Melhorar produtividade do trabalho passa por ensino profissional

Por João Paulo Machado

O Brasil precisa melhorar a produtividade do trabalho. Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado pelo jornal “O GLOBO” no ano passado, o país está na 50ª posição em lista com 68 economias, quando é levado em conta a eficiência dos trabalhadores.

De acordo com o estudo, um empregado brasileiro gera, em média, US$ 16,80 por hora trabalhada. Em países como a Alemanha, por exemplo, os funcionários produzem US$ 64,40 por hora, e trabalham, em média, 340 horas menos por ano que o trabalhador no Brasil. Isso significa que os alemães são quase 4 vezes mais produtivos que os brasileiros.

O sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, que estuda as relações de trabalho há mais de 50 anos, explica que a boa formação profissional é um fator crucial para a elevação da produtividade do trabalho no Brasil.

“Produtividade não é tudo para o crescimento, mas é quase tudo. Uma das coisas que o Brasil mais precisa no momento é melhorar a produtividade do trabalho. E no que entra na produtividade? Muitos fatores, entre os principais está a qualidade do trabalho. Com isso os salários sobem, gera-se mais emprego, as empresas competem melhor, vendem mais, os preços caem, a competitividade do país aumenta”, explica Pastore. Segundo ele, “a qualidade do profissional é fundamental para evitar o retrabalho, para evitar o desperdício e para fazer tudo com a maior qualidade possível”.

Formação de profissionais mais produtivos

O especialista afirma que, ao longo dos mais de 50 anos de experiência visitando instituições de ensino pelo país, as escolas do SESI e do SENAI no Brasil sempre se destacaram como exemplo a ser seguido. “Nunca vi uma escola dessa pichada, desleixada, com greves, com trabalhos por fazer. Ao contrário. Sempre os professores estão lecionando e utilizando equipamentos dos mais avançados possíveis para poder atualizar o aluno de acordo com novas tecnologias”, elogia Pastore.

Para o professor da USP, as escolas da rede SESI e SENAI deveriam, inclusive, servir de modelo para as instituições da rede pública, na implementação de um sistema de educação de qualidade. “Eu acho que o Brasil tem um grande capital na formação das pessoas e também na melhoria do capital humano que são as escolas do SESI e SENAI”, defende ele.
Desafios no Brasil

A sugestão de Pastore parece, à primeira vista, simples. Mas o problema é que até mesmo o ensino oferecido por estas instituições pode estar, em parte, ameaçado. Isso porque o governo federal tem sinalizado que irá executar cortes de 30% a 50% nas verbas repassadas a instituições do sistema S, do qual fazem parte o SESI e o SENAI.
Melhorar produtividade do trabalho passa por ensino profissional, afirma especialista.

Sociólogo da USP conta que a boa formação profissional é crucial para a elevação da produtividade do trabalhoSomente o Serviço Social da Indústria (SESI), por exemplo, conta uma rede de escolas de que beneficia 1,2 milhão de jovens com educação básica, principalmente de famílias de trabalhadores da indústria. Além disso, oferece prestação de serviços de saúde que inclui desde a oferta gratuita de vacinas, por exemplo, a exames de mamografia para trabalhadoras. Um corte nos recursos deste sistema pode acarretar na falta de atendimento para 1,2 milhão de pessoas, que teriam que buscar os serviços na rede pública ou custeá-los na rede particular, segundo informações do próprio SESI.

Fonte: Agência do Rádio

Trinta e seis socioeducandos se formam em cursos

“É uma oportunidade muito boa de aprendizado. Já que estou aqui, a hora de aproveitar os cursos e a escola que estão oferecendo pra gente é aqui dentro da Funase. Vou ter mais chance de trabalhar quando chegar lá fora”. Foi com essas palavras que o socioeducando C.H., de 18 anos, exprimiu a felicidade de ter concluído o curso de Montagem e Manutenção de Computadores, oferecido no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho. Nos últimos dois anos, a unidade, que é administrada pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), já inseriu 206 adolescentes e jovens nessa área de formação. A iniciativa vem dando tão certo que já viabilizou a capacitação profissional de cinco turmas de socioeducandos.

O grupo mais recente recebeu certificados na última quinta-feira (31), no auditório do Case Cabo. Foram 27 concluintes. A sexta turma do curso de Montagem e Manutenção de Computadores deve ter início neste sábado (2), com mais 40 alunos. As aulas acontecem no laboratório de informática da unidade socioeducativa. Também participaram da cerimônia de certificação outros nove socioeducandos do curso de Encadernação, totalizando 36 adolescentes e jovens beneficiados durante a solenidade. Ambas as formações foram certificadas pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A articulação dos cursos ofertados por meio de parcerias com outras instituições é feita pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase.

Na visão do secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco, Sileno Guedes, titular da pasta à qual a Funase é ligada, ações integradas como essa mostram o compromisso do Governo do Estado com a reinserção social de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. “O Governo Paulo Câmara vem investindo muito na melhoria do sistema socioeducativo, e o melhor retorno que pode existir é ver a juventude que está passando por esse atendimento abraçar as oportunidades que estão sendo oferecidas e se qualificar profissionalmente. Isso é apostar no futuro desses jovens”, avalia.

No mesmo sentido, a gerente do Case Cabo, Tatiane Moraes, destaca que a busca de gestores, técnicos, professores e agentes socioeducativos é por proporcionar oportunidades. “Apostamos forte em permitir que os socioeducandos tenham acesso à formação profissional e que possam continuar esse processo fora da unidade. Ocasiões como esta certificação mostram que as experiências estão sendo exitosas”, afirma Tatiane. “Queremos despertar neles a vontade de vencer na vida. Esses cursos mostram que eles têm muito potencial”, completa o professor do curso de Montagem e Manutenção de Computadores, Everaldo Bezerra.

Imagem: Marcelo Vidal/SDSCJ

49,2% dos estudantes pretendem aprender uma nova língua

Janeiro é um mês marcado por planejamento, metas e sonhos para os próximos meses. Aprender um novo idioma aparece como prioridade para 49,2% dos estudantes que responderam a uma pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE entre os dias 4 e 24/01
de 2019.

Ser voluntário representa a pretensão de 16,5% dos entrevistados, enquanto que 8,7% desejam realizar uma viagem de intercâmbio cultural. Chama a atenção que mais de um quarto daqueles que responderam a pesquisa pretendem realizar as três experiências ainda este ano. Mais de 20 mil pessoas responderam a enquete.

Além disso, um segundo levantamento realizado no mesmo período e que contou com mais de 21 mil respostas, apontou que os jovens estão com grandes metas de estudo para 2019. Enquanto 42,6% querem entrar em uma faculdade, 23,7% ainda vão entrar em um curso superior e um total de 29,9% deseja realizar um curso extracurricular. Menos de 4% dos entrevistados responderam que não possuem nenhuma meta para este ano.

Sobre o CIEE

Desde sua fundação, há 54 anos, o CIEE se dedica à capacitação profissional de estudantes por meio de programas de estágio. Em 2003, abriu uma nova frente socioassistencial com a aprendizagem. Atualmente, administra o estágio de 200 mil estudantes e a aprendizagem de 100 mil adolescentes e jovens. Em paralelo, mantém uma série de ações socioassistenciais voltadas à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações vulneráveis.

Domingos de fevereiro terão muita diversão em Surubim

Mantendo a tradição de oferecer programação para crianças, jovens e adultos, o Sesc Ler Surubim vai oferecer, nos quatro domingos de fevereiro, atividades. No dias 3, 10, 17 e 24 do mês, crianças e adultos poderão participar de uma série de práticas recreativas, aquáticas e esportivas, sempre das 9h às 15h. “É um momento em que todos podem usufruir das instalações da nossa unidade e se confraternizar”, afirma Nelma Farias, gerente do Sesc Ler Surubim.

Para as crianças, tem brinquedos e brincadeiras em todos os espaços do Sesc, sempre acompanhadas pelos recreadores da instituição. Para adultos, há jogos de salão e sorteios. E para todas as idades, um banho de piscina e muita música. Para o público geral, a entrada custa R$ 8; já os trabalhadores do comércio e seus dependentes têm desconto e pagam R$ 4.

E neste domingo (03/02), o público do Sesc Lazer terá música ao vivo e poderá participar de uma ação de saúde promovida pelo setor de Assistência Social da Unidade. Serão realizados testes de glicemia e aferição de pressão. Além disso, o Sesc Ler vai contar com a parceria das Óticas Diniz, que vai realizar testes de visão e fazer uma exposição de óculos de sol. Estas ações serão gratuitas.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Projeto Sesc Lazer

Datas: 3, 10, 17 e 24 de fevereiro de 21019

Local: Sesc Ler Surubim – Rua Frei Ibiapina, s/n, bairro São José

Horário: das 9h às 15h

Entrada: R$ 8 (público geral) / R$ 4 (Trabalhadores do comércio e seus dependentes)

Informações: (81) 3634-5280

Docente da UNINASSAU Caruaru participa de importante revista

O professor da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Geraldo Neto, está compondo, desde a última edição lançada da Revista Escrita da História, o corpo de professores pareceristas (professores convidados que emitem pareceres sobre trabalhos que foram aprovados, rejeitados ou arquivados). O periódico reúne diversos tipos de trabalhos acadêmicos, entre eles: ‘DOSSIÊ: ENSINO DE HISTÓRIA: POSICIONAMENTOS DIDÁTICOS, TEÓRICOS E POLÍTICOS’, do qual o docente faz parte, que traz uma série de artigos sobre essa temática central.

“A revista começou com a Universidade de São Paulo (USP), mas é organizada agora por membros do Brasil inteiro. Eles são predominantemente de universidades federais, um da Unicamp e um da universidade de Lisboa (Portugal) e Complutense de Madri (Espanha)”, explica o professor.

O docente destaca a alegria que sentiu ao receber o convite para integrar a conceituada revista. “Receber o convite de uma revista acadêmica com o peso e com a importância da revista Escrita da História é uma agradável surpresa. Trata-se de um periódico cujo conselho científico é composto por renomados especialistas das principais universidades brasileiras e algumas estrangeiras”, ressalta o professor Geraldo Neto.

Neto ainda destaca que “é uma prazerosa surpresa também em razão do assunto: Aprendizagem Histórica e a Base Nacional Comum Curricular, além de ser uma satisfação ver o meu nome e o nome da nossa instituição de ensino figurando nas páginas de um periódico bastante reconhecido dentro e fora do Brasil”, afirma.

Empresas familiares enfrentam desafios na sucessão

Pesquisa realizada pela da PwC revelou que, no mundo todo, somente 12% das empresas familiares chegam à terceira geração. No Brasil, esse número é ainda menor. Atualmente 90% das empresas brasileiras são familiares (porcentagem que representa aproximadamente 7 milhões de empresas no país). Dessas, apenas 30% chegam à segunda geração e somente 5% chegam à terceira.

O maior desafio das empresas é encontrar quem será o profissional que irá substituir o fundador e saber a forma correta de fazer a transição. “A dificuldade do empresário em aceitar o momento adequado para a sua sucessão e as barreiras causadas pelos conflitos de interesse nas empresas, acentuados pela falta de preparo dos empresários para gerir a sua própria sucessão e pela excessiva carga de tributos, tem acarretado na extinção da grande maioria das empresas familiares”, destaca Leonardo Theon de Moraes, advogado especialista em direito empresarial.

Para evitar que isso ocorra, é necessário usar estratégias e planejamento. “O planejamento patrimonial e sucessório tem possibilitado às empresas familiares maior organização, segurança e eficácia na governança, pois ele permite a disposição e a partilha dos bens e, ainda, economia tributária”, explica o advogado.

Atualmente, as empresas familiares de sucesso têm optado pela sucessão familiar por meio de estratégias societárias, como a constituição de sociedades denominadas holdings. “Elas têm o intuito de possibilitar a conjugação das atividades das empresas familiares e os bens da família, em sociedades distintas, regulando a sucessão e garantindo certa proteção patrimonial”, afirma.

Essa opção possibilita fácil acesso ao crédito no mercado e agilidade no processo de inventário. Leonardo Theon de Moraes conta que geralmente, desta forma, os processos de negociação ocorrem mais rapidamente, pois evita que problemas emocionais e familiares atrapalhem no planejamento sucessório e nos negócios.

A constituição de empresas, com o objetivo de levar a efeito um planejamento patrimonial e sucessório eficaz, deve ser analisada de forma criteriosa. “Deve-se analisar a forma de sociedade, a composição acionária ou societária e o principal objetivo, como familiar ou patrimonial, por exemplo”, afirma o especialista em direito empresarial.

Além disso, ele aponta que é preciso verificar fatores relevantes para o sucesso da empresa, como as estratégias de negócios, a forma de administração, as finanças, o mercado, entre outros.

Vantagens do Planejamento Sucessório

Permite maior centralização das decisões financeiras
O planejamento sucessório possibilita que diretrizes e decisões fiquem mais clara e focadas no grupo empresarial familiar. Isso reduz a margem de erros cometidos pelos detentores do poder de decisão na sociedade empresária.

Ajuda a identificar a arquitetura tributária mais eficiente
Desta forma, o empresário tem a oportunidade de obter, de forma lícita, a menor carga tributária sobre os rendimentos habitualmente percebidos, tais como juros, alugueis, entre outros.

No entanto, embora haja inúmeras vantagens no planejamento patrimonial e sucessório, isso não significa que o patrimônio se torne “blindado” contra credores, como os oriundos de responsabilidades tributárias, trabalhistas e consumeristas, por exemplo. “Por isso, é preciso tomar cuidado com propostas no mercado que assegurem proteção total e irrestrita do patrimônio”, reitera Leonardo Theon.

Leonardo Theon de Moraes

Advogado, graduado em direito, com ênfase em direito empresarial, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo (OAB/SP) sob nº 330.140.

Pós-Graduado e Especialista em Fusões e Aquisições e em Direito Empresarial pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, autor de livros e artigos, palestrante, árbitro, professor universitário, membro da Associação dos Advogados de São Paulo.

Sócio-fundador do escritório Theon de Moraes Advocacia Empresarial (www.theondemoraes.com.br). Professor nos cursos de Graduação, Reorganizações Societárias, Planejamento Patrimonial e Sucessório em Empresas Familiares e Técnicas de Negociação, na FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras).

Analistas-Tributários participam de apreensões

Em janeiro, as ações de fiscalização e controle aduaneiro realizadas pela Receita Federal do Brasil (RFB) com a participação de Analistas-Tributários já resultaram na apreensão de 2,2 toneladas de cocaína, lunetas para armas de fogo, espoletas de munição, eletrônicos, além da retenção de diversos produtos em remessas postais irregulares. As apreensões ocorreram principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina.

O grande volume de cocaína foi apreendido nos dias 25 e 28 de janeiro (1,1 tonelada apreendida em cada data), no Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá/PR. Em ambas ocasiões, os servidores constataram que a droga estava ocultada em meio a contêineres com carga de madeira que seria transportada para o porto de Rotterdam, na Holanda. A cocaína estava em sua forma mais pura para exportação ao exterior.

Analistas-Tributários também participaram de apreensões de cocaína ocorridas no Aeroporto Internacional de Viracopos/SP, em 25 e 26 de janeiro. Durante operação de embarque realizada nestas datas, foram apreendidos 2,5 kg da droga, que teria como destino final o Aeroporto de Paris-Orly, na França.

As lunetas para armas de fogo e espoletas de munição foram retidas no dia 17 de janeiro, durante operação nos Centros de Distribuição de Remessas Postais em Cascavel/PR. Segundo a legislação brasileira, somente atiradores com Certificado de Registro (CR) junto ao Exército Brasileiro podem executar recarga de munições. Incluindo os itens de armamento, esta operação resultou na retenção de 720 volumes irregulares, com valor total estimado em R$ 400 mil. Os volumes seguiriam para vários destinos no País.

O total de 1.090 volumes de remessas postais irregulares também foi retido, em janeiro, durante operações ocorridas nos centros de distribuição dos municípios paranaenses de Matelândia, Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. Ao todo, as mercadorias retidas somam aproximadamente R$ 600 mil. As apreensões foram motivadas pela não comprovação de importação regular das mercadorias, seja pela falta de nota fiscal ou outro documento comprovatório de regularidade fiscal, como pela apresentação de documentos comprobatórios suspeitos de serem falsos ou inidôneos.

Outro resultado alcançado em janeiro com a participação de Analistas-Tributários da Receita Federal foi a apreensão de cerca de R$ 6,3 milhões em cigarros contrabandeados. No dia 17, os servidores da Receita Federal em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam pouco mais de R$ 3,7 milhões em cigarros contrabandeados do Paraguai, em duas ações conjuntas realizadas pelos órgãos na BR 101, em Itapema e Joinville, no estado de Santa Catarina. No dia 29, Analistas-Tributários realizaram a retenção de caminhão com plotagem dos Correios carregado com cerca de 500 mil maços de cigarros (1000 caixas), avaliados em cerca de R$ 2,6 milhões, em operação em São Luiz do Purunã/PR.

Brasil registra mais de um milhão de patologias ortopédicas infantis por ano

As patologias ortopédicas surgem predominantemente na infância e para identificá-las é preciso ter muita atenção nos primeiros passos do bebê. Quando não reconhecidas e tratadas como deveriam, essas patologias progridem até a idade adulta quando ficam mais difíceis de serem corrigidas. O período de crescimento pode corrigir as deformidades ou acentuá-las e torná-las irreversíveis, a não ser por meios cirúrgicos de grande porte.

A ciência ortopédica ao longo de sua história desenvolveu múltiplas formas de correção para as mais diversas patologias. As localizadas no pé são as mais comuns. Chamadas de pé torto congênito, são identificadas no momento do nascimento em que o bebê já nasce com um pé virado para dentro, tendo o nome de pé torto congênito unilateral, ou com os dois pés virados para dentro, e neste caso chama-se pé torto congênito bilateral.

O pé torto congênito tem cura e ótimos resultados, podendo a criança andar normalmente quando o tratamento é feito corretamente e acompanhado por um profissional de ortopedia. Seu tratamento começa com o uso de botas de gesso – que ‘amolece’ as articulações e tendões -, mas só é corrigido definitivamente após um procedimento cirúrgico. “O tratamento perfeitamente executado é extremamente gratificante para os pais e para o profissional que o executa, trazendo o pé para o mais próximo da normalidade possível”, comenta o ortopedista, Rui Eduardo, acrescentando que o Brasil registra mais de um milhão de patologias ortopédicas infantis, por ano, sendo 150 mil só do tipo pé torto.

Outra patologia ortopédica infantil também bastante comum é o “pé chato”, também conhecido como pé plano ou mais corretamente como pé planovalgo flexível. Uma condição que caracteriza pela redução do arco longitudinal medial (região interna) do pé. “Existem dois tipos de pé plano, o fisiológico cuja a cura é espontânea e necessita apenas de acompanhamento, e o verdadeiro ou mercedora. Esse apresenta defeitos estruturais e requer o uso de um verdadeiro arsenal ortopédico inclusive cirurgias”, explica.

Dr. Rui Eduardo

Ortopedista

CRM 8292

Instagram: @dr.ruieduardo

Mutirão da Justiça dá liberdade a 35 adolescentes

A Justiça vem promovendo audiências concentradas para revisar processos que envolvem adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Quatro unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) já foram contempladas. De um total de 43 socioeducandos participantes, 35 ganharam a liberdade, podendo deixar o regime de internação e voltar para a casa de seus familiares. Esse resultado reforça o êxito do trabalho da Funase, uma vez que a liberação é determinada pelos juízes responsáveis com base na percepção de que os internos estão envolvidos em atividades pedagógicas e construindo novos projetos de vida.

No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Jaboatão dos Guararapes, oito socioeducandos foram beneficiados com a liberdade assistida, ou seja, passaram a cumprir a medida socioeducativa em meio aberto, com apresentações periódicas ao Poder Judiciário. No Case Santa Luzia, situado no Recife, todas as socioeducandas contempladas pelo mutirão também puderam deixar a unidade após a avaliação. Três receberam liberdade assistida, e outras duas tiveram a medida socioeducativa extinta.

No Case Abreu e Lima, o número foi ainda mais expressivo: 12 extinções de medida concedidas e cinco adolescentes em liberdade assistida, fazendo com que, na prática, 17 socioeducandos tenham deixado a unidade de internação. Outros três jovens foram beneficiados com reduções de prazo para a reavaliação de seus processos pela Vara Regional da Infância e Juventude. Por fim, no Case Caruaru, dos dez socioeducandos avaliados, três passaram para a semiliberdade, um teve a medida extinta e quatro deixaram a unidade e prestarão serviços comunitários. Dois tiveram a medida mantida, mas com redução do tempo de reavaliação.

A mãe do socioeducando J.W., de 18 anos, um dos liberados na audiência concentrada no Case Caruaru, ficou emocionada ao saber do resultado. “Estou sentindo alegria no meu coração por meu filho ter recebido muito apoio nesse tempo em que esteve aqui. O atendimento foi muito bom pra ele. Estou contente de saber que vou levá-lo pra casa e vou buscar um futuro melhor pra ele”, afirmou.

Imagem: Divulgação/Funase

Inadimplência das empresas fecha 2018 com alta de 7,44%

O número de empresas com contas em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes apresentou crescimento de 7,44% no fechamento de 2018 na comparação com 2017, mas o ritmo de alta perdeu força em quatro das cinco regiões analisadas. Já o número de dívidas contraídas em nome de pessoas jurídicas avançou 4,89% em dezembro na comparação anual. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o indicador, na região Norte, o crescimento do número de empresas com contas sem pagar foi apenas 0,78%, a menor entre todas as regiões brasileiras. No Centro-Oeste, foi de 2,10%, enquanto no Nordeste, a alta foi de 2,35% e no Sul, de 3,71% – todas abaixo da média nacional e menores do que o percentual observado no auge da crise econômica, quando girava em torno de 10%. No ano passado, a única região a destoar foi o Sudeste, que encerrou o ano de 2018 com alta de 13,03% na quantidade de empresas inadimplentes.

O número expressivo foi influenciado pela revogação de uma lei no Estado de São Paulo que exigia por parte dos credores uma carta com Aviso de Recebimento (AR) antes de efetivar o registro de atraso. Com o fim da lei, que burocratizava e tornava mais caro o processo de registrar uma dívida no banco de dados, muitas das negativações que estavam represadas entraram na base de dados de forma mais abrupta.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o cenário da inadimplência mais bem comportada entre as empresas é um sinal de que a recuperação econômica já refletiu, em alguma medida, melhora no faturamento das empresas. “Embora a saúde financeira das empresas ainda não tenha voltado ao patamar anterior à crise, o ano de 2018 foi um pouco melhor em vendas do que os anteriores, o que deu um fôlego maior para as empresas conseguirem honrar seus compromissos financeiros e organizar pendências. Nota-se que a situação da inadimplência no âmbito corporativo está mais contornável do que entre as pessoas físicas”, explica o presidente.

De modo geral, a recuperação de crédito, ou seja, o movimento de quitação de dívidas em nome de pessoas jurídicas, aumentou 12,20% em dezembro de 2018 no acumulado em 12 meses, o que demonstra que mais empresas conseguiram colocar sua situação financeira em dia junto aos credores. Além disso, cada empresa devedora tem, em média, duas pendências financeiras.

Comércio representa 46% de todas as empresas que devem; empresas do ramo de serviços são as que mais deixaram de receber

Dados abertos por setor da economia revelam que o aumento da inadimplência foi maior entre as empresas que atuam no ramo de serviços, cuja alta foi de 10,87% em dezembro de 2018 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os atrasos entre empresas do comércio cresceram 5,13%, ao passo que na indústria, a alta foi de 4,12%. No total, quase 46% de todas as empresas que estão negativadas pertencem ao setor do comércio.

Entre os segmentos credores, ou seja, as empresas que deixaram de receber de outras empresas, o destaque também ficou por conta do setor de serviços, que engloba bancos e financeiras, cuja alta foi de 6,26% na quantidade de atrasos. Em segundo lugar ficaram as indústrias, com crescimento de 3,18%, seguido do comércio, com alta de 2,17%. Em termos de participação, 36% das pendências de empresas são devidas ao setor de serviços, 17% a empresas comerciais e 12% a indústria.

Metodologia

O Indicador de Inadimplência das Empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Baixe o material completo em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos