Empresas exploram novas ferramentas para sobreviver durante a crise

A necessidade de adotar um regime de quarentena ou permanecer o máximo de tempo possível em sua casa é uma indicação que vem sendo constantemente incentivada por governantes e autoridades da saúde em todo mundo nos últimos dias. A medida tem se mostrado, até o momento, uma das orientações mais eficazes no combate a pandemia global do coronavírus. Entretanto, um dos efeitos colaterais diretos do isolamento social é a redução significativa ou até mesmo suspensão das atividades comerciais, entre elas lojas, restaurantes e demais estabelecimentos que devem grande parte de seu faturamento a venda direta com a presença física de público.

Neste cenário, inúmeros empreendimentos estão buscando alternativas para manter as atividades em funcionamento parcial, sem comprometer as orientações básicas de combate a disseminação do vírus, que compreendem em evitar aglomerações e práticas sociais que envolvam contato físico. Muitos têm adaptado as vendas para o formato online e explorado as ferramentas tecnológicas para estimular as vendas. “Sabemos o tamanho da importância de seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades locais nesse momento tão complicado. Ao mesmo tempo, nos vimos com o desafio de encontrar uma maneira de manter o negócio em funcionamento para ao menos amenizar o impacto econômico dessa pandemia”, comenta Bruno Esperança, diretor geral da Esalflores, maior rede de floriculturas do país.

Com matriz em Curitiba (PR) e unidades nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Recife (PE), a Esalflores, além de direcionar as vendas para a plataforma de e-commerce, passou também a executar vendas via telefone e chamada de vídeo. “Adaptamos as operações para um modelo de contingência e estamos focando em três propósitos: garantir a manutenção das flores e plantas, pois são produtos naturais vivos e perecíveis que não resistiriam ao cancelamento integral das atividades; subsidiar a sobrevivência mínima da empresa para evitar a paralisação total; e manter o suprimento desse serviço para o público, já que em um momento de reclusão, nós julgamos que cultivar plantas em casa e manter um contato com a natureza pode ajudar muito a atravessar esse período tão delicado”, conta o empresário. Entretanto, o formato atual de funcionamento não representa nem 10% do faturamento em dias normais. “O formato de venda em vídeo guia, em que levamos o cliente para passear pela loja e escolher os produtos por meio de uma vídeo chamada, está sendo testado e os resultados nos surpreenderam bastante, mas ainda assim a demanda está muito abaixo do normal”, completa Bruno Esperança.

Para a NESH Eco.Cosméticos, marca de cosméticos naturais e veganos localizada em Curitiba (PR), a opção foi disponibilizar um número de whats app para as vendas. “Colocamos todo o estoque disponível para a comercialização pelo whats app. É uma opção viável e estamos nos adaptando a trabalha-la da melhor forma, mas quebra um pouco do fluxo da ideia de loja da nossa marca, até porque nossas linhas de produtos envolvem sensações e experiências, e diferente de uma plataforma de e-commerce por exemplo, que garante a exposição e descrição de todos os produtos, no whats app esse tópico é mais limitado”, explica o idealizador da NESH, Thiago Pissaia. A mesma medida foi adotada pela chocolateria Cuore di Cacao, que viu a crise explodir bem perto da Páscoa, época do ano mais importante para a empresa. Nos últimos dias, a forma encontrada pela chocolateria para comercializar seus produtos foram os pedidos via WhatsApp.

No segmento da gastronomia, inclusive, estão os empreendimentos que sentiram mais rapidamente os efeitos econômicos do coronavírus. Centenas de negócios tiveram que adequar seus serviços a novos formatos. “Para manter seus serviços ativos e preservar algum fluxo de caixa, muitos estabelecimentos optaram por dar exclusividade ao serviço via delivery ou para ações de retirada de pedidos no balcão. São várias as plataformas, já bastante populares no Brasil, que proporcionam esse suporte, e até representam uma boa parte do faturamento de diversos empreendimentos, porém muitos empreendimentos passaram a aderir a este sistema somente devido aos efeitos da crise e estão tentando se adaptar”, conta o diretor geral da Associação de Brasileira de Bares e Restaurares (Abrasel – PR), Luciano Bartolomeu. Marcas como Cookie Stories, Bangalô dos Pastéis, Soho Burger Gallery e O Barba continuam com suas cozinhas funcionando atendendo a crescente demanda de quem está em casa. Até a cervejaria Way Beer, uma das grandes referências do mercado cervejeiro brasileiro, lançou uma ação de venda de chope em lata, com compra via WhatsApp e entrega gratuita.

Já muitos bares e restaurantes que resolveram suspender totalmente os seus serviços estão apostando em vouchers para consumo futuro para movimentar o caixa. O Sirène Fish & Chips, por exemplo, maior rede de fish n’ chips da América Latina, lançou a campanha “Super Ação Sirène”. Em parceria com o PicPay, fintech que permite o pagamento das compras direto pelo smartphone, com cartão de crédito ou valor de transferência, a rede oferece vouchers para serem utilizados nas unidades do Sirène após o período de quarentena. Para participar é bem fácil, basta o cliente ter a plataforma PicPay, escolher no campo de busca a unidade do Sirène que pretende contribuir e adquirir vouchers com valores entre R$ 20 e R$ 500. Além de ajudar o empreendimento a girar o caixa das próximas semanas, o usuário terá R$ 8 de cashback, além de benefícios e brindes exclusivos do empreendimento, como tênis, meias e bonés.

“Estamos passando por um período de incertezas quanto ao Coronavírus, mas família mesmo nunca abandona. Desenvolvemos um plano diferenciado e cheio de novidades para que todo mundo continue unido nesse período que estaremos com operações restritas. Nossos clientes poderão comprar vouchers do Sirène para consumo na unidade que estiver afim depois que tudo isto passar. É uma forma de ficarmos juntos, nos ajudarmos e tocarmos a vida”, completa Lucas Lopes, sócio fundador da rede.

Cortes de 50% nos recursos do Sesc e do Senac prejudicam empresas, trabalhadores e população

O Governo Federal não aceitou o pacote de medidas no valor de R$ 1 bilhão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), administradora de um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo, o Sistema CNC-Sesc-Senac, para o combate à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), no Brasil. Ao contrário, publicou a Medida Provisória Nº 932/20, no último dia 31/3, que institui cortes de 50% nas contribuições das empresas para o Sistema S por um período de 3 meses.

A decisão do Governo gera um profundo impacto na atuação das duas instituições em Pernambuco. O Sesc e o Senac deixarão de realizar mais de 3,1 milhões de atendimentos ao público e inscrições em cursos e serviços no estado. Com a redução do orçamento dos S, será necessário fechar unidades, podendo chegar a até 29 equipamentos do Sesc e do Senac no território pernambucano.

Em todo o País, conforme alertou já na semana passada a CNC, será preciso fechar 265 unidades do Sesc e Senac com a diminuição dos recursos, além de reduzir mais de 36 milhões de atendimentos, no Brasil. A redução dos atendimentos do Sesc e do Senac vai ocorrer em municípios que, em muitos casos, necessitam da infraestrutura dessas instituições para atendimento básico à população.

“A sociedade será a maior prejudicada, diante do atual contexto do País e do risco da perda, em alguns meses, de grande parte do que foi construído em sete décadas e meia de prestação de serviços de educação e bem-estar ao povo brasileiro”, ressalta o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto. Com o fechamento temporário das empresas do comércio na maioria dos estados brasileiros, é provável que o número de demissões aumente, o que representa uma redução ainda maior das verbas que serão destinadas ao Sesc e ao Senac.

O discurso de corte de gastos, no entanto, é contraditório, já que o Governo Federal não apresentou proposta alguma na contenção de impostos. “A diminuição e a isenção de tributos seria uma medida efetiva na proteção do comércio, principalmente em relação às micro e pequenas empresas”, informa Peixoto. A redução da contribuição para os empresários tem um efeito mínimo, já que a conservação desses serviços protegeria ao mesmo tempo a saúde da população e dos seus trabalhadores.

Para evitar o fechamento das unidades e a redução dos atendimentos, a CNC havia enviado, na semana passada, ao presidente da República Jair Bolsonaro, aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e aos presidentes da Câmara Rodrigo Maia e do Senado David Alcolumbre um plano de ações do Sesc e Senac, no valor de R$ 1 bilhão, para conscientização, combate ao novo Coronavírus (Covid-19) e prestação de serviços à sociedade nos próximos três meses.

IMPACTO – 50% de corte na arrecadação compulsória em 3 meses em Pernambuco

Números gerais em PE
Menos 3.126.611 atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos por Sesc e Senac

Números gerais no Brasil
Menos 36.409.873 atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos

Setor produtivo ainda espera posicionamento do Estado

O setor produtivo do Estado ainda aguarda medidas mais enérgicas do governador Paulo Câmara para minimizar os estragos causados pela Covid-19 às empresas, sobretudo para as micro e pequenas. O pedido de socorro ganha reforço um dia depois de o governador anunciar medidas pífias à imprensa e que, até o momento, não atendem substancialmente às emergências das mais afetadas pela pandemia.

Embora o Governo tivesse postergado a decisão com relação às medidas que envolvem o ICMS e o Refis Estadual para a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), prevista para acontecer na próxima sexta-feira (3), havia uma expectativa do empresariado local de que, ao menos, esse primeiro decreto contasse com pontos primordiais à manutenção dos empregos e da sustentabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco.

Entre as medidas que não constam no decreto, e que poderiam ser tratadas na esfera estadual, estão a renegociação de débitos tributários, a ampliação, a flexibilização e a desburocratização das linhas de crédito disponibilizadas pela Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE); e a prorrogação de 90 dias para o pagamento de taxas de serviços essenciais para o setor produtivo, como gás e água.

Para o gerente de Relações Industriais da FIEPE, Maurício Laranjeira, agora, a saída é aguardar a discussão no Confaz e esperar que as pautas mais efetivas saiam de lá. “Sobretudo com relação ao diferimento do ICMS, que é fundamental para as empresas voltarem a crescer após essa crise sem precedente”, destacou.

Entidades que fiscalizam prisões apoiam recomendação do CNJ

Uma semana após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) recomendar aos países do continente a adoção do protocolo de prevenção à Covid-19 nas prisões lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege) e a Associação para a Prevenção da Tortura (APT) manifestaram apoio à Recomendação CNJ 62/2020. Nela, o CNJ orienta tribunais sobre quais procedimentos seguir no sistema prisional e no sistema socioeducativo em relação à pandemia causada pelo novo coronavírus.

A norma do CNJ se baseia nos direitos e nas liberdades fundamentais das pessoas mantidas em privação de liberdade pelo Estado brasileiro, conforme previsto na Constituição Federal, na legislação da área e nos tratados internacionais firmados pelo Brasil. A orientação considera o elevado risco de contágio da doença para todos que trabalham nos sistemas da justiça penal e da juvenil, sem deixar de observar o devido processo legal.

A nota pública datada de 31 de março e assinada pelo presidente do Condege e Defensor Público-Geral de Pernambuco, José Fabrício Silva de Lima, ressalta a pertinência de se recomendar aos juízes reavaliar todas as prisões preventivas que já tenham durado mais de 90 dias ou que tenham sido decretadas por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa.

Além disso, o CNJ orienta os magistrados a somente decretar novas prisões preventivas em situação de “máxima excepcionalidade”, observados os protocolos das autoridades sanitárias. Até o último dia de março, o novo coronavírus havia contaminado pelo menos 5,7 mil pessoas no território nacional, de acordo com o Ministério da Saúde.

O presidente do Condege ainda menciona a possibilidade de antecipar, sempre que o caso for pertinente, a saída do regime fechado e do semiaberto. “Entendemos que tais medidas são fundamentais para evitar que a pandemia se alastre entre a população carcerária, sabidamente formada por inúmeros membros dos chamados grupos de risco, tais como idosos e tuberculosos”, afirmou.

Superlotação

No sistema carcerário brasileiro, os cerca de 9,7 mil homens e mulheres maiores de 60 anos representam o triplo do número de vagas destinadas a esse público, 2.919. Outros grupos de risco incluem 8,8 mil tuberculosos e 7,7 mil portadores do vírus HIV, além de 13,6 mil doentes de outras enfermidades contagiosas, como sífilis e hepatite.

“É notório o problema da superlotação dos presídios, o que expõe não apenas os presos, mas também profissionais que ali trabalham, como carcereiros e prestadores de serviço, aos piores riscos da pandemia”, disse o defensor público geral. De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), além de 758 mil presos, o sistema prisional possui 82 mil trabalhadores, entre servidores e funcionários terceirizados.

Emergência mundial

O documento encaminhado pela APT ao presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, aponta que outros países já adotaram estratégias sugeridas pelo CNJ na Recomendação 62/2020 para enfrentar a emergência mundial de saúde. Medidas visando reduzir a população carcerária vêm sendo adotadas em diversos países, seja por meio da redução da porta de entrada (por exemplo, na França no que tange a penas curtas), ou por meio de saídas antecipadas ou medidas alternativas à detenção.

Na Polônia, medidas convertendo o sistema fechado em prisão domiciliar ou monitoramento eletrônico estão sendo ampliadas e beneficiarão em torno de 12.000 pessoas. “Na Índia, 3.000 pessoas presas, estão sendo colocadas em liberdade, seja com liberdade condicional ou fiança; na Califórnia, Estados Unidos, a saída antecipada está sendo concedida a aproximadamente 3.500 pessoas custodiadas, num esforço para reduzir a aglomeração”, afirmou na declaração de apoio a secretária-geral da entidade, Barbara Bernath.

De acordo com a APT, medidas propostas pelo CNJ se alinham a declarações recentes da alta comissariada dos Direitos Humanos das Nações Unidas, a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, e do Subcomitê para a Prevenção da Tortura das Nações Unidas. Bachelet observou que a precariedade das condições sanitárias e a aglomeração inerente ao ambiente prisional agravam a vulnerabilidade da saúde dos presos neste momento de pandemia, ainda mais se considerando a superlotação verificada no Brasil. O Subcomitê para a Prevenção da Tortura das Nações Unidas apontou as medidas não privativas de liberdade previstas nas Regras de Tóquio (protocolo da ONU para tratamento de presos) como alternativa à manutenção de pessoas custodiadas sem que ameacem a sociedade.

Outras entidades

Nesta quarta-feira (1º/4), a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) também manifestou apoio à Recomendação. A entidade destacou a importância do adequado enfrentamento da emergência de saúde pública “para a garantia da ordem interna e da segurança nos estabelecimentos prisionais e socioeducativos, de modo a evitar conflitos, motins e rebeliões e preservar a integridades das pessoas custodiadas e dos agentes públicos que atuam nessas instituições”. Especialistas na área criminal e penal e entidades como o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e Conectas Direitos Humanos, também avaliaram positivamente as orientações dadas aos tribunais pelo CNJ.

MRV lança campanha de cuidado com seus públicos

Diante da pandemia global do novo coronavírus (COVID-19), a MRV – empresa líder em soluções habitacionais – reforça seus cuidados com colaboradores e outros públicos. Desde o dia 31 de março, vem realizando campanha nas mídias socias e canal do Youtube que demonstra que a empresa está tomando uma série de medidas em prol da sociedade, desde implementações de processos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde que visam a segurança e o bem-estar de seus mais de 30 mil colaboradores, com destaque para aqueles que fazem parte do grupo de risco, até doações ao Governo de Minas Gerais e a entidades carentes.

“A saúde é a nossa prioridade número 1, não temos poupado esforços para garantir primeiramente a saúde de todos os colaboradores. Isso vale para os escritórios, para os plantões de venda e para os nossos canteiros de obra”, diz Rafael Menin, copresidente da MRV.

Respeitando rigorosamente as recomendações, a MRV reafirma que continuará realizando os sonhos dos brasileiros de ter sua casa própria. “São mais de 3.000 novas famílias que, todos os meses, recebem as chaves da MRV.
Isso significa cerca de 10.000 pessoas que passam a ter seus lares, com condições de segurança e saúde – o que é muito importante para o momento em que estamos vivendo”, reforça Rafael.
Para assistir o vídeo, clique em https://www.youtube.com/watch?v=Hk0_FTkquIs

Sobre a MRV

Ao longo de 40 anos de história transformando a vida de milhares de pessoas por meio da casa própria, a MRV, maior construtora da América Latina, se tornou uma plataforma de soluções habitacionais capaz de fornecer a opção de moradia que melhor se adapte ao momento na vida dos brasileiros, seja com a aquisição de apartamentos prontos ou na planta, pela compra de um terreno em loteamentos completamente urbanizados pela Urba, ou mesmo alugando imóveis especialmente pensados, com inúmeros serviços, pela sua startup Luggo, totalmente digital e sem burocracia.

Como bares e restaurantes podem sobreviver à crise do coronavírus

A chegada do coronavírus (COVID-19) ao Brasil lançou um desafio extra para as empresas nacionais. Um dos setores que sentiu mais rapidamente os problemas gerados pelo novo vírus foi o da alimentação fora do lar. Devido às medidas de prevenção da doença, que incluem isolamento social, as pessoas estão deixando de sair de casa e mudando gradualmente seus hábitos de consumo: ao invés de ir até um restaurante ou bar para realizar suas principais refeições, a nova rotina inclui colocar a mão na massa e preparar os próprios alimentos e, às vezes, pedir comida em casa.

Milhares de empreendimentos gastronômicos em todo país já suspenderam suas operações tradicionais ou alteraram seus expedientes, mas isso não está sendo o suficiente para que eles possam “sair com vida” deste momento de crise. Segundo o empresário José Araújo Netto, um dos grandes nomes do mercado nacional, fundador das redes Mr. Hoppy e Porks – Porco & Chope, que contam com mais de 50 unidades espalhadas pelo país, é preciso que os empresários, antes de tudo, entendam seu local na economia para traçar estratégias que beneficiem a si mesmo e toda a comunidade.

Em um panorama que estabelece três meses de isolamento, com baixo – ou baixíssimo – faturamento para bares e restaurantes, José Araújo Neto aponta a existência de três níveis de empresas: as “verdes”, que possuem alto poder aquisitivo, ou seja, podem atuar sem grande fluxo de caixa e conseguem retomar ao mercado tranquilamente após a crise; as “amarelas”, que contam com um caixa razoável para manter as contas em dia, mas sem fluxo diário vão entrar no negativo e, consequentemente, ter dificuldade para se estabilizar novamente; e as “vermelhas”, que já estão com capital de giro zerado e não sabem nem como vão pagar o aluguel no final deste mês.

Empresas classificadas como “verdes”

“Empresas verdes podem e devem criar oportunidades neste momento de crise”, aponta o empresário. Ele explica que, como o foco desses empreendimentos não é sobreviver, é preciso continuar aparecendo na mídia de forma positiva. “Este é o momento de investir no próprio marketing e pensar no futuro da organização”, explica. “Além de criar ações que beneficiem os clientes e gerem engajamento à marca, é preciso observar os pequenos negócios ao redor, principalmente aqueles essenciais para o funcionamento futuro da sua empresa, como fornecedores, e ajudá-los”. Araújo Netto aponta que o momento não é de quebra de contratos, mas sim de auxílio e solidariedade com aqueles que tem risco de fechar as portas.

Empresas classificadas como “amarelas”

Para José Araújo Neto, o mais importante é cuidar dos funcionários e colaboradores. “Nenhuma empresa, seja um restaurante ou uma fábrica, funciona sem mão de abra, por isso o mais importante é manter os salários em dia, mesmo que seja necessário estabelecer uma redução de carga horária ou adiantar as férias coletivas”, diz.

Mas como manter os pagamentos em dia sem o faturamento que já estava planejado? Antecipar os recebíveis, como valores de cartão de crédito ou de aplicativos de delivery, é a primeira opção. “Mesmo que signifique perder um pouco, devido às taxas de adiantamento, esse dinheiro em mãos pode salvar a receita do estabelecimento”, diz. E nada impede que sejam feitas negociações! O empresário indica conversar com os aplicativos para propor um adiantamento facilitado e se beneficiar das reduções de taxas que vários bancos já se propuseram a fazer.

Como nem sempre apenas adiantar valores é suficiente, economizar também se faz necessário. “Este é o momento de rever sua cadeia de suprimentos, procurar preços mais acessíveis e negociar com fornecedores, principalmente com aqueles de produtos perecíveis”, conta. “Se você conseguir subsídios mais baratos, também poderá diminuir os preços do seu cardápio e fazer promoções para atrair mais clientes. Desta forma, todos saem ganhando”, complementa ele.

Por fim, a dica é procurar se manter ativo nas redes sociais, gerando conteúdo relevante para manter seus clientes entrosados e falando sobre o seu negócio. “Para as próximas semanas, minha equipe já estabeleceu uma rotina de vídeos que ensinam nossas principais receitas, desde como montar o hambúrguer x até preparar o molho y”. O empresário reforça a ideia de que não precisa ter medo de abrir a cozinha do seu estabelecimento para o cliente. “Isso vai aproximar as relações e criar um sentimento positivo do cliente em relação a sua empresa, fazendo com que ele volte a consumir seus produtos após a crise”.

Empresas classificadas como “vermelhas”

Para as empresas vermelhas que já iniciaram a crise com pouco fluxo de caixa, as dicas vão além de antecipar receitas, renegociar prazos e manter as redes sociais ativas. Estes pequenos comerciantes devem buscar apoio profissional em amigos e, principalmente, consultores. “Neste momento existem diversos profissionais oferecendo apoio gratuito ou no modelo ‘pague mediante bons resultados’”, conta. “Também é possível pedir ajudar ao contador ou advogado da empresa, assim como para outros donos de restaurantes”, complementa ele. Para Araújo Neto, o importante é não ter vergonha de procurar ajuda!

Aproveitando que a taxa básica de juros está reduzida no momento, consultar linhas de crédito pode ser também uma excelente saída. “Emprestar R$ 50 mil do banco e dividir em 48 vezes pode dar um fôlego ao negócio, sem pesar tanto no bolso do empresário”, afirma. Além disso, Araújo Netto aconselha que bares e restaurantes com pouco caixa foquem apenas em seus carros-chefes. “Não gaste dinheiro com suprimentos que não são vendidos com facilidade, invista apenas nos produtos que mais saem da sua loja”, explica.

Se nada disso der certo, é preciso entrar em um processo de congelamento de gastos. Barganhar o não pagamento do imóvel com o proprietário do seu ponto comercial – neste caso, é possível pedir um parcelamento da dívida quando o bar ou restaurante voltar a atuar normalmente; negociar o pagamento dos fornecedores conforme a venda dos produtos ou, caso o estabelecimento feche, propor um pagamento mínimo apenas para que o outro não se prejudique; e estabelecer uma conversa franca com seus funcionários – se houver a necessidade de demissões, é imprescindível abrir as contas da empresa para os colaboradores e, se possível, prometer uma recontratação assim que o mercado se estabilizar. “Neste momento, precisamos ser solidários uns com os outros”, afirma. “Não adianta falar pros funcionários que está sem dinheiro e continuar aparecendo com carro novo e vivendo uma vida de abundância”, complementa o empresário.

Unimed Caruaru monta estrutura extra no HUC para atender pacientes com o novo coronavírus

Levando em conta a situação de pandemia do novo coronavírus que o Brasil e o mundo vivenciam atualmente, a preocupação com a saúde fica cada vez mais intensa e necessária. Diante disso, e tendo em vista o aumento no número de pacientes que possam vir a necessitar de cuidados médicos específicos, a Unimed Caruaru montou uma estrutura extra para ampliar os atendimentos. Trata-se da Unidade de Gripe, uma área de suporte ao atendimento de pacientes com sintomas gripais que já está finalizada e equipada para iniciar os serviços no Hospital Unimed Caruaru (HUC).

A estrutura conta com 200 m² e foi montada de frente ao HUC em caráter emergencial, diante da necessidade de atendimento aos pacientes que procuram o hospital com sintomas suspeitos da Covid-19. No local foram instalados três consultórios 24 horas, sala de recepção com totem de atendimento digital e nove cadeiras para os pacientes, obedecendo a distância segura de um metro e meio entre elas, assim como na sala de observação que tem mais seis poltronas dispostas da mesma maneira. A estrutura servirá de suporte para a área que foi reservada dentro do hospital com Unidade de Estabilização, leitos de isolamento e leitos da UTI exclusiva para os atendimentos da COVID-19, equipados com aparelhos respiratórios.

O objetivo é evitar que pacientes de outras patologias tenham contato com casos suspeitos de Covid-19. “A Unimed Caruaru está consciente das suas responsabilidades em relação aos pacientes, familiares e todo corpo de colaboradores, se estruturando cada vez mais”, destaca a diretora-presidente da Unimed Caruaru, Drª Nadyvan Queiroz.

Além da estrutura, toda a equipe médica foi treinada para lidar com o coronavírus. Seja com relação aos sintomas, prevenção ou tratamento, os profissionais estão aptos para realizar procedimentos que tiveram eficácia comprovada em outros países. Para garantir atendimento com segurança, todos os membros da equipe estão utilizando equipamentos de proteção nos procedimentos.

Serviço 24 horas

Conforme recomendação do Ministério da Saúde e reconhecendo a importância do isolamento social para a contenção do coronavírus, a Unimed Caruaru adotou um Serviço de Orientação em Saúde 24 horas para que os clientes possam fazer solicitações ou tirar dúvidas sem sair de casa pelo número 0800 772 3772. O canal de atendimento busca ampliar o acesso à informação sobre o coronavírus e outros assuntos relacionados.

Também estão disponíveis outros canais para buscar atendimento sem sair de casa. Quem precisa falar sobre serviços financeiros, como 2ª via de boleto e renegociação de pendências, os números para contato são (81) 9 8284-0365 / (81) 9 9954-0040 / (81) 9 8211-0053.

Os clientes também podem acompanhar as redes sociais da Unimed Caruaru que estão sendo atualizadas com informações a todo o momento, através do Instagram, no endereço @unimedcaruaru, pela página do Facebook Unimed Caruaru, e através do site unimedcaruaru.com.br .

Palestra aborda desafios da advocacia frente ao Covid-19

Dando continuidade às atividades de forma remota, a UNINABUCO – Centro Universitário Joaquim Nabuco Paulista, por meio do curso de Direito, promove uma palestra por transmissão ao vivo nesta quinta-feira (02), às 20h30, com tema “Desafios da advocacia frente à pandemia do Covid-19”. O debate será transmitido pelo perfil @prof.paulorodrigo no Instagram.

Participarão do debate o advogado e coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas da UNINABUCO Paulista, Paulo Rodrigo, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Pernambuco, Bruno Baptista.

Segundo o professor Paulo Rodrigo, esse é um momento de adaptação em todas as áreas. “Estamos vivendo um momento atípico no mundo todo. Todos estão precisando se adaptar e a advocacia não pode ser diferente”, frisou.

Durante a conferência, serão debatidos assuntos como “Quais as medidas que a OAB/PE está tomando frente a pandemia do COVID 19?”, “Como está funcionando o plantão de prerrogativas para os advogados?”, “Quanto aos prazos judiciais, quais as medidas tomadas nesse período de pela gestão?”, entre outros.

Serviço
Desafios da advocacia frente à pandemia do Covid-19
Data: 02/04
Horário: 20h30
Onde: Transmissão pelo perfil @prof.paulorodrigo no Instagram

Receita adia para 30 de junho prazo de entrega da declaração do IR

Fonte: G1
Foto: Gustavo Garcia/G1

O secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, anunciou nesta quarta-feira (1º) a prorrogação do prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) por 60 dias.
Com isso, o prazo para a entrega da declaração de 2020 passa de 30 de abril para 30 de junho.

“Esse prazo venceria no próximo dia 30 de abril e está sendo prorrogado para entrega no dia 30 de junho. Portanto prorrogação por dois meses do prazo de entrega das pessoas físicas”, afirmou o secretário.

Tostes Neto deu a informação em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado de outros integrantes da equipe econômica do governo.
De acordo com o último balanço divulgado pela Receita, em 30 de março, foram recebidas pelo órgão 8,1 milhões de declarações.

A expectativa, segundo o governo federal, é que 32 milhões de contribuintes façam a declaração em 2020.

Impacto do coronavírus

Há cerca de duas semanas, o secretário Tostes Neto afirmou que a Receita avaliaria o adiamento do prazo em razão do avanço da pandemia do novo coronavírus. Na ocasião, explicou que o órgão avaliaria o impacto da crise nas condições do contribuinte de declarar o imposto.

Prefeitura de Caruaru recebe doações de EPIs para auxiliar na prevenção do Covid-19

O secretário de Saúde de Caruaru, Francisco Santos, recebeu, nesta quarta-feira (01), representantes da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, que foram doar 200 máscaras produzidas pelos reeducandos da unidade prisional para auxiliar nas ações de combate ao Covid-19.

As máscaras são de estilo “Face Shields”, ou seja, que protegem todo o rosto do profissional que precisar usá-las. “Neste momento, onde todas as pessoas devem ficar em casa, e os profissionais de saúde estão na linha de frente da luta contra a pandemia, tudo que puder ser feito para eles ficarem mais protegidos, será feito. Iniciativas como esta, trazem mais segurança para o dia a dia no trabalho e protege, não só o profissional, mas também a sociedade”, explicou o secretário de saúde de Caruaru, Francisco Santos.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio do Departamento de Ciências Farmacêuticas, também realizou a doação de 500 litros de álcool 70% para a Secretaria de Saúde de Caruaru, que irá distribuir o produto junto à rede hospitalar do município. A produção de álcool 70% em média escala é uma iniciativa da UFPE no combate ao novo coronavírus (Covid-19). O item é produzido a partir do uso de álcool anidro doado por usinas e empresas.

*Parceria* – Além das doações, a Secretaria de Saúde de Caruaru firmou parceria com o LabErgoQG (Laboratório de Ergonomia), LabDIn (Laboratório de Design Inclusivo) e o LabTec (Laboratório de Tecnologia), que funcionam na UFPE – Campus do Agreste, e estão produzindo máscaras com impressão 3D, em acetato e PVC, seguindo as normas e padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A cidade deve receber cerca de 300 unidades do produto ainda esta semana.

“É uma solução simples e barata e foi desenvolvida junto com os alunos do curso de Design e de Engenharia de Produção, sob minha coordenação e da professora do LabDIN, Rosimeri Pichler. Estamos felizes com essa contribuição no combate ao Covid-19”, disse o professor da UFPE e vice-coordenador do Laboratório de Ergonomia, Lucas Garcia.