Guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro para 2020, mostra pesquisa

A chegada de um novo ano estimula muitos brasileiros a traçarem metas financeiras. E diante de uma perspectiva melhor para a economia em 2020, a esperança em conseguir realizá-las também ganha força. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que apesar de o novo ser novo, alguns dos objetivos financeiros para 2020 já são velhos conhecidos do consumidor. Pelo segundo ano seguido, guardar dinheiro figura como a principal meta financeira do brasileiro para este ano (49%). Além disso, 30% planejam fazer uma viagem, 28% pretendem comprar ou reformar a casa e 27% querem tirar as finanças do vermelho.

O levantamento revela ainda que houve uma queda de 11 pontos percentuais entre os que estão otimistas com o quadro econômico para 2020, passando de 72% para 61% na comparação com os que esperavam um cenário melhor para 2019. Ainda assim, a maioria se mantém otimista. Já 19% acreditam em um ambiente igual e apenas 12% pior.

Para os que têm boas expectativas, as razões apontadas são o sentimento de que as coisas podem melhorar apesar dos problemas (60%), a confiança de que haverá uma recuperação econômica (48%) e a expectativa de que o governo irá fazer as reformas que o país precisa (26%).

Também caiu de 72% para 65% a percepção dos brasileiros que esperam uma melhora em sua vida financeira. Outros 21% acreditam que em 2020 sua situação deve ser igual e 7% pior. Entre os otimistas, um novo ano com perspectivas mais positivas significa a possibilidade de conseguir manter as contas em dia (57%), economizar e fazer reserva financeira (53%) e realizar algum sonho de consumo (52%). Dentre os que esperam a concretização dos planos, 64% acreditam de que as coisas vão melhorar e 49% estão se organizando financeiramente.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, mesmo com a percepção menos otimista do que a observada no início de 2019, agora as evidências de uma retomada estão mais fortes. “Ainda que o ano de 2019 tenha exigido contenções de gastos entre os brasileiros, face ao desemprego e à perda do poder de compra, tudo indica que o país voltará a receber investimentos em 2020. A continuidade das reformas estruturais será essencial para preparar as bases de um novo ciclo de prosperidade em um futuro próximo”, observa.

63% dos entrevistados afirmam que efeitos da crise afetaram dia a dia; maioria pretende adotar medidas no caso de momentos difíceis

Mesmo com o fim o da recessão, alguns problemas ainda permanecem na vida dos brasileiros: seis em cada dez (63%) afirmam que os efeitos da crise (como desemprego e renda baixa) afetaram em seu dia a dia. Em contrapartida, 19% não perceberam algum tipo de reflexo no cotidiano e outros 18% não souberam dizer. Nesse contexto, muitos consumidores pretendem tomar atitudes para evitar tais efeitos em 2020, como pesquisar mais preços neste novo ano (46%), ter maior controle sobre as contas da casa (42%), comprar produtos similares de marcas mais baratas (38%), evitar fazer compras parceladas (37%) e fazer reserva financeira (35%).

“Apesar de os brasileiros continuarem sentindo os efeitos de um ambiente econômico que ainda patina, a maioria ainda traça planos para o ano que se inicia. É importante adotar uma postura mais preventiva, que deve vir acompanhada de preparo e de metas para que se possa atingir os objetivos sem se perder no controle das contas”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

78% dos consumidores fizeram cortes no orçamento em 2019, como refeições fora de casa, compra de roupas e calçados, além de viagens

Para os entrevistados ouvidos pelo levantamento, o cenário econômico ainda difícil continuou refletindo no bolso do brasileiro em 2019: 42% consideram que sua situação financeira pessoal permaneceu do mesmo jeito na comparação com 2018, 30% disseram que melhorou e 26% que piorou. Entre os que sentiram uma piora, os principais motivos citados foram o fato de o salário não ter acompanhado o aumento nos preços dos produtos e serviços (51%), a redução da renda familiar (45%) e a perda de emprego (42%).

A pesquisa mostra também que 78% dos consumidores fizeram cortes no orçamento em 2019, principalmente em refeições fora de casa (46%), compra de itens e vestuário, calçados e acessórios (44%), viagens (41%), ida ao cinema ou teatro (36%), saída a bares e casas noturnas (35%) e gastos com salão de beleza (34%).

68% realizaram ao menos um projeto traçado para 2019 e a maioria não conseguiu concretizar alguma das metas planejadas

Em uma economia ainda em processo gradual de retomada, muitos entrevistados revelaram que algumas metas ficaram pelo caminho. De acordo com a pesquisa, 68% conseguiram realizar ao menos um projeto que tinham em 2019 —um aumento de 7,3 p.p. em relação a 2018 —, principalmente cuidar da saúde (25%), pagar dívidas atrasadas (20%), fazer uma reserva financeira (17%), realizar um tratamento odontológico (14%) e comprar ou reformar a casa (10%). Por outro lado, apenas 16% garantem ter concretizado todos os planos traçados e 15% não alcançaram nenhuma meta planejada.

Ao mesmo tempo, 83% não conseguiram realizar algum projeto, em especial juntar dinheiro (22%). As justificativas passam pelo fato de 46% acharem o preço das coisas muito alto, de 38% afirmarem que o dinheiro mal deu para pagar as contas mensais e 30% apontarem o surgimento de imprevistos, com gastos extras ligados à saúde, consertos na casa ou carro. Além disso, 21% deixaram de alcançar suas metas por perderem o emprego ou terem alguém de casa na mesma situação.

Metodologia

Foram entrevistadas 600 pessoas, entre 25 de novembro e 04 de dezembro de 2019, de ambos os sexos e acima de 18 anos, de todas as classes sociais, em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Brincando nas Férias 2020 abre inscrições em sete cidades do interior

As unidades do Sesc, localizadas no interior de Pernambuco, estão com inscrições abertas para a edição 2020 do Brincando nas Férias. Há vagas disponíveis no Sesc Caruaru e também em Pesqueira, Garanhuns, Arcoverde, Buíque, Surubim e Belo Jardim. Este ano, o projeto inicia no dia 13 com o tema: “É coisa de outro mundo”, que visa estimular o trabalho manual, a memória, os jogos teatrais, o corpo e o ritmo através das atividades norteadas nos subtemas: “O mundo primitivo”, “O mundo dos contos”, “Os grandes mares”, “Desbravando as galáxias” e “Mundo misterioso”. As reservas podem ser feitas no Ponto de Atendimento de cada unidade a partir desta quinta-feira (02/01). Crianças com mais de cinco anos podem participar.

Em Caruaru, a taxa de inscrição para o Brincando nas Férias custa R$ 220 e inclui camisa, almoço e material para participar das oficinas. As atividades serão de 13 a 17 de janeiro. Em Surubim, Belo Jardim, Garanhuns e Arcoverde a programação também será neste período. Nas unidades de Buíque e Pesqueira, as atividades serão de 20 a 24 do mesmo mês. “Serão realizados desafios, oficinas e brincadeiras voltados para a temática”, explica a coordenadora regional de Recreação do Sesc em Pernambuco, Jeane Karla Albuquerque.

Em Surubim e Belo Jardim, a taxa é de R$ 130, que dá direito a camisa e almoço. A inscrição em Garanhuns é R$ 160, com direito a camisa, almoço e lanche. Em Arcoverde, a inscrição é de R$ 200, que contempla o almoço. Nestas unidades, o Brincando será realizado o dia inteiro. Em Buíque e Pesqueira o investimento é de R$ 80. Os horários das atividades são diferentes: Buíque terá programação das 8h às 12h na segunda, terça e quinta; e das 9h às 17h, na quarta e sexta; enquanto Pesqueira será no turno da manhã em todos os dias. Em todas as unidades, há desconto de 50% para os dependentes dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo.

Serviço – Inscrições para o Brincando nas Férias

CARUARU

Data: de 13 a 17 de janeiro

Local: Rua Rui Limeira Rosal, s/n – Petrópolis

Horário: das 8h às 17h

Faixa etária: de 5 a 12 anos

Preços: R$ 110 (dependentes) / R$ 220 + R$ 8 (confecção da carteira do Sesc) (público geral)

Informações: (81) 3721-3967

ARCOVERDE

Data: 13 a 17 de janeiro

Local: Sesc Arcoverde – Rua Arlindo Pacheco de Albuquerque, 364 – Centro

Horário: 10h às 18h

Faixa etária: de 5 a 12 anos

Preços: R$ 100 (dependentes) / R$ 200 (público geral)

Informações: (87) 3821-0864

BELO JARDIM

Data: 13 a 17 de janeiro

Local: Rua Pedro Leite Cavalcante, s/n – Cohab II

Horário: 9h às 16h

Faixa etária: de 5 a 13 anos

Preços: R$ 65 (dependentes) / R$ 130 (público geral)

Informações: (81) 3726-1576

BUÍQUE

Data: de 20 a 24 de janeiro

Local: Rua Projetada, s/n – Frei Damião

Horário: das 8h às 12h (seg, ter, qui) / 9h às 17h (qua e sex)

Faixa etária: de 5 a 12 anos

Preços: R$ 40 (dependentes) / R$ 80 (público geral)

Informações: (87) 3855-2230

GARANHUNS

Data: 13 a 17 de janeiro

Local: Rua Manoel Clemente, 136 – Centro

Horário: 9h às 16h

Faixa etária: de 5 a 10 anos

Preços: R$ 80 (dependentes) / R$ 160 (público geral)

Informações: (87) 3761-2658

PESQUEIRA

Data: 20 a 24 de janeiro

Local: Avenida Luiz de Almeida Maciel, s/n – Baixa Grande

Horário: 8h às 12h

Faixa etária: de 5 a 12 anos

Preços: R$ 40 (dependentes) / R$ 80 (público geral)

Informações: (87) 3835-1164

SURUBIM

Data: 13 a 17 de janeiro

Local: Rua Frei Ibiapina, s/n – São José

Horário: 9h às 16h

Faixa etária: de 5 a 10 anos

Preços: R$ 65 (dependente) / R$ 130 (público geral)

Informações: (81) 3634-5280

OAB diz ao Banco Central que taxar cheque especial é contra lei

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou ontem (1º) um comunicado ao Banco Central declarando ser ilegal a decisão de cobrar tarifa sobre o cheque especial. Leia a íntegra.

No fim de novembro, o Conselho Monetário Nacional, composto por representantes do Ministério da Economia e do Banco Central, estabeleceu um limite de 8% ao mês na cobrança de juros no cheque especial.

Por outro lado, o Banco Central anunciou que uma tarifa pode ser cobrada pelos bancos para empréstimos que superem R$ 500. As instituições podem cobrar até 0,25% do valor que exceder esse limite.

A tarifa pode ser cobrada a todos os clientes que têm disponível o recurso do cheque especial superior a este valor, mesmo que não utilizem. As medidas passam a valer a partir da próxima segunda-feira (6).

A nota da OAB é endereçada ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e assinada pelo presidente da entidade Felipe Santa Cruz e pelo presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, Marcus Vinicius Carvalho Coelho. Os advogados afirmam que a decisão fere direitos constitucionais do consumidor.

“Não pode o consumidor anuir com uma cláusula que seja abusiva ou com uma obrigação que não seja devida. Nesses termos, não pode ficar sujeito à cobrança de tarifa pela disponibilização de cheque especial, independentemente da efetiva utilização do serviço. Tal previsão claramente coloca o consumidor em uma situação de desvantagem exagerada, ao arcar com um gravame por algo de que não usufruiu, o que desequilibra a relação contratual”, consta em trecho do ofício.

Fonte: Congresso em Foco

Corte de R$ 1bi em orçamento prejudica reforma tributária, diz deputado

O deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) reclamou do corte de R$ 1 bilhão feito pelo governo no orçamento de 2020. A quantia foi retirada da verba destinada à Receita Federal. Pinato manifestou a insatisfação ao presidente Jair Bolsonaro em encontro no Palácio do Planalto no dia 18 de dezembro.

De acordo com ele, o corte prejudica a articulação política da reforma tributária. “Pode ser a melhor reforma do mundo, mas não dá certo se os parlamentares estiverem desmotivados”, disse ao Congresso em Foco.

Também em dezembro, o deputado do PP se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se comprometeu a liberar mais verbas para Receita. O corte gera insatisfação sobretudo sobre a categoria dos auditores fiscais. Pinato cobra que a “articulação política esteja alinhada com a econômica”.

A liberação de verbas também representou atritos na articulação da reforma da Previdência. Valores prometidos pelo governo foram liberados de forma considerada lenta por deputados, o que ameaçou as votações no fim de 2019.

Fonte: Congresso em Foco

2019 foi ano de saudosismo de tempos ditatoriais e ataques à democracia

O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro seguiu no mesmo clima de polarização que se iniciou com a corrida eleitoral do ano passado. Ano marcado por declarações polêmicas, ataques a imprensa e a instituições democráticas. Segundo a pesquisa Datafolha divulgada dia 1º, o apoio à ditadura aumentou no país.

Apesar disso, a sociedade se organizou em diversos momentos para defender os valores democráticos. Para Ricardo Borges Martins, coordenador executivo do Pacto Pela Democracia, 2019 foi um ano de “testar as águas”.

A reportagem conversou com o especialista no período em que o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, defendeu a criação de um novo Ato Institucional número 5, naquele mesmo período começou a surgir dentro da Câmara burburinhos em defesa de uma nova constituinte, com parlamentares que teceram fortes críticas a Constituição de 1988.

Para Martins, o principal risco é de corrosão do estado democrático de direito. “O principal risco que a gente tem é de uma corrosão aos poucos de fundamentos da democracia, do estado de direito, dos valores dos quais dependem a democracia, como a tolerância, a aceitação da divergência, perseguição constante ao oponente, a intimidação da imprensa, esses elementos que eu trago aqui, me parecem ameaças muito mais concretas”, afirmou.

No momento em que estouraram as manifestações no Chile, o deputado Eduardo Bolsonaro foi a Plenário com um discurso bastante incisivo. “Não vamos deixar isso vir pra cá. Se vier pra cá vai ter que se ver com a polícia e se eles começarem a radicalizar do lado de lá, a gente vai ver a história se repetir, e aí é que eu quero ver como é que a banda vai tocar”, disse o filho do presidente.

Na mesma semana, em entrevista a jornalista Leda Nagle, o filho do presidente voltou a fazer declarações acenando para os tempos ditatoriais. “Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual à do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E a resposta, ela pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, defendeu.

Semanas antes, destas declarações o presidente Jair Bolsonaro havia postado no seu Twitter um vídeo em que sugeria ser um leão atacado por hienas, ali as hienas representavam instituições como a imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF), a OAB, a ONU entre outras.

Para Ricardo Borges, “vai ficando muito claro que o desejo dessas lideranças do governo é de um projeto muito personalista, portanto, muito pouco democrático. Que é muito bem representado pelo vídeo que Bolsonaro postou do leão, rei da selva, acuado pelas hienas, o rei leão que é que vítima de todas as instituições democráticas da imprensa, dos partidos, do STF, da OAB. É essa visão de país, de governo que essas lideranças têm”.

A sociedade civil tem se manifestado e se organizado, Martins analisa que a democracia já é um valor enraizado na sociedade brasileira “será defendida sempre que atacada”. “O Brasil vive este movimento de coalizões e frentes se formando, e coalizões plurais como precisa ser em defesa da democracia”, afirma.

Ele complementa dizendo se sentir surpreso com o silêncio de figuras de dentro do governo, em especial, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o Procurador Geral da República, Augusto Aras, que não se posicionarem diante, das declarações feitas por Eduardo Bolsonaro. “São duas figuras políticas que têm por dever zelar pela constituição e pelo estado de direito”, afirma.

Fonte: Congresso em Foco

A importância de não lembrar apenas do que foi negativo

O fim de ano, para muitos, é uma época de fechamento de ciclo e renovação. Época de fazermos retrospectivas do que foi feito, das coisas conquistadas e das perdidas. Mas, qual o saldo do vivido? Será que olhamos para o caminho percorrido com otimismo?

A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Caruaru e doutora em Psicologia Clínica, Margarida Dantas, nos ajuda a entender melhor esses questionamentos. “Em um ano, vários acontecimentos integram a caminhada que fizemos, nos fazendo experimentar sensações boas e ruins. Entretanto, tendemos a valorizar com mais veemência o que foi triste, penoso, pesado”, explica.

Segundo Margarida, podemos realizar um procedimento cirúrgico e nos livrar de uma doença grave, mas o que nos marca mais é o peso do tratamento; podemos sair de um emprego e conseguir um melhor depois, uma melhor qualidade de vida, mas é da demissão que lembramos; podemos conseguir a liberação para adotar um filho, mas um aborto ainda tem o maior peso. “Esses exemplos nos levam a refletir o quanto estamos mais apegados às tristezas, fracassos, percalços que passamos do que a superação que alcançamos. O ideal seria olharmos o todo, dar a mesma importância que damos ao sofrimento, ao crescimento”, ressalta.

“Parafraseando Fernando Pessoa: ‘Pedras no caminho? Guardo todas! Um dia construirei um castelo!’, concluo que as adversidades não são só sofridas, mas, para além disso, nos ajudam a vencer, crescer, superar. Que possamos, então, olhar para as pedras do nosso caminho com positividade e fluidez, pois elas fazem parte do todo que somos e conquistamos”, conclui.

Manchas de óleo voltam a aparecer no litoral brasileiro

Manchas de óleo voltaram a aparecer em praia do litoral do Ceará entre a noite do dia 29 e a manhã do dia 30 de dezembro. A informação foi confirmada pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), que acompanha o vazamento de óleo nas praias do Nordeste e Sudeste desde o fim de agosto. De acordo com o GAA, foram encontrados resíduos de óleo na praia de Caetanos de Cima, no município de Amontada, e na praia de Apiques, localizada em Itapipoca, ambas no litoral Oeste do Ceará.

Desde outubro a ocorrência de manchas não era registrada no litoral cearense. De acordo com o GAA, formado pela Marinha, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Petróleo (ANP), amostras do material estão sendo enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) a fim de identificar o tipo de óleo.

“Participam do recolhimento dos vestígios de óleo militares da MB [Marinha do Brasil], membros do Ibama, da Defesa Civil e voluntários, sob coordenação do GAA. Mais militares estão sendo mobilizados para limpeza das áreas não habitadas das praias”, informou o grupo em nota.

O mais recente levantamento do Ibama, divulgado na última sexta-feira (27), mostra que o óleo atingiu 980 pontos, em todos os nove estados do Nordeste, além de praias nos estados do Espírito

Fonte: Congresso em Foco com informações da Agência Brasil

Conselho de Ética da Câmara tem maior número de processos desde 2006

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados teve um dos anos mais tumultuados da sua história em 2019. É que o clima de polarização política vivido pelo Brasil ampliou as discussões entre os deputados e, consequentemente, o número de processos levados ao conselho que tem como missão preservar a ética e o decoro parlamentar.

Foram ao todo 21 representações por quebra de decoro parlamentar, das quais 13 ainda estão em andamento e visam, sobretudo, deputados do PSL. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por sinal, foi o campeão de representações: tem três processos em aberto, dois por conta da declaração em que sugeriu a volta do AI-5 e um devido à briga travada com Joice Hasselmann (PSL-SP) no auge da crise do PSL.

O número de processos apresentados em 2019 é, portanto, o maior dos últimos 12 anos e o terceiro mais alto da história do Conselho de Ética da Câmara. É quase o mesmo volume registrado em 2005, quando o escândalo do Mensalão estourou e gerou processos contra 23 deputados, inclusive Roberto Jefferson, José Dirceu e Pedro Corrêa, que tiveram o mandato cassado. Além disso, só perde para as representações decorrentes da Máfia das Ambulâncias, que processou quase 60 deputados que desviavam recursos públicos através da compra de ambulâncias, os chamados sanguessugas.

“Foi um ano de recorde de representações”, admite o presidente do Conselho de Ética, o deputado Juscelino Filho (DEM-MA), que credita essa marca ao saldo das eleições de 2018. “A Câmara sofreu uma renovação muito grande e houve uma inversão no governo, que saiu da esquerda para a direita. Por isso, muitos parlamentares estavam com o ânimo à flor da pele. Houve muitos debates intensos, acirrados. E, consequentemente, muitas representações por excesso dos parlamentares dentro e fora da Casa”, avaliou.

Fonte: Congresso em Foco

Decreto estabelece limites com diárias e passagens no governo federal

Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro estabeleceu limites para a contratação de bens e serviços e autorização para diárias e passagens de servidores no âmbito do Poder Executivo Federal. A medida foi publicada na edição desta segunda-feira (30) do Diário Oficial da União (DOU), e não se aplica às agências reguladoras.

Segundo o decreto, caberá ao ministro da Economia fixar anualmente os limites e os critérios da despesa a ser empenhada com a contratação de bens e serviços e na concessão de diárias e passagens. Antes, essa atribuição era do ministro do Planejamento, mas a pasta foi extinta no atual governo e incorporada ao ministério comandado por Paulo Guedes.

A assinatura de novos contratos administrativos e a prorrogação de contratos em vigor, relativos às atividades de custeio da máquina pública, só serão autorizadas em ato do ministro de Estado ou do titular de órgão diretamente subordinado ao presidente. Essa competência poderá ser delegada a outras autoridades, como titulares de cargos de natureza especial ou dirigentes de unidades subordinadas ou vinculadas a ministérios.

Pelas novas regras, em contratos de locação de imóveis por algum órgão da administração pública federal, os procedimentos de seleção de imóveis serão estabelecidos em ato do secretário de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

Diárias e passagens

A concessão de diárias e passagens a servidores, militares, empregados públicos e colaboradores eventuais também deve ser autorizada pelo ministro ou pelo titular de órgão diretamente subordinado ao presidente da República, mas o decreto permite a delegação de competência para outras autoridades subordinadas. A necessidade de autorização superior, pela norma, vale para diárias por período superior a cinco dias contínuos, ou em quantidade superior a 30 diárias intercaladas, que envolvam pagamento em finais de semana, com prazo de antecedência inferior a 15 dias da data de partida e para deslocamentos ao exterior, quando há ônus para o poder público. Mesmo nessas situações, o decreto também possibilita a delegação de competência.

Ainda de acordo com o decreto, as autorizações para despesas com diárias e passagens poderão ser confidenciais, “quando envolverem operações policiais, de fiscalização ou atividades de caráter sigiloso, garantido o levantamento do sigilo após o encerramento da operação ou do deslocamento”.

Fonte: Congresso em Foco

Últimas “Caravanas da Cultura” acontecem nesta sexta (27) e neste sábado em Caruaru

A Prefeitura de Caruaru, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC), irá realizar nesta sexta-feira (27), no Residencial Luiz Bezerra Torres; e no sábado (28), no Residencial Alto do Moura, o espetáculo “Auto do Natal”, a partir das 18h. A apresentação faz parte das “Caravanas da Cultura”, que este ano descentralizaram a programação do ciclo natalino. A peça retrata a vida dos nordestinos fazendo referência ao nascimento do menino Jesus.

As duas apresentações do “Alto do Natal”, vão ser as últimas das caravanas. No domingo (29), a Praça do Rosário recebe contação de história para a criançada, a partir das 17h.

A programação contou com diversas apresentações artísticas e culturais durante todo o mês de dezembro. O encerramento será no dia 31, a partir das 22h, no Marco Zero de Caruaru.