Correios abrem mais de 4 mil vagas em todo o país

Segundo informações do Gran Cursos Online, empresa especializada na capacitação de candidatos para concursos públicos no Brasil, os Correios abriram inscrições para o Programa Jovem Aprendiz. Ao todo, são 4.462 vagas, mais a formação de cadastro de reserva, disponíveis em todo território nacional.

De acordo com o edital, as inscrições podem ser realizadas até o dia até 30 de abril. Para o preenchimento das vagas, 10% serão destinadas aos candidatos com deficiência, e 20% aos que se declararem negros e pardos.

Para participar, são necessários alguns requisitos, como ter entre 14 e 22 anos de idade completos; cursar, no mínimo, o 6º ano do Ensino Fundamental; estar matriculado e frequentando a escola; não ter sido contratado anteriormente como jovem aprendiz dos Correios e nem ter mantido vínculo empregatício com a empresa.

A seleção será feita por meio de comprovação de requisitos referentes à renda familiar, a idade no ato da inscrição, instituição de ensino onde estuda e a partir de pontuação detalhada no edital. Os aprovados irão receber o salário mínimo por hora, no valor de R$ 490,83, além disso, eles receberão o vale-transporte, vale-refeição ou alimentação e uniforme.

No total, a jornada de trabalho será de 20 horas semanais, delas quatro horas diárias ao longo do Programa de Aprendizagem. A critério da Administração Pública, a duração entre
12 e 24 meses consecutivos, um ou dois anos. Vale lembrar, o Jovem Aprendiz dos Correios irá conciliar, durante a sua jornada de trabalho, a fase teórica dos cursos de Assistente Administrativo e de Assistente de Logística, em uma instituição qualificada na formação técnico-profissional, e o exercício profissional nos Correios.

Coronavírus x home office: o impacto do ambiente no cérebro

De acordo com uma pesquisa da consultoria Betania Tanure Associados (BTA), divulgada recentemente, 43% das empresas do Brasil estão com seus funcionários trabalhando em casa, pelo menos durante a fase da pandemia do Coronavírus. Das 359 empresas entrevistadas, 60% delas adotaram o home office. Uma das principais preocupações dos especialistas é a saúde mental das pessoas devido ao isolamento social. Este mês, a revista científica The Lancet, publicou uma revisão de artigos e estudos sobre os efeitos psicológicos da quarentena durante a epidemia da SARS (Síndrome Respiratória Aguda), em 2002. O levantamento apontou que 29% das pessoas apresentaram estresse pós-traumático (TEPT) e 31% tiveram depressão após o isolamento.

Uma outra pesquisa, também publicada na The Lancet, e realizada na Califórnia (Estados Unidos) com 398 adultos, analisou o comportamento psicossocial das crianças e pais diante de desastres de pandemia. Todos os entrevistados passaram por momento de reclusão e a pesquisa mostra que 30% das crianças apresentaram sintomas de estresse pós-traumático (TEPT) e 25% dos pais também passaram ela mesma situação, resultando no aumento de quadros de depressão.

Dentre os principais sentimentos relatados estavam o medo (20%), o nervosismo (18%) e a tristeza (18%).
“Precisamos ter consciência de que somos impactados pelos ambientes que frequentamos, principalmente, por meio dos nossos sentidos. Consequentemente isso vai influenciar no nosso comportamento. Podemos, por exemplo, criar sensações agradáveis por meio da decoração, para que as pessoas da nossa casa sintam-se acolhidas nesses ambientes, bem como usar um aromatizador relacionado com a natureza, pisar na grama e ouvir músicas que te façam sentir mais calmo”, explica Priscilla Bencke, especialista em neurociência aplicada à arquitetura da Qualidade Corporativa.

De acordo com Priscilla, vale inclusive preparar ambientes e situações dentro de casa que proporcionem memórias positivas para a família, apesar de ser um cenário de muita dificuldade. “Há um tempo foi realizada uma pesquisa pelo Happiness Research Institute, da Dinamarca, no qual pediu-se às pessoas para descreverem uma memória feliz. E nas respostas identificou-se padrões em quase todas elas, como 62% terem ligação direta com aspectos multissensoriais e 56% emocionais. Essa fase da quarentena vai ficar marcada na memória das pessoas, mas a decisão sobre como isso vai ser lembrado depende da emoção que cada um de nós vai dar para esses momentos em família. Se conseguirmos oferecer espaços multissensoriais em casa, por exemplo, podemos trabalhar isso de forma estratégia e contribuir com a formação de memórias positivas”, explica.

Natureza e a iluminação natural
A necessidade de qualquer ser humano é a conexão com a natureza. Pesquisa da Human Spaces comprova que distribuir folhagens e plantas próximas ao espaço de trabalho aumenta em 15% a sensação de bem-estar, 15% a criatividade e 6% a produtividade. A vegetação pode ser criada virtualmente através de imagens, quadros, telas com projeções de imagens ou revestimentos que simulam madeira, pedras e plantas. Além de ser econômico é bem fácil de aplicar no ambiente”, evidencia a arquiteta.

Outro detalhe importante é sobre quem permanece muito tempo em ambientes fechados com ausência de luz natural. Segundo Priscilla Bencke, ficar por longos períodos nesses locais faz com que a pessoa não perceba o passar do dia, desconectando-se do seu relógio biológico. Como resultado pode haver uma dificuldade maior na hora de descansar ou dormir, ocorrendo a temida insônia e que impacta diretamente na produtividade e na saúde. Janelas com vista para a ‘natureza’ ajudam nesse ponto e contribuem, inclusive, para diminuir a frequência cardíaca e reduzir as questões de estresse.

Ergonomia

“Um dos problemas é não se atentar ainda aos limites físicos, como os de postura, e até mesmo psíquicos, transformando o excesso de trabalho em estresse, bem como muitas horas na mesma posição”, alerta a arquiteta. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% das dores lombares resultam em problemas mais sérios causando incapacidade funcional e diminuição da produtividade.
Apesar de ser um home office temporário – para muitos – é fundamental alguns cuidados. “O ideal para um ambiente de trabalho home office é escolher cadeiras que possuem pelo menos três funções básicas: regulagens de alturas do assento e do braço, além de encosto com o apoio para a lombar. Caso a pessoa não tenha esse tipo de cadeira em casa ela pode escolher um assento que permita encostar a lombar na cadeira e deixar a coluna reta. E, de preferência, que tenha apoio para os braços”, indica a arquiteta Priscilla Bencke.

Outra dica é para a maioria dos profissionais que trabalha em casa e utiliza o notebook. “Muitas horas de trabalho podem causar desconfortos físicos. Para evitar que esses problemas influenciem na qualidade de vida acrescente um suporte para notebook com mouse e teclado externo. Dessa forma, vai ser possível trabalhar numa postura adequada sem queixas e com mais produtividade. Quem não tem o suporte para notebook pode utilizar temporariamente livros para criar uma altura que deixe o notebook na direção dos olhos, permitindo uma postura correta”, aconselha Priscilla.

Home office x higienização das superfícies contra o Coronavírus

Segundo Caroline Berg, otorrinolaringologista, em decorrência do atual cenário do Coronavírus, alguns cuidados são fundamentais para manter a saúde no espaço de trabalho em casa. “Higienização das mãos, de preferência, com água e sabão. Nas superfícies, use pano embebido em álcool gel, pois ele não evapora tão rápido. Máscara só deve ser usada por quem está doente. E evite colocar a mão no rosto. O uso somente da luva, sem o cuidado das roupas, dos óculos, do cabelo, não adianta em nada”, destaca a médica.

Segundo estudo, publicado pela revista científica “The New England Journal of Medicine”, o novo coronavírus chega a permanecer por longos períodos em superfícies como plástico (até 72 horas); aço inoxidável (48 horas); papelão (24 horas); alumínio e o cobre, como as moedas (cerca de quatro horas); vidro (até quatro dias). A recomendação, portanto, é que de acordo com os estudos que estão sendo feitos, o coronavírus pode ser inativado em um minuto se for feita a higienização correta das superfícies, usando álcool em gel 70% ou 0,5% de água oxigenada, ou ainda água sanitária contendo 0,1% de hipoclorito de sódio. Todos são produtos de limpeza doméstica comuns e podem ser encontrados no supermercado.

Outra orientação do Ministério da Saúde é sobre o cuidado ao andar de elevador. É preciso atenção ao apertar botões, e deve-se entrar uma pessoa de cada vez. Ao fazer aquela saída rápida para ir à farmácia ou supermercado, não ligue o ar condicionado e ande com as janelas abertas. Esta dica vale, inclusive, para as janelas da casa, que devem permanecer abertas o maior tempo possível para ventilar a casa. O órgão do governo recomenda ainda que as pessoas mantenham distância de até um metro (cerca de 3 passos).

Para concluir, Priscilla compartilha maios algumas dicas. “Primeiro de tudo, procure um local reservado na casa que ajude a evitar distrações, inclusive em relação a celulares e redes sociais. Se for possível combine com a família de ser interrompido somente em casos de emergência. Vale até mesmo adotar um visual mais “formal”, como se você estivesse no trabalho, para que todos entendam que você está num momento que exige tranquilidade e concentração. Além disso, invista em espaços de descompressão, como a sala, a cozinha ou outros ambientes compartilhados da casa, para ir durante os intervalos e para que possa interagir com a família.

Priscilla Bencke é arquiteta certificada em Neuroscience for Architecture (EUA), especialista em projetos para Ambientes de Trabalho, consultora internacional de Qualidade em Escritórios pela instituição alemã Mensch&Büro die Akademie, pós-graduanda em Neurociências e comportamento pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/RS), pós-graduada em Arquitetura de Interiores pela UniRitter Laureate International Universities e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É responsável pela “Bencke Arquitetura” e “Qualidade Corporativa: Smart Workplaces”, sendo pioneira na aplicação do conceito em projetos de “escritórios inteligentes”. No Brasil, tem realizado cursos e formações de profissionais, sendo a única representante da Mensch&Büro die Akademie na América. Já esteve presente em conferências como Orgatec New Visions of Work, na Alemanha; Worktech, em São Paulo, e a ANFA Conference (Academy of Neuroscience for Architecture), nos EUA, onde recebeu a oportunidade de expor o trabalho realizado no Brasil sobre os grupos que organiza para debater a neuroarquitetura.

Curso de Engenharia Ambiental da Asces-Unita mapeia casos de Coronavírus em PE

O curso de Engenharia Ambiental da Asces-Unita tem desenvolvido um trabalho importante para o mapeamento dos casos de Coronavírus em Pernambuco. Trata-se da utilização da tecnologia de geoprocessamento, que faz o processamento de dados georreferenciados. Assim, é possível auxiliar o planejamento, monitoramento e avaliação de ações direcionadas ao combate do vírus causador da doença Covid-19.

Por meio do software QGIS, a equipe realiza o cruzamento dos dados disponibilizados pela Secretaria Estadual da Saúde, permitindo, assim, uma melhor visualização da distribuição espacial da doença. Neste caso, através da utilização de mapas. Isso possibilita uma visualização mais ampla da situação da pandemia no estado, analisando a evolução do quadro. A Prefeitura de Caruaru, por exemplo, tem utilizado estratégia semelhante para monitorar as ações implantadas.

Para o estudante Kleiton Santos, que tem alimentado o mapa, a visualização mais ampla facilita o entendimento sobre como a doença tem se desenvolvido por aqui. “É uma ferramenta muito utilizada na produção e edição de mapas, por meio do geoprocessamento ambiental. Com os dados recebidos, alimentamos o mapa com dados precisos e verdadeiros, facilitando a compreensão sobre a extensão da pandemia em Pernambuco”, afirmou.

De acordo com a professora Monize Morais, grandes universidades no mundo têm utilizado o geoprocessamento, tornando público e de fácil acesso os dados disponíveis. “Um dos exemplos é o site criado pela Universidade Americana Johns Hopkins, onde é possível visualizar em tempo real o número de casos confirmados, mortes, entre outras informações acerca da doença, em diferentes partes do mundo. Além da Johns Hopkins, diversas outras universidades e instituições em todo o mundo também estão utilizando o geoprocessamento como uma poderosa ferramenta no enfrentamento da pandemia.

Viana & Moura Construções vai manter quadro de funcionários durante período de isolamento social

A Viana e Moura Construções anunciou que irá manter salários e quadro de funcionários até o término do primeiro semestre de 2020. O comunicado foi feito para todos os colaboradores da empresa de forma on-line, pelo Diretor Industrial, Rafael Pires. Diante da decisão, a empresa do ramo de construção civil aderiu ao movimento “Não Demita! – Empresários, não demitam! Esta crise vai passar”.

O objetivo foi tranquilizar os colaboradores, em alinhamento com a cultura de trabalho da empresa. “É um cenário desafiante e, por isso, decidimos manter todos os empregos dos nossos colaboradores, sem exceção, até, pelo menos, o final de junho. A gente acredita que esse é o prazo necessário para que a sociedade possa superar esse momento e que as coisas possam voltar ao normal. A gente espera que todos fiquem, sempre que possível, em casa, isolados, protegidos com as suas famílias e que possam passar por isso com serenidade”, explicou Rafael Pires.

O movimento “Não Demita!” vale pelo período de 1º de abril a 31 de maio. A Viana & Moura, no entanto, optou por estender o prazo até 30 de junho. As empresas que quiserem aderir ao movimento, podem se inscrever pelo www.naodemita.com.

Boa Vista estende prazo de exibição de débitos de consumidores ao mercado

A Boa Vista informa que, conforme já divulgado pela ANBC – Associação Nacional dos Bureaus Crédito, passará a exibir os registros de débito incluídos em seu banco de dados após 45 dias da data do envio da comunicação ao devedor. Essa ação, tomada em conjunto pela indústria de Bureaus de Crédito, tem como objetivo proporcionar um prazo maior para que aconteça a negociação entre devedores e credores nesse momento desafiador pelo qual passa a economia brasileira.

Dessa forma, ao invés dos habituais 10 dias após o envio da comunicação, os débitos serão exibidos ao mercado após 45 dias. A medida que se inicia para os débitos recebidos a partir do dia 17 de abril de 2020 se estenderá pelos próximos 90 dias.

A Boa Vista esclarece também que, ciente de Projeto de Lei em tramitação no Senado Federal que poderá estender o prazo para a exibição do registro para 90 dias após a comunicação ao devedor, está, como sempre esteve, pronta para cumprir o que for determinado pela legislação.

Sabendo que em tempos de crise é mais difícil manter as contas em dia, a Boa Vista aconselha os consumidores a procurarem seus credores para avaliar as alternativas para o pagamento da dívida, mantendo seu nome limpo e pronto para ter crédito sempre que precisar. E aos credores a manterem seu fluxo de envio de registros de débito para reforçar aos seus clientes que haverá mais prazo para a sua regularização. Essa crise vai passar e é importante que todos trabalhem para manter o acesso ao crédito tão primordial para a alavancagem da economia.

SOBRE A BOA VISTA
A Boa Vista é uma empresa brasileira que alia inteligência analítica à alta tecnologia para transformar os dados dos seus clientes em soluções para os desafios de empresas e consumidores.

Criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da atividade de crédito no Brasil, ajudando o País a estabelecer uma relação de consumo mais equilibrada entre empresas e consumidores.

A Boa Vista é precursora do Cadastro Positivo, banco de dados com informações sobre o histórico de pagamentos, que deixa a análise de crédito mais justa e acessível. Por isso, Cadastro Positivo é na Boa Vista.

Pioneira também em serviços ao consumidor, a Boa Vista responde por iniciativas que cooperam com a sustentabilidade econômica dos brasileiros, como a consulta do CPF com score, dicas de educação financeira e parcerias para negociação de dívidas. Tudo disponível de forma simples, rápida e segura no site www.consumidorpositivo.com.br

Atualmente a Boa Vista é referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do ciclo de negócios: prospecção, aquisição, gestão de carteiras e recuperação.

Curso de Direito da UNINASSAU realiza live com Júri Virtual

Em meio à quarentena vivida esses últimos dias, devido à pandemia do Covid-19, a Faculdade UNINASSAU Caruaru vem realizando diversas Lives nas redes sociais. Com o objetivo de levar ainda mais conhecimento à população e aos seus alunos, o curso de Direito realiza o Júri Virtual UNINASSAU, com o tema “Caso dos Denunciantes Invejosos”. A atividade será transmitida pelo perfil do professor do curso de Direito, Adilson Ferraz (@adilsonsferraz), no Instagram, nesta terça-feira (09), às 10h.

A coordenadora do curso de Direito da Instituição, Teresa Tabosa, destaca que o “mundo online” está mudando expectativas do mundo físico e a resposta sobre o que é eficiente e rápido já não é a mesma de tempos passados. “Em relação ao ensino-aprendizagem, percebemos, durante distanciamento físico, possibilidades de conectar professor/aluno/IES cada vez mais”, ressalta.

O tribunal do Júri foi instituído no Brasil em 1822 e está previsto na Constituição Federal. Ele é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. Durante esse processo, cabe a um colegiado de populares, os jurados sorteados para compor o conselho de sentença, declarar se o crime em questão aconteceu e se o réu é culpado ou inocente. Desta forma, o magistrado decide conforme a vontade popular, lê a sentença e fixa a pena, em caso de condenação.

COVID-19: Especialista explica como fica programação financeira de condomínios

A pandemia da Covid-19 impactou diversos ambientes, inclusive o doméstico. Moradores e síndicos têm conversado para o entendimento das contas dos condomínios, uma vez que o cenário socioeconômico mudou radicalmente para a maioria das pessoas, desequilibrando orçamentos familiares.

E a primeira dúvida é: Como cada síndico deve agir em relação ao pagamento das contas de condomínio? E surgem outras dúvidas: Vai haver uma tolerância maior? Existe a possibilidade de o próprio condomínio pleitear isenção temporária do pagamento de alguma taxa ou mesmo de contas (luz, água, gás…)?

O diretor executivo da BAP Administração de Bens https://www.bap.com.br/, Rogério Quintanilha, responde a cinco perguntas que ajudam síndicos e moradores no equilíbrio das contas de condomínios.

1 – Na crise anterior, os condomínios já sofreram muito, já que, por conta dos juros mais baixos de multa, os condôminos preferem pagar contas como cartão de crédito, e deixar a taxa condominial para depois. O que os síndicos podem fazer nesta situação?
Até o momento, não identificamos um número significativo de atitudes como essa. Mas os síndicos devem seguir os procedimentos anteriores, ou seja, fazer a cobrança dos devedores. Mandar carta para quem está devendo, fazer todo o procedimento administrativo necessário. Cada condomínio deve avaliar sua particularidade e, se for o caso, em assembleia tomar decisões sobre qual procedimento será adotado em relação aos inadimplentes. E, para isso, será importante escutar o jurídico de cada administradora.

2- Existe a possibilidade de o próprio condomínio pleitear isenção temporária do pagamento de alguma taxa ou mesmo de contas (luz, água, gás…)?

O condomínio deve utilizar as instituições disponíveis, seja o Secovi, Abadi, ou os poderes Legislativo e Executivo. Já existe uma determinação do governo do Estado do Rio de Janeiro proibindo que empresas de água, luz e gás interrompam o fornecimento de seus serviços por falta de pagamento. Essas taxas poderão ser pagas posteriormente sem multa e juros, mas esse decreto pode cair, já que, exceto a Cedae, as outras são empresas privadas. Outra medida tomada pelo governo federal é a postergação do recolhimento do Fundo de Garantia. Recomendamos que os condomínios adotem essa medida. Não há multa e nem juros. O condomínio jogando para frente essa despesa consegue ter uma melhor gestão do fluxo de caixa e observar como vai ser o comportamento dentro do condomínio, se vai aumentar ou não a inadimplência. Cada condomínio tem a sua característica, por exemplo, um condomínio de salas comerciais ou de lojas, possivelmente, vai ter um impacto muito grande. Já os residenciais dependem das características deles. Se for composto, em sua maioria, por aposentados e funcionários públicos que continuam recebendo, o impacto será menor. O momento é de analisar como será o comportamento da inadimplência no seu condomínio.

3- De que forma o coronavírus impacta na programação financeira do condomínio? E no pagamento dos empregados?

No momento ainda não há impacto. O primeiro a ser observado é o provável crescimento da inadimplência. O condomínio que vem bem administrado está mais confortável. Aqueles que estão com contas a regularizar ou saldo negativo precisarão ter uma atenção triplicada. Vai ser necessário postergar o pagamento de Fundo de Garantia. Isso não vai isentá-lo de pagar, mas sim de manejar melhor o fluxo de caixa. E em relação ao pagamento dos empregados, é obrigatório, assim como a cota condominial. Ou seja, quando um não paga, há um rateio entre os demais condôminos.

4 – Serviços internos (jardineiro, manutenção de elevadores, limpeza de piscina, entre outros) devem ser suspensos (ou adiados)? A piscina deve ser esvaziada, já que está sem uso?
A piscina não deve ser esvaziada mesmo que esteja sem uso. Não é necessário ter esse desperdício. Além disso, também não é recomendado suspender o serviço de manutenção dos elevadores. Apesar de as pessoas estarem em isolamento social, o movimento do prédio aumentou com os serviços de entrega. Se o condomínio não tiver recursos, deve ser suspenso o serviço de jardinagem e, se a piscina está sem uso, pelo menos no mês de abril deve ser suspensa a sua limpeza. E, principalmente, adiar serviços que seriam feitos, como pinturas ou reformas. Manter só as obras vinculadas à segurança do condomínio.

5 – Se o condômino sentir que não vai conseguir pagar sua taxa, como ele deve fazer? Deve procurar a administradora? Ou o síndico?

Tanto a administradora quanto o síndico não poderão fazer nada neste momento. O ideal é cada um analisar a sua vida pessoal para avaliar quais despesas podem ser suspensas. É preciso administrar as finanças para que a cota condominial seja paga, porque, assim como o IPTU, é uma obrigação propter rem. Em outras palavras, o condômino devedor pode perder o imóvel ao atrasar o condomínio.

Os desafios do Corretor diante do isolamento social

Os últimos meses, após a descoberta da COVID-19, nos faz refletir sobre as diversas transformações no setor. A lição que fica é a da inovação e qualificação. Por quê?

Em tempos normais, os profissionais de corretagem precisaram se reinventar para enfrentar desafios e encontrar oportunidades para atender às demandas dos seus clientes ao longo dos anos, mas em uma situação caótica, essas virtudes são imprescindíveis para fazer a diferença.

Ainda há corretores que optaram por vender única e exclusivamente um ou dois produtos de seguros, porém o segmento de seguros é muito amplo e precisa ser mais explorado pelos profissionais.

Não podemos ser especialistas apenas na venda de planos de saúde ou odontológico, por exemplo. Muitas vezes o cliente também possui um carro, mora em residência própria, tem um pet em casa e consequentemente necessitará de outros serviços.

Em um cenário de pandemia, observamos que houve um crescimento do mercado de seguros de saúde, empresarial e financeiro, no entanto, a queda exponencial do seguro viagem, por isso, um profissional que tenha amplo conhecimento do meio em que atua e que tenha um olhar inovador é fundamental para se adaptar quanto aos produtos e serviços junto às operadoras em situações adversas.

A TSValle, por exemplo, oferece toda a assistência e suporte ao seu franqueado nos mais inúmeros segmentos de seguros, além de atender as demandas dos corretores que almejam entrar nos diversos segmentos de seguros disponíveis.

Outro desafio enfrentado pelo profissional em meio à crise do COVID-19 é readequar o seu modelo de vendas, trocando a visita pessoal pelo home office. Mais do que nunca, o Correto precisa estar preparado para o mundo digital e para enxergar as oportunidades que o mercado propicia.

Com tantas mudanças, quais são os diferenciais que podem garantir uma carreira de sucesso? Acredito que o profissional precisar acompanhar a evolução digital, e mais do que isso, consumir e realmente entender a importância do que está vendendo, dessa forma, criando laço de confiança com o seu cliente.

Aos que pretendem entrar na área de corretagem de seguros, é importante saber que existem mais de 45 tipos diferentes de serviços que estarão com demanda e analisar as oportunidades que o mercado oferece é fundamental.

* Bruno Bronetta é CEO da TSValle, A rede de franquia que atualmente possui 26 franqueados distribuídos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Alagoas.

Setor de Turismo indica falência de 10% dos hotéis e 30% dos restaurantes no País, com meio milhão de desempregados

O avanço da pandemia de Coronavírus (Covid-19) pelo Brasil e a necessidade de isolamento social já afetam a economia brasileira. Como reflexo, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 poderá sofrer uma retração de 4,4%, a maior registrada no país desde 1962, segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os setores de Turismo e Hospitalidade já amargam prejuízo: a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) estima a falência de 10% dos hotéis, enquanto a Confederação Nacional do Turismo (CNTur) estima que 30% dos restaurantes e similares em toda a rede brasileira não suportarão a falta de clientes, totalizando cerca de 200 mil estabelecimentos fechando as portas, gerando uma onda maciça de desemprego num curto espaço de tempo.

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que, somente em março, foram R$ 11,96 bilhões em perdas
de receita, uma queda de 84% em relação ao mesmo período de 2019.

De acordo com Wilson Luiz Pinto, secretário geral da CNTur, o grande problema é que restaurantes possuem pouco capital de giro, por ser atividade
de alto custo e com margem de lucro baixa. “Um ponto comercial precisa ser num lugar bem visível, com um valor aluguel extremamente caro. A atividade também exige muitos funcionários e, além disso, temos uma alta carga de imposto sob os ombros da categoria.

É impossível ficar um mês parado, sem faturar. Os números são tristes, mas teremos, só na cidade de São Paulo, mais de 20 mil pedidos de falência. Uma situação que irá demorar anos para revertermos”, alerta Luiz Pinto, que também é presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (SindResBar-SP).

“Estudos da JP Morgan mostram que temos menos fôlego pra aguentar a crise, entre todas as atividades econômicas. O documento mostra que setor aguentaria 16 dias fechado, ou seja, já entramos num colapso de vendas, com queda de faturamento de 90%”, avalia Paulo Solmucci, presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL).

“Já entramos num colapso de vendas, com queda de faturamento de 90%”, alerta Paulo Solmucci, presidente da ABRASEL

Uma das modalidades que vem mantendo o setor, o delivery não é visto como uma solução definitiva por Solmucci. Segundo o dirigente, o sistema ameniza, mas não é o bastante para quitar as contas dos estabelecimentos. “O salão que realmente é responsável pelo faturamento, a maioria absoluta dos restaurantes não consegue pagar nem mesmo a folha salarial com pedidos por telefone. Essa modalidade é uma medida paliativa. Precisamos que essa pandemia passe rapidamente, se não o prejuízo será ainda maior”, lamenta. O representante da ABRASEL também cobra mais ações dos governantes. “Até agora, só tivemos contrapartida do Governo Federal, mas estados e municípios precisam fazer mais, como reduzir impostos e contas. Só isolamento social não resolve a situação”.

Hotéis são os que mais sentem a crise, alega Alexandre Sampaio, presidente da FBHA. “Fomos os primeiros a sofrer com a pandemia e seremos os últimos a voltar à atividade normal. Estimamos que mais de três mil hotéis e pousadas fechem as portas, durante essa crise, pelo alto custo de manutenção e funcionamento desse tipo de estabelecimento”, explica.

Sampaio acredita que deve haver uma concorrência predatória prejudicial, pela ânsia de fazer caixa, e que somente um aporte do Governo Federal pode reduzir os danos. “As diárias serão mais baixas e alguns estabelecimentos podem até cobrar valores que não cobrirão nem mesmo seus custos operacionais, pela necessidade de fazer caixa com urgência, pois as linhas de financiamento para capital de giro infelizmente estão empoçadas”. O presidente da FBHA avalia que emendas à Medida Provisória 936 podem ser uma solução. “Buscamos uma prorrogação do prazo de vigência da suspensão do contrato de trabalho e idêntica prorrogação na diminuição da carga horária dos funcionários, além de revisão das contas de energia e outras cobranças de competência estadual. Reformas tributárias terão que ser retomadas também, com urgência”, completa.

Desemprego preocupa sindicatos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), que representa mais de quatro milhões de trabalhadores do setor, afirma que busca aditamento das convenções coletivas para tentar reduzir a onda de demissões nessa crise econômica, contando com o auxílio do Governo Federal para completar a renda da categoria. “Estamos dando subsídio para as nossa entidades filiadas, além de buscarmos termos aditivos para as convenções coletivas, com base na Medida Provisória 936, tentando buscar juntamente aos empregadores uma saída plausível, como uma ajuda compensatória, além do que está previsto na MP, para que a classe trabalhadora tenha o mínimo para poder se manter, diante dessa crise”, explica Wilson Pereira, presidente da confederação.

“Vamos tentar mitigar ao máximo essa crise, mas é inevitável a grande perda de empregos”, alerta Wilson Pereira, presidente da Contratuh

A ajuda compensatória é um complemento com base no mesmo cálculo do seguro desemprego, que paga 80% do salário registrado em carteira. A MP permite uma redução pela metade da jornada de trabalho, fazendo consequentemente que as empresas arquem com um salário proporcional a esse novo tempo de serviço e o governo complete esse valor. “Existe a possibilidade do empregador dar uma ajuda compensatória também, sem incidir na folha de pagamento, para que cheguemos ao salário integral desse trabalhador, que já abriu mão de gorjetas que complementam sua renda. O piso da categoria não é alto, então precisamos evitar essa precariedade na qualidade de vida do trabalhador que está na base da pirâmide”, avalia Agilberto Seródio, advogado da entidade.

Sobre o desemprego, o presidente da confederação acompanha os dados de representantes do setor patronal e mostra um quadro grave. “Podemos
ter até meio milhão de desempregados no Turismo e Hospitalidade, que engloba hotéis, restaurantes, bares e toda uma cadeia do setor que dependem do turista e da circulação de pessoas para sobreviver. Vamos tentar mitigar ao máximo essa crise, mas é inevitável
a grande perda de empregos”, alerta Wilson Pereira.

Ministério do Turismo promete novas medidas

“A nossa missão é fazer com que o setor saia o mais inteiro e com o menor dano possível. Queremos evitar desmonte do turismo no Brasil, salvando empregos e empresas, para que a gente esteja um passo a frente a outros países para uma retomada mais eficiente”, explica o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro.

O ministro afirma que o governo federal tem trabalhado em medidas que flexibilizem as relações de trabalho, mas também em outras áreas. “Mudanças
no Código de Defesa do Consumidor, para que não tenhamos um reembolso maciço de cancelamento de viagens, linhas de crédito e outras medidas vem sendo construídas e monitoradas ao longo do tempo. Ainda pensamos na possibilidade de investirmos 500 milhões de reais na promoção do Brasil no exterior e estimulando turismo doméstico. Nosso corpo técnico é enxuto, mas estamos trabalhando exaustivamente para reverter essa situação”, finaliza o ministro Marcelo Álvaro.

Guilherme Paulus, é sócio-fundador da CVC, pede um alinhamento de municípios, estados e governo federal. “O Fórum do Turismo não teve nenhum reunião ainda, é precisamos ouvir mais o setor também, que tem uma série de reivindicações. Desses 500 milhões que a Embratur quer investir, uma grande parte precisa ficar na publicidade interna. Além disso, é preciso criar subsídios para as companhias aéreas regionais, alinhando receptivo e hotéis junto ao ministério. Reunir operadoras para tarifas especiais, para termos um turismo interno forte. Estou disposto a criar isso e contro com a ajuda do Ministério do Turismo”.