Triunfo, no Sertão do Pajeú, está respirando cinema. O 15º Festival de Cinema de Triunfo foi aberto oficialmente na última segunda-feira (9) e até o próximo sábado (14), iniciando uma jornada por cinemas sertanejos, pernambucanos e brasileiros, que tomam conta do majestoso e centenário Theatro Cinema Guarany, mas que também se espalham pelas ruas da cidade, com diálogos, oficinas, visitações e música.
A solenidade de abertura foi realizada no palco do Theatro Cinema Guarany, contando com a presença da secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, o prefeito de Triunfo, Luciano Bonfim, a superintendente de Equipamentos Culturais da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Maria Samara, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE, o presidente da Associação dos Comerciantes de Triunfo, Rogério Pinto e a gerente do Sesc Triunfo, Lisandra Ferreira.
Também estiveram presentes os homenageados, todos triunfenses pela primeira vez. Eles são Diana Rodrigues, pesquisadora, historiadora e professora; Teco de Agamenon, multiartista; e Jéssica Caitano (compositora, rapper, cantora, curadora e realizadora). O corpo dos júris populares, oficiais e especiais marcaram presença na solenidade de abertura.
A recepção começou ainda no fim da tarde, com a Banda Filarmônica Isaias Lima, a mais antiga do Sertão, dava as boas-vindas na frente de Theatro com um repertório animado que colocou em diálogos sons da cultura popular pernambucana com a música nacional. Foram seguidos pelo Balé Popular de Triunfo, com uma apresentação também bem representada de ritmos pernambucanos. E, para conduzir todos aos cinema, os Caretas de Triunfo, guardiões da cultura local, com seus chicotes estalando no ar.
Uma outra figura importante da cultura de Triunfo, a Veinha, vivida pela multiartista triunfense Bruna Florie, que também será mestre de cerimônia do evento, terminava a recepção. “15 anos de festival, que edição especial! A gente aqui coroa uma política pública bem sucedida e sentimos, como gestores, a importância dessas políticas públicas na transformação e formação na vida das pessoas. Voltamos para casa sabendo que temos muito o que fazer, mas que todo nosso trabalho vale a pena”, declarou a secretária de Cultura, Cacau de Paula.
“É uma emoção indescritível estar aqui hoje, eu que sou filha também do Sertão do Pajeú. Construir esse festival é reunir uma comunidade inteira. Muitas pessoas fazem parte da construção desse festival e tem muito coração envolvido, um coração do Pajeú, um coração das recifenses também. 15 anos de um festival são 15 anos de uma memória e uma história, quando a gente produz ele, a gente está mantendo viva essa memória”, complementou a coordenadora do Audiovisual da Secult e coordenadora-geral do festival, Maria Samara.
Após a cerimônia, tivemos as primeiras mostras do festival, a competitiva de curtas, médias e filmes experimentais, com os títulos “Kruarã: Território Ancestral”, “Dinho”, “Ser Trava no Sertão Transgressora” e “Rheum”, e a competitiva de longas, com “Cervejas no Escuro”. A sessão foi seguida por um debate com representantes dos filmes, pautado pelas experiências trazidas pelos filmes com questões de territorialidade, ancestralidade e gênero.
O 15º Festival de Cinema de Triunfo segue até o próximo sábado (14), com mais filmes e atividades por toda a cidade. Ele é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Prefeitura de Triunfo, Sesc Triunfo, Associação dos Comerciantes de Triunfo e Hostel Pajeú. Confira a programação por dia nas nossas redes (@culturape e @festivaldecinemadetriunfo)
Confira a programação completa:
TERÇA-FEIRA (10/12/2024)
17h – Grupo Cambindas, apresentando o espetáculo Cambindas de Triunfo
18h | Mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais
Navio (Ficção, 11 min, 2023, Natal-RN, Livre), de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real
Sinopse: A catadora Dandara vaga invisível pela cidade. O encontro com Exu Mirim a leva para o fundo da memória.
Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada (Documentário, 24 min, 2024, Poço Redondo – SE, Livre), de Bruno Marques.
Acessibilidade: Legendagem para surdos e Ensurdecidos
Sinopse: A arte de talhar o couro está na família de Mestre Orlando Félix há gerações. Foi a partir desse saber que o filme “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada” foi pensado. Gravado na cidade de Poço Redondo, o documentário revela um pouco da história do couro no Sertão nordestino a partir da vida de Seu Orlando.
SOCORRO & MAZÉ (Documentário, 18 min, 2024, Surubim – PE, Livre), de João Marcelo
Sinopse: A história de duas artistas nascidas e criadas sob o sol escaldante em plena caatinga do Nordeste brasileiro, alimentava um sonho de um dia prosperarem através da música. No caminho, muitas dificuldades, enganadas, vão ao fundo do poço e ressurgem no ritmo da perseverança, do trabalho e na resistência em celebrar o autêntico forró.
Carniceiros (Terror, 24 min, 2023, Petrolina -PE, 12 anos), de Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang
Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e audiodescrição.
Sinopse: Abraão e seus filhos vagueiam sem rumo, evitando os contaminados. Judite e sua família se mantêm unidos por uma única causa: a sobrevivência. Em um mundo onde a desconfiança substituiu a generosidade, os riscos se intensificam a cada momento.
Miração (Experimental, 10 min, 2024, Ouricuri- PE, Livre), de Agamenon Porfírio
Sinopse: “Miração” se refere ao estado visionário experimentado em momentos de alteração da consciência. Aqui, “mirar” não se limita apenas ao ato de olhar, mas à conjunção entre ação e contemplação. É esse estado de “miração” que norteia o protagonista, que sonha e consegue enxergar muito além do imediatamente visível. O curta, através do olhar do personagem, reflete sobre questões como o tempo, o deslocamento de si e da sua terra, além do desejo e do ímpeto de retornar. Uma espécie de road movie onírico de volta para o sertão.
SUSTENTA A PISADA! (Videodança, 7 min, 2024, Arcoverde-PE, Livre), de Jéssika Betânia
Sinopse: Hoje é impossível pensar o coco de Arcoverde sem o tamanco e os passos do trupé. Sua pisada ímpar e cativante é carregada de ancestralidade e ritmo. A grande maioria dos passos utilizados hoje pelos grupos da cidade foram criados por Valete Gomes, que faz parte da primeira geração de dançarinos após a inovação do tamanco de madeira trazida por Lula Calixto. Então, por que não deixar que os pés de Valete contem essa história?
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
TIJOLO POR TIJOLO (Documentário, 104 min, 2024, Recife-PE, Livre), de Victória Álvares e Quentin Delaroche
Sinopse: No Ibura, periferia do Recife, Cris tem a impressão de que tudo está por um fio. Ela e o marido perderam os empregos no início da pandemia de Covid e também a casa em que moravam com 3 crianças pequenas, por risco de desabamento. Grávida do quarto filho e em busca de uma laqueadura, ela trabalha como micro-influenciadora digital, enquanto tenta reconstruir a casa e reestruturar a vida.
Debate após sessão
QUARTA-FEIRA (11/12/2024)
14h I Mostra especial: sessão questões de gênero
Questões de gênero (Documentário, 28 min, 2024, Serra Talhada – PE, Livre), de Marlom Meirelles
Sinopse: O primeiro episódio da série “Questão de Gênero” apresenta um grupo de drag queens que reside em Serra Talhada, principal município da mesorregião do Sertão pernambucano. Na terra lembrada pelo nascimento de Lampião, arquétipo do chamado ? cabra macho? Nordestino, as personagens usam e abusam da arte para questionar e desconstruir os modelos tradicionais de masculinidade da região e a partir dos seus corpos, implantar e promover o germe da mudança social no espaço onde vivem, trabalham e resistem.
14h30 |Debate após sessão
18h | Mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais
Solange Não Veio Hoje (Ficção, 20 min, 2024, Salvador – BA, Livre), de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter.
Sinopse: Alan é um homem de classe média que está acostumado a ser sempre servido. Um dia, de repente, Solange, que trabalha como funcionária em sua casa, desaparece misteriosamente. Ele então começa a mergulhar no caos que vai tomando proporções catastróficas.
Samuel foi trabalhar (Ficção, 17 min, 2024, Maceió-AL, 10 anos), de Janderson Felipe e Lucas Litrento.
Sinopse: Na véspera de deixar a informalidade e ser contratado, Samuel é assombrado pelo seu instrumento de trabalho: a fantasia de engenheiro.
Flor do Coco (Documentário, 15 minutos, 2024, Toritama – PE, Livre), de Vinícius Tavares
Sinopse: “Flor do Coco” é um mergulho na poesia de Maria Ozana, uma mulher à frente de seu tempo. Residente de Toritama-PE, Ozana desafia estereótipos enquanto navega entre suas múltiplas identidades: escritora, poeta e vendedora de cocadas.
Mulher Maracatu (Documentário, 23 min, Nazaré da Mata- PE, 2023, Livre), de Carlota Pereira e Dani Cano
Sinopse: Mulher Maracatu traz a coragem de Dona Maria José Marques, a conhecida Cabocla Zezinha, que foi a primeira mulher a vestir a indumentária de caboclo de lança do maracatu rural, onde só os homens eram os brincantes. Mulheres de dentro do universo dessa cultura popular, que por muito tempo foram excluídas por crendices anacrônicas, falam como Dona Zezinha abriu o caminho para dar espaço a outras vozes dentro da brincadeira. A relação das mulheres com o maracatu em Nazaré da Mata e região se relaciona com aquilo que se manifesta na alegria: fazer a cultura ser para todas as pessoas.
Moagem (Documentário, 16 min, 2024, Tabira – PE, Livre), de Odília Nunes
Acessibilidade: legendagem descritiva.
Sinopse: Moagem capta a dura e doce empreitada de homens que plantam e colhem a cana de açúcar para a produção de rapadura no Sertão do Pajeú pernambucano. A cada ano a tradição dos engenhos diminui e fazer a moagem torna-se resistência e encontro.
O Bombeiro (Documentário, 3 minutos, 2022, Recife – PE, Livre), de Mozart Albuquerque
Sinopse: Um viveiro de agaves silvestres em documentário animado.
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
CITROTOXIC (Ficção, 84 min, 2023, Amparo- SP, Livre), de Julia Zakia
Acessibilidade: audiodescrição, libras e cc.
Sinopse: Bianca e sua filha Serena, de 7 anos, vivem em meio aos excessos e toxicidades da vida urbana. Depois de uma advertência médica, elas se retiram rumo ao interior para um fim de semana perto da natureza. Lá encontram Zé, um trabalhador rural, que aplica veneno na fazenda vizinha. Inquietações surgem a partir da angústia da mãe sobre o perigo do veneno, e da espontânea conexão entre a menina e Zé.
Debate após sessão
QUINTA-FEIRA (12/12/2024)
14h | Ritual sagrado com as crianças Angico Pankararu
14h30 |Sessão Cine Sesc apresenta Mostra competitiva de curta e média-metragem infanto-juvenil
Era uma noite de São João (Musical, 11 min, 2022, João Pessoa – PB, Livre), de Bruna Velden
Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos e audiodescrição.
Sinopse: Dona Dorinha, uma viúva idosa cumprindo quarentena no interior do Sertão, relembra da janela de seu sobradinho a sua história de vida através das festas juninas da cidade ao longo dos anos.
CÓSMICA (Documentário, 7 min, 2022, João Pessoa – PB, Livre), de Ana Bárbara Ramos
Sinopse: Num mundo onde a crise climática atinge proporções críticas, Iara decide falar com a Terra. Com uma visão pura e coração determinado, ela escreve uma carta para expressar seu amor pelo planeta e principalmente convocar outras crianças numa missão que ela considera de extremo valor: salvar o planeta das besteiras dos adultos.
Como Chorar Sem Derreter (Ficção, 15 min, 2024, Rio de Janeiro – RJ, Livre), de Giulia Butler
Sinopse: Depois de ter segurado o choro por tempo demais, os olhos de Elizabeth estão secos. Em casa, ela conta o que está acontecendo para a estranha menina que vive com ela. A criança então inventa uma máquina para salvá-la.
Super-Herois (Aventura, 11 min, 2022, Brasília – DF, Livre), de Rafael de Andrade
Acessibilidade: Audiodescrição
Sinopse: Os super-herois famosos se ocupam dos problemas dos adultos, mas as crianças também têm seus super-herois, sempre prontos para ajudar a resolver seus dilemas. Herois anônimos podem estar mais perto do que imaginamos e, neste divertido filme, eles serão relevados.
YADEDWA SEETÔ (Ficção, 13 min, 2024, Petrolândia – PE, Livre), do Coletivo Cinema no Interior – Comunidade Indígena Angico Pankararu.
Acessibilidade: Libras, audiodescrição e legenda descritiva.
Sinopse: Yadedwa Seetô (Menino Pássaro) é um filme criado e estrelado por crianças da comunidade Angico Pankararu, Sertão de Pernambuco. A história gira em torno de Seetô, um menino que embarca em uma jornada mágica pelos cenários da caatinga, vivenciando experiências incríveis. Após ser picado por uma cobra, ele recebe auxílio dos seres místicos da mata e do rio, como a Comadre Fulozinha, os pássaros e outros seres da natureza. Ao buscar sua própria libertação, Seetô também acaba libertando diversos seres que o acompanham em sua aventura pela caatinga. Um filme emocionante que nos faz refletir sobre a conexão entre todos os seres vivos e a importância da liberdade.
Debate após sessão
18h | Mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais
Emerenciana (Documentário, 12 min, 2023, Curitiba – PR, Livre), de Larissa Nepomuceno
Acessibilidade: Audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse: Ela teve nome, sobrenome e uma história, mas por ser negra e pobre teve sua identidade apagada. Emerenciana Cardoso Neves.
Mansos (Ficção, 20 min, 2024, Cuiabá – MT, 14 anos), de Juliana Segóvia
Sinopse: Benedita é uma jovem que cresceu com uma marca em seu passado: o assassinato de sua mãe, Tereza. Benedita, agora liderança, fará valer a luta de sua mãe em uma busca incessante por vingança.
Uma Irmã Mais Velha (Documentário, 25 min, 2024, Recife – PE, Livre), de Drica Mendes
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse: A história da população negra brasileira pode ser revisitada por muitos ângulos, sendo um deles o de uma mulher negra. Inaldete Pinheiro de Andrade esteve presente na formação do movimento negro em Pernambuco e tem sua trajetória entrelaçada com a história de luta e reexistência da população afro-pernambucana. A circularidade do tempo se revela por meio de suas memórias, um pertencimento “a uma África do lado de lá e uma África do lado de cá”, como também expressa afetos ancestrais grafados em cascas cinza-arroxeadas e avermelhadas do tronco de antigas memórias do seu velho irmão, o Baobá. Inaldete Pinheiro de Andrade apresenta, neste documentário, uma perspectiva sobre o movimento negro pernambucano, mas desvela sobretudo a memória sócio-histórica negra de “Uma Irmã Mais Velha”.
De Pés – Dom Santana (Musical, 8 min, 2024, Cabo de Santo Agostinho – PE, Livre), de Cora Fagundes
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse: Na pequena vila Pernambucana, Dom Santana convicto do poder que lhe foi dado por seus ancestrais, se conecta com a magia das divindades que lhe cercam em busca de coragem para viver um grande amor que lhe atravessa.
CAROL (Ficção, 13 min, 2021, Afogados da Ingazeira – PE, Livre), de Bruna Tavares
Sinopse: Carol é uma mãe solo na periferia de Recife.
Lilith (Documentário, 15 min, 2022, Afogados da Ingazeira – PE, 12 anos), de Nayane Nayse
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos, Libras e audiodescrição.
Sinopse: Através de relatos, Lilith destaca desigualdades de poder, usando alegorias para expor o estigma da mãe sobrecarregada em um contexto patriarcal interiorano.
BÚFALA (Experimental, 9 min, 2021, Goiânia – GO, Livre), de Tothi Santos
Acessibilidade: Audiodescrição.
Sinopse: Descarrego é um documentário no qual a realizadora utiliza-se da performance como um processo catártico para lidar com as memórias de um abuso sofrido por ela em 2013. Nesse auto-retrato escrito em forma de carta, ela rememora os fatos dolorosos do passado como forma de enfrentamento dessa póstuma violência na finalidade de destruir o último objeto que ainda a prende a esse trauma: um guarda-roupas.
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
Sekhdese (Documentário, 78 min, 2023, Recife -PE, Livre), de Graciela Guarani e Alice Gouveia
Sinopse: Sekhdese significa sabedoria, em Yathê, língua do povo Fulni-ô, do Nordeste do Brasil. Sabedoria das mulheres indígenas, expondo a luta pela terra, cultura, meio ambiente e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais.
Debate após sessão
Amostra Praça PE (PRAÇA DO AVIÃO)
Som na Rural
19h – Exibição Curta-Metragem
21h – Ambrosino
SEXTA-FEIRA (13/12/2024)
18h | Mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais
Cinemas de rua de Guaxupé (Documentário, 20 min, 2024, Guaxupé – MG, Livre), de Eudaldo Monção Jr.
Acessibilidade: Libras
Sinopse: Os resquícios dos cinemas que já existiram em Guaxupé, como o Cine Theatro São Carlos, evidenciam ao espectador através desta narrativa, histórias da vida de seu público frequentador. O filme abordará também o processo de construção de um cinema de rua na cidade, que contemplará três salas de exibição. Sendo este, um feito inédito no Brasil, atualmente.
A Edição do Nordeste (Documentário, 20 min, 2023, Natal – RN, 12 anos), de Pedro Fiuza
Sinopse: Para se inventar uma região é preciso criar sua cultura, de preferência com ajuda do cinema. Inspirado no livro e peça “A Invenção do Nordeste”, esta é uma reedição de filmes brasileiros essenciais para a fundação do imaginário nordestino.
O Som da Pele (Documentário, 22 min, 2023, Recife – PE, Livre), de Marcos Santos Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e audiodescrição.
Sinopse: “A música não foi feita apenas para ser ouvida, isso é apenas uma parte, mas para ser sentida, isso é o todo”. Foi partindo dessa premissa que o músico e educador Irton Mário da Silva, mais conhecido como mestre Batman, assumiu a missão de levar a música aos não ouvintes e, através do método por ele desenvolvido intitulado musilibras, ensinou garotos e garotas com surdez total ou parcial, oriundos de vários bairros da cidade do Recife e Região Metropolitana, a fazer música… Esses garotos são hoje os Batuqueiros do Silêncio.
SUA MAJESTADE, O PASSINHO (Documentário, 22 min, 2022, Recife – PE, 10 anos), de Carol Correia, Mannu Costa
Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e audiodescrição.
Sinopse: Entre os morros e as vielas das periferias do Recife ecoam gritos de crianças, música gospel, pontos de orixás e batidas de brega funk. E é no ritmo do “passinho dos malokas” que jovens periféricos estão transformando a cena artística da cidade e fazendo-se conhecidos nas redes e no mundo. Uma música, uma dança. Uma cultura atravessada por questões sociais, econômicas e de gênero.
É Cantando que Eu Me Liberto (Documentário, 29 min, 2024, Triunfo – PE, Livre), de Tatá Farias
Sinopse: É cantando que eu me liberto” é o primeiro documentário sobre a história da artista popular de Triunfo Jéssica Caitano, com quase 20 anos de carreira, a obra busca registrar algumas das dimensões que a artista atravessa, é a Jéssica filha, irmã, sobrinha, aluna, mestra, referência pajeuzeira, abordando trajetória, território e oralidade e seu discurso poético que reescreve e atualiza o imaginário do sertão na música popular brasileira.
BucóliCALL (Experimental, 6 min, 2024, Peçanha – MG, Livre), de Fábio Narciso
Sinopse: Ligações com o tempo, fixadas no espaço, vindas do interior.
Damião (Musical, 5 min, 2021, São Lourenço da Mata – PE, 16 ano), de Hórus
Acessibilidade: Legenda e Audiodescrição.
Sinopse: Esta obra é uma homenagem ao Damião, escravizado acusado de assassinar o Português Moreira, feitor do Engenho Cangaçá, no dia 19 de outubro de 1880 em São Lourenço da Mata.
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
LÉGUA TIRANA (Ficção, 112 min, 2024, Exu – PE, Livre), de Diogo Fontes Ek’derô e Marcos Carvalho Xôlaka
Acessibilidade: Libras, Audiodescrição e Legenda Descritiva.
Sinopse: LÉGUA TIRANA é um mergulho no universo de paisagens, ritmos e sonoridades de onde LUIZ GONZAGA surgiu para revolucionar a Música brasileira. Seguindo o fluxo de consciência do Artista em seu momento final, LÉGUA TIRANA acompanha o menino Luiz Gonzaga em seu aprendizado de vida. Nesta jornada em busca do seu dom e do seu destino, ele aprende a ouvir o mundo escutando rezadeiras, comboieiros, retirantes e finalmente com Januário – o seu pai e com a própria Natureza. De cada um desses mestres, recolhe o essencial para construir a matriz sonora da sua revolução musical.
Amostra Praça PE (PRAÇA DO AVIÃO)
Som na Rural
19h – Exibição Curta-Metragem
21h – Forró Só Triscando
SÁBADO (14/12/2024)
10h às 11h | Visita guiada ao Theatro Cinema Guarany, com o Coletivo CineRuaPE
14h às 16h | Cinemas de Rua do Pajeú: retomada, funcionamento e perspectivas em debate
18h | Mostra Judith Quinto
19h | Sessão Outros Sertões e o Minuto
20h | Cerimônia de Premiação do 15º Festival de Cinema de Triunfo
Amostra Praça PE (PRAÇA DO AVIÃO)
Som na Rural
19h – Exibição Curta-Metragem
21h – Jéssica Caitano
22h10 – Samba de Coco Raízes de Arcoverde