Universitário UniFavip|Wyden não são mais as mesmas desde que começou a fase de isolamento social. E não é só porque as aulas passaram a ser à distância, mas porque, em meio a esse período difícil de muitas adaptações, surgiram duas personagens criadas pela docente, que mudaram a rotina dos estudantes e também das aulas. A alpaca de pelúcia, Dolores, e a lhama de crochê, Dorotéia.

Xodó entre os alunos e seguidores da professora nas redes sociais, as personagens trazem alegria e muito incentivo aos estudos. As duas oferecem dicas sobre os conteúdos para os estudantes e dão um tom diferente aos encontros online. “Quando postei Dolores pela primeira vez, ainda não se falava em isolamento social ou em coronavírus, mas já percebi o Principalmente, pela diferença entre minha personalidade, mais rígida, no dia a dia da Faculdade e a o jeito mais amável com ela. A partir daí, Dolores virou uma ferramenta motivadora. A ideia é: se até Dolores se dedica a estudar, os alunos precisam se dedicar também. Com a chegada do isolamento social, Dolores ganhou ainda mais destaque e acabou se transformando em mascote de muitas das minhas turmas. Todos perguntam, mandam beijos e até pedem para vê-la nas aulas remotas que iniciamos”, contou a professora, que viu, então, a oportunidade de apresentar aos seus alunos uma outra integrante da família de Dolores.

Assim, dias depois a “irmãzinha” de Dolores chegou, a lhama de crochê, que recebeu o nome de Dorotéia Valentina. “Para diferenciá-la da ternura de Dolores, Dorotéia Valentina surgiu com uma personalidade mais sarcástica, ‘sincerona’ e extrovertida. As duas, agora, se complementam e atuam juntas, motivando os estudos dos alunos, alternando pitadas de doçura e ironia”, completou a criadora dos personagens.

Apesar de ser uma novidade para muitos, os animais em questão, que dão vida as personagens, já faziam parte do universo da professora Natália. Ela sempre teve admiração por essas espécies e esse amor fez surgir as “queridinhas” dos alunos, que se tornaram elementos pedagógicos de forma totalmente natural.

“Alpacas e Lhamas nunca foram animais tão conhecidos, mas, de uns tempos para cá, acabaram caindo no gosto das pessoas e ganharam espaço na decoração de canetas, cadernos, estojos, almofadas, roupas. Vendo que eu tinha um amor inexplicável por estes bichinhos, mas ainda não possuía nenhuma pelúcia com o tema…nas semanas antes do meu aniversário, meu namorado encomendou uma pelúcia de alpaca – que deu o nome de Dolores – e uma lhama de crochê, a Dorotéia. Dolores chegou na véspera do meu aniversário, no fim de fevereiro, justamente no primeiro dia de anúncio de caso de coronavírus no Brasil, e foi aí que tudo começou”, finalizou Natália Barroca, especialista em Direito Penal e em aulas divertidas.

Ultrapassa 900 mil o número de pessoas abastecidas por meio de carros-pipa da Compesa

O total de 918 mil pessoas beneficiadas e mais de 52 milhões de litros de água distribuídos para aqueles que mais precisam. Esses são os novos números da operação emergencial para levar água às localidades desabastecidas durante a pandemia do novo coronavírus, ação iniciada em 20 de março. Desde então, a Compesa já atendeu 76 municípios pernambucanos, contemplando o total de 355 localidades espalhadas por todo o estado.

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a ação já chegou a 117 localidades de 14 municípios. A Companhia garantiu, em um momento crucial para a saúde das pessoas dessa região, mais de 10 milhões de litros de água que beneficiaram quase 38 mil pernambucanos. Já no interior, os números chegam ao patamar de 42 milhões de litros de água e mais de 880 mil pessoas atendidas em 238 localidades de 62 municípios.

A presidente da Compesa, Manuela Marinho, avalia como positivos os números conquistados até o momento. “Apesar do bom número de pessoas atendidas não iremos parar, pois ainda temos um longo caminho a percorrer. Mesmo diante de todos os desafios, vamos continuar na missão dada pelo governador Paulo Câmara de garantir o abastecimento para a população, especialmente neste período que atravessamos quando água é, mais do que tudo, vida”, ressalta. Apenas para esta ação emergencial, que faz parte de um grupo de ações do Plano de Contingência, a Compesa está destinando R$ 2,5 milhões.

Jornal VANGUARDA, 88 anos de história

Nesta sexta-feira, 1° de maio, o Jornal VANGUARDA comemora 88 anos de história. Fundado em 1932, pelo jornalista e empresário José Carlos Florêncio, um dos periódicos mais tradicionais do Interior do Brasil chega a mais uma data festiva praticando um jornalismo sério e pautado na imparcialidade.

Atualmente parado com sua versão impressa, por tempo indeterminado, devido à pandemia do coronavírus, ele vem atualizando os seus leitores através do Blog do VANGUARDA, com reportagens locais, regionais e nacionais de interesse da população!

Parabéns a todos que fazem parte do Jornal de Caruaru!

*A foto é uma das últimas edições do jornal antes da paralisação

Caruaru: mais três casos de Covid-19 e uma morte

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta quinta-feira (30), mais três casos positivos de Covid-19, sendo, um deles o resultado de um óbito que estava em investigação.

Pacientes:
-22 anos, encontra-se internado em hospital de referência;
– 59 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar.

Óbito:
-Paciente de 75 anos, com comorbidades cardíacas.

Caruaru conta, agora, com 52 casos confirmados de Covid-19, incluindo quatro óbitos.

Prefeitura de Caruaru reforça determinações à população para transporte público e condutores de veículos particulares

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA) informa que, em virtude do Decreto Municipal nº 040, publicado em 23 de abril de 2020, fica determinado que as empresas do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Caruaru, só poderão embarcar e transportar os usuários que estiverem usando máscaras, como medida de segurança para evitar a proliferação do novo coronavírus.

O controle do acesso dos passageiros deve ser realizado pelo motorista e/ou cobrador da linha de ônibus.

TRÂNSITO – Em decorrência das medidas de isolamento social como forma de prevenção e combate da Covid-19, o trânsito de Caruaru está com um fluxo de circulação moderado. Contudo, a Autarquia de Trânsito está liberando o estacionamento rotativo da Zona Azul para o uso livre das vagas. Os condutores têm desrespeitado de forma contundente a legislação de trânsito, sobretudo o estacionamento irregular em locais proibidos, em pontos de ônibus e a menos de 5m da esquina, dificultando a fluidez do demais usuários da via e até obstruindo, em alguns casos, a circulação viária, principalmente do sistema de transporte coletivo.

Dessa forma, a Destra informa que, nesse período de isolamento social, a sinalização e demais regras de trânsito deverão ser observadas, sob pena do condutor infrator sofrer as penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

Carta aberta do Turismo ao Governo Federal – Colapso Iminente

São Paulo, 30 de abril de 2020 – Sem resorts, hotéis, parques e atrações turísticas, será que existirá turismo no país? O que acontecerá com tantas pessoas e destinos inteiramente dependentes desta atividade? Sem produtos e serviços do turismo, como se dará a retomada das companhias aéreas e o que será das locadoras de automóveis?

É possível trazer muitas provocações a respeito das consequências da não sobrevivência do setor. Mas, talvez, a mais importante indagação em um país continental e diverso como o Brasil é: qual seria o setor econômico substituto do turismo capaz de gerar o efeito multiplicador e descentralizado para a economia?

O Governo Federal trouxe soluções importantes para uma fase de contenção dos efeitos negativos da pandemia e vários setores produtivos foram contemplados por meio da MP 936. No entanto sabemos que há setores que, mesmo impactados, ainda continuam produzindo. Esse não é o caso do turismo.

Essa indústria foi a primeiro e será a última a retomar sua normalidade. No Brasil, até o momento, já computamos R$ 14 bilhões de prejuízos no setor de Turismo desde o início da crise, 295 mil demissões, impactando 571 atividades econômicas dependentes do segmento de viagens. O efeito dominó diante da paralisação da atividade turística de lazer e de negócios pode levar à falência não apenas de empresas, mas também de inúmeros municípios espalhados pelas cinco regiões do país que tem suas atividades diretamente ligadas ao setor.

Medidas transversais foram cruciais, mas não serão suficientes! É o momento do governo federal dar prioridade para o turismo, onde o motor da atividade: resorts, hotéis e parques, necessitam de um auxílio adicional para sobreviverem. Já estão na UTI! Precisam de “respiradores” e um remédio de uso contínuo por 03 anos para conseguir sua alta, ou seja, recuperação completa. A solução para passar da etapa de sobrevivência e chegar ao momento da recuperação depende principalmente de três movimentos que devem acontecer paralelamente: o primeiro é a prorrogação da suspensão do contrato de trabalho (MP 936) para o turismo, cuja retomada é mais lenta); o segundo é a liberação imediata de crédito para pequenas, médias e grandes empresas do setor e, por fim, mas não menos importante, criar estímulos fiscais para encurtar ao máximo a etapa de recuperação deste importante setor, grande gerador de empregos e indutor de forte impacto socioeconômico.

Mais do que salvar 8,1 % do PIB Nacional é vital salvar toda a cadeia de empregos, diretos, indiretos, formais e informais, que atuam em todo setor do turismo do nosso país, do Oiapoque ao Chuí!

Assinam esta carta
ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis;
Adibra – Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil;
BLTA – Brazilian Luxury Travel Association;
FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil;
FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação;
Resorts Brasil;
Unedestinos;
SINDEPAT – Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas.

Funase produz EPIs para o Hospital dos Servidores do Estado

A colaboração entre duas instituições está acelerando a distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para trabalhadores com atividades essenciais durante a pandemia da Covid-19. Com tecidos e outros aviamentos cedidos pela Associação Civil de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado (Assepe), a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está ajudando a confeccionar capotes para profissionais do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), no Recife. Como contrapartida, os mesmos materiais de costura também estão sendo aproveitados na confecção de mil máscaras para uso por agentes socioeducativos, técnicos e outros colaboradores da Funase, incluídos no rol de profissionais com serviços indispensáveis.

A produção está ocorrendo na Casa de Semiliberdade (Casem) Areias, no Recife, por meio das mãos de quatro funcionárias com habilidades em costura. Até agora, já foram entregues 40 capotes ao HSE. A previsão é de que o número de exemplares produzidos chegue a 175. “Tínhamos tecido e linha, mas faltava pessoal para fazer a costura. Foi aí que conseguimos a parceria com a Funase. Começamos a receber alguns capotes, que são entregues na Gerência Administrativa para distribuição nos setores de atendimento aos pacientes”, explica a vice-presidente da Assepe, Beatriz Gomes, que, na associação, atua no apoio à direção do hospital.

A parte da produção que contemplará a Funase também está ficando pronta e seguindo para distribuição. “Sabemos da importância de não esgotar as máscaras vendidas comercialmente para que elas fiquem à disposição dos profissionais de saúde. Por isso, passamos a seguir as recomendações das autoridades para confeccionarmos nossas próprias máscaras e nos colocamos a serviço da instituição. É muito gratificante participar dessa colaboração”, avalia a coordenadora geral da Casem Areias, Maura Oliveira.

DISTRIBUIÇÃO – Além do material produzido por meio dessa parceria, outras linhas de trabalho também estão em andamento para garantir o abastecimento de máscaras nas unidades da Funase. No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, no Recife, e no Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, a confecção está sendo feita por socioeducandas e socioeducandos com a ajuda de instrutores. Também houve fabricação no Case e na Casem Caruaru. Outra contribuição tem vindo da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, à qual a Funase é vinculada. A pasta abasteceu a instituição com 1,9 mil máscaras, em observância ao Decreto Estadual 48.969/2020, que determina o uso desse equipamento por funcionários dos órgãos públicos.

Ao todo, já foram distribuídas 3,7 mil máscaras na Funase, entre confeccionadas na instituição ou doadas. Além de agentes socioeducativos, técnicos e outros colaboradores que precisam dar expediente presencial na sede e nas unidades socioeducativas, adolescentes em internação ou internação provisória que apresentem sintomas gripais também têm esses itens à disposição.

Como fica o mercado de trabalho devido à pandemia?

No próximo dia 1º será comemorado mais um Dia do Trabalhador. Mas este ano, devido à pandemia do novo coronavírus e todas as suas consequências, o trabalho e as suas formas trazem uma série de novas e inéditas discussões. O que muda no mercado de trabalho? Como será esse mercado pós-pandemia?

O economista, mestre em Desenvolvimento Local Sustentável e professor do curso de Ciências Contábeis da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Jair Rodrigues, explica que a comemoração do Dia do Trabalhador teve início no ano de 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quando uma greve foi iniciada com o objetivo de conquistar condições melhores de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a ser de 17 horas por dia. “Hoje, 134 anos após essa greve, a classe trabalhadora está diante de mais uma redução na sua carga de trabalho, dessa vez não por reivindicação própria, mas por uma necessidade surgida devido à pandemia causada pela Covid-19”, explica.

Uma das grandes mudanças relativas ao trabalho e emprego, segundo Rodrigues, é a redução da carga horária e a suspensão dos contratos de trabalho, que foram algumas opções criadas pelo Governo Federal, por meio de medidas provisórias, com o objetivo de ajudar às empresas a suportarem as dificuldades causadas pelo isolamento social. “A carga horária poderá ser reduzida em 25%, 50% e 75% e o salário será reduzido proporcionalmente à redução do trabalho. Como uma forma de dar apoio não só ao empregador, o Governo complementa o salário do trabalhador, limitado ao valor do seguro desemprego”, detalha o profissional.

O professor explica que, na suspensão do contrato de trabalho, o benefício será integral para trabalhadores de empresas com faturamento anual inferior a R$4,8 milhões, para as demais, o benefício será de apenas 70%, os outros 30% ficam a cargo da empresa. Nessa situação, o contrato de trabalho poderá ser suspenso por até 60 dias e o trabalhador não poderá trabalhar para a empresa, podendo a mesma ser punida se isso vier a ocorrer. “Vale ressaltar que os empregados das empresas que optarem por essas medidas ganham estabilidade no emprego por tempo igual ao da redução ou suspensão”, conclui Jair.

CNJ e CNMP cobram uso correto do Funpen para conter pandemia do novo coronavírus

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) se uniram para cobrar o Executivo Federal sobre a correta destinação de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para conter o avanço do novo coronavírus no sistema prisional. O tema foi tratado em nota técnica conjunta assinada na terça-feira (28/4). A emissão de notas técnicas pelo CNJ sobre aplicação do Funpen é prevista em acordo de cooperação firmado em 2016 com o Ministério da Justiça, institucionalizada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que as prisões brasileiras operam em um estado de coisas inconstitucional.

Assinada pelo presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, e pelo procurador-geral da República e presidente do CNMP, Augusto Aras, a nota destaca as dificuldades encontradas pelo Judiciário e pelo Ministério Público no monitoramento da doença e entende como indispensável o uso da verba federal para aquisição de material de limpeza, disponibilização de itens de higiene pessoal e equipamentos de proteção individual e reforço no fornecimento de alimentação e outros insumos básicos e itens de saúde. Ainda é ressaltada a importância aplicação de recursos para Centrais Integradas de Alternativas Penais e serviços de atendimento de pessoas egressas, a exemplo dos Escritórios Sociais.

Até o momento, o governo federal não apresentou informações sistematizadas sobre o emprego de recursos do Funpen para obtenção e distribuição de itens essenciais de higiene e de sobrevivência à população privada de liberdade como proteção e prevenção ao vírus. Além disso, apesar da escalada de casos registrados em poucas semanas – de 1 a 107 em 20 dias, com sete mortes- apenas 0,1% da população carcerária foi testada para o vírus.

Por outro lado, nas últimas semanas o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) incentiva a discussão, no Conselho Nacional de Política Penitenciária e Carcerária (CNPCP), da flexibilização de norma de 2011 do colegiado para permitir o uso de contêineres para abrigar pessoas privadas de liberdade no contexto da pandemia. O uso da estrutura é expressamente vedado pelo CNJ e já levou o Brasil a ser responsabilizado por organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Testagem e triagem

Recentemente, o tema Covid-19 foi incluído no Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão, mantido pelo CNJ e CNMP. Além disso, o CNJ emitiu recentemente a Recomendação 62/2020, que orienta o Judiciário a adotar medidas para evitar o avanço da pandemia no sistema prisional e no socioeducativo. Na nota conjunta, CNJ e CNMP destacam a importância de o Depen adotar medidas a favor do cumprimento da Recomendação 62/2020, “diante da iminência da situação sair do controle da administração penitenciária e do consequente risco de uma tragédia humanitária sem proporções no sistema prisional”.

Entre as medidas, estão a interlocução do Depen junto aos dirigentes locais do sistema penitenciário para envio de informações urgentes às autoridades judiciárias sobre pessoas presas que estão no grupo de risco da Covid-19, de pessoas presas em unidades superlotadas, interditadas, sem equipe de saúde ou com instalações que favoreçam a propagação do novo coronavírus, além de pessoas presas preventivamente por crimes sem violência ou grave ameaça. Solicita também que o Depen viabilize a testagem em massa de pessoas presas e agentes em unidades onde houve confirmação de diagnóstico por Covid-19.

Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), juiz Luis Geraldo Sant’Ana Lanfredi, a união de duas instituições independentes do sistema de Justiça na elaboração da nota demonstram a gravidade do quadro. “Se já na sociedade em geral faltam testes e há relatos de subnotificação de casos e mortes, a situação dentro das unidades prisionais, operando 70% acima da capacidade, reconhecidamente insalubres e fechadas para visitas há mais de um mês, é alarmante. Precisamos discutir medidas sanitárias e de saúde efetivas ao invés de envidar esforços para retomar estruturas já rechaçadas pela comunidade internacional como degradantes e violadoras de direitos humanos.”

De acordo com o conselheiro do CNMP Luciano Maia, a disponibilização do rápido diagnóstico da doença para evitar a contaminação em massa dos apenados é urgente. “A nota técnica conjunta firmada pelo CNJ/CNMP, no afã de orientar a destinação de parte dos recursos do FUNPEN em prol do combate ao coronavírus, é medida salutar que demonstra o comprometimento do sistema de justiça na busca do controle sanitário dessa pandemia no que tange à proteção da população carcerária, que é um grupo vulnerável.”