A valorização da cultura pernambucana é uma das principais marcas do Governo Raquel Lyra. Em 2024, a gestão estadual, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), reabriu o Cinema São Luiz, promoveu a primeira edição do festival Pernambuco Meu País – realizado em oito municípios do Agreste e do Sertão -, implementou políticas públicas para o fortalecimento do setor artístico e assegurou a realização de projetos importantes, como a revitalização do Mosteiro de São Bento, em Olinda, da Igreja Matriz de Santo Antônio e do antigo prédio do Diario de Pernambuco, ambos no Recife.
“Investimos fortemente na valorização do nosso patrimônio cultural. A reabertura do Cinema São Luiz é prova disso. Com esta histórica sala de cinema reaberta, contribuímos para movimentar o Centro do Recife. A área central da nossa capital também será valorizada com a recuperação do Liceu de Artes e Ofícios e do antigo prédio do Diario de Pernambuco, devolvendo ao centro da cidade a importância que ele tem. Também investimos nos ciclos carnavalesco e junino e ajudamos a movimentar a economia no interior do Estado com o festival Pernambuco Meu País. Uma iniciativa inédita, que reuniu centenas de atrações e contribuiu para impulsionar o turismo das cidades-sede do evento e gerar emprego e renda”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
A reabertura do Cinema São Luiz ao público ocorreu em novembro do ano passado, com a realização do 15º Festival Janela Internacional de Cinema do Recife. Para devolver a sala de cinema aos pernambucanos, as intervenções incluíram a recuperação da coberta, orçada em R$ 106 mil, com investimento da gestão estadual, e a restauração do forro decorativo, no valor de R$ 1,3 milhão, por meio de recursos do governo federal através da Lei Paulo Gustavo (LPG). As obras foram realizadas pela Secult e Fundarpe. Outros serviços serão executados ao longo dos próximos meses, como a recuperação estrutural das marquises externas, a implantação do sistema de prevenção e combate a incêndio, a requalificação dos banheiros com acessibilidade e a instalação de um elevador acessível aos quatro pavimentos superiores. O investimento total é de R$ 1,9 milhão, com recursos da Lei Paulo Gustavo.
“Estamos cuidando desse valioso patrimônio, que é o Cinema São Luiz, com a devida atenção que ele merece. E paralelamente não descuidamos de outras ações, pois cuidar da cultura é um compromisso inegociável para este governo. De forma pioneira, o Estado, por meio da Secult, está investindo em um censo cultural para mapear a produção cultural de Pernambuco. Dessa forma, os investimentos e políticas públicas para o setor serão feitos em conjunto com toda a cadeia produtiva da cultura pernambucana, pois sabemos que quem ouve mais erra menos”, afirmou a vice-governadora Priscila Krause.
Com mais de R$ 209 milhões investidos, a Secult e a Fundarpe fizeram valer sua vocação para impulsionar a produção cultural em diversas linguagens, promovendo a interiorização e o acesso à cultura para um número crescente de pernambucanos. “Conseguimos expandir o alcance da cultura pernambucana. Ao investir na formação de novos públicos, no fortalecimento de nossa produção e na projeção internacional de nossas tradições, 2024 se consolidou como um ano de grandes vitórias para a cultura do nosso Estado. O trabalho realizado estabelece as bases para um futuro ainda mais próspero para a cultura pernambucana”, declarou a secretária de Cultura, Cacau de Paula.
Entre as ações de interiorização promovidas pelo Estado, está a realização do festival Pernambuco Meu País nos municípios de Taquaritinga do Norte, Bezerros (Serra Negra), Gravatá, Pesqueira, Caruaru, Triunfo, Arcoverde e Buíque. No total, foram 24 dias de festa, com 800 atrações e 3.800 horas de apresentações. O evento, que alcançou 1 milhão de pessoas e gerou 93% de ocupação hoteleira nas cidades-sede, foi uma grande celebração da diversidade cultural de Pernambuco com destaque para as apresentações de grupos de cultura popular, forró e música. Também foi responsável por um recorde de inscrições (2.051) e a contratação de 800 atrações culturais, sendo 80% delas de artistas pernambucanos.
*INVESTIMENTOS* – A Lei Paulo Gustavo (LPG) foi um importante mecanismo de fomento à cultura em Pernambuco. Com mais de R$ 107 milhões destinados ao setor, sendo R$ 100,1 milhões da LPG e R$ 7,6 milhões provenientes de rendimentos, o Estado executou 12 editais que contemplaram 2.707 propostas. Desse montante, R$ 67,4 milhões foram direcionados a editais do audiovisual e R$ 31,2 milhões para iniciativas de multilinguagens. A cultura popular foi uma das linguagens mais beneficiadas recebendo cerca de R$ 10 milhões.
Outra ação executada foi o lançamento, em setembro do ano passado, dos setes editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), quem somam mais de R$ 65 milhões. A PNAB contempla diversas áreas da cultura, entre iniciativas de premiação, fomento e bolsas, além dos editais de Cultura de Pontos e Pontões. Até dezembro, 1.173 propostas iniciais de bolsas e premiações foram contempladas, com a realização do empenho de 1.024 propostas e o pagamento de 878 premiados, totalizando R$ 15.377 milhões até o momento. A finalização dos editais ocorrerá este mês.
Em 2024, foram pagos mais de R$ 31 milhões em parcelas de projetos aprovados nos editais do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). A cultura pernambucana foi amplamente fomentada com mais de R$ 14,5 milhões em investimento. Destacam-se as comemorações do Bicentenário da Confederação do Equador; a Fenearte; as festividades do Mês da Consciência Negra; a Festa do Morro da Conceição, o Festival Viva Gonzagão, o Festival de Cinema de Triunfo, entre outros eventos.
*PATRIMÔNIO* – Entre ações de restauração, manutenção, conservação, reabilitação, requalificação e recuperação coordenadas pela Fundarpe, estão sendo investidos mais de R$ 75 milhões. Os recursos estão sendo aplicados em ações na Igreja Matriz de Santo Antônio; na Casa da Cultura de Pernambuco; na Estação Central Capiba – Museu do Trem (Mutre); na Casa de Oliveira Lima – Conselho Estadual de Cultura, no prédio nº 379 da Rua da Aurora, no Recife; no próprio edifício-sede da Fundarpe, na capital; no Mosteiro de São Bento; no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC); nos Chalés do Carmo; no terreiro Ilê Obá Ogunté – Sítio de Pai Adão; nas Igreja de Nossa Senhora do Monte e São Pedro Mártir; e no Cine Olinda, equipamentos localizados em Olinda; nos Fortes de São Pedro e de Santo Antônio, no Arquipélago de Fernando de Noronha; e na Casa de Câmara e Cadeia, em Brejo da Madre de Deus (Agreste).
“Em 2024, a roda da cultura voltou a girar de maneira mais efetiva. Os recursos chegaram e estamos podendo realizar investimentos visando atender às demandas, há muito represadas, de nosso patrimônio e da classe artística, implementando ideias inovadoras e criativas, com total comprometimento. Estamos muito felizes de poder voltar a cuidar do nosso patrimônio, do patrimônio histórico e artístico de Pernambuco, como ele de fato merece. E com a certeza de que em 2025 poderemos fazer muito mais”, pontuou a presidente da Fundarpe, Renata Borba.