Vídeo clip reúne Ney Matogrosso, Lenine e Zélia Ducan em campanha para profissionais de saúde

Trinta artistas do Brasil, Portugal e Cabo Verde se reuniram virtualmente para gravar o videoclipe da canção Anjos Secretos, composta por Francis Hime e pelo fadista Jorge Fernando em homenagem aos profissionais da saúde do mundo todo, que estão no front da guerra contra o Covid-19. Com direção de Paulo Mendonça, o clipe foi realizado exclusivamente com registros feitos através dos celulares e reúne Ney Matogrosso, Lenine, Zélia Duncan, Francis Hime, Olivia Hime e Lucinha Lins, os portugueses Ana Moura e Camané e o africano Tito Paris, entre outros grandes nomes.

Link videoclipe

O lançamento mundial será no YouTube e a renda arrecadada com as visualizações do clipe na internet serão revertidas para a organização Médicos Sem Fronteiras – www.msf.org.

#clipeanjossecretos
#profissionaisdasaude
#linhadefrentecovid19
#medicossemfronteiras

ANJOS SECRETOS (Letra)

Vem dum mundo traiçoeiro
Hábil, resiste e se espalha
Bicos de pé sorrateiro
Se apodera de quem calha

Não tem voz
Nem se anuncia
Não se faz anunciar
Esvazia a vida e vazia
Quer-nos a vida tomar

Menos fé e mais recato
Ao destino que se apronta
Que até Deus se curva grato
A quem de nós toma conta

A bata branca em segredo
Entre o contágio e o medo
Sem medo de desistir
Sem medo do que há de vir

Sem contar horas, despertos
À luz duns deuses ocultos
Os nossos anjos secretos
São simples nomes e vultos

Sem rosto, cor ou idade
Num servir que é permanente
Que a gratidão de verdade
É pra quem cuida da gente

Não há mãos, não há abraços
Só um simples gesto faço
Pra te dizer como sinto
Não te encostar ao meu peito
Não te apertar do meu jeito

Música de Francis Hime e Jorge Fernando

Participações
Lenine
Ney Matogrosso
Zélia Duncan
Francis Hime
Olivia Hime
Lucinha Lins
Fabia Rebordão
Ana Moura
Susana Travassos
Marisa Liz
Luísa Sobral
Lenita Gentil
Marco Rodrigues
Jonas Silva Lopes
Berg
David Cruz
João Pina
New Max e Demo (Expensive Soul)
Camané
Colton Benjamin
Tito Paris
Dino Santiago
Lura
Dany Silva
Jorge Fernando

Músicos

Guitarras portuguesas: André Dias e Bruno Chaveiro
Piano: Morta Grigaliünaitè
Baixo: José Ganchinho
Percussão: Ivo Martins

Narração

Antônio Grassi
Inês Meneses

Ficha técnica

Música: Francis Hime
Letra: Jorge Fernando
Produção musical: Kapa de Freitas
Engenheiro de som: Henrique Macide
Direção de arte: Monica Martins
Fotos: Paulo Mendonça
Edição, sincronização e finalização: Bernardo Mendonça
Direção: Paulo Mendonça
Produção: Jorge Fernando e Paulo Mendonça

Com atendimento personalizado, pequenas livrarias mantêm vendas

A tradicional e popular Feira de Livros, realizada de forma itinerante em várias praças da cidade do Rio de Janeiro, está comemorando 60 anos, com uma edição especial no Largo da Carioca (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Indicações de livros por whatsapp, entregas em carro próprio e conteúdo nas redes sociais foram algumas das estratégias usadas pelas pequenas livrarias e editoras paulistanas para enfrentar o período de confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus. “A gente tentou substituir o presencial pelo online. Tiramos fotos do interior do livro, mandamos por Whatsapp.e e sugerimos livros”, conta a livreira Roberta Paixão, proprietária da Mandarina, livraria da zona oeste da capital paulista.

De início, afirma ela, havia grande interesse por livros que falam de situações semelhantes à pandemia, como A Peste, do argelino Albert Camus, e Ensaio Sobre a Cegueira, do português José Saramago. “De maio para cá, as pessoas estão pedindo livros de maior fôlego de leitura. Livros grossos”, comenta Roberta a respeito da mudança do perfil de leitura, que, agora, inclui títulos como Crime e Castigo, do russo Fiódor Dostoiévsk, e a Montanha Magica, do suíço Thomas Mann. “O Oráculo da Noite, de Sidarta Ribeiro, é um sucesso de vendas”, acrescenta, destacando que o autoconhecimento é um dos temas que ganharam força nas últimas semanas. O título do neurocientista traz reflexões a respeito dos sonhos.

Manutenção das vendas

Apesar de ter sido pega de surpresa pelo fechamento da loja durante a quarentena, iniciada em março na cidade de São Paulo, Roberta conta que conseguiu manter as vendas. “A gente inventou isso de um dia para o outro”, comenta sobre a necessidade de adaptação de um negócio que funcionava apenas de forma presencial. “No início, peguei o meu carro e a gente rodou São Paulo”. Atualmente, a livraria tem um funcionário dedicado às entregas. “Em maio, um rapaz que trabalhava aqui na rua como valet se ofereceu e a gente acolheu isso também, gerando receita para ele”, disse, ao destacar a importância de valorizar também o bairro e o entorno do negócio.

O esforço, entretanto, valeu a pena. “A gente conseguiu manter a receita flat – faturamento médio mensal – normal, o que ajudou a pagar as contas”, relata. Uma fórmlua parecida também ajudou a Livraria da Tarde, na mesma região, a conseguir manter um fluxo mínimo de caixa para sobreviver. “Nos primeiros dez dias estava todo mundo assustado. Em abril, já comecei a ter bastante venda”, diz a livreira Mônica Carvalho. Agora, ela começa, aos poucos, a voltar a atender os clientes presencialmente. “É muito gostoso receber as pessoas de novo na loja. É uma loja que foi feita com muito cuidado e carinho. Ficar fechado estava me deprimindo”.

O balanço das vendas de livros, feita pela consultoria Nielsen em parceria com Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostra que o mercado teve, de janeiro a 14 de junho, uma queda de 12,3% em volume de vendas em comparação com o mesmo período de 2019. Foram 15,9 milhões de exemplares vendidos, gerando receita de R$ 729 milhões. Em valor, o mercado de livros registrou retração de 11,7%.

A reabertura do comércio, que começa a ocorrer na capital paulista, vai mudar pouco a rotina da Livraria Africanidades, na zona norte da cidade. “A livraria só abre quando São Paulo estiver verde [na última fase do plano de flexibilização da quarentena]. Quando equipamentos culturais também reabrirem, quando houver um ambiente mais confortável, mais sólido para minha saúde e das pessoas também”, diz a livreira Ketty Valencio, que fica próxima à Brasilândia, uma das regiões com mais mortes por covid-19.

Produção de conteúdo

Especializada na temática etnorracial e feminismo, a livraria tem investido na produção de conteúdo online. Segundo Ketty, entre os projetos está o mapeamento de autoras negras, que vai se tornar um festival de literatura com transmissão pela rede. “A gente não parou”, afirma sobre as ações culturais que impulsionam o movimento da livraria. “As vendas não caíram. No mês passado foram até um pouco mais altas do que nos outros”, acrescenta ao falar das vendas que continuaram a todo vapor, mesmo com a loja física fechada.

A produção de conteúdo também foi a forma que a Editora Elefante usou para manter o contato com os leitores durante a quarentena.“É uma maneira de oferecer conteúdo, porque no fim das contas a nossa função social como editora é disponibilizar conteúdo para os leitores. Normalmente, a gente faz isso por meio dos livros, mas em um momento de pandemia, em que as pessoas estão muito em casa e eu mesmo, há uma ânsia de ler pontos de vista sobre o que está acontecendo”, diz um dos fundadores da editora, Tadeu Breda

No início da pandemia, a pequena editora tomou um susto com as medidas de contenção adotadas pelas livrarias. “Essa preocupação foi aumentado à medida em que as livrarias foram anunciando que não fariam os acertos dos livros vendidos, que iam atrasar o repasse do dinheiro”, diz. Por isso, Tadeu explica que apostou nas vendas diretas pela página da editora, oferecendo bons descontos na compra de conjuntos temáticos de livros. “Livros mais baratos para gente que vai ter mais tempo para ler”, destaca.

Adaptações

A Elefante optou ainda por adaptar a agenda de lançamentos aos acontecimentos. “Começamos a priorizar livros que têm mais a ver com o momento. Essas medidas acabaram funcionando para a gente e aumentaram muito as nossas vendas no site. Não chegou ao ponto de igualar a receita anterior com as livrarias, mas foi suficiente para a gente atravessar esses três meses sem ter que demitir ninguém”, conta.

Assim, um dos títulos em pré-venda acabou se tornando um dos mais vendidos – Pandemia e Agronegócio, do norte-americano Rob Wallace. “Ele relaciona muito o nosso modo de vida capitalista, e sobretudo de produção de proteína animal, com o surgimento de doenças infeciosas”, detalha o editor. Ensinando o Pensamento Crítico, da norte-americana Bell Hooks, também ajudou a puxar as vendas. “A gente lançou pouco depois dessa proliferação de manifestações contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo”.

Agora, com o as livrarias voltando a abrir, Tadeu diz que pretende seguir com os lançamentos, apesar do cenário com muitas incertezas. “Não temos a perspectiva de parar não”, enfatiza.

Dificuldades

Especializada em livros políticos e de lutas sociais, a Editora Glac sofreu um pouco mais durante a quarentena. Foi um processo de reestruturação interna, porque é uma editora muito pequena. A gente perdeu um funcionário, não por falta de dinheiro para pagar, mas pela pandemia. Era a representante comercial, fazia as vendas e apresentava os livros”, conta um dos fundadores, Leonardo Beserra.

Sem as livrarias, a editora teve que reduzir as tiragens e apostar em diversos canais de vendas online. Também fez promoções solidárias, com descontos a movimentos e grupos ligados às ideias dos autores das publicações. “O que foi bom para a gente, mas não é o suficiente. A gente precisa faturar pelo menos o dobro ou o triplo para conseguir gerar renda para continuar investindo e pagar as próprias contas, que estão cada vez mais atrasadas”, diz Leonardo.

Além de vender por grandes varejistas digitais, a Glac agora vai produzir livros impressos sob demanda e publicações para livros eletrônicos. “A gente demorou o mês de abril inteiro para entender as coisas a que a gente precisava se adaptar”, afirma sobre os esforços que tem sido necessários para manter a empresa de pé.

Índia desiste de reabertura do Taj Mahal citando riscos de covid-19

Uma das sete maravilhas do mundo moderno, Taj Mahal na Índia

A Índia desistiu de uma reabertura planejada do Taj Mahal, citando o risco de novas infecções pelo novo coronavírus se espalharem pela cidade de Agra, no norte do país, devido à presença de pessoas que visitam o monumento ao amor, do século 17.

Autoridades locais divulgaram novo comunicado nesse domingo (5), determinando a ampliação das medidas de bloqueio nos monumentos e em torno de Agra. A ordem do governo não especificou a duração do bloqueio para os monumentos, fechados desde março.

“Pelo interesse do público, foi decidido que a abertura de monumentos em Agra não será aconselhável por hora”, disseram as autoridades do distrito na nota.

Agra, um dos primeiros grandes focos do vírus na Índia, continua sendo a cidade mais afetada em Uttar Pradesh, o estado mais populoso do país.

Não ficou claro se o governo federal desistirá de seu plano de reabrir outros monumentos em todo o país, como o histórico Forte Vermelho de Nova Delhi.

As infecções por coronavírus na Índia estão aumentando no ritmo mais rápido em três meses. Nesse domingo, o Ministério da Saúde registrou um recorde de 24.850 novos casos e mais de 600 mortes em um dia. Isso elevou a contagem geral da Índia para 673.165 casos, aproximando-se da Rússia, o terceiro país mais afetado globalmente.a

Caixa deposita saque emergencial do FGTS para nascidos em fevereiro

Fachada da Caixa Econômica Federal

A Caixa inicia, nesta segunda-feira (29), o pagamento do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para trabalhadores nascidos em fevereiro. O novo saque tem como objetivo enfrentar o estado de calamidade pública em razão da pandemia da covid-19. No total, serão liberados, de acordo com todo o calendário, mais de R$ 37,8 bilhões, para aproximadamente 60 milhões de trabalhadores.

O pagamento do saque emergencial será realizado por meio de crédito na Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores. O valor do saque emergencial é de até R$ 1.045, considerando a soma dos saldos de todas as contas ativas ou inativas com saldo no FGTS.

O pagamento será realizado conforme calendário a seguir:

Mês de nascimento Dia do crédito na conta poupança social digital data para saque em espécie
fevereiro 06 de julho 08 de agosto
março 13 de julho 22 de agosto
abril 20 de julho 05 de setembro
maio 27 de julho 19 de setembro
junho 03 de agosto 03 de outubro
julho 10 de agosto 17 de outubro
agosto 24 de agosto 17 de outubro
setembro 31 de agosto 31 de outubro
outubro 08 de setembro 31 de outubro
novembro 14 de setembro 14 de novembro
dezembro 21 de setembro 14 de novembro

O calendário foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador e contém dados que correspondem a valores de crédito na conta de armazenamento digital social, quando os recursos podem ser usados ​​em estatísticas eletrônicas, além de dados a partir de quando os recursos disponíveis estão disponíveis para saque em espécie ou transferência para outras contas.

Caso não haja movimentação na conta de economia social digital até 30 de novembro deste ano, o valor será devolvido à conta do FGTS com devida remuneração do período, sem prejuízo para o trabalhador. Se após esse prazo, o trabalhador decidir fazer a emergência, poderá solicitar pelo Aplicativo FGTS até 31 de dezembro de 2020.

A Caixa disponibiliza os seguintes canais de atendimento para informações sobre o saque emergencial do FGTS: site fgts.caixa.gov.br, Telefone 111 – opção 2, Internet Banking Caixa e APP FGTS.

OMS vê primeiros resultados de testes com medicamentos para covid-19

Remédios, comprimidos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve obter em breve resultados de ensaios clínicos que está conduzindo com medicamentos que podem ser eficazes no tratamento de pacientes com covid-19, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Cerca de 5.500 pacientes em 39 países foram recrutados até agora para o ensaio ´Solidariedade´”, disse ele em entrevista coletiva, referindo-se aos estudos clínicos que a agência da ONU está conduzindo pelo mundo.

“Esperamos resultados intermediários nas próximas duas semanas”, acrescentou.

O programa da OMS começou com cinco braços analisando possíveis tratamentos para a covid-19: atendimento padrão; remdesivir; os medicamentos antimalária cloroquina/hidroxicloroquina; os medicamentos para HIV lopinavir/ritonavir; e lopanivir/ritonavir combinados com interferon.

No início deste mês, a OMS interrompeu o teste com cloroquina/hidroxicloroquina, depois que estudos indicaram que não mostravam benefício para quem tem a doença, mas ainda são necessários mais estudos para verificar se podem ser eficazes como medicamento preventivo.

Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que seria imprudente prever quando uma vacina pode estar pronta contra a covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, que matou mais de meio milhão de pessoas no mundo.

Embora uma candidata a vacina possa mostrar sua eficácia até o final do ano, a questão é quanto tempo levará para a vacina ser produzida em massa, disse ele à associação de jornalistas da ONU em Genebra.

Atualmente, não existe vacina comprovada contra a doença, e 18 possíveis candidatas estão sendo testadas em seres humanos.

As autoridades da OMS defenderam sua resposta ao vírus que surgiu na China no ano passado, dizendo que foram movidos pela ciência. Ryan disse lamentar que as cadeias globais de suprimentos tenham sido interrompidas no início da pandemia, privando equipes médicas de equipamentos de proteção.

“Lamento que não houvesse acesso justo e acessível às ferramentas da covid-19. Lamento que alguns países tenham mais do que outros e lamento que os trabalhadores da linha de frente tenham morrido por causa disso”, acrescentou.

Ele cobrou os países a identificarem novos surtos de casos, rastrear pessoas infectadas e isolá-las para ajudar a quebrar a cadeia de transmissão.

“As pessoas que se sentam ao redor de mesas de café e especulam e falam (sobre transmissão) não conseguem nada. As pessoas que perseguem o vírus conseguem conquistar as coisas”, disse.

Na capital, Shoppings são autorizados a abrir e fechar uma hora mais cedo

Após a reabertura dos shoppings no dia 22 de junho, neste domingo (5), o governo de Pernambuco divulgou a flexibilização dos horários de funcionamento dos centros de compras. Via edição extraordinária do Diario Oficial, a portaria conjunta da Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria de Desenvolvimento Econômico de número 17/2020 determina que, desde o último sábado (4), os shoppings estão autorizados a funcionar com duas opções de horário: das 11h às 19h ou das 12h às 20h. Até então, era permitida apenas a segunda opção.

A portaria de flexibilização de horários não engloba o funcionamento das clínicas, laboratórios, bancos, serviços públicos e supermercados localizados dentro dos empreendimentos. Além dos shoppings, ela é válida também para centros comerciais e praças de alimentação, sendo que estas últimas só podem funcionar para retirada e delivery.

Além da possibilidade de modificação nos horários, o decreto não altera mais nenhuma determinação anterior. Continua suspenso, por exemplo, o funcionamento dos serviços voltados à recreação, como cinemas, parques, praças de diversão e similares, assim como para prática esportiva, a exemplo das academias de ginástica.

Por meio de nota, a Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), afirmou que esta é uma flexibilização solicitada desde a autorização de reabertura para atender demandas específicas de shoppings localizados em áreas de grande movimento do comércio, que podem conciliar os seus horários ao que é praticado pelo comércio de rua.

Pernambuco confirma 1.627 novos casos de Covid-19 e mais 27 mortes

 (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)
Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP

Neste domingo (5), a Secretaria Estadual de Saúde (Ses-PE) confirmou 1.672 novos casos de Covid-19 em Pernambuco. De acordo com o Governo do Estado, do total confirmado, 1.591 (95%) são casos leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 81 (5%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Também foram confirmadas laboratorialmente mais 27 mortes pela doença causada pelo novo coronavírus. Com isso, o Estado totaliza 5.143 mortes pela doença. Pernambuco totaliza 65.129 casos já confirmados, sendo 20.190 graves e 44.939 leves. As vidas de 5.143 pernambucanas também foram levadas pela epidemia, de acordo com a Ses-PE.

O boletim epidemiológico divulgado neste domingo (5) também registra 44.568 pessoas curadas da Covid-19 no Estado. Desse total, 9.885 são de casos graves e 34.683 casos leves. Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por 179 municípios pernambucanos, além do Arquipélago de Fernando de Noronha e da ocorrência de pacientes em outros Estados e países.

Dos 27 óbitos confirmados, 17 são do sexo masculino e 10 do sexo feminino. As novas mortes confirmadas são de pessoas residentes nos municípios de Agrestina (1), Bezerros (1), Brejo da Madre de Deus (1), Caruaru (2), Cupira (1), Custódia (1), Exu (1), Igarassu (1), Itaquitinga (2), Jaboatão dos Guararapes (3), Lagoa do Carro (1), Paudalho (1), Recife (7), Salgueiro (1), Vertentes (1) e Vitória de Santo Antão (1), além de (1) óbito de paciente proveniente de outro Estado.

Os óbitos computados no boletim de hoje ocorreram entre 30 de abril e 4 de julho. Do total, 21 mortes ocorreram neste mês de julho. As outras cinco ocorreram no mês passado, e uma em abril. Os pacientes tinham idades entre 25 e 91 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (2), 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 50 a 59 (1), 60 a 69 (9), 70 a 79 (5), 80 anos ou mais (8).

Dos 27 pacientes que vieram a óbito, 25 apresentavam comorbidades confirmadas: diabetes (12), doença cardiovascular (10), hipertensão (8), doença respiratória (5), doença renal (3), imunodeprimido (2), etilismo/histórico de etilismo (1), Histórico de AVC (1), doença neurológica (1), doença de Parkinson (1) e obesidade (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais estão em investigação pelos municípios.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 16.306 casos foram confirmados e 20.516 descartados. As testagens abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada.

Martha Rocha, primeira Miss Brasil, morre aos 87 anos

Martha Rocha

A ex-Miss Brasil Martha Rocha, de 87 anos de idade, morreu no sábado (4), às 13h, na Casa de Repouso Carol Caminha, em Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde morava há um ano e meio. O corpo foi enterrado hoje (5) no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em Niterói.

Álvaro Piano, de 63 anos de idade, um dos três filhos da ex-miss, disse à Agência Brasil que a mãe sofria de efisema pulmonar e no sábado (4) teve o quadro agravado por insuficiência respiratória. A equipe médica da Casa de Repouso chegou a chamar uma ambulância, mas quando ela chegou Martha Rocha já estava sem vida, vítima de infarto fulminante.

Álvaro disse que a mãe, apesar de todos os convites que teve para ser atriz, cantora ou uma personalidade da chamada alta sociedade e de frequentar esse ambiente, sempre soube preservar o lado da família, de mãe e esposa. “Ela sempre foi uma boa mãe para a gente. A lembrança que tenho é de uma mãe que nos deu carinho e não como uma pessoa inacessível que nunca está presente. Ela sabia chegar em um equilíbrio com a vida social e com os convites. Para mim é até inconcebível vê-la como mito de beleza. Ela era a nossa mãe”.

Segundo Álvaro, há cinco anos Martha fez uma cirurgia no fêmur e após voltar para casa foi diagnosticada com uma infecção bacteriana intestinal super agressiva, adquirida no hospital. Ela permaneceu internada por cinco meses em outra unidade hospitalar, mas desde então passou a ter dificuldade de se locomover e passava a maior parte do tempo deitada.

O filho revelou que ao ser identificado o efisema pulmonar, Martha Rocha abandonou o hábito de fumar, mas o pulmão já estava comprometido. “Isso também é um quadro que fragiliza a pessoa”.

Pelo quadro do estado de saúde que a mãe vinha enfrentando nos últimos anos, para Álvaro a mãe descansou com a morte. “Foi um descanso para ela. Teve uma morte relativamente sem grandes sofrimentos. Ela já estava pedindo mesmo para Deus levá-la. Foi até uma graça no meio da tristeza, não dá para negar, porque a cada dia acelerava mais o quadro de saúde. Tinha desenvolvido também surdez e tinha dificuldade de comunicação. Nessa época de covid não se pode visitar uma casa de repouso, porque as visitas estão proibidas. Então, foi um descanso para ela”, afirmou.

Álvaro disse que enquanto a mãe permaneceu na casa de repouso foi super bem tratada por toda a equipe da unidade, que dedicava a ela muito carinho. O filho disse que ela se mudou para o local para que pudesse ter acompanhamento médico durante 24 horas. “Dentro da medida do possível, ela teve um fim digno”, disse.

Miss Universo

Após vencer o concurso de Miss Bahia, Maria Martha Hacker Rocha foi eleita a primeira Miss Brasil, em 1954, em uma cerimônia no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. No mesmo ano, a baiana foi para os Estados Unidos para representar o Brasil no concurso de Miss Universo, mas acabou ficando em segundo lugar, perdendo o título para a americana Miriam Stevenson. Uma versão na imprensa, que é reproduzida até hoje, conta que a perda do título foi uma consequência de Martha ter duas polegadas a mais no quadril.

Para a ex-Miss Brasil 1986, Deise Nunes, Martha Rocha foi uma grande referência não só para ela, mas para todas as meninas que participaram e ainda fazem parte do concurso até hoje. “Uma mulher icônica, de personalidade muito forte, que no ano de 1954 se tornou Miss Brasil e quase foi Miss Universo, só perdeu por causa das tais duas polegadas. Com certeza, para nós brasileiros, foi sim, a nossa Miss Universo 1954”, afirmou à Agência Brasil.

Deise Nunes disse que teve privilégio de estar pessoalmente com Martha Rocha em alguns eventos. “Lembro que da primeira vez que vi Martha Rocha fiquei paralisada. Confesso que demorei a acreditar que estava em frente daquela mulher, daquela beleza e daqueles olhos. Foi maravilhoso para mim. Foi como estivesse conhecendo um ídolo”, revelou.

Brasil tem 1.603.055 casos de covid-19 diagnosticados

Um profissional de saúde mostra um teste para a doença de coronavírus (COVID-19), na Bela Vista do Jaraqui, na Unidade de Conservação Puranga Conquista, às margens do rio Negro, onde vivem Ribeirinhos (habitantes da floresta), em meio à doença

Boletim divulgado neste domingo (5) pelo Ministério da Saúde, registra que até o momento o Brasil tem 1.603.055 casos da covid-19. Desses, 64.867 casos resultaram em óbito, sendo 602 registrados nas últimas 24 horas. O número de pessoas recuperadas soma 906.286, o equivalente a 56,5% dos infectados.

São Paulo continua com o maior número de casos, 320.179; seguido pelo Ceará com 121.464, e pelo Rio de Janeiro, com 121.292. Em número de mortes, no entanto, o Rio de Janeiro, com 10.667, ultrapassa o Ceará, que teve 6.441 óbitos até o momento. Também nesse quesito, São Paulo registra o maior número, com 16.078 mortes.

Entre os estados com menos registros, o Mato Grosso do Sul é o de menor incidência, com 10.089 casos e 117 mortes. Tocantins, com 12.475 casos e 220 mortes, vem em seguida.

Apesar dos números nacionais, algumas cidades estudam a volta gradual da rotina. Na cidade de São Paulo, o prefeito Bruno Covas assinou os protocolos para reabertura dos setores de bares, restaurantes, estética e beleza na cidade.

No Rio de Janeiro, a reabertura de bares levou muita gente para a rua durante o primeiro dia de liberação. Na sexta-feira (3), após medidas punitivas, os estabelecimentos da cidade tomaram atitudes para diminuir as aglomerações.

No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha assinou decreto com o calendário de abertura de bares e escolas. O DF registra, até o momento, 57.854 casos diagnosticados e 699 mortes.

Caruaru e Bezerros retornam para 2ª etapa do Plano de Convivência com a Covid-19

A partir de hoje, segunda-feira (06), os municípios de Caruaru e Bezerros, ambos no Agreste, retornam para a 2ª etapa do Plano de Convivência com a Covid-19 de Pernambuco. Depois de dez dias cumprindo isolamento social rígido – por determinação do Governo do Estado, as duas cidades registraram redução no número de casos graves de SRAG. Dessa forma, além do funcionamento dos serviços essenciais, da construção civil (com 50% da capacidade) e do segmento industrial, será permitido o retorno do comércio atacadista.

Nos dez dias de restrições mais rígidas, o Governo de Pernambuco realizou uma reforço nas ações de fiscalização, de apoio social e de estruturação da rede pública de saúde voltado para o enfrentamento à Covid-19. Essas medidas permitiram a ampliação do isolamento social, a sensibilização o cumprimento de etiquetas de higiene e cuidado pessoal e capacidade de atendimento aos pacientes que precisam de tratamento.

Ao longo dos dez dias de isolamento rígido, o Governo de Pernambuco enviou para o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, mais 20 respiradores, que estão possibilitando a abertura de novas vagas de terapia intensiva na unidade. Já para Bezerros, foram encaminhados, após assinatura de termo de cessão, cinco respiradores, cinco monitores multiparamétricos e cinco camas hospitalares, que estão proporcionando a abertura de 10 novos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com Covid-19 na cidade. A IV Gerência Regional de Saúde já conta com 143 leitos dedicados à Covid-19, sendo 78 de UTI e 79 de enfermaria,

Além de respiradores, o também foram encaminhados, mais de 85 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as secretarias de Saúde dos dois municípios. Entre os itens, foram entregues máscaras cirúrgicas (70 mil); máscaras do tipo N95 (14 mil), que são indicadas para uso de profissionais que estão em contato direto com os pacientes em procedimentos com risco de geração de aerossol; protetores faciais (1.400) e óculos de proteção (210).

A Operação Quarentena, coordenada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), chegou a colocar 593 profissionais nas ruas dos dois municípios. Foram mais de 3,5 mil postos ativados nas duas cidades, entre policiais militares, policiais civis e bombeiros militares, além de profissionais de órgãos parceiros, como Detran, Procon, IPEM, guardas municipais e agentes municipais de Saúde.

Esse efetivo abordou mais de 1.400 veículos e orientou cerca de sete mil pessoas, além de terem fiscalizado mais de 3.5 mil estabelecimentos comerciais. Além dos pontos de bloqueio, cerca de 40 ações de choque de ordem são colocadas em práticas, por dia, em parques, feiras, bancos, pontos de ônibus e áreas comerciais.

Também foram distribuídas 12.300 máscaras de pano e aferida temperatura da 13 mil pessoas. As máscaras foram compradas pela Agência de Desenvolvimento AD Diper do polo de confecções do Agreste. Todos servidores e voluntários utilizaram equipamento de proteção individual composto de máscara, protetor facial, avental e luvas. Ainda foi realizado um trabalho de mobilização com o objetivo alertar as pessoas sobre a necessidade do isolamento social e dos cuidados que todos devem ter, em especial, no período de quarentena rígida.

Como resultado dessas restrições, o município de Caruaru conseguiu sair de um índice médio de isolamento social de 35%, chegando a atingir 50.2%. Já Bezerros, que mantinha um distanciamento médio de 32% na pré-quarentena, chegou a atingir 41%. O índice é medido pela empresa de georreferenciamento Inloco.

Com o retorno de Caruaru e Bezerros para a etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19, todos os municípios que compõem a Microrregião de Saúde II agora estão no mesmo estágio. A partir desta segunda-feira, entram na etapa 5 todas as cidades da Macrorregião I, incluindo a região de Palmares. Entre alguns dos municípios que avançarão para a 5ª etapa estão Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife; Limoeiro, Goiana, Carpina e Bom Jardim, na Zona da Mata Norte. Já as macrorregiões III e IV seguem na etapa 4.