500 municípios podem se inscrever para receber Biolarvicida para combater a Dengue

Não é só a Covid-19 que tem assombrado os gestores públicos e a população em geral. O Aedes aegypti, nosso conhecido de longa data, parece não dar trégua, e a epidemia de Dengue segue crescendo país afora. Se no ano passado houve recorde de notificações, neste ano, quando a atenção se volta a Covid-19, a luz vermelha acendeu. A transmissão da doença está maior e já contam mais casos em todo o país. Só em 2020, o Brasil já registrou mais de 500 mil casos prováveis de dengue e mais de 200 mortes.

Sensível a este cenário de adversidades e epidemias crescentes, a BR3 pretende doar meio milhão de tabletes do biolarvicida DengueTech para 500 municípios que estejam enfrentando epidemia de dengue. As cidades que atenderem aos editais e forem selecionadas receberão em média mil tabletes do produto para que sejam colocados no entorno de hospitais e postos de saúde, para melhorar a proteção dos equipamentos de saúde e suas vizinhanças. A ideia é evitar, assim, a ocorrerência simultânea das duas doenças.

Sobre o produto:

Desenvolvido pela BR3 no CIETEC na USP/IPEN, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o produto elimina, de forma simples, larvas do Aedes aegypti, e é o primeiro larvicida biológico e sustentável do País.

Seu funcionamento é simples, só é necessário colocar o DengueTech (em formato de pastilhas) em recipientes onde a água se acumula ou fica parada. Dessa forma, o criadouro é inviabilizado por um período de 60 dias. As larvas ingerem o BTI (Bacillus thuringiensis var. israelensis) e morrem antes de se tornarem adultas. Outra vantagem do produto é que as pastilhas permanecem visíveis, assim é possível ter certeza que aquele criadouro continua sendo uma armadilha eficaz para o mosquito.

Altamente seletivo para atingir a larva do Aedes aegypti, o produto não prejudica outros insetos como abelhas e nem, plantas e animais.

Devido às suas características de eficácia e sustentabilidade, biolarvicidas à base de BTI são recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela SUCEN (Superintendência do Controle de Endemias do Estado de São Paulo).

“O intuito é utilizar o DengueTech para transformar criadouros em armadilhas nos hospitais, unidades básicas de saúde, e também nos quarteirões de seus entornos. Com o engajamento de servidores municipais e da comunidade, a tecnologia permite que essa ação seja feita rapidamente, reduzindo muito rapidamente a população de mosquito nas áreas mais críticas, protegendo pacientes e equipes de saúde”, explica Rodrigo Perez, Diretor na BR3.

Para receber o produto:

Para receber as doações, as secretarias de Saúde cujos municípios se encontram em epidemia deverão entrar em contato com a BR3 pelo e-mail: sossaude@br3.ind.br .Os representantes das cidades devem se comprometer a fazer o trabalho em até 10 dias após a chegada do DengueTech.

“Recebida a documentação necessária, despachamos por Sedex pelos Correios para qualquer cidade do país. É um projeto que nos motiva muito pois tem um enorme propósito, especialmente nesse momento de tantos desafios”, diz Perez. Além da tecnologia DengueTech, a BR3 também disponibilizará todo o conteúdo digital de suas redes para os municípios.

Serviço:

Doação do biolarvicida DengueTech para 500 municípios que estejam enfrentando epidemia de dengue

E-mail para solicitar o produto: sossaude@br3.ind.br

Fique em dia com a Receita Federal em 3 minutos, sem fila e sem sair de casa!

Todo início de ano os MEIs tem uma obrigação que não pode ser esquecida, que é a Declaração Anual de Rendimentos (DASN).

O MEI deve informar a Receita Federal tudo que ele faturou no ano anterior com suas atividades, seja de comércio ou prestação de serviços.

Mesmo se você NÃO RECEBEU NADA durante o ano através de seu MEI, a declaração deverá ser entregue da mesma forma, apenas informando a Receita que teve R$ 0,00 de movimentação.

Neste ano as regras ficaram ainda mais rígidas, caso o MEI não entregue sua declaração anual ele não poderá emitir as contribuições mensais do MEI, o DAS.
O não pagamento do DAS faz com que o MEI fique descoberto dos benefícios do INSS, como Auxílio Doença, Auxílio Maternidade e até mesmo prejudica na contagem para a aposentadoria. Caso a Declaração seja entregue fora do prazo (30 de Junho), haverá multa

“O Mei em Foco é uma empresa especializada em ajudar os MEIs, hoje são quase 20.000 que contam com a nossa ajuda. Oferecemos sempre conteúdos de qualidade, ensinando nossos microempreendedores a se desenvolverem e a resolverem seus problemas. Através de nossos canais de contato muitos MEIs nos contaram que tem uma dificuldade enorme em fazer a Declaração Anual de Rendimentos”, afirma a empresa.

Os problemas vão desde a falta de tempo para ir até o Sebrae ou Prefeitura, falta de informação de COMO preencher e até mesmo valores altos que são cobrados por alguns profissionais para fazer essa declaração para eles.

“Naquele momento não era nosso foco desenvolver qualquer produto, porém adotamos esse problema como uma missão, e foi ai que colocamos toda nossa equipe para criar uma solução para os nossos MEIs. Nossos programadores e nossa equipe de contadores juntaram forças para criar algo bem simples de ser usado, que pudesse ser acessado por qualquer celular e que fosse muito simples de entender e preencher.
Em pouco tempo conseguimos resolver mais um problema de nossos MEIs, e agora estamos oferecendo a você também essa solução.”

Você poderá fazer sua Declaração Anual de Rendimentos (DASN) sem sair de casa, sem pegar filas e a melhor parte, a qualquer momento do seu dia. Baixe nosso aplicativo para entregar sua declaração, ele é superleve. Ou faça sua declaração pelo site.

Não deixe para amanhã sua declaração, o prazo vai até dia 30 de Junho, porém quanto antes entregar melhor. É muito importante ficar em dia com a Receita Federal e pelas nossas plataformas leva menos de 3 minutos.

“Acompanhe nossa página no Facebook ou nosso perfil no Instagram e fique por dentro de todas as novidades referentes ao MEI.”

Dilemas da prática de exercício físico em meio à pandemia

Em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no Brasil e no mundo, o confinamento e, consequente, o distanciamento social faz parte das medidas preventivas contra a disseminação do vírus. No Brasil, academias de ginástica e locais onde as pessoas costumam praticar exercícios físicos estão temporariamente fechados. O confinamento por um período prolongado pode promover a inatividade física e contribuir para ansiedade e depressão, que, por sua vez, podem levar a um estilo de vida sedentário, resultando em uma série de condições crônicas de saúde.

A prática de exercício promove melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, reduz o risco de hipertensão, doença cardíaca coronária, derrame, diabetes, vários tipos de câncer, entre muitos outros benefícios. Além disso, o exercício físico tem sido um forte aliado contra o estresse adicional causado pela quarentena, que pode desafiar a saúde mental dos cidadãos. Logo, a prática de exercício físico e atividades de relaxamento podem ser ferramentas valiosas para ajudá-lo a manter a calma e continuar a proteger sua saúde durante esse período.

Devido ao surto do Coronavírus, a maioria dos estudos estão focados na fisiopatologia e no desenvolvimento de uma vacina. Pouco se sabe sobre os benefícios e contraindicações específicos da prática de exercício físico sobre o sistema imunológico de pacientes infectados, assim como as suas repercussões no desenvolvimento e agravamento da infecção causada pelo Coronavírus.

No entanto, ao longo dos últimos anos, o pesquisador Dr. Jeffrey A. Woods e alguns outros pesquisadores, estudaram em modelos humanos e experimentais a influência da prática regular de exercício físico sobre outro vírus semelhante ao Coronavírus, o da Influenza. Estudos realizados com humanos avaliaram a influência de diferentes tipos de exercícios físicos (exercício aeróbio, yoga, Taiji e Qigong) na resposta imunológica mediada pela vacinação contra a Influenza.

Os resultados destes estudos apontaram que os exercícios promoveram melhoria da soroproteção da Influenza durante todo o período de contágio. Além disso, o exercício aeróbio também reduziu a gravidade das infecções do trato respiratório, redução geral da gravidade da doença e de distúrbios do sono. No estudo com animais já infectados com o vírus da influenza, exercícios moderados em esteira (30 min/dia) protegeram os camundongos da morte pela doença. Os camundongos que se exercitaram por períodos mais longos (± 2,5 h/dia) apresentaram aumento nos sintomas da doença, mas não foi observada diferença estatística para a mortalidade, quando comparado a camundongos sedentários. Ou seja, nos dias iniciais após a infecção por Influenza, o exercício moderado teve um efeito protetor sobre a mortalidade, já o exercício prolongado levou ao aumento da mortalidade e tendeu a diminuir a sobrevida dos animais.

Embora semelhantes na manifestação dos sintomas, a taxa de contaminação e de mortalidade do Coronavírus já ultrapassaram as taxas do vírus da Influenza. Nesta perspectiva, não existem diretrizes que indiquem a prática de exercício físico nos estágios iniciais do coronavírus. Normalmente é possível se exercitar moderadamente com sintomas leves de gripe, e caso sintomas como dor de garganta intensa, dores no corpo, falta de ar, fadiga geral, tosse intensa ou febre apareçam, o exercício físico torna-se contraindicado. Para os indivíduos não contaminados, é seguro exercitar-se, contudo, algumas precauções adicionais devem ser tomadas para se prevenir do risco de infecção. Em recente simulação computadorizada realizada por pesquisadores da Bélgica e da Holanda, onde foi avaliada a forma como as gotículas (forma de transmissão do Coronavírus) viajam pelo ar durante a prática de exercício físico, recomenda-se que as pessoas mantenham distância de até 20 metros umas das outras em exercícios ao ar livre (Caminhada: 4-5m; Corrida: 10m; Pedalada: 20m).

A utilização da máscara durante a prática de exercícios ao ar livre, pode ser uma maneira de reduzir esta exposição. Para indivíduos sedentários, é seguro iniciar a prática de exercício físico no período de quarentena, no entanto, é importante não exagerar. Algumas pesquisas demonstraram que exercícios extenuantes ou prolongados podem reduzir as funções de defesa do sistema imunológico de indivíduos sedentários.

De acordo com o American College of Sports Medicine, as metas recomendadas de exercício físicos, são de 30 minutos de atividade física moderada, 5 dias por semana; ou 20 minutos de atividade física vigorosa, 3 dias por semana, em sessões de pelo menos de 10 minutos de duração. A questão principal é como as pessoas podem seguir essas diretrizes quando restritas ao ambiente doméstico? Diversos profissionais de Educação Física têm utilizado de ferramentas de mídias sociais para orientação da prática de exercícios físicos, utilizando ambientes e utensílios domésticos como escadas, cadeiras, sofás ou próprio o peso corporal na execução dos exercícios. Além disso, dança, exercícios de alongamento e relaxamento também podem ser executados em ambientes domésticos.

Mas atenção, exercícios físicos devem ser orientados de forma individualizada por especialistas na área, pois nem todo exercício físico indicado em mídias sociais pode ser benéfico para o seu condicionamento físico ou condição de saúde. A maioria dos programas apresentados são voltados para indivíduos jovens, saudáveis e que já tem experiência e consciência motora da execução dos exercícios solicitados. Se esse não for o seu caso, procure um profissional de educação física, devidamente registrado no sistema CONFEF/CREF (registro profissional), para fazer a prescrição individualizada à sua condição de saúde. Por fim, não deixe de se exercitar, coma e durma bem para melhorar o seu sistema imunológico e permaneça otimista, que tudo isso vai passar.

Por Isabele Góes – Professora do curso de Educação Física da Faculdade UNINASSAU Caruaru. Ela é especialista em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica; mestre em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica pela UFPE; doutora em Nutrição pela UFPE e pela Universidade Claud Bernard Lyon, na França

Grupos de idosos do Sesc entram na luta contra o coronavírus e investem na produção de máscaras

O uso de máscaras de tecido tem sido cada vez mais comum nas ruas das cidades brasileiras no combate à propagação do coronavírus. E a produção deste equipamento de proteção de forma artesanal cresce a cada dia. Integrantes de grupos de idosos de unidades do Sesc no interior de Pernambuco aderiram à iniciativa e estão confeccionando em casa máscaras para doação ou para garantir uma renda extra.

Em Arcoverde, idosas do Grupo Novo Horizonte criaram o Ateliê da Solidariedade, ideia que surgiu nas reuniões virtuais organizadas por elas enquanto as atividades presenciais do Sesc estão suspensas. Elas fizeram pesquisas sobre a modelagem, a higienização e a embalagem e já entregaram à comunidade mais de 378 máscaras em TNT, 367 em tecido e 55 gorros hospitalares. A meta do Ateliê é alcançar a marca de mil unidades.

Em Belo Jardim, a voluntária do Grupo Girassol do Sesc Maria José da Silva Lemos, a Dona Nana, dá mais um exemplo de cuidado com o próximo. Ela já produziu mais de 100 máscaras para doar aos familiares e às pessoas da zona rural do município. Há seis anos no Girassol, já realizou várias oficinas de artesanato com o grupo. Ela é costureira e produziu as máscaras com material que tinha em casa. Também faz por encomenda.

Em Caruaru, seis integrantes do Grupo da Amizade do Sesc começaram a fazer máscaras, também aproveitando tecidos quem já têm à disposição. Ainda não há um quantitativo, mas sabe-se que toda a produção será doada. O Sesc ainda está articulando essa rede de solidariedade entre as integrantes do grupo que, apesar das dificuldades de aquisição de materiais, está trabalhando a todo vapor.

Maria do Socorro Bezerra, Iracy Brito, Lia Catão e Betinha Fula participam do Grupo Reviver do Sesc Garanhuns e por serem costureiras, foram incentivadas pelas colegas, a partir de conversas pelo grupo de Whatsapp, a produzir as máscaras. As quatro receberam o material das amigas e iniciaram a produção. Já fizeram mais de 100 unidades que foram entregues ao Banco de Alimentos do Sesc para doação.

Em Surubim, Irene Tributino, voluntária do grupo Raio de Sol, está confeccionando os equipamentos de proteção para doação e venda. Como já trabalha com fardamentos hospitalares, aproveita o material que tem para costurar as máscaras. Parte da produção de Dona Irene foi doada ao Lar Amélia França de Surubim, que abriga 20 idosos e tem 16 funcionários.

“Com a paralisação das atividades com o idoso no Sesc, seguindo as recomendações da OMS, mas preocupados com o isolamento dos nossos idosos, pensamos em continuar promovendo atividades que valorizem a autonomia, protagonismo e desenvolvimento da pessoa idoso. Dentre elas, temos a confecção de máscaras, que é um belo gesto de solidariedade”, ressalta Mônica Regina, coordenadora regional de Assistência do Sesc em Pernambuco.

Sesc – O Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 23 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo, e o Centro de Produção Cultural, Tecnologia e Negócios do Sesc, em Garanhuns. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Covid-19: boletim da Unimed

O Hospital Unimed Caruaru (HUC) informa que, até o momento, registrou vinte
e nove (29) casos confirmados para a COVID-19. Destes, quatro pacientes, sendo dois de Caruaru, um de São Caetano e um de Satuba – AL estão internados em
na unidade, dezenove encontram-se em isolamento domiciliar, cinco
obtiveram a cura da doença e um veio a óbito. Além desses casos, há um paciente internado oriundo da cidade de Chã Grande.

Estão internados na instituição dois pacientes com suspeita de COVID-19,
em acompanhamento médico.

Em respeito à privacidade dos pacientes, a Unimed Caruaru esclarece que não
divulga outros detalhes. A informação é fornecida apenas para os órgãos de
autoridade de saúde.

Multas à Caixa Econômica Federal já somam R$ 1,1 milhão

As multas aplicadas pelo Procon-PE, às agências da Caixa Econômica Federal, que não estão cumprindo medidas para impedir aglomerações e evitar a propagação da Covid-19, já somam o total de R$ 1,1 milhão. Hoje (27.04), foram encontradas irregularidades em mais seis novas agências, a do Teatro Marrocos, Espinheiro e do Pina, todos no Recife, além das agências localizadas em Barreiros, Vitória de Santo Antão e Serra Talhada, no Interior do Estado. O órgão também monitorou agências já multadas anteriormente, e, que continuam praticando as irregularidades. São elas: Casa Amarela, Encruzilhada e Ipojuca.

As fiscalizações do Procon iniciaram desde o início da quarentena em Pernambuco. Diversas instituições financeiras foram fiscalizadas e as orientações informadas pelo órgão foram adotadas por diversos bancos. Mas, devido a grande procura à Caixa Econômica, e a permanência das irregularidades, o Procon Pernambuco, emitiu uma medida cautelar direcionada a todas as agências. Cada agência da Caixa que descumprisse as determinações seria multada, em R$ 50 mil, por dia.

Todas as agências penalizadas possuem aglomerações e filas sem o devido distanciamento entre os consumidores, como orientado pelas autoridades sanitárias. O órgão ainda recomenda que os bancos tenham funcionários para organização das filas formadas na parte interna e externa do estabelecimento; realização de triagem, a fim de verificar se a demanda pode ser solucionada sem precisar entrar na agência; disponibilização de produtos para higienização e atendimento preferencial para idosos e pessoas consideradas do grupo de risco (hipertensos, diabéticos, gestantes).

Caruaru conta, agora, com 42 casos confirmados de Covid-19 e três óbitos

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa mais seis casos positivos de Covid-19 na cidade. As transmissões foram do tipo comunitária.

Pacientes:
– 09 anos, estável, não apresenta sinais e sintomas e está em isolamento domiciliar;
– 24 anos, estável, sem sinais e sintomas e está em isolamento domiciliar;
– 28 anos, profissional de saúde da rede privada, estável, apresentando apenas ausência de paladar e olfato. Em isolamento domiciliar;
– 29 anos, estável, sem sinais e sintomas e em isolamento domiciliar;
– 45 anos, estável, sem sinais e sintomas e em isolamento domiciliar;
– 64 anos, com comorbidade, estável e em isolamento domiciliar.

Caruaru conta, agora, com 42 casos confirmados de Covid-19 e três óbitos.

Ética em Inteligência Artificial e a Covid-19

Um sistema de Inteligência Artificial pode conter um ou mais componentes de Aprendizado de Máquina (Machine Learning) capazes de aprender relações entre dados de exemplo, ou dados de entrada, e dados de saída, ou objetivo desejado. Por exemplo, um sistema de aprendizado de máquina para reconhecimento de imagens é capaz de identificar imagens de humanos e diferenciá-las de outros animais se esse sistema for adequadamente treinado para isso.

Mesmo correndo risco de aplicar um lugar-comum, pode-se dizer com confiança que a IA tem potencial para “mudar o mundo”, e já está fazendo isso em muitos aspectos corriqueiros, como por exemplo nos aplicativos que aplicam filtros a fotos no seu celular. A lista de aplicações que se tornarão mais comuns num futuro próximo é grande e cresce a cada dia: atendimento eletrônico (chatbots), processamento de imagens para diagnósticos, previsão de clima e tráfego, avaliação de riscos, carros auto guiados, entre outras. Graças ao poder de computação crescente e com custo mais acessível, às bibliotecas de código aberto e à disponibilidade de enormes volumes de dados coletados no mundo todo, é fácil ver que a adoção de IA no dia-a-dia ocorrerá rapidamente e em larga escala. Uma pergunta que devemos fazer, entre tantas outras, é: temos confiança de que as decisões tomadas por máquinas através da aplicação de IA serão suficientemente justas e não enviesadas a ponto de garantir um tratamento ético a todos os seres humanos?

Antes de definir mais claramente o conceito de ética, vamos trabalhar com alguns exemplos para ilustrar o conceito de viés e como esse conceito pode se fazer notar, explícita ou implicitamente, num sistema de IA. Há algumas décadas, alguns estudos científicos publicados, se interpretados desatentamente, levavam à seguinte falsa conclusão: “Se uma pessoa fuma, sua probabilidade de morrer nos próximos anos é baixa, logo, fumar não é prejudicial”. Isso ocorria pela presença de uma variável de “confusão” na base de dados – idade dos fumantes – que naquele estudo era significativamente mais baixa para os fumantes do que para os não-fumantes. Logo, sem observar a variável idade, podia-se incorretamente chegar à conclusão de que fumar reduz a chance de morrer. Esse é um exemplo simples de correlação espúria que um sistema de IA poderia, potencialmente e sem supervisão humana, usar erroneamente como generalização: “fume que você viverá mais”.

Outro exemplo vem do acesso ao crédito que, em alguns países, é garantido a todo cidadão e regulamentado por força de lei. Para que um credor possa negar um crédito, ele deve explicar ao cidadão o motivo desta negação e deve garantir que os sistemas automáticos de análise, muitos deles baseados em IA, não façam uso de nenhum tipo de discriminação, por exemplo, por classe social. Para evitar o uso direto da renda ou classe social nos sistemas de análise, alguns credores começaram a utilizar variáveis alternativas, como: modelo de aparelho celular ou marca e modelo do carro de propriedade do consumidor. Claramente, o emprego dessas variáveis leva os sistemas de IA ao uso implícito de classe social no momento de avaliação de um crédito, já que uma pessoa de mais alta renda consumirá celulares e carros mais caros.

A definição de ética é complexa e dependente dos valores de uma sociedade. Uma definição frequentemente encontrada é algo como: “Ética é um conjunto de princípios morais que governam o comportamento de uma pessoa ou a condução de uma atividade”. O tema pode se complicar bastante se adentrarmos pela análise do campo da filosofia que se dedica ao estudo da ética. De modo geral, e para não complicar demasiadamente o tema, vamos dizer que a ética se preocupa com o que é “bom” para os indivíduos e a sociedade.

Os conceitos de viés e variáveis de “confusão” apresentados anteriormente, assim como a capacidade de explicar as decisões tomadas pelas máquinas, são aliados fundamentais para a construção de sistemas de IA cuja aplicação prática consiga passar em um teste de definição de ética. Pode-se analisar a aplicação do conceito de ética a um sistema de IA sob vários aspectos, entre eles:
Viés, justiça e igualdade de oportunidade
Transparência e Capacidade de Interpretação
Segurança
Uso Legal ou Ilegal
Privacidade

Vários destes aspectos estão interligados e podem ser programados dentro de um sistema como, por exemplo, o respeito aos limites da lei no uso de informações permitidas e o uso para a tomada de decisões também em acordo com a legislação aplicável. O aspecto da segurança também termina por entrelaçar-se com a questão da privacidade e uso legal. Um caso clássico são os sistemas de detecção de fraude em meios de pagamento: se por um lado o sistema atua protegendo o detentor do cartão, por outro, se este sistema não estiver bem calibrado, poderia prejudicá-lo negando uma transação de cartão muito importante, como num hospital por exemplo.

Já os aspectos relacionados ao Viés, Transparência e Capacidade de Interpretação também estão intrinsicamente conectados. Como nos exemplos mostrados anteriormente, é fundamental poder interpretar o que o sistema de IA faz em certas decisões, o que equivale a abrir a “caixa negra” e desvelar o emaranhado de variáveis e pesos atribuídos a essas variáveis para tomadas de decisão. Muitos sistemas de IA terminam por gerar internamente o que tecnicamente é chamado de variável latente, que nada mais é que uma combinação dos dados de entrada, cuja interpretação é fundamental para gerar uma explicação razoável sobre a decisão tomada. Felizmente existe uma boa quantidade de códigos abertos no campo de IA Explicável e que podem ajudar nessa capacidade de explicação.

Um exemplo recente ilustra bem o perigo da utilização indiscriminada de algoritmos de Aprendizado de Máquina sem uma supervisão ou controle de seus aspectos éticos. A pandemia da COVID-19 está gerando uma sobrecarga sobre o sistema de saúde de muitos países, e é muito provável que isso ocorra no Brasil também. Os sistemas de IA podem ser muito úteis para ajudar os governos em vários aspectos de seu planejamento do sistema de saúde: na previsão de demanda (casos da doença que demandam internação) ou na alocação de recursos (pessoas e equipamentos na hora certa e no lugar certo), isso sem contar usos mais avançados, e que já estão ocorrendo, relacionados ao desenvolvimento de remédios e vacinas.

Outra decisão crítica que algumas autoridades de saúde estão tendo que tomar se refere à priorização do uso de leitos de UTI. Esta priorização deve estar relacionada à probabilidade de recuperação de um indivíduo, ou seja, entre dois pacientes que concorrem por um mesmo leito a prioridade deve ser dada àquele com maior probabilidade de sobrevivência. O dilema ético aqui é claro, porém, além disso existe a dificuldade prática de como calcular essa probabilidade de sobrevivência. É possível garantir a justiça e igualdade de oportunidades nas decisões desse tipo? Um sistema de IA construído com esse objetivo seria capaz de garantir este princípio?

Um desenvolvimento recente traz ainda mais polêmica para esse assunto. Uma análise dos contágios e mortes por COVID-19 nos Estados Unidos mostram que a população negra aparentemente é mais atingida pela doença. Dados da região de Chicago indicam que, apesar dos negros representarem 30% da população, sua participação nas infecções é de 50% e nas mortes chega a 70%. Existem várias possíveis explicações para este fenômeno: a maior participação de negros nas profissões consideradas essenciais, a menor proporção de negros com acesso a seguro de saúde, mas também o fato de uma maior proporção de negros sofrerem de doenças consideradas fatores de risco, como diabetes, obesidade, hipertensão e asma. Um sistema de IA teria que considerar todos os dados disponíveis e garantir que o fator raça não seja erroneamente considerado no cálculo de uma probabilidade de sobrevivência.

O campo da ética aplicada a IA ainda está em desenvolvimento. Muitos avanços foram feitos para evitar o erro do viés e fornecer uma capacidade de explicação razoável para os algoritmos de Aprendizado de Máquina, analisando e isolando as chamadas variáveis latentes. Porém, é importante que a velocidade do desenvolvimento de algoritmos ajustados a princípios éticos esteja alinhada à própria velocidade de avanço da IA e sua regulamentação de uso. Esse é um grande desafio, pois normalmente os avanços tecnológicos acontecem mais rápido do que a resposta das sociedades em forma de legislação. Por isso, de momento cabe aos desenvolvedores de sistemas de IA que estejam atentos à aplicação de princípios éticos no desenvolvimento de suas aplicações.

Por Daniel Arraes, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da FICO para a América Latina

Tedros rebate Bolsonaro: quem ouviu OMS está em melhor situação

Tedros Gebreysus, diretor-geral da OMS, alerta que, apesar da queda nos números do coronavírus na Europa, a entidade estima que existe um fenômeno importante de sub-notificações na América Latina e em outras partes do mundo.

Segundo ele, a pandemia está “longe de terminar” e a falta de testes em diferentes regiões do mundo é um motivo de preocupação. “Temos um longo caminho diante de nós”, lamentou.

O diretor rebateu as críticas de Jair Bolsonaro, presidente brasileiro que insinuou na semana passada que não seguiria as recomendações da OMS por Tedros não ser um médico. De fato, o diretor é biólogo. Mas com mestrado e doutorado em saúde pública, além de ter sido ministro da Saúde e contar com dezenas de especialistas ao seu lado para formular as recomendações da entidade.

Ao ser questionado pelo UOL sobre os comentários do presidente brasileiro, o etíope evitou citar o nome do país. Mas indicou que quem seguiu os conselhos da OMS está em uma melhor situação hoje, em comparação com aqueles que não escutaram. “Na OMS, só podemos dar conselhos. Não temos mandato para impor nada. Cabe a cada país aceitar ou não”, disse. “Mas o que garantimos é que damos nossas orientações com base nas melhores evidências e ciência”, disse.

“No dia 30 de janeiro, declaramos emergência global. Naquele momento, só existiam 82 casos fora da China. Nenhum caso na América Latina e nem na África. Nada. Portanto, o mundo deveria ter escutado a OMS cuidadosamente”, disse.

Segundo ele, países poderiam ter iniciado suas medidas de preparação se tivessem ouvido. “Isso é suficiente para entender a importante de escutar os conselhos da OMS”, afirmou. “Quem seguiu está em melhor posição que outros. Isso é fato”, insistiu Tedros.

“Damos a melhor recomendação possível. Cabe aos países aceitar ou rejeitar. É responsabilidade de cada um. Não temos poder de impor a não ser a vontade do país. Espero que isso seja muito claro, para todos os países”, afirmou.

Tedros ainda repetiu seu mantra: o apelo para que a liderança política de cada um dos países abandone as divisões partidárias e que formem uma “união nacional” para lutar contra o vírus. “O vírus não vai ser derrotado se não estivermos unidos”, disse.

Fim das restrições

Michael Ryan, diretor de operações da OMS, citou um aumento de 50% ou 60% de casos registrados no Brasil em uma semana, enquanto a entidade continua a classificar a situação na região como “preocupante”.

Segundo ele, o número de casos e mortes não pode ser o único critério para relaxar medidas de restrição. Ele pediu cautela no afrouxamento de medidas, sob o risco de que que a doença volte com uma força ainda maior.

Ryan garante que as quarentenas tiveram um resultado positivo em colocar pressão sobre o vírus. Mas um relaxamento acelerado poderia gerar uma explosão de novos casos. Ele admite que a OMS não sabe o que vai ocorrer quando as quarentenas começarem a ser retiradas de fato. “Ninguém sabe”, insistiu.

Mas deixou claro que eventos de massa e grandes aglomerações devem ser evitados. “A segunda onda da doença está em nossas mãos”, completou Tedros.

Na avaliação do diretor, o mundo “precisará de uma vacina para controlar a doença”. Segundo ele, a demonstração de envolvimento de líderes internacionais, na semana passada, é um sinal de que tal iniciativa pode resultar em um processo mais rápido para garantir a chegada do produto no mercado.

Texto: Jamil Chade/UOL Notícias

Mercado de escritórios corporativos busca equilíbrio em meio à crise do coronavírus

O isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma tentativa de conter o avanço do coronavírus está afetando os negócios de diversos setores, como turismo e varejo. Para lidar com os impactos no fluxo de caixa, muitas empresas estão buscando negociar os valores dos aluguéis dos seus espaços corporativos.

Com grande parte das equipes atuando em trabalho remoto, inicialmente, os locatários dos escritórios pleitearam concessões temporárias para solução de caixa durante esse momento. Segundo Monica Lee, diretora de Representação de Ocupantes da JLL para o segmento de escritórios, alguns inquilinos têm pedido antecipação da revisional de contrato.

“Nossa recomendação é sempre buscar um equilíbrio econômico entre as partes. Para isso, a negociação continua sendo o melhor caminho, valendo-se de bom senso e boa-fé. É importante lembrar que a crise do Covid-19 afeta a todos”, afirma.

Contar com um parceiro com know how para essa negociação é essencial neste momento. Um especialista como a JLL é capaz de fazer uma análise do mercado e um mapeamento inteligente das concessões contratuais, de maneira transparente e saudável para o equilíbrio mercadológico. O objetivo, tanto de ocupantes quanto de proprietários, é conseguir uma negociação mais estratégica e que visa o benefício para as empresas não só agora, mas a médio e longo prazos.

“Em linhas gerais, temos tido êxito em obter concessões a curto e médio prazo ou diferimento do pagamento de aluguéis, antecipação de revisionais, renovações, negociação de itens colaterais no contrato, entre outros”, destaca a executiva.

Alguns fatores contribuem para o bom resultado das negociações, como o relacionamento com os proprietários e o cenário de incerteza a respeito da duração e dos impactos econômicos da pandemia. De um lado, há empresas que não podem assumir custo de CAPEX e multas contratuais e, do outro, proprietários/locatários que precisam manter seus espaços ocupados.

Desde a chegada do coronavírus no Brasil, a área de Representação de Ocupantes da JLL foi altamente acionada pelos seus clientes corporativos para orientação do melhor caminho a seguir. São empresas de diversos setores da economia, que mostram que o impacto do Covid-19 é diferente em cada negócio. Por isso, as soluções são variadas e devem ser avaliadas caso a caso.

Entre os exemplos de medidas que podem ser consideradas neste momento, estão a consultoria para análise de ocupação, a viabilidade do Stay X Go considerando opções low cost, o Sales&Leaseback, a revisão de fluxo de pagamento para casos de Built-to-Suit (BTS), a avaliação para precificação e parametrização das práticas comerciais do mercado, a mudança de layout e otimização de espaços ociosos, workplace solution, etc.

“Nem sempre as concessões de curto prazo podem refletir em um bom resultado para as empresas no médio e longo prazo, mas é justamente este o objetivo primordial de qualquer negociação”, conclui Monica.