Com economia desfavorável, brasileiro muda hábitos de consumo

Diante de um cenário econômico desfavorável, boa parte das famílias passou a administrar melhor o orçamento e, consequentemente, criar uma relação mais saudável com o dinheiro. É o que aponta um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). De acordo com o estudo, oito em cada dez (79%) brasileiros mudaram seus hábitos no dia a dia e entre as medidas adotadas, destaca-se a pesquisa de preços (59%) antes da aquisição de algum produto — percentual que chega a 68% nas classes A e B.

Além disso, 56% passaram a limitar gastos com lazer e 55% a controlar despesas pessoais. O aperto financeiro também fez com que muitas pessoas encontrassem alternativas para economizar. Mais da metade (54%) dos entrevistados procurou reduzir o consumo de luz, água e telefone, de olho no valor da conta. Outros 53% passaram a ficar atentos às promoções em busca de preços menores, enquanto 46% substituíram produtos por marcas similares mais baratas e 42% admitem ter incorporado em sua rotina a prática de pechinchar.

Na avaliação da Economista-Chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados mostram que o consumidor está mais consciente da importância de controlar as despesas mais de perto. “A situação econômica desfavorável acabou deixando uma lição para a maioria dos brasileiros que perceberam o quanto é fundamental ter uma vida financeira mais controlada. Pesquisar preços, repensar gastos, avaliar se realmente é necessário adquirir um determinado produto ou mesmo o simples fato de pedir desconto nas compras são atitudes que contribuem para uma gestão eficiente do orçamento e evitam ficar no vermelho”, orienta a economista.

As mudanças no padrão de vida para driblar os momentos de dificuldades acabaram causando impactos emocionais nos brasileiros, que viram seu poder de compra ser afetado. Para 32% dos entrevistados, a vontade de ter algo e não poder tem provocado uma sensação de impotência. Já 26% mostram-se constrangidos por não conseguir dar à família o que deseja e 25% demonstram frustração por deixar de comprar certos produtos que gostam. Em contrapartida, uma parcela considerável (37%) se diz satisfeita por manter, ao menos, os gastos essenciais e outra aliviada (33%) por não estourar o orçamento.

Mesmo que retomada da economia se consolide em 2019, maioria dos consumidores pretende manter práticas financeiras adotadas na crise

O levantamento quis saber ainda se o novo comportamento dos brasileiros deve se manter diante das perspectivas de recuperação da economia. Considerando um cenário mais favorável para 2019, com a retomada dos empregos e o acesso ao crédito, os dados indicam que a maioria pretende continuar com os mesmos hábitos adquiridos na crise. O principal item apontado é a economia de luz, água e telefone, mencionado por 71% dos entrevistados.

Entre outras práticas citadas estão a troca de produtos por outros de marca mais em conta (68%), atenção às promoções para obter menor preço (67%) e até cortar ou reduzir o valor pago com serviços por assinatura (65%) — TV ou internet, por exemplo. Há ainda aqueles dispostos a aumentar a frequência com que poupam, de pelo menos parte dos rendimentos (47%), e pechinchar ou pedir desconto nas compras (33%).

Por outro lado, parte dos entrevistados reconhece que pode vir a deixar de lado atitudes adquiridas com a crise, tão logo a situação volte a melhorar, como reduzir gastos com lazer (16%), evitar parcelamentos muito longos (15%) e resistir a itens de alimentação supérfluos (11%). A razão mais citada para esse comportamento é o fato de retomar o estilo de vida que se tinha nos momentos de bonança da economia (42%). A preferência por boas marcas, mesmo sendo mais caras (27%), aparece como segundo motivo e, em seguida, vem a dificuldade em manter uma vida financeira regrada (23%).

“Bons hábitos de educação financeira costumam ser encarados como restrições a experiências positivas de consumo. Mas ter um orçamento planejado e controlado acaba viabilizando objetivos importantes na vida das pessoas. Deixar de comprar aquele par de tênis da moda, por exemplo, ajudar na compra do material escolar. Além disso, uma boa gestão do orçamento também prepara qualquer um para eventuais imprevistos que surjam. Cuidar bem das finanças evita o estresse que costuma vir junto com o endividamento ou o aperto financeiro”, ressalta o Chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central, Luis Mansur.

Metodologia

A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). A amostra de 804 casos contempla as 27 capitais, pessoas acima de 18 anos, todas as classes sociais e ambos os gêneros. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

Shoppings, centros comerciais e condomínios de lojas voltaram a crescer

O setor de comércio em centros de compras, conjuntos comerciais e shopping centers cresceu 12,1% em 2018 quando comparado ao ano anterior, segundo dados mais recentes do Empresômetro, empresa brasileira de inteligência de mercado.

“Esse crescimento pode parecer pequeno, mas esses centros movimentam a economia gerando empregos e arrecadação”, explica o diretor do Empresômetro, Otávio Amaral.

O que era sinônimo de ambiente de compras de luxo e caro, hoje atende a toda a população com o mesmo conforto e facilidade. “Mesmo pequenos centros comerciais oferecem uma experiência melhor na hora compra, estacionamento, local para alimentação e variedade de produtos e marcas que atraem o público, seja de qual classe for”, acrescenta Amaral.

De acordo com os dados do Empresômetro, mais de 1700 empreendimentos relacionados a esse setor estão em atividade hoje, entre shopping, conjuntos e centros que estão com preços mais competitivos e buscam angariar cada vez mais clientes.

É um motivo de comemoração, pois era um mercado em retração, levando-se em conta que, em apenas três anos, houve queda de 45% na abertura desses negócios, entre 2015 e 2017.

Mudança de hábitos

“O amadurecimento dos hábitos de consumo e uma expectativa de melhora fortaleceram o setor, que pode vir a crescer ainda mais a partir desse ano, mas tudo depende do bom andamento das políticas econômicas do país”, esclarece o diretor do Empresômetro.

Mas é preciso saber orientar o investimento, pois nem todos os empreendimentos sobrevivem anos de crise ou até mesmo mudanças de hábitos de consumo. Ainda, segundo o Empresômetro, mais de 300 estabelecimentos do tipo foram fechados no país.

Abaixo o ranking dos Estados com o maior número de empresas do segmento que, sem surpresas, tem como a maior concentração o estado de São Paulo:

São Paulo – 326

Rio de Janeiro – 250

Minas Gerais – 242

Paraná – 113

Rio Grande do Sul – 106

Oficinas sobre uso de Facebook e Instagram

Duas oficinas estão sendo oferecidas pelo Sebrae/PE, em Caruaru, para mostrar a importância da presença on-line e para despertar nos empreendedores a necessidade de estarem conectados ao seu público por meio de redes sociais. A primeira é Como Aumentar Suas Vendas com o Uso do Instagram, que será realizada no dia 12 de fevereiro18h às 22h. A segunda é Facebook Business, que acontecerá no dia 21 de fevereiro das 19h às 22h. As duas serão ministradas na sede do Sebrae em Caruaru no bairro Indianópolis e têm investimento de R$ 20,00 (vinte reais) cada uma. A inscrição pode ser feita no portal https://loja.pe.sebrae.com.br/loja/filtrarEventos.

Existem 4,19 bilhões de usuários da Internet em 2019, um aumento de 366 milhões (9%) desde janeiro de 2018. Os dados são da We Are Social e da Hootsuite que divulgaram o Relatório Digital Global 2019. Relatório aponta, também, que no ano passado o uso de mídia social subiu quase 9% para quase 3,5 bilhões de pessoas. Quase um quarto dos usuários disseram que usaram as mídias sociais para o trabalho no último mês. São números que reforçam que os empreendedores não podem ignorar o ambiente virtual para fortalecer sua marca e fazer negócios.

Nas duas oficinas, os participantes vão conhecer os recursos do instagram e do facebook para promover a empresa, garantindo presença no mundo virtual, visando ao desenvolvimento no negócio. Amanda Ferreira, analista do Sebrae, reforça que o empreendedor precisar estar próximo ao cliente: “Para as micro e pequenas empresas, as mídias sociais são de grande importância, abrem portas para novas oportunidades de negócios. Com um número cada vez maior de pessoas conectadas, é fundamental está onde o cliente está”.

SERVIÇO

Oficina Como aumentar suas vendas com o uso do Instagram – 12 de fevereiro – 18h às 22h. Local: Sebrae. Rua Adjar da Silva Casé, 277. Indianópolis.

https://loja.pe.sebrae.com.br/loja/evento/10105714

Oficina Facebook Business – 21 de fevereiro – 19h às 22h. Local: Sebrae. Rua Adjar da Silva Casé, 277. Indianópolis. https://loja.pe.sebrae.com.br/loja/evento/10105790

Informações no Sebrae Caruaru – 21038400

Exposição de artesanato da Funase ganha nova temporada em shopping

A partir desta terça-feira (5), peças de artesanato produzidas por socioeducandos da Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), terão mais uma temporada de exposição na Feira Livre Cultural do Caruaru Shopping. Pufes com materiais recicláveis, mesas e itens decorativos são alguns objetos disponíveis para venda. A mostra, que seguirá até o próximo dia 17, é uma parceria entre a unidade da Funase e a direção do centro de compras.

O espaço ficará à disposição do público das 10h às 22h. Os preços das peças variam de R$ 2 a R$ 250. Para confeccioná-las, foram usados materiais que seriam descartados na natureza, o que fez com que, além de trabalhar técnicas de artesanato, os socioeducandos colaborassem com a preservação do meio ambiente. Os produtos foram fabricados durante oficinas de arte realizadas na Casem Caruaru. Em dezembro, a Funase já havia realizado outra exposição no mesmo shopping, com foco em artigos natalinos. Em janeiro, teve início esse novo formato de mostra, que acontecerá na primeira semana de cada mês, até junho.

Ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ), a Funase vem apostando na realização de atividades artísticas e lúdicas como ferramenta para a socioeducação. “Atividades com esse viés têm um potencial muito significativo para a reinserção social desses adolescentes, além de contribuírem para uma cultura de paz nos ambientes onde eles cumprem a medida socioeducativa”, avalia o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.

Para a coordenadora geral da Casem Caruaru, Anabel Brandão, o acontecimento da exposição consolida a vocação da unidade da Funase para a prática de oficinas criativas. “Temos fortalecido e dado prioridade a aspectos que levem o jovem que cumpre medida socioeducativa a ter toda possibilidade de sair da Funase com uma carga de conhecimento positiva e, inclusive, ter condições de se inserir no mercado de trabalho. As técnicas ensinadas nas oficinas servem não apenas para a criação dos produtos que estão sendo expostos, mas também para ajudar os socioeducandos no aprendizado de algo que permita a geração de renda”, destaca.

SERVIÇO

Feira Livre Cultural com artesanato produzido por adolescentes da Funase

Data: de 5 a 17 de fevereiro de 2019

Horário: das 10h às 22h

Local: Caruaru Shopping – Rua Adjar da Silva Casé, 800 – Indianópolis, Caruaru-PE

Imagem: Divulgação/Funase

Artigo – Como dar o próximo passo na carreira?

Por Mylena Cuenca

A maioria das pessoas dedica as primeiras semanas no ano para elencar suas resoluções de ano novo e focar em suas expectativas e metas para esse novo ciclo. A carreira costuma estar entre um dos maiores objetivos, e quando bem planejado, mudar de emprego é uma meta alcançável. Para ajudar os profissionais que já decidiram crescer profissionalmente em 2019 preparei um passo a passo para quem deseja se recolocar no mercado.

#1 Objetivo: Por que você pretende mudar de emprego? Qual seu objetivo e suas perspectivas? O objetivo deve estar claro para você mesmo. O profissional precisa entender onde ele pretender chegar profissionalmente, no curto, médio e longo prazo. Para ter clareza do objetivo profissional a pessoa deve conhecer suas habilidades, competências técnicas e também seus pontos de melhoria. O autoconhecimento e o feedback de mentores e líderes são excelentes ferramentas nessa primeira etapa. Quando você conhece seus potencias de carreira fica muito mais fácil escolher um caminho para seguir. Escrever esse objetivo é importante para manter o foco e entender o porquê esse novo desafio te trará felicidade e realização profissional.

#2 Currículo: Atualize seu currículo, tanto o off-line quanto o currículo online. Agora que você já sabe onde quer chegar, construa seu currículo com suas habilidades e competências que estejam linhadas com o seu objetivo. Dedique tempo a essa atividade, peça ajuda e aconselhamento, o mais importante é ser assertivo. Quando mais dedicação você empregar nessa fase, menos terá que voltar a essa tarefa com o passar dos meses. (HIPERLINK)

#3 Liste as empresas onde você deseja trabalhar: Estar alinhado com a cultura organizacional e compartilhar dos valores empresariais é uma receita indispensável para ser feliz no trabalho. Por isso, liste as empresas que são o seu “sonho de consumo profissional”. Defina o tipo de empresa onde você quer trabalhar, culturas mais agressivas direcionadas para metas e resultados, porém, com um crescimento mais acelerado. Ou empresas mais colaborativas e inovadoras, com áreas de descompressão e ambientes inspiradores. Estude sobre esses ambientes de trabalho, sobre o propósito empresarial, converse com pessoas que trabalham nesses lugares ou conheça cultura corporativa através do site , por exemplo. Se você não se identificar com a empresa não adianta investir tempo e energia para trabalhar nela.

#4 Atualização profissional: Agora que você já conhece seus objetivos profissionais e o perfil de empresas que gostaria de trabalhar, invista tempo na sua atualização profissional. Provavelmente passando pelas etapas acima você reconheceu alguns gaps da sua carreira. Pode ser um curso de idiomas, uma habilidade técnica não desenvolvida, habilidades comportamentais, como a de liderança, por exemplo, entre outros. Essa é uma etapa de médio e longo prazo porque exige estudo e tempo, uma vez identificada comece a desenvolver essa atualização, não espere ser chamado para uma posição ou ser cobrado, seja proativo. Isso também se aplica à reciclagem do conhecimento, a se manter atualizado sobre seu mercado de atuação, e a acompanhar novas tecnologias que impactam o dia a dia do seu trabalho. Essa etapa é muito importante principalmente para quando você estiver na etapa de entrevista presencial.

#5 Networking: Criar e cultivar redes de relacionamento provavelmente é a melhor maneira de se recolocar no mercado de trabalho. Se o que você deseja em 2019 é um emprego, saiba que provavelmente essa oportunidade surgirá dentro da sua rede de relacionamentos. Quanto mais ativo você for melhor, fale para as pessoas sobre seus objetivos e interesses, mostre seus potencias de carreira, compartilhe artigos, faça parte de grupos para discussões diversas. Não tenha receio de adicionar aos seus contatos headhunters ou profissionais de RH, essa é uma forma de mostrar que você está aberto a novas oportunidades. Lembre-se, quem não é visto não é lembrado, por isso, seja ativo na sua rede profissional. Quer mais dicas de como esquentar a rede, confira o artigo: (HIPERLINK)

#6 Entrevista: Se você seguiu as dicas anteriores mais cedo ou mais tarde vai ser convidado para entrevistas e processos seletivos. E nessa fase, prepare-se para entrevistas. Estude a empresa e a vaga, chegue preparado para uma conversa sobre sua carreira. Transmita segurança, boa energia e interesse na vaga. Mantenha a conversa cordial e animada, mas sem o uso de gírias e tomando cuidado com a comunicação informal. Lembre-se que o seu corpo também se comunica e a sua postura e atitude podem negar ou afirmar aquilo que você está dizendo.

#7 Persistência e foco: Não desanime, é possível que sua recolocação não aconteça na primeira entrevista que você fizer. Entenda que não existe o candidato certo e errado, e sim aquele que melhor se encaixa na vaga naquele momento. Portanto, peça feedback aos recrutadores, aprenda com seus deslizes, continue investindo no seu desenvolvimento profissional e entenda que quanto mais você se dedica ao seu objetivo, mais portas irão se abrir na sua jornada. Entenda que todo profissional bem sucedido na carreira também já recebeu muitos nãos no passado e, tudo bem, faz parte. Tudo no seu tempo.

Mylena Cuenca é headhunter na Trend Recruitment e formada em administração de empresas pela Universidade presbiteriana Mackenzie.

Reinventar-se em diversos contextos é demanda do mercado de trabalho

“Tudo que deu certo no passado, pode não dar mais certo nos dias de hoje. Se não tivermos a capacidade de se reinventar, resetar e buscar o novo, nós iremos viver das conquistas do passado. E essa é a grande dificuldade que temos no mercado, dificuldade de se reinventar e ter os jovens profissionais chegando em um mercado que requer uma preparação que não está se tendo no processo de educação. Precisamos assim ajudar o jovem e o mercado a estar mais preparado para as novas realidades, inclusive nas novas habilidades que são essências hoje, as chamadas soft skill, como adaptabilidade, criatividade e colaboração. Por isso, dizemos que se contrata o profissional pela área técnica, mas demite-se pelo comportamental”, destacou a executiva Paula Carneiro Leão, criadora do Programa PEDAL (programa de desenvolvimento comportamental), na última quarta (dia 30), durante o painel “Novo Profissional do Novo Mercado”, na Faculdade Egas Moniz, evento promovido com diversos nomes da administração, gestão de negócios e empreendedorismo para discutir o mercado do futuro e o perfil profissional para este cenário.

De acordo com a especialista em desenvolvimento de talentosos para o mercado, selecionar os jovens para as vagas não é o problema, mas fazer com que eles se interessem em continuar é outra questão porque essa nova geração quer trabalhar com o brilho no olho, sem se frustrar no empreendimento, no negócio, no mercado.

“Ajudar a formar uma geração a se reinventar e ter uma nova percepção do mundo ao redor é um dos nossos gargalos, que passa pela questão da educação. Afinal, o comportamento do consumidor mudou, mas a educação não mudou. E enquanto não mudarmos a cultura da nossa geração, não conseguiremos evoluir em alguns processos no mercado de trabalho. Por isso, é louvável as escolas e as faculdades que ousam fazer uma educação diferente, uma educação em que o aluno não seja um robô”, completa.

A executiva ponderou que o impacto das novas tecnologias e da inovação exige uma criatividade que é uma das maiores demandas que temos no mercado, uma criatividade que todo mundo tem, porém, mão é exercitada, em um bate-papo com estudantes, recém-formados, profissionais, empresários, empreendedores e consultores.

Para discutir as novas competências e habilidades para o futuro profissional no mercado de trabalho na modernidade, nas áreas de administração, recursos humanos e ciências contábeis, participaram ainda do evento estudantes e profissionais pernambucanos na sede da instituição de ensino superior. Contribuíram com este painel a empresária Delma Soares, executiva da Nutrihouse Refeições Corporativas, empresa com 30 anos de atuação no ramo de refeições coletivas/ industriais com atuação em diversos estados do país; o presidente do Conselho Regional de Contabilidade, José Gonçalves Campos Filho, sócio e diretor presidente da Campos & Garcia Consultores e Contadores; e a administradora Juliana Carvalho, gerente de Recursos Humanos no Grupo Nutrihouse.

Com apresentação do fundador do Papo de universitário, Marcos Strider (foto), psicólogo cognitivo Comportamental e idealizador MindProFit, os participantes do encontro puderem entender o novo contexto dos negócios empresariais, do mercado de trabalho na área de gestão e as habilidades e competências que são exigidos pelos profissionais, em especial de administração e ciências contábeis, que é um dos vinte cursos mais procurados nos dias de hoje.
“Essa discussão é importante, pois todos os mercados estão precisando se reinventar e o novo exige um recomeço, uma reaprendizagem. E para isso é importante ressignificar os profissionais, pois está tudo mudando muito rápido. Vimos isso acontecer com o vídeo cassete e com os tele-taxis”, comenta o empreendedor Marcos Strider.

E é, desta forma, que o painel, que é o primeiro de uma série de encontros, pretende aproximar estudantes e profissionais de áreas de atuação da instituição com a realidade do mercado e com os cenários que se aproximam que estão pautados nas tecnologias e em inovações disruptivas.

“Atuar em um cenário diverso exige competências que vão além daquelas que são específicas de cada área. Em outras palavras, os profissionais precisam ter a habilidade para trabalhar colaborativamente com outras áreas. O que para muitos que já estão no mercado tem sido uma grande dificuldade. Neste sentido, a formação interdisciplinar visa formar profissionais que não tenham a complexidade da realidade como uma barreira, mas sim como uma oportunidade. É esta realidade tecnológica e com forte inovação que torna certo o amplo leque de oportunidades à disposição dos profissionais, mas não de todos, apenas daqueles que em seu processo de formação, e aqui coloco formação de forma ampla – formal e não formal – com modelos interdisciplinares que os desafiaram a enxergar oportunidades em contextos diversos e complexos”, comenta o administrador de empresas e consultor Albert Einstein da Silva da Pratticca Consultoria, que também atua como coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Faculdade Egas Moniz.

Por: Ivelise Buarque

Agências buscam novos modelos para atender PMEs e startups

Responsáveis por mais de um quarto da economia brasileira – segundo dados do Sebrae –, as PMEs finalmente encontram agências de marketing desenhadas para atender suas especificidades. Embaladas pelo meio digital e com modelos capazes de atender um grande volume de clientes, essas empresas oferecem serviços que antes eram quase exclusivos a companhias que podiam desembolsar fees mensais na casa dos cinco dígitos.

A mudança de paradigma aconteceu em paralelo ao surgimento das startups. “As agências se inspiraram no formato inovador, enxuto e moderno desse nicho, que também precisa de serviços de comunicação, e buscaram novas maneiras de fazer negócios tradicionais, de uma forma mais barata e desenhada para esse público”, avalia Michel Bekhor, fundador da assessoria de imprensa Press Works (www.pressworks.com.br).

Fundada em 2012, a Press Works lançou a possibilidade da divulgação à mídia de pequenos empresários e empreendedores que podem contratar um serviço único. “Isso nos permitiu atingir um grande número de clientes que não tinham necessidade de uma assessoria fixa, mas sim de um trabalho pontual”, aponta Michel.

Em geral, as agências que atendem esse mercado apostam em atendimento remoto, para baratear o serviço e ter um maior alcance. Saem as constantes reuniões físicas entre a empresa e os clientes e entra uma relação mais dinâmica, baseada em canais digitais. Da mesma forma, a organização da equipe também se reconfigura: é raro encontrar profissionais responsáveis por poucas contas. No lugar disso, há um atendimento geral de centenas de contratantes.

A partir desse arranjo, elas se tornaram mais atrativas em comparação aos freelancers que trabalhavam de forma autônoma para atender PMEs. Ainda que estes profissionais fossem capazes de desempenhar a tarefa de forma competente, agências mais estruturadas criaram uma base para a evolução do marketing no mercado de pequenas empresas.

No caso da Press Works, a assessoria de imprensa passou a mirar cada vez mais estratégias omnichannel, que incluem a divulgação na mídia com outros benefícios, como link building. Da mesma forma, outras agências se voltaram em áreas diversas do marketing para PMEs. A Webfoco, por exemplo, trabalha com direcionamento para publicidade digital e é parceira do Google, enquanto a WP SEO Boost se especializa em melhorar o rankeamento dos clientes em buscadores online.

“O meio digital é o suporte principal para atuação dessas agências e também onde miram seus esforços”, diz Michel. “É um novo cenário benéfico especialmente para os clientes, que mesmo com orçamento limitado agora conseguem acessar serviços de marketing que antes eram exclusivos a grandes nomes”, afirma.

Sobre a Press Works

Assessoria de imprensa voltada para PMEs e startups. Fundada em 2012, a Press Works oferece serviços de assessoria de imprensa, link building, marketing de conteúdo e mídias sociais num modelo sob demanda, acessível mesmo para clientes com orçamento apertado. Já atendeu mais de mil empresas e prepara-se para lançar um aplicativo. www.pressworks.com.br.

Número de novas empresas sobe 14,0% em 2018, segundo Boa Vista

O número de novas empresas cresceu 14,0% em 2018 contra o ano anterior, segundo levantamento da Boa Vista, com abrangência nacional. No 4° trimestre houve queda de 13,6% em relação ao trimestre anterior.

Forma jurídica

Na classificação por forma jurídica, a variação em relação ao 3° trimestre mostrou queda nas aberturas para MEIs (-13,3%) e demais tipos de empresas (-14,0%).

Já em termos de composição, no resultado em 2018 as MEIs representaram 77,3% dos casos. No ano anterior a participação dessas empresas foi um pouco menor, de 74,0%.

Setores

Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento mostrou que o setor de Serviços atingiu 58,7% de representatividade no ano de 2018, estando maior que os 55,8% observados no mesmo período 2017.
O Comércio também teve queda na participação, chegando a 32,9% em 2018. Assim como o setor industrial, que passou de 7,9% para 7,4% dos casos no período.

Regiões

Ainda na análise acumulada do ano, todas as regiões registraram aumento das aberturas em 2018. As Regiões Sul (14,9%) e Sudeste (15,6%) foram as que registraram maior crescimento, como pode ser visto no gráfico 4.

Metodologia

O levantamento foi realizado pela Boa Vista, empresa que administra do Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC, a partir das novas empresas registradas na Receita Federal, considerando todo o território nacional.

Brasileiros gastam quase 1h por dia em redes sociais no trabalho

Manter os funcionários estimulados e concentrados é um desafio para empresas, onde a rotina exige que o colaborador esteja em frente a um computador na maior parte do tempo, com uma série de distrações on-line disponíveis. Para auxiliar esses negócios a avaliarem a eficiência de suas equipes e de que maneira podem estimular mais seus talentos, o ProdutivoApp (www.produtivoapp.com.br) disponibiliza um software que calcula o rendimento das atividades exercidas ao longo do dia a dia.

Levando em consideração uma rotina diária de oito horas de trabalho, o colaborador desempenha atividades on-line relacionadas à sua função por 5h12min, fora do computador por 1h57min e passa 51min em redes sociais, plataformas de streaming e sites de compras, segundo levantamento da companhia. WhatsApp, YouTube e e-mail pessoal são os acessos que mais distraem o funcionário das tarefas relacionadas à sua atuação profissional. O primeiro ocupa 44% desse tempo, o seguinte soma 20% e o último, 18%.

De acordo com o levantamento do ProdutivoApp, segunda e quinta-feira são os dias mais produtivos para os funcionários, com índices que chegam a 89% e 82%, respectivamente, contra 72% das sextas-feiras. A pesquisa levou em consideração a rotina de aproximadamente 20 mil trabalhadores em 2018.

Artigo – A dimensão estratégica da logística

*Renaud Barbosa da Silva e Jamil Moysés Filho

Competitividade é o desafio imposto pela globalização às empresas do mundo inteiro. Com isso, o cliente na ponta da cadeia produtiva é o propulsor que exige prazos de entrega cada vez menores e, ao mesmo tempo disponibilidade de serviços e produtos. Todos têm, como objetivo, reduzir níveis de estoques (em função das elevadas taxas de juros associadas a custos de oportunidade ou de capitais circulantes). O desejo por produtos ou serviços desenhados exclusivamente para atender as suas necessidades (customização) é outro dos desafios impostos pelos consumidores atuais.

Dentro desse enfoque, as empresas que têm êxito são as que preveem as mudanças e desenvolvem, antecipadamente, as suas estratégias. A logística, sob a ótica da gestão da cadeia de suprimento (Supply Chain Management), representa uma das mais importantes dimensões estratégicas, pois recompensa certas qualidades de organização, em particular a adaptabilidade, a flexibilidade, a decisão e a rapidez.

A gestão das cadeias de suprimento, ou seja, a prática da logística empresarial, exige pessoas especialmente preparadas, para atuarem tanto no nível estratégico como no nível operacional das empresas. A visão global e suas principais implicações nas operações logísticas de uma organização são elementos fundamentais para a tomada de decisões que afetam os resultados desejados. Em síntese, pilotar uma cadeia logística é procurar atingir às necessidades dos clientes com qualidade máxima e custos mínimos. Essa é a receita para manter e aumentar o nível de competitividade.

O sucesso da dimensão estratégica logística depende do nível de integração das suas ações específicas e de seus ajustes no decorrer do tempo. Por exemplo, a orientação do fluxo de produção (“puxado” ou “empurrado”) vai influenciar a política de produção (“estoque” ou “contra pedido”), que, por sua vez, vai subsidiar a centralização ou descentralização de estoques. Outro fator é a escolha do(s) modal(is) mais adequados, haja vista que o custo dos transportes é o outro “vilão” (na maior parte dos casos, o maior) a ser atacado para a redução dos custos. Essas e outras “decisões logísticas” determinarão o sistema de informações que vai suportar o funcionamento pleno de toda a cadeia.

O posicionamento logístico bem-sucedido, como estratégia competitiva, reflete em ganhos para toda a cadeia de suprimentos, ou seja, clientes e fornecedores vão melhorar sua competitividade, contribuindo, em última análise, para o desenvolvimento nacional.

*Renaud Barbosa da Silva e Jamil Moysés Filho são professores e coordenadores acadêmicos do MBA em Logística e Supply Chain Magement do ISAE/FGV (www.isaebrasil.com.br).