Secretaria de Educação de Caruaru realiza encontro sobre experiências e práticas pedagógicas

A Secretaria de Educação de Caruaru (Seduc) promove, nesta sexta-feira (30), a terceira edição do evento “Conte-me”, que abordará experiências e práticas pedagógicas da Educação Infantil do município. Participarão do encontro gestores escolares, coordenadores pedagógicos, professores que atuam na Educação Infantil (creche e pré-escola), técnicos da Secretaria e parceiros do Instituto Qualidade no Ensino (IQE).

O objetivo é mostrar, através dos relatos orais e exposição de experiências, o trabalho que vem sendo desenvolvido nos CMEI e nas escolas municipais. “Esses relatos são recortes de uma prática pedagógica norteada através da política municipal de educação infantil, que nos inspiram e ilustram o bonito caminho que a Educação municipal de Caruaru tem traçado em parceria com o IQE, no desenvolvimento do Programa de Educação Infantil, pioneiro nesta cidade”, destaca a gerente geral de Educação Infantil, Maria José Pereira de Melo Souza.

A ocasião contará ainda com a apresentação de alunos da Escola Municipal Paulina Monteiro e com a presença do grupo de percussão “Só não toca quem não quer”, da Escola Municipal Pedro Aguiar. Além disso, haverá uma mostra com os materiais produzidos e utilizados em sala de aula. O evento acontecerá no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica), das 8h às 13h.

Serviço

Terceira edição do evento “Conte-me”
Local: auditório da Fafica
Endereço: Avenida Azevedo Coutinho, sem número, Bairro Petrópolis
Data: 30 de novembro (sexta-feira)
Horário: 8h às 13h.

MEC libera R$ 420,79 milhões para Ensino Médio em Tempo Integral

O Ministério da Educação autorizou, nesta semana, o repasse de R$ 420,79 milhões a estados brasileiros para expansão e qualificação das unidades de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). A verba será repassada ainda este ano, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinando-se às instituições públicas que fizeram adesões ao Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral nos anos de 2016 e 2017.

Criado em 2017, esse programa tem como meta contribuir com o aumento na oferta de educação de ensino médio em tempo integral na rede pública. As transferências terão como primeiro destino as secretarias estaduais e distrital de educação. O dinheiro deverá ser usado pelas escolas participantes em ações de manutenção e desenvolvimento do ensino, como remuneração e aperfeiçoamento dos docentes; construção, ampliação e conservação de instalações escolares; realização de atividades educacionais; aquisição de material didático e oferta de transporte escolar.

O total do repasse autorizado corresponde a cerca de 66% dos recursos referentes às adesões de 2016 (Portaria MEC nº 1.145/2016) e de 2017 (Portaria MEC nº 727/2018), além de 100% dos recursos referentes à Portaria de Avaliação de Impacto (Portaria MEC nº1.023/2018). Desse montante, R$ 338,244 milhões integram a primeira parcela do exercício de 2019 das primeiras adesões, o que vai garantir o início, de forma antecipada, do planejamento de ações para o próximo ano.

Osmar Terra é escolhido para o Ministério da Cidadania e aproxima MDB do futuro governo

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que foi ministro de Desenvolvimento Social do presidente Michel Temer por quase dois anos (de maio de 2016 a abril de 2018), voltará à Esplanada dos Ministérios no ano que vem. O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, na tarde desta quarta-feira (28), que ele comandará o Ministério da Cidadania, uma novidade do futuro governo.

Terra negou ontem ter sido indicado ao cargo pelo MDB, mas a decisão leva o partido para mais perto do governo Bolsonaro. Até a terça-feira (27), os cotados para a pasta eram três indicações da bancada evangélica, mas o presidente eleito não teria aprovado nenhum dos nomes – os deputados Marco Feliciano (Podemos-SP), Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e Gilberto Nascimento (PSC-SP).

Fonte: Congresso em Foco
Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Tribunal reduz pena e dá prisão domiciliar a Palocci; Dirceu tem pena de oito anos mantida

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) determinou ontem (28), por maioria de votos, a redução da pena imposta ao ex-ministro Antonio Palocci pela Operação Lava Jato. Em junho do ano passado, ele foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e agora terá que cumprir 9 anos e 10 meses de reclusão, em regime domiciliar e com monitoramento eletrônico. Cabe recurso contra a decisão.

Na mesma sessão de julgamentos, o TRF-4 negou recursos da defesa e manteve a condenação de oito anos e dez meses de prisão (leia mais abaixo) também imposta pela Lava Jato ao ex-ministro José Dirceu – somadas todas as sentenças já aplicadas ao petista, já são 31 anos de prisão a cumprir.

Ex-homem forte do governo Lula (2003-2010), Palocci fez um polêmico acordo de delação premiada, de imediato rejeitado pelo Ministério Público, e está preso desde 2016 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). O ex-ministro é acusado de envolvimento em esquema de propinas pagas pela Odebrecht em troca favorecimento em contratos e demais benefícios junto à Petrobras.

A delação premiada do ex-ministro foi determinante para a decisão dos desembargadores, que se amparam na legislação pertinente para beneficiar o condenado. O entendimento, contudo, não alcançou a unanimidade, uma vez que o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus discordou dos pares em relação a algumas questões jurídicas. O julgamento teve início em 24 de outubro, mas um pedido de vista havia adiado a conclusão da decisão.

Caso Dirceu

Condenado pela Lava Jato em setembro pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Dirceu já havia conseguido reduzir no TRF-4 a pena da primeira instância, a princípio fixada em 11 anos e três meses de cadeia. Mas, insatisfeita com o dosimetria da pena, a defesa recorreu para tentar anular ou ao menos recalcular a punição.

No julgamento desta quarta-feira (28), o relator do processo, desembargador João Pedro Gebran Neto, rejeitou os recursos e a 8ª Turma do TRF-4 seguiu tal entendimento, optando por manter a condenação em oito anos de prisão.

> PGR denuncia Gleisi, Lula, Palocci e Paulo Bernardo na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro

A exemplo de Palocci, Dirceu era uma das figuras de proa do lulismo. Um dos fundadores do PT, foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil em 2003, primeiro ano do governo Lula. Foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão (Ação Penal 470), que explodiu contra a gestão Lula em 2005 e depois viria a paralisar o Supremo Tribunal Federal (STF) por meses a partir de 2012, quando o caso foi a julgamento.

Com o mandato de deputado federal cassado na Câmara, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por envolvimento no mensalão. Ele foi duas vezes preso nos últimos meses, mas foi posto em liberdade em junho, por decisão do STF que resguardou o direito à soltura diante da pendência de análise de recursos em tribunais superiores.

Fonte: Congresso em Foco

Brasileiros buscam cartórios especializados para viabilizar negócios ou trabalhar nos EUA

Investidores e trabalhadores brasileiros têm buscado mais os serviços de empresas especializadas para regularizar a situação profissional, administrativa, jurídica, contábil ou mesmo viabilizar negócios nos Estados Unidos.

De acordo com a proprietária da empresa Cartório BRASIL e consultora internacional e expert em International Business, Marcya Machado, a busca aumentou em mais de 60% neste fim de ano.

Entre os serviços procurados estão a emissão e a renovação de passaportes, a extensão dos vistos, a abertura de empresas em território norte-americano, o envio de remessas financeiras dos EUA ao Brasil e até o chamado Power of Attorney (procuração pública estadunidense para a viabilização de administração de interesses), a Procuração Pública, Prova de Vida, Autorização de Viagem de Menor, Apostilamento de Haya, entre outros.

“Acredito que a proximidade entre a política econômica e comercial dos Estados Unidos com o presidente eleito Jair Bolsonaro viabilizou ainda mais o sonho de se trabalhar ou investir no mercado norte-americano”, ressaltou Marcya.

A executiva afirma que até informações sobre casamentos presenciais celebrados nos Estados Unidos e emissão dos Vistos L1 (para trabalho), as classificações dos EB que dão direito ao Green Card e o E2 (para investidores) estão sendo esquadrinhados por brasileiros.

“Para oportunizar com mais facilidade, é mais indicado que os investidores e profissionais brasileiros busquem as empresas especializadas em documentação, com unidades nos dois países e, inclusive em outros países da America do Sul e da Europa”, conclui Marcya.

“E tome forró das antigas” terá dez horas de shows no próximo sábado

A Arena Caruaru recebe, no próximo dia 1º de dezembro, a penúltima festa de 2018 na casa de shows. Intitulada de “E tome forró das antigas”, o evento vai levar ao palco grandes bandas de forró que fizeram e fazem sucesso junto ao público, como: Limão com Mel, Mastruz com Leite, Calcinha Preta, Brasas do Forró, Cavaleiros do Forró e Bonde do Brasil.

“Serão dez horas de festa para ninguém ficar parado e relembrar os grandes sucessos das maiores bandas de forró do Brasil. Inclusive será a primeira vez que Caruaru vai receber, depois de 10 anos, a formação original da banda Calcinha Preta, com a volta do cantor Daniel Diau”, revelou um dos sócios da Arena Caruaru, Luiz Gonzaga.

A casa tem capacidade para receber um público de 10 mil pessoas, dispõe de 12 camarotes climatizados e mobiliados, baterias de banheiro também com ar-condicionado, arena, front stage, mesas premium e área exclusiva de open bar, bem como um estacionamento com capacidade para 2.500 veículos. O open bar vai contar com água, refrigerante, whisky, vodka, caipirinha, Pitú Cola e catuaba.

Os ingressos para o “E tome forró das antigas” podem ser adquiridos em um quiosque exclusivo Shopping Difusora, na própria Arena e na Banca de Revistas Terceiro Mundo. A individual arena custa, R$35, a casadinha arena custa R$ 60, individual front custa R$ 70, a casadinha front custa R$ 120 e o open bar R$ 190. Os camarotes e mesas já estão nas últimas unidades. Outras informações e vendas: (81) 3721.7744

Line-up do E tome forró das antigas

Abertura dos portões: 19h

Brasas do forró: 20h

Limão com mel: 21h30

Bonde do Brasil: 23h

Calcinha preta: 0h30

Cavaleiros do forró: 2h

Mastruz com leite: 3h30

Secretaria de Políticas para Mulheres realizou 4ª Edição do Chá Trans em Caruaru

A Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), da Prefeitura de Caruaru, realizou, nesta terça-feira (27), a quarta edição do Chá Trans, um encontro voltado para mulheres transexuais e travestis de Caruaru e região. O evento desta tarde trouxe o tema: “Lutar é Preciso para o Enfrentamento da Violência Contra a População Trans”, e entrou como parte da programação da campanha “16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres”, que está sendo promovida pela SPM. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru (SDSDH) protagonizou os diálogos do encontro com orientações sobre o Cad Único e programas sociais do Governo Federal, incluíndo o Minha Casa, Minha Vida.

Contribuíram com o debate o gestor do Cad Único municipal, Helder Lins, e o gerente de Projetos Habitacionais, Gilmar Pimenta, que é também advogado, ambos da SDSDH. “O Chá Trans está integrando à campanha dos 16 Dias, mas já é uma ação da SPM que a gente promove junto às secretarias de Saúde e SDSDH para garantir os direitos dessas mulheres que sofrem exclusão social e econômica. Se a gente trabalha para garantir o direito de toda mulher, elas também fazem parte dessa pauta. A sexualidade não é uma coisa que vai limitar nossa cidadania, ela é mais uma pauta política que a gente precisa garantir”, destacou a secretária da SPM, Juliana Gouveia.

As participantes aproveitaram a oportunidade para tirar todas as dúvidas sobre os programas socias, como Poliana Sales, do bairro São João da Escócia. “Achei os temas trabalhados bem atrativos, importante a gente saber detalhes sobre os programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. É o sonho de todas as mulheres trans conseguirem seu lar”, destacou. A colega Andrea da Silva também elogiou a iniciativa. “Eu sempre acompanho o Chá Trans e gosto dos temas trabalhados e o de hoje foi bem escolhido: os programas sociais do governo que a gente pode ter direito também, como qualquer cidadão”, ressaltou Andrea.

O Chá Trans é realizado pela coordenadora de Políticas para Mulheres Trans, da SPM, Stephane Fechine, e consiste numa roda de diálogo que aborda temas variados sob os aspectos do protagonismo, atuação, direitos e deveres das mulheres transexuais e transgêneros do município, entre outros assuntos relevantes para o segmento de pessoas trans de Caruaru e região. O primeiro encontro aconteceu no dia 14 de maio deste ano, em alusão ao Dia do Orgulho de ser Travesti e Transexual, celebrado em 15 de maio.

Calendário natalino de Caruaru será aberto oficialmente na próxima sexta (30)

A Prefeitura Municipal de Caruaru abre o calendário natalino, na próxima sexta (30), no Alto do Moura, trazendo o tema Brincantes da Nossa Terra Natal. Uma realização da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC), o “Caruaru terra Natal 2018” terá decoração temática, inspirada nos folguedos e brincantes da cultura nordestina, com ocupações dos espaços da cidade e apresentações artísticas/culturais com direção musical do maestro Mozart Vieira, direção de criação do multiartista Gabriel Sá e coreografias do bailarino Marcos Mercury.

“O calendário tem como objetivo proporcionar aos caruaruenses, turistas e visitantes, um Natal temático, baseado nos valores cristãos, de forma descentralizada, incluindo os locais símbolos de Caruaru”, explicou a presidente da FCTC, Maria Alves.

Para dar início oficialmente ao calendário, na sexta, dia 30, às 19h, haverá o a árvore de Natal de flor de barro, além de uma exposição natalina que estará aberta ao público até o dia 06 de janeiro de 2019. A árvore e a exposição ficarão em frente à Casa-Museu Mestre Vitalino. No domingo, dia 02, o Espaço Cultural Tancredo Neves será palco da segunda edição do Encontro de Corais. A partir das 18h, apresentam-se Coral Madrigal, Coral do Colégio Diocesano, Coral do Colégio Adventista, Coral de Libras, Coral da Secretaria da Mulher e Canthus Corais.

As festividades não param. No dia 14 de dezembro, às 19h30, o Alto do Moura recebe a Seresta Natalina, acompanhada por uma violinista. Com concentração em frente à Casa-Museu, a seresta percorrerá as ruas do bairro. No dia 16 de dezembro, às 19h, no Palácio Episcopal, na Av. Rio Branco, ocorre a tradicional Cantata Natalina, que contará com uma banda base, seis solistas e dois corais com intervenções coreográficas nas janelas do palácio. Já no dia 22 de dezembro, às 17h, na Praça do Rosário, haverá apresentação de pastoril com a participação de 16 idosas assistidas pelo Centro de Convivência da Prefeitura.

Natal e Réveillon – No dia 23 de dezembro, às 17h, o Monte Bom Jesus recebe o Brincantes do Boi Estrelado. O espetáculo mostra a destreza de Mateus e Catirina numa noite de Natal. O texto e a direção são de Benício Jr. No dia 31 de dezembro, a partir das 22h, o tradicional réveillon no Marco Zero encerra o calendário natalino, com a participação da Banda Versátil, regida pelo maestro Bitonho, seguido pelo show de Adilson Ramos.

Projetos de inclusão social promovidos pela Uninter são premiados

As práticas de inclusão social Professor Inclusivo e Glossário Jurídico em Libras, parcerias da Uninter – por meio do Sianee (Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais), vão receber o prêmio Viva Inclusão, que faz parte do Mapeamento de Boas Práticas no Campo dos Direitos da Pessoa com Deficiência, uma iniciativa da Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Prefeitura Municipal de Curitiba. O objetivo é conhecer e dar visibilidade a experiências exitosas em saúde, educação, cultura, trabalho, esporte, acessibilidade, vida autônoma e defesa de direitos das pessoas com deficiência no município.

No prêmio Professor Inclusivo, a cada semestre, os alunos com necessidades especiais da instituição votam e selecionam o docente que mais se destacou em sala de aula. O projeto é de autoria de Leomar Marchesini, coordenadora do Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Especiais da Uninter (Sianee).

Já o Glossário Jurídico em Libras visa dar a comunidade surda o acesso a jurisdição brasileira. Beneficiará os surdos nos assuntos da Justiça, como processos, audiências, cartórios e aulas na área do Direito. A proposta é Desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, presidente da Comissão de Acessibilidade do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT9), em Curitiba, que mantém um Termo de Cooperação Técnica com Sianee. “A Uninter é um exemplo de entidade que pensa na inclusão e qualidade de vida das pessoas com deficiência, tanto na implantação de programas de atendimento especializado para nossos alunos, quanto na acessibilidade comunicacional, física e atitudinal para que pessoas com diferentes naturezas de deficiência possam estudar na Instituição”, explica Leomar Marchesini, coordenadora do Sianee.

O evento de premiação do Viva Inclusão acontece no dia 3 de dezembro, quando se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A cerimônia, realizada no Palácio 29 de Março, contará com a presença do prefeito Rafael Greca.

Estudo aponta medidas que Brasil deve tomar nos próximos 5 anos

Brasil 4.0: O Futuro Impulsionado pelos Dados das Indústrias Brasileiras, novo estudo feito pela Software.org, a Fundação da BSA|The Software Alliance, aponta medidas que o país deve tomar nos próximos cinco anos para incentivar o desenvolvimento da indústria 4.0 em seu território. Entre elas estão o investimento na confiança digital e na segurança, a formação da força de trabalho, a difusão do uso da nuvem e o fortalecimento da infraestrutura de TI.

O report, lançado no último dia 26, é o primeiro da Software.org para a América Latina e foi feita no âmbito da Aliança Brasil 4.0. O compromisso público foi lançado pela ICC Brasil em março deste ano e tem a BSA como signatária.

O monitoramento e a análise de dados fazem com que a indústria 4.0 possa oferecer um portfólio de produtos e serviços inovadores feitos por meio de processos mais eficientes. “Atualmente, a conectividade e a digitalização estimulam um novo tipo de indústria baseada no fluxo contínuo de dados e em impactos tangíveis”, comenta o diretor executivo da Software.org, Chris Hopfensperger. “Processos que antes eram considerados complexos, agora são simples, já que cada passo no processo da cadeia de montagem e fornecimento está conectado e fornece informações ao outro”, completa.

Para o diretor executivo do ICC, Gabriel Patrus, a iniciativa é importante porque vai ajudar a nortear ações e decisões da Aliança Brasil 4.0. “A nossa missão é promover ações para difusão da utilização de tecnologias, processos e aplicações da manufatura avançada em todos os níveis das cadeias produtivas. Compartilhamento de conhecimento é uma importante frente para agregar valor às empresas que hoje buscam parceiros nessa jornada”, conta ele.

O estudo indica que, a partir de esforços para digitalização, 41% das empresas brasileiras podem esperar receita adicional, 32% podem prever custos mais baixos e 41% têm expectativa de ganhos em eficiência nos próximos cinco anos. A expectativa vale também para negócios menores: 36 a 38% das pequenas e médias empresas brasileiras esperam que as tecnologias da Indústria 4.0 melhorem a qualidade dos seus produtos e serviços. “Sendo o Brasil a maior economia da América Latina e o sétimo PIB mundial, os empresários locais começam a visualizar o potencial da Indústria 4.0 e a tomar medidas rumo a ela em busca de aumento de produtividade”, conta o country manager da BSA no Brasil, Antonio Eduardo Mendes da Silva, conhecido no mercado como Pitanga.

Nos últimos anos, políticas públicas garantiram um bem-estar econômico de curto e médio prazo no ambiente de negócios do Brasil. Tomadores de decisão de empresas brasileiras e PMEs estão aproveitando elementos dessa economia ampla e diversificada para promover a digitalização em vários setores. “O ponto forte dos tomadores de decisão brasileiros é na sua capacidade de olhar para o futuro, ao mesmo tempo em que enfrentam os desafios do presente. Dados e pesquisas mostram que os executivos brasileiros estão prontos para a digitalização, mas precisam resolver desafios organizacionais, econômicos e culturais antes de avançar”, diz Hopfensperger.

De acordo com o estudo Brasil 4.0: O Futuro Impulsionado pelos Dados das Indústrias Brasileiras, os principais caminhos para superar os desafios que atrasam o desenvolvimento da Indústria 4.0 são:

Difusão da nuvem

Um desses desafios é o alto custo para digitalização, que pode ser solucionado por meio da computação em nuvem. Abraçar a nuvem como um componente de negócios integral permite a mudança para a digitalização em qualquer setor. A redução de custos a longo prazo, conveniência, flexibilidade, segurança e disponibilidade da nuvem tornam a tecnologia relevante para todos os modelos de negócios. “Adotar a tecnologia ao invés de uma infraestrutura local de TI leva a custos mais baixos e retornos mais altos, graças à possibilidade de criar novos modelos de negócios e de oferecer serviços aprimorados”, explica Hopfensperger.

Investimento na confiança digital e na segurança cibernética

Outro entrave apontado pelo report são as ameaças cibernéticas. Proteger a infraestrutura crítica e industrial é essencial para que a Indústria 4.0 prospere. Avanços na segurança cibernética, inclusive no gerenciamento de identidades e acesso e criptografia, são passos em direção a sistemas seguros e confiáveis. Os setores que empregam sistemas de controle industrial – como manufatura, comunicações e energia – são altamente ligados em rede e conectados, tornando-os especialmente vulneráveis a incidentes cibernéticos. Para desenvolver a confiabilidade da Indústria 4.0, devem ser colocadas em vigor soluções que mantenham a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da tecnologia. “Isso requer parcerias entre o governo e a indústria e ambos devem explorar soluções em conjunto, com diálogo aberto”, comenta Hopfensperger.

Formação de mão de obra qualificada

A falta de força de trabalho qualificada também atrasa a evolução da Indústria 4.0 no país. Os trabalhadores precisam ser treinados de maneira contínua com as habilidades digitais que lhes permitirão criar, projetar, desenvolver, liderar, gerenciar e operar tecnologias básicas, como dados e análises, sistemas baseados em inteligência artificial, serviços em nuvem, realidade aumentada e muito mais. O aperfeiçoamento e a requalificação exigem um esforço conjunto entre o governo, a indústria e educadores para abordar e resolver os problemas enfrentados pela força de trabalho atual.

Desburocratização

A burocracia governamental é outro fator que atrasa o avanço da tecnologia. “É necessário um esforço conjunto entre a academia e as empresas para demonstrar a importância da 4.0 dentro do governo, pressionando o estado a adotá-la, promovendo tecnologias correlatas, sem criar obrigações burocráticas e regulamentares onerosas”, explica Hopfensperger.

Reforço na infraestrutura de telecomunicações

A infraestrutura de telecomunicações do país precisa melhorar para que a Indústria 4.0 possa crescer. Para isso, todas as partes interessadas, inclusive o governo, devem se envolver na criação de políticas que promovam melhorias na área, entre elas o acesso extensivo e acessível à banda larga.

Nos principais setores econômicos do Brasil, já estamos vendo maneiras de como a digitalização ajuda a aprimorar os processos existentes:

Petróleo e gás

O uso de soluções digitais no setor ajuda as empresas a reduzir custos e aumentar a produção, mudando suas abordagens em relação a pontos estratégicos do negócio como novas fontes de energia, crescimento populacional, urbanização e regulamentações sobre carbono. As tecnologias da Indústria 4.0 poderiam gerar entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2,5 trilhões em receitas na área até 2025. As empresas estão trabalhando em soluções de software que utilizam ferramentas como simulação e realidade aumentada, e envolvem instrumentação, controle de processos e equipamentos elétricos. “Tais soluções permitem que os engenheiros se vejam como avatares dentro de uma plataforma de petróleo e tomem decisões em tempo real com todas as informações necessárias”, conta Hopfensperger.

Mineração

As empresas de mineração que adotaram a Indústria 4.0 agora enfrentam desafios antes insolúveis. Com o uso de robótica e automação com equipamentos de controle remoto e perfuração autônoma, a mineração fica mais segura e eficaz.

Agricultura

Para ajudar a eliminar as questões de escassez de alimentos e de fome, o setor agrícola pode recorrer às tecnologias da Indústria 4.0. Elas aperfeiçoam, agilizam e maximizam a produção de alimentos. Por exemplo, é possível coletar dados sobre a produção com sensores de colheita ou usar imagens de satélite para coletar informações para análise preditiva, uma técnica que resultou em safras maiores e de qualidade superior.

O caminho para o Brasil 4.0 precisa ser colaborativo e envolver educadores, governo e o setor privado. “Todos os desafios que o estudo apontou têm soluções, mas deve haver um diálogo aberto entre as partes interessadas e um esforço conjunto para educar sobre a importância desta nova maneira de fazer negócios para que as coisas aconteçam”, conclui Hopfensperger. “Além disso, planejamento estratégico de longo prazo deve ser incentivado para uma mudança bem-sucedida em direção à Indústria 4.0”, completa.

Sobre a Software.org

Software.org, a Fundação BSA, é uma organização de pesquisa internacional independente e apartidária que visa educar os decisores políticos e o público em geral sobre o impacto extremamente positivo que o software tem em nossas vidas, economia e sociedade.

Sobre a BSA

BSA | The Software Alliance (www.bsa.org) é a principal defensora do setor de software global antes dos governos e no mercado internacional. Seus membros estão entre as empresas mais inovadoras do mundo, criando soluções de software que estimulam a economia e melhoram a vida moderna. Com sede em Washington, DC e operações em mais de 60 países, a BSA promove programas de conformidade que promovem o uso legal de software e defendem políticas públicas que promovam a inovação tecnológica e o crescimento da economia digital. Siga a BSA em @BSAnews.