Demanda da micro e pequena empresa por investimento avança 10,4 pontos em um ano

Com muitas empresas em fase de planejamento para o período de festas, a demanda por investimento tem mostrado reação. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Cré’dito (SPC Brasil) mostram que o Indicador de Propensão ao Investimento da micro e pequena empresa avançou 10,4 pontos no último mês de agosto na comparação com o mesmo período do ano passado e atingiu 49,6 pontos na escala. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100, mais dispostos a realizar investimentos estão os empresários. Quanto mais perto de zero, menor é essa propensão.

Com essa melhora do indicador, o percentual de micros e pequenos empresários que pretendem investir em seus negócios pelos próximos três meses não apenas aumentou, como também ultrapassou aqueles que não querem investir. Em um ano, saiu de 33% para 41% o número de empresários de menor porte que vão investir, ao passo que os pessimistas nesse sentido saíram de 53% para 37%. Os que não sabem formam 23% da amostra.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, à medida que a capacidade ociosa das empresas, ainda bastante elevada, for sendo utilizada, os indicadores de investimento deverão reagir de forma mais significativa. “Este é o momento em que muitas empresas começam a se mobilizar para as datas comemorativas, como Natal, Black Friday, Ano Novo e até mesmo o Dia das Crianças, que sempre movimentam o comércio. O desemprego continua elevado, mas vem caindo aos poucos. Outro fator positivo recente foi a pequena reação do PIB, que ao contrário das expectativas veio positivo. Para este segundo semestre, espera-se um desempenho melhor da atividade econômica, apesar dos sinais lentos de reação”, afirma Costa.

Maioria quer investir para ampliar vendas e 48% recorrem a capital próprio

Para quem vai investir pelos próximos 90 dias, a principal motivação é expandir as vendas, opção citada por 58% dos empresários consultados. Já 31% sentem necessidade de investir para atender ao aumento da demanda de clientes e 29% precisam adaptar seus negócios a uma nova tecnologia.

A aquisição de equipamentos e maquinário deverá ser o principal tipo de investimento (31%), seguida da ampliação de estoques (26%) e divulgação da empresa (21%). Há ainda 17% que farão alguma reforma em suas instalações. Já para quem não vai investir, 45% não veem necessidade no atual momento e 34% alegam o fato de o país ainda não ter se recuperado da crise. Outros 22% fizeram investimentos recentes e ainda aguardam retorno.

Indagados sobre a origem do dinheiro investido, o levantamento mostra que são poucos, contudo, os que irão recorrer a capital de terceiros, o que demonstra cautela dos empresários para se endividarem no longo prazo. Apenas 23% mencionam empréstimos em bancos e financeiras, ao passo que 48% usarão recursos de alguma reserva que possuem e 9% que venderão algum bem.

Demanda por Cré’dito avança para 24,9 pontos, mas mantém patamar modesto. Um terço dos micro e pequenos empresários considera difícil contrair cré’dito

Exemplo que confirma o comportamento cauteloso dos micro e pequenos empresários no momento de se endividar é que o Indicador de Demanda por Cré’dito se mantém moderado, apesar de uma pequena melhora em comparação ao cenário do ano passado. No último mês de agosto, o índice marcou 24,9 pontos, contra 19,5 pontos observados no mesmo mês do ano passado. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, maior é a demanda dos empresários por cré’dito.

De modo geral, em cada dez micro e pequenos empresários, sete (70%) não pretendem tomar recursos emprestados para os seus negócios, o dado é pouco menor do que os 76% verificados no mesmo período de 2018. Apenas 14% estão dispostos a contrair cré’dito no período, enquanto 16% estão indecisos.

De acordo como levantamento, o fato de conseguirem manter os negócios com recursos próprios é a principal razão para aqueles que dizem não ter a intenção de contrair cré’dito, citado por 42% das pessoas ouvidas. Há ainda os que dizem que a empresa não tem necessidade no momento (40%) e os que avaliam como alta as taxas de juros (24%). Já 13% estão inseguros com a situação econômica do país e, portanto, preferem não se comprometer com empréstimos e financiamentos.

A dificuldade de ter acesso ao cré’dito é uma barreira. Um terço (33%) dos empresários de menor porte considera difícil contratar empréstimos e financiamentos, contra 22% que avaliam o processo de modo fácil. Para os que veem dificuldade na contratação, os principais motivos são o excesso de burocracia e exigências dos bancos (67%) e as altas taxas de juros (48%). Na opinião dos entrevistados, o cré’dito via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) é o mais complicado de se obter, com 26% de menções. Em seguida aparecem os empréstimos em instituições financeiras (8%) e cré’dito com fornecedores (5%).

Já entre os que consideram a contratação algo fácil, as justificativas mais citadas são o bom relacionamento com o banco (48%), estar com as contas em dia (43%) e encontrar-se com a documentação regularizada (32%).

Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, as micro e pequenas empresas nem sempre veem no cré’dito um meio para investir por conta da percepção de que o processo pode ser demorado, burocrático e custoso. “O micro e pequeno empresariado brasileiro é culturalmente condicionado a achar que contratar cré’dito é algo restrito aos grandes empresários. É preciso avançar em políticas públicas que democratizem o cré’dito e orientem os empresários sobre o seu processo de contratação. A recente lei da criação da Empresa Simples de Cré’dito é uma medida positiva nesse sentido, ao permitir linhas altrnativas para microempreendedores locais a taxa de juros menores”, afirma Costa.

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Cré’dito e Demanda por Investimento calculados pelo Serviço de Proteção ao Cré’dito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente. Acesse a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Sesc Ler Belo Jardim realiza palestras em alusão ao “Setembro Amarelo”

Com o intuito de dar visibilidade a um tema considerado tabu na sociedade, o suicídio será abordado em duas palestras nos dias 24 e 26 deste mês, no Sesc Ler Belo Jardim e na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Ambos os momentos são gratuitos e ocorrerão às 19h. As atividades fazem parte da programação da unidade para o “Setembro Amarelo”, campanha mundial para o combate ao suicídio

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMG) apontam que uma pessoa tenta contra a própria vida a cada três segundos e a cada 40 segundos uma pessoa se suicida. “Ao realizar este tipo de atividade, abrimos espaço para o diálogo, para a interação. Mas, sobretudo, alertamos para o fato de que qualquer pessoa pode ajudar e ser ajudada com a abordagem correta”, comenta a assistente social do Sesc Ler Belo Jardim, Cristiane Santos.

O suicídio no Brasil – Os números de mortes por esta causa preocupam. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas. Mas quase um milhão de casos de óbito por suicídio são registrados no mundo por ano. No Brasil, os números chegam a 12 mil no mesmo perídio. É importante destacar que o número tende a ser ainda maior, haja vista a evidente subnotificação. Em quase sua totalidade os casos de óbito estão relacionados a transtornos mentais (depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias), muitas vezes não diagnosticados, tratados de maneira inadequada ou não tratados de forma alguma.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Palestras Setembro Amarelo

Datas: 24 e 26 de setembro

Horário: 19h

Locais: Sesc Ler Belo Jardim (Rua Pedro Leite Cavalcante, sem número – Cohab II) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) (Av. Mr José Mendonça, 344 – Centro)

Entrada: gratuita

Informações (81) 3726-1576

Artigo – A Tristeza no Anhangabaú

Ainda me lembro de que há anos, quando passava uns dias em Porto Alegre, alguns gaúchos amigos me perguntavam com frequência o que era esse tal de “Anhangabaú” de que tanto ouviam falar nos noticiários, como referência ao centro de São Paulo.

Tentei explicar de forma simplista que era um nome indígena dado a um vale que existia no centro da capital paulistana. Na realidade, “Anhangabaú” é palavra em tupi-guarani que significa “rios dos malefícios do diabo”. Os indígenas acreditavam que as águas do riacho Anhangabaú provocavam doenças físicas e espirituais.

Em quase todas as cidades há folclore, elementos que ajudam a contar a história do lugar, e o Anhangabaú não foge à regra. E foi caminhando numa tarde de segunda-feira que me deparei com uma multidão, por volta de mil pessoas, muitas deitadas no chão, outras chorando e contando histórias aos que estavam ao seu lado numa fila interminável. Muito sutilmente, procurei me aproximar de um idoso na fila, que mais parecia um morador de rua, pois estava deitado no velho e famoso “papelão de chão”, utilizado pelos moradores de rua na capital para diminuir o impacto do frio que existe entre o chão e seu corpo.

Perguntei-lhe do que se tratava a tal fila enorme, e ele, com olhar cansado, até um pouco marejado, de maneira submissa e educada me disse que era desempregado há dois anos e que aquela multidão estava ali para tentar conseguir um emprego. Era possível ver, na sua timidez social e na dos que ali estavam, o desalento, o desespero, a tristeza. Ele disse também, com um olhar de esperança, que acreditava naquele “mutirão do emprego”. Contou-me, com uma voz trêmula, que passou a noite “para pegar lugar”. Balançando minha cabeça afirmativamente, desejei-lhe boa sorte.

À medida que caminhava, pensava: Que Brasil estamos vivendo? Temos um crescimento pífio, contamos com 13 milhões de desempregados, segundo o IPEA, a escalada da desigualdade social disparou, empresários não investem, na expectativa de mudanças, o dólar sobe numa velocidade sem controle, a economia não anda e, mais, no vácuo da falta de propostas, os noticiários se enchem, dando publicidade ao rigor das Operações da Lava Jato, às prisões diárias e outras investidas policiais que parecem ser uma das pautas do governo, o que me parece justo e razoável, pois votei no presidente Bolsonaro e fui às ruas para protestar contra a corrupção, mas, entre os desfiles militares, as palavras ríspidas aos jornalistas, os conflitos internacionais em que o presidente acabou se envolvendo na defesa da soberania, nos conflitos entre poderes, entendo que o povo brasileiro perdeu o consenso político e estamos mergulhados na escuridão.

O Ministro Dias Toffoli, a quem considero uma pessoa de bom senso, em entrevista fez menção exatamente a essa questão do apaziguamento entre os poderes, do diálogo, da preservação da democracia e, acima de tudo, do Estado Democrático de Direito. Temos que partir para a geração de emprego e menos agressividade, temos que viabilizar o diálogo com todos os matizes ideológicos, e não apenas desenrolar um rol de acusações ao Congresso, vez que vivemos uma democracia representativa, que, com todas as imperfeições da democracia, ainda é melhor do que o Estado de Exceção.

Pensei no Anhangabaú, pensei nos indígenas que deram nome àquele lugar e com um olhar triste refleti: “talvez alguma tribo um dia tenha previsto que tanta tristeza habitaria ali, na procura de um sonho, de um emprego”, enfim, que se sequem as lágrimas do vale e que a esperança de um Brasil melhor faça valer a pena passar uma noite de espera no velho Anhangabaú…

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais.

Uninter disponibiliza 1,5 mil bolsas PROUNI em todo o Brasil

Pessoas que sonham em fazer uma graduação têm até o dia 30 de setembro para se inscreverem e concorrer a uma das 1,5 mil bolsas Prouni (Programa Universidade para Todos) ofertadas pelo Centro Universitário Internacional Uninter. São mais de 45 cursos disponíveis para ingresso nos polos de apoio presencial da instituição em todo o país. As bolsas são de 50% para cursos na modalidade a distância (EAD). Desde a abertura das inscrições, 2,2 mil vagas já foram preenchidas.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), podem ter acesso às bolsas brasileiros sem diploma de curso superior e que tenham participado de qualquer edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e sem ter zerado a prova de Redação.

“Todos os anos estudantes brasileiros perdem a oportunidade de ingressar no ensino superior porque pensam que para preencher as Vagas Remanescentes do Prouni deveriam ter feito o último Enem do ano letivo. Na realidade, para concorrer a essas bolsas, basta ter feito o Enem a partir de 2010 e atender aos critérios exigidos pelo MEC. A minha dica é ficar atento às datas de inscrição e separar os documentos solicitados. Alerto também para nunca deixarem para o último dia, pois a fase de comprovação tem um prazo curto e as vagas são limitadas”, orienta Ana Paula Cortes Alves, supervisora do Prouni na Uninter.

Para mais informações, acesse uninter.com/prouni ou entre em contato pelo telefone 0800 702 0500. Confira o calendário de divulgação nas redes sociais da instituição e no site do MEC http://prouniremanescentes.mec.gov.br/.

Cursos

Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Artes Visuais, Ciência Política, Ciências Contábeis, Ciências da Religião, Comércio Exterior, Comunicação Social — Publicidade e Propaganda, Direito, Educação Especial, Educação Física, Educador Social, Engenharia de Computação, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Filosofia, Geografia, Gestão Ambiental, Gestão Comercial, Gestão da Produção Industrial, Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Saúde Pública, Gestão de Segurança Privada, Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais, Gestão de Turismo, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, Gestão Pública, História, Jornalismo, Letras, Logística, Marketing, Marketing Digital, Matemática, Pedagogia, Processos Gerenciais, Psicopedagogia, Relações Internacionais, Saneamento Ambiental, Secretariado, Secretariado Executivo, Segurança Pública, Serviço Social, Sociologia, Teologia e Teologia: Doutrina Católica.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo Uninter é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com centenas de polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Mais agentes socioeducativos

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está convocando mais 22 agentes para as unidades da instituição situadas no Grande Recife e em Caruaru. A lista dos profissionais chamados está disponível no site www.funase.pe.gov.br e no Diário Oficial do Estado. A apresentação presencial, com a entrega dos documentos necessários para a contratação, segue até a próxima quarta-feira (25), das 8h às 15h, em locais que variam conforme a região de convocação.

Para Caruaru, estão sendo chamados 16 candidatos da seleção simplificada realizada para o município. Esse grupo deve comparecer ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), que fica na Estrada Carroçável, Sítio Lagoa dos Porcos, Boa Vista II, na zona rural.

O não comparecimento será considerado desistência. A lista de documentos necessários para a contratação está disponível no site da Funase. Após essa fase, os novos agentes socioeducativos passarão por um processo de capacitação introdutória e, então, poderão começar a atuar nas unidades socioeducativas. Mais informações: (81) 3719-9433 e 3719-9432.

Tudo pronto para o JEMC 2019

Com o objetivo de fortalecer os princípios que norteiam o esporte escolar, contribuindo ainda para integração social entre alunos e professores, os XVIII Jogos Escolares de Caruaru (JEMC 2019) terá o seu pontapé inicial dado nesta quarta-feira (25), no Sesc Caruaru. Principal competição esportiva da comunidade escolar local, o evento se estenderá, neste ano, até o dia 15 de novembro, reunindo estudantes atletas das redes privada e pública de ensino nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Ao todo, 101 instituições educacionais estarão participando dos Jogos, que contará com competições nas modalidades de futsal, futebol de campo, basquete, handebol, voleibol, bocha paralímpica e xadrez, além de tênis de mesa, natação, caratê,
judô, badminton, atletismo e vôlei de praia.

De acordo com o gerente de Esportes Educacionais, Alexandre Barbosa, ao todo, 5.313 alunos atletas estarão participando do evento, sendo 3.664 nas modalidades coletivas e 1.649 nas individuais. Os vencedores receberão medalhas.

Boa Vista: Demanda por Crédito do Consumidor avançou 5,4% em agosto

A Demanda por Crédito do Consumidor avançou 5,4% em agosto na comparação com julho, já descontadas as influências sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. Na comparação com agosto de 2018, o indicador subiu 7,2%. Já no acumulado em 12 meses, registrou alta de 4,5%. Considerando os segmentos que compõem o indicador, o Financeiro apresentou elevação de 5,9% no mês. O segmento Não Financeiro, por sua vez, avançou 5% na mesma base de comparação.

A trajetória do indicador acumulado em 12 meses mostra que a demanda por crédito vem crescendo apenas gradualmente, refletindo ainda o fraco crescimento da economia e o mercado de trabalho fragilizado por elevadas taxas de desocupação e subutilização da mão de obra.

A frustração com a recuperação da economia e o aumento do endividamento e do comprometimento de renda parecem levar a um comportamento ainda cauteloso dos consumidores, afetando, com isto, a demanda por crédito

Em agosto, contudo, o indicador registrou uma alta significativa após três meses consecutivos de queda, o que já pode ser reflexo da disponibilização dos recursos do FGTS, os quais poderão ser utilizados tanto para o pagamento ou renegociação de dívidas quanto para a retomada de projetos adiados de consumo.

Metodologia

O indicador de Demanda do Consumidor por Crédito é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF à base de dados da Boa Vista por empresas. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

Municípios do Agreste fazem Dia D contra o sarampo neste sábado (21.09)

Neste sábado (21.09), 31 municípios do Agreste que englobam a IV Gerência Regional de Saúde (Geres), com sede em Caruaru, realizam um Dia D de vacinação contra o sarampo. A ação é voltada para atualização da caderneta de imunização (1º ou 2º dose) do público entre 6 meses e 4 anos. A iniciativa foi motivada por essa ser a Geres do Estado com o maior número de casos notificados de sarampo (345) e de confirmados (12). Mais de 10 mil doses extras foram dispensadas apenas nesta semana para auxiliar no Dia D. Ao todo, mais de 152 mil doses da tríplice viral foram encaminhadas para a região desde janeiro. É importante que a população verifique com a gestão municipal os locais onde será ofertada a vacinação.

“Esta mobilização no Agreste busca convocar os pais e responsáveis a levarem as crianças de 6 meses a 4 anos para serem imunizadas. Estamos seguindo as recomendações do Ministério da Saúde para proteger, prioritariamente, esse público, que tem mais possibilidade de ter um quadro grave e até mesmo chegar a óbito. No início do mês, Taquaritinga do Norte fez uma grande mobilização em um sábado, e agora estamos apoiando os demais municípios da IV Geres a também ofertarem mais essa possibilidade da população ter os postos de saúde abertos, além de pontos volantes, para recebê-los”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário de Saúde lembra que em outubro o país fará uma campanha de vacinação contra o sarampo para esse público, que também terá um Dia D com adesão das demais Geres do Estado. “Mas quanto antes vacinarmos nossas crianças, mais rápidos elas estarão protegidas e afastamos o risco de adoecimento”, frisa o gestor. Já em novembro, a ação focará em adultos jovens de 20 a 29 anos.

Até o momento, Pernambuco confirmou 15 casos de sarampo, sendo 3 no Recife, 3 em Caruaru, 1 em Frei Miguelinho, 1 em Santa Cruz do Capibaribe, 1 em Vertentes e 6 em Taquaritinga do Norte (incluso 1 óbito). Nessa última cidade, não haverá Dia D neste sábado, já que a gestão municipal antecipou a ação para o último dia 7.09, com mais de 2,1 mil vacinados.

Municípios da IV Geres que participam do Dia D: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim , Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Felix, Caruaru, Cupira, Frei Miguelinho, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Jurema, Panelas, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Uma, São Caetano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó, Toritama, Vertentes.

SARAMPO EM PERNAMBUCO
Casos notificados: 673
Casos confirmados: 15
Casos descartados: 98
Vacinas distribuídas: 756 mil doses para todo o Estado

Foto: Miva Filho

Parceria da SES-PE e GAC capacitará profissionais sobre câncer infantojuvenil

Principal causa de morte por doença entre crianças e jovens de 01 a 19 anos no Brasil, alcançando a marca de cerca de 3 mil óbitos por ano, o câncer infantojuvenil é uma enfermidade que vem preocupando cada vez mais os especialistas. Em 2015, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 286 novos casos nas unidades pernambucanas especializadas. Pensando em qualificar o atendimento para garantir o diagnóstico precoce da doença, a SES lançou, nesta sexta-feira (20.09), na sede do órgão, no Bongi, a versão estadual do “Fique Atento! Pode ser câncer”, uma parceria com o Grupo de Ajuda à Criança Carente de Pernambuco (GAC-PE). O projeto capacitará profissionais de todo o Estado sobre a área.

O principal objetivo é que, até o fim deste ano, profissionais que atuam na atenção primária de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) passem por treinamentos, sendo orientados por gestores e especialistas sobre os principais sinais e sintomas dos diversos tipos de câncer infantojuvenil. As capacitações, ministradas por meio de videoconferência para todo o Estado, serão articuladas pela Tele-Educação do Núcleo de Telessaúde da SES-PE, a Superintendência de Atenção Primária e a Gerência de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES.

“É essencial expandir o conhecimento técnico para profissionais que atual no nível da atenção primária dos municípios, porta de entrada desses pacientes. Nosso objetivo é garantir a capilarização desse conhecimento, o que pode fazer grande diferença e nos ajudar a melhorar os indicadores do câncer infantojuvenil no Estado”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo, durante a solenidade de lançamento.

De acordo com levantamento do Inca, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos pelo câncer podem ser curados se o diagnóstico for precoce e o tratamento for realizado em centros especializados. “Nós estamos nessa batalha para tentar reduzir o índice de óbito das nossas crianças, porque, infelizmente elas ainda chegam aos hospitais com a doença em estágio avançado. Por isso, trabalhar para garantir esse diagnóstico diferencial é muito importante”, destaca a oncologista pediátrica e presidente do GAC-PE, Vera Morais, que fez a apresentação do projeto para o público presente.

O evento contou, ainda, com outras apresentações sobre o projeto, como a da coordenadora do Comitê de Ética e Pesquisa do Huoc/Procape, Magaly Bushatsky, que ministrou palestra sobre o aplicativo “Fique Atento!”. O lançamento do projeto para a rede estadual faz parte das atividades em prol do Setembro Dourado, movimento nacional que busca conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer em crianças e adolescentes. “Os familiares devem ficar atentos aos principais sintomas, como febre persistente, caroços, dores ósseas, vômitos e sangramentos”, pontua a presidente do GAC-PE.

A ENTIDADE – Criado em 1997, o GAC-PE assiste, por dia, uma média de 70 pacientes ambulatoriais e 24 em situação de internamento. Todos realizam tratamento no Centro de OncoHematologia Pediátrica (CEONHPE) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc). Além das ações com foco na assistência social, a entidade desenvolve projetos específicos de prevenção e humanização do tratamento.

Foto: Miva Filho

Envelhecimento de cerca de 11% da população brasileira até 2030 requer novas atitudes

Real People

Segundo dados do IBGE, a média de expectativa de vida no Brasil em 1999 era de 68 anos e, em 2010, chegou a 73 anos, mas agora a previsão é ultrapassarmos essa perspectiva em 2020. De fato, dados da pesquisa “Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2018”, mostra que a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26% entre 2012 e 2018, ao passo que o grupo de até 13 anos recuou de 6%. Desta forma, temos um latente envelhecimento com um volume cada vez mais crescente de idosos do que jovens e, com isso, o país encara um desafio com a qual nunca se defrontou antes: a desigualdade do aumento e envelhecimento do cidadão brasileiro, com 212 milhões de habitantes, que cresce até 2045, frente uma juventude que sempre foi a maioria da população. “Existem duas forma de envelhecer. Você pode envelhecer com saúde ou você pode envelhecer doente. Então, cada dia que passa, estamos ficando mais velhos e mais doentes. E o ideal é programar a nossa velhice com saúde, através de uma análise metabólica para que tenhamos no futuro mais qualidade de vida. E isso passa por várias questões como alimentação, sono, suplementação, dietas, práticas de exercícios físicos, mobilidade e habitação”, destaca a Dra Carina Brito, especialista em mastologia e longevidade.

E, a preocupação é de fato importante uma vez que o cenário atual mostra um índice cada vez maior da população de idosos que chega hoje a 7,8% da população é de idosos. Além disso, dados já apontam que este público passará por incremento de 11,4% em 2030, crescimento que traz várias implicações importantes como destaca também o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil): 85% da população com 50 anos ou mais vivem em áreas urbanas e relatos desse índice enfatiza que 43% tem medo de cair na rua, assim como em meio à rotina cada vez mais agitada do dia a dia as possibilidades de quedas e acidentes em casa é uma realidade. “Aumentar a longevidade é uma ação que deve ser desenvolvida com apoio médico para prevenir doenças da idade, inflamatórias e doenças crônicas, que podem comprometer a qualidade de vida das pessoas. Isso significa não esperar que essas doenças sejam desencadeadas ou sintomas aparecerem para poder tratar o paciente. A perspectiva é observamos o paciente como um todo para desenvolver rotinas e promover melhor a saúde durante esse processo de envelhecimento, de acordo com a vida dele”, enfatiza.

Por isso, as pessoas não conseguem normalmente praticar coisas básicas, de acordo com a médica, que podem ajudar a ter uma vida melhor, como comer bem, dormir bem, praticar atividade física e controlar o estresse. Isso explica ainda o motivo das pessoas estarem tão estressadas nos dias atuais, uma questão que começa a acelerar o metabolismo e fazer com que fique mais velha mais cedo. Ou seja, a idade cronológica é uma, porém biologicamente você fica velho. Com esse envelhecimento da população e do aumento da expectativa de vida, a arquitetura dirige seu olhar para essa fatia da sociedade que requer cuidados e atenção diferenciada. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde, essa terceira idade é a fase da vida que começa aos 60 anos nos países em desenvolvimento e aos 65 anos nos países desenvolvidos. Por isso, é importante pensar na promoção de ambiente que promovam inclusão. Afinal, uma boa arquitetura é aquela pautada para acolher quem nela mora, assim como os espaços externos e públicos não podem se omitir quanto à acessibilidade, que é fundamental nos dias de hoje”, comenta o consultor e arquiteto Anderson Aragão, especialista em Acessibilidade, Planejamento de Transportes e Desenvolvimento Urbano.

Os ambientes não só devem ter ênfase no conforto ambiental e na estética como deve ter esse olha de acolhimento e cuidados à saúde, para estimular um lugar na qual a pessoa se sinta a vontade em sua convivência diária e despreocupada com impactos à sua saúde. “O mercado oferece cada vez mais produtos de bom gosto e qualidade com excelente custo/benefício que são desenvolvidos com o propósito de proporcionar aos profissionais a capacidade de criar projetos que visem às necessidades de pessoas que tem problemas de mobilidade e aos idosos. Com isso, a arquitetura pode oferecer melhor qualidade de vida”, diz. De fato, a partir da instituição da Lei n° 10.098, de 2000, conhecida como Lei da Acessibilidade, que estabelece normas gerais, para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, surgiram orientações que contribuem com a construção de projetos de comerciais e residenciais adequados para as novas realidades.

É possível assim desenvolver inclusive os projetos preventivos, que sejam moldadas com estruturas adaptadas para atender o envelhecimento da população, como a inclusão de rampa, corrimão, guarda-corpo e piso tátil, por exemplo. “Quem está nessa faixa etária ou sofre com mobilidade precisam de ambientes nas quais se encontrem mais seguros, que apresentem menor possibilidade de quedas e acidentes e que possam lhe proporcionar maior qualidade de vida. E são elementos fundamentais que se voltam desde ao formato das portas, altura das bancadas e a estrutura de iluminação dos ambientes, sejam residenciais ou comerciais”, completa Aragão. Projetos adaptadas para ambientes seguros devem, desta forma, prever portas largas para ajudar na entrada nos ambientes por cadeirantes ou outros objetos como bengalas, andadores ou muletas. Em virtude de problemas de vistas e ainda de memória, torna-se muito importante a instalação de sensores de presença de iluminação.

Tapetes antiderrapantes são fundamentais para evitar que se escorregões e acidentes, em espaços específicos, pois seu uso em todos os cômodos não é recomendado. O mobiliário deve ter arredondados para evitar que as pessoas se machuquem ao esbarrarem nos móveis. Pensar na disposição dos objetos na cozinha são ainda um detalhe essencial pois os armários e as bancadas precisam ter altura adaptada, altura entre 80 a 95 cm, facilitando a visualização e manuseio dos objetos. E por último, porém, não menos importante, temos a questão do banheiro que tem que se apresentar barras de apoio, banquinhos dentro do box e ainda fitas incolores antiderrapantes para reduzir acidades em pontos em contato com água. Além disso, a porta deve abrir para fora. “Todos esses detalhes tornam o ambiente adequada para um público que requer um cuidado extremamente relevante, uma vez que a mudança desse processo de acessibilidade é uma realidade sem volta no trabalho de arquitetura”, enfatiza Anderson Aragão.