TJPE promove curso para pretendentes à adoção por meio de EAD

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) tem priorizado a realização das etapas para efetuar a adoção de forma virtual. O curso de pretendentes à adoção será realizado por meio da modalidade de Ensino à Distância (EAD) a partir de quarta-feira (8/7). A iniciativa será promovida através de uma parceria entre a Coordenadoria da Infância e Juventude, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e a Escola Judicial do Tribunal (Esmape).

O curso de pretendentes à adoção é uma etapa obrigatória a ser cumprida por aqueles que desejam adotar uma criança ou um adolescente em conformidade com o artigo 197-C §1º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990 e suas alterações) e orientado pela Instrução Normativa Conjunta nº 001/2013 do TJPE, junto à Corregedoria Geral de Justiça e à Coordenadoria da Infância e Juventude. Após essa preparação, que aborda os aspectos jurídicos, sociais e psicológicos da adoção, o juiz decide se o postulante será incluído no Sistema Nacional de Adoção (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e ficará aguardando a convocação para realizar a adoção.

Com a carga horária de 12 horas/aula, o curso abordará especificamente as necessidades do adotando, socializando as peculiaridades que possam expressar em torno do processo adotivo; as orientações sobre a adoção inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou, com deficiências e de grupos de irmãos; as informações sobre os aspectos jurídicos, sociais, psicológicos e pedagógicos pertinentes à adoção; a preparação dos pretendentes para estabelecer contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou institucional, em condições de serem adotados; a proposta aos postulantes de uma autorreflexão sobre seus limites e possibilidades para o exercício da adoção; e o estímulo à adoção legal.

As atividades começarão como experiência-piloto, atendendo inicialmente 40 pretendentes, oriundos das comarcas de São José do Belmonte, Mirandiba, Salgueiro, Olinda, Camaragibe, Paulista, Recife, Vicência, Paudalho, Afogados da Ingazeira, Águas Belas, Garanhuns e Pesqueira. O foco do projeto é descentralizar o serviço, buscando contemplar demandas das diferentes regiões do estado. Os 40 pretendentes foram distribuídos em duas turmas, com 20 pretendentes cada, que serão acompanhados por quatro tutores, sendo dois em cada turma, durante todo o processo de formação. O encaminhamento dos pretendentes para realizar o curso foi feito pelas Varas da Infância e Juventude ou Varas Únicas com competência para o feito para a Ceja, que, por sua vez, enviou os nomes dos postulantes selecionados para a Esmape.

O curso terá seu conteúdo disponibilizado na Plataforma Moodle – ferramenta utilizada pela Esmape para realização das atividades de ensino a distância. A Escola também realizou o treinamento dos quatro tutores do curso, que são servidores da área da Infância e Juventude do TJPE, sendo dois profissionais da Coordenadoria da Infância e Juventude e dois das Varas de Infância e Juventude. Com base nos conhecimentos adquiridos a partir do treinamento e após a realização da experiência piloto, os quatro tutores terão como responsabilidade preparar e treinar mais oito profissionais que se disponibilizaram para compor a equipe de capacitação dos pretendentes à adoção. A inciativa conta também com apoio e suporte tecnológico da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic). Após a avaliação da experiência do curso-piloto, será montado o cronograma de abertura das novas turmas, visando à continuação do atendimento aos postulantes à adoção.

O coordenador da Infância e Juventude de Pernambuco, desembargador Stênio Neiva Sousa, revela que a ideia para a realização do curso EAD voltado para os pretendentes à adoção surgiu antes da pandemia. “Objetivando reduzir custos para a gestão, uma das minhas metas pretendidas como coordenador da Infância e Juventude do TJPE, antes mesmo da pandemia, era oferecer esse curso preparatório a distância. A procura por parte dos pretendentes tem sido muito grande, e os juízes e servidores se desdobraram para tornar esse desejo em realidade, buscando e atualizando as experiências das várias versões presenciais realizadas. Um outro objetivo é oferecer, no futuro, curso EAD também na capacitação de juízes e servidores que compõem o Programa Jornadas Pernambucanas. Por meio desse projeto são promovidas capacitações dos profissionais da Infância e Juventude para uniformizar as rotinas de trabalho desenvolvidas pelas varas que prestam serviços jurisdicionais”, afirmou.

O desembargador agradeceu também o empenho da equipe do TJPE para viabilizar a iniciativa em EAD voltada aos postulantes à adoção. “Reconheço que esse curso só está sendo possível graças ao esforço conjunto dos que fazem a área da Infância, que forneceram todo o material programático, formataram o curso, cumprindo todas as recomendações do CNJ e o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, e também da Esmape. De fato, era um antigo sonho e que nos permitirá alcançar um maior número de pessoas interessadas em adoção, com possibilidades de chegarmos de forma mais viável a outros estados e países. Isso é muito importante para as crianças e adolescentes que estão à espera de uma família”, pontuou.

A secretária-executiva da Ceja, juíza Hélia Viegas, destaca a relevância da continuidade do curso após o período da pandemia e a praticidade do aprendizado por meio remoto. “É de grande importância o curso EAD de formação de pretendentes à adoção, não só nesse período de pandemia em que o isolamento social faz-se necessário e o expediente presencial ainda se encontra suspenso para os jurisdicionados, mas, também, em momentos futuros, quando já estiver sido superada a necessidade de isolamento social, pois o curso de formação é uma etapa obrigatória para habilitação do pretendente à adoção pelo SNA e muitas comarcas no nosso estado não dispõem de uma equipe técnica para promovê-lo. Assim, tal iniciativa viabilizará a realização desse curso, nas comarcas desatendidas de equipe técnica a ofertar o curso presencial pelos pretendentes à adoção, evitando também o deslocamento dos pretendentes para realizarem esse curso em outras comarcas”, observou.

Passo a passo da adoção

Para realizar a adoção, o adotante faz um pré-cadastramento no SNA por meio do site cnj.jus.br/sna. Em seguida junto à Vara especializada, deve preencher um requerimento com dados pessoais e familiares acompanhado de documentos como cópia autenticada da certidão de nascimento, casamento ou declaração relativa à união estável; cópia da carteira de identidade e do CPF; comprovante de renda e de domicílio; atestados de sanidade física e mental; certidão de antecedentes criminais; e certidão negativa de distribuição cível, sendo necessário ter mais de 18 anos de idade.
No momento, devido ao período de transmissão pelo novo coronavírus, para protocolar o requerimento, os adotantes podem se dirigir aos setores de Distribuição da Capital e do restante das comarcas do estado, ou encaminhar o seu pleito para o e-mail da distribuição da comarca, a fim de que seja distribuído o seu processo de habilitação para adoção.

Com aumento de mortes, Miami volta a fechar restaurantes

teste finalizado em um local de testes de coronavírus fora dos Serviços Comunitários de Saúde I

Miami-Dade, o condado mais populoso do estado norte-americano da Flórida, se tornou o mais novo ponto crítico do novo coronavírus nos Estados Unidos (EUA) a voltar atrás no processo de reabertura nessa segunda-feira (6), proibindo restaurantes de servirem refeições no local, conforme o número de casos no país aumenta e as mortes pela doença superam o total de 130 mil

O decreto emergencial foi editado pelo prefeito Carlos Gimenez, principal autoridade do condado, que inclui a cidade de Miami e áreas próximas, e que tem cerca de 48 mil casos de covid-19 entre seus 2,8 milhões de moradores.

A medida atingiu em cheio os donos de restaurantes, que recentemente voltaram ao trabalho após o fechamento obrigatório que durou semanas até ser suspenso, deixando-os frustrados e ainda mais preocupados com a sobrevivência de seus negócios.

“Estamos emocionalmente esgotados, financeiramente esgotados, e estamos esgotados com o trauma em ver tudo que está acontecendo”, afirmou Karina Iglesias, sócia de dois restaurantes espanhóis populares no centro de Miami, o Niu Kitchen e o Arson.

Michael Beltran, sócio no Ariete Hospitality Group, e proprietário de uma série de outros restaurantes populares de Miami, incluindo o Taurus, tinha dificuldade de aceitar que teria de dizer a seus 80 funcionários – muitos dos quais foram recontratados para a reabertura – que eles ficariam desempregados novamente.

“Pelo que me disseram, eu fiz as coisas certas para reabrir, e agora estamos nesse ponto”, disse Beltran.

A Flórida registrou novo recorde diário de casos, com 11 mil nessa segunda-feira, número maior do que o registrado em qualquer país europeu no auge da crise.

Chinesa SinoVac começa etapa final de testes da vacina contra covid-19

Funcionário da CureVac demonstra fluxo de pesquisa para vacina contra coronavírus em Tuebingen, na Alemanha

A chinesa SinoVac está iniciando os testes da fase 3 de sua potencial vacina contra o novo coronavírus, informou a farmacêutica nessa segunda-feira (6), tornando-se uma das três empresas a avançar aos estágios finais da corrida para desenvolver uma imunização contra a doença.Voluntários começarão a ser recrutados neste mês.

A vacina será testada no Brasil, em um estudo com 9 mil voluntários liderado pelo Instituto Butantã, vinculado ao governo do estado de São Paulo. Na sexta-feira (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização dos testes, que serão feitos em 12 centros de pesquisa localizados, além de São Paulo, em mais quatro estados e no Distrito Federal.

Sobre a posição dos ensaios realizados com candidatas a vacina em todo o mundo, o documento mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nessa segunda-feira, informou que a SinoVac está na fase 3.

A vacina experimental para covid-19 da AstraZeneca, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford e que já está sendo testada no Brasil, em estudo liderado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e a da Sinopharm são as outras candidatas em fase 3, o estágio final.

A SinoVac está construindo uma fábrica de vacinas, que deverá ficar pronta neste ano e ser capaz de produzir até 100 milhões de doses anualmente.

Os ensaios de fase 1 e fase 2 normalmente testam a segurança de um medicamento antes de entrar nos de fase 3, que testam sua eficácia.

Existem 19 ensaios de vacinas em avaliação clínica, e centenas estão sendo desenvolvidas e testadas em todo o mundo para conter a pandemia de covid-19, doença respiratória que já matou milhares de pessoas e devastou a economia global.

Nenhuma vacina foi aprovada ainda para uso comercial. Uma análise do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, no ano passado, constatou que cerca de uma em cada três vacinas, no primeiro estágio dos testes, é aprovada posteriormente.

Começam hoje inscrições para o Sisu

resultado do Sisu, educação. MEC

A partir de hoje (7), estudantes que participaram da edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem se inscrever para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do meio do ano. Até sexta-feira (10) serão oferecidas mais de 51 mil vagas em instituições de ensino superior do país.

Pela primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu 2020.2 vai ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Além de ter feito o Enem de 2019, os interessados não podem ter zerado a redação. Estudantes que fizeram o exame na condição de treineiros também não podem participar.

Como se inscrever?

Por meio do site do Ministério da Educação (MEC), na tela “Minha inscrição”, o candidato poderá escolher até duas opções de cursos, por prioridade, na mesma instituição ou em universidades diferentes. Para fazer a primeira escolha, basta clicar em “Fazer inscrição na 1ª opção”. A pesquisa de vagas pode ser feita por nome do município, instituição ou curso. Após selecionar a opção, basta clicar em “Escolher este curso” para continuar.

Nesta fase, o candidato deverá indicar se irá participar do Sisu pelas vagas de ampla concorrência, pela Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) ou pelas políticas afirmativas das instituições. No caso das universidades e institutos federais, os alunos de escola pública que se candidatarem às vagas reservadas serão divididos em grupo e subgrupo, conforme renda familiar e raça. Clique em “Escolher esta modalidade” para continuar.

Critérios

De acordo com o edital do Sisu, a ordem dos critérios para a classificação de candidatos é a seguinte: maior nota na redação, maior nota na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; maior nota na prova de Matemática e suas Tecnologias; maior nota na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e maior nota na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Lista de Espera

Segundo cronograma divulgado pelo MEC, o resultado da primeira chamada do Sisu será divulgado no dia 14 de julho. O candidato que não foi selecionado em uma das duas opções, em primeira chamada, deverá manifestar seu interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre os dias 14 e 21 de julho. A partir daí, basta acompanhar as convocações feitas pelas instituições para preenchimento das vagas em lista de espera, observando prazos, procedimentos e documentos exigidos para matrícula ou para registro acadêmico, estabelecidos em edital próprio da instituição, inclusive horários e locais de atendimento por ela definidos.

CBF afirma que Brasileiro começa no dia 9 de agosto

Campeonato brasileiro

Horas após o governador de São Paulo, João Doria, afirmar, nesta segunda (6), que os clubes de futebol de seu estado não poderão iniciar a participação no Campeonato Brasileiro antes do término do Campeonato Paulista, a Confederação Brasileira de Futebol divulgou nota na qual diz que o começo do Brasileirão será em 9 de agosto.

“A respeito da declaração do governador de São Paulo, João Doria, em coletiva nesta segunda-feira, 6, sobre o Campeonato Brasileiro, a CBF afirma que: 1 – Os clubes de São Paulo aprovaram, em reunião no dia 25 de junho, com a presença dos 40 clubes das Séries A e B, as datas de 9 de agosto para o início da Série A do Campeonato Brasileiro e 8 de agosto para início da Série B. 2 – Para preservar estas datas, os clubes concordaram em jogar fora de seus domínios, transferindo o seu mando de campo para outra cidade ou estado caso o seu local de jogo não esteja liberado nas datas de início das competições. Essa decisão foi tomada em votação que contou com o apoio de 19 clubes da Série A, incluindo todos os de São Paulo. 3 – Os clubes de São Paulo disputantes do Campeonato Brasileiro da Série A reafirmaram sua posição em contato com a CBF, nesta segunda-feira, 6. A CBF e a Federação Paulista de Futebol [FPF] estão em permanente sintonia em relação aos temas de interesse do futebol brasileiro”, diz a nota.

Doria expressou sua posição um dia após a publicação de entrevista do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, ao jornal O Globo, na qual ele confirma a abertura das Séries A, B e C do torneio nacional para os dias 8 e 9 de agosto.

“Temos três rodadas para concluir o campeonato [na verdade, duas para finalizar a primeira fase, tendo ainda o mata-mata pela frente]. Sem concluir [o Estadual], os times de São Paulo não podem participar do Brasileiro. Estamos levando isso em conta, os aspectos de saúde e o protocolo assinado com a Federação Paulista de Futebol [FPF]. E esta, por sua vez, com as equipes da primeira divisão [Série A1]”, afirmou Doria, em entrevista coletiva. “Sobre a decisão da CBF de voltar no dia 9, não houve consulta prévia ao governo do estado de São Paulo”, completou.

Ainda não há uma data oficial para reinício do Paulistão, suspenso após a 10ª rodada da primeira fase. Na última sexta (3), o secretário de esportes do estado de São Paulo, Aildo Ferreira, disse que a realização de eventos esportivos poderá ser autorizada a partir de 27 de julho nas regiões que passarem, ao menos, quatro semanas na terceira de cinco fases do plano de reabertura das atividades no estado. Ou seja, onde a pandemia do novo coronavírus (covid-19) estaria mais controlada.

Bolsonaro faz exame de covid-19; resultado sai nesta terça

A Secretaria Especial de Comunicação Social divulgou em nota que o presidente Jair Bolsonaro realizou na noite desta segunda-feira (6) um teste de covid-19 em um hospital de Brasília. Segundo a nota, o resultado do exame sairá amanhã (7). “O presidente apresenta, nesse momento, bom estado de saúde e está em sua residência”, diz a nota.

Em março, Bolsonaro informou ter feito dois exames para detecção da covid-19 e ambos deram negativo.

Pernambuco registra 513 novos casos e 20 óbitos por Covid-19

 (AFP )
AFP

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta segunda-feira (06), 513 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 433 (84%) são casos leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 80 (16%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Agora, Pernambuco totaliza 65.642 casos já confirmados, sendo 20.270%u202C %u202C graves e 45.372 leves. Também foram confirmados 20 óbitos, ocorridos desde o dia 05 de maio. Com isso, o estado totaliza 5.163 óbitos pela doença. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Brasil tem 65,4 mil mortes causadas pela covid-19

exame coronavirus COVID-19

O Brasil chegou a 65.487 mortes em decorrência da covid-19. Foram registradas mais 620 mortes nas últimas 24 horas, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta segunda-feira (6). No domingo (5), o balanço informava a ocorrência de 64.867 mortes em função da pandemia.

Pelas estatísticas do Ministério da Saúde, foram identificados mais 20.229 casos da doença. Com isso, o número total de pessoas infectadas chegou a 1.623.284. Ontem, o painel do Ministério da Saúde mostrava 1.603.555 casos confirmados.Do total de infectados até o momento, 927.292 já se recuperaram e 630.505 pacientes ainda estão em acompanhamento.

Os números diários do balanço do Ministério da Saúde em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pelas restrições nas equipes que fazem contagem de dados nas secretarias municipais e estaduais, e maiores às terças-feiras, quando há aumento de registros em razão do acúmulo do que não foi encaminhado no fim de semana.

Regiões
A região com maior número de mortes por covid-19 é o Sudeste, com 29.900. O Nordeste registra 21.235 óbitos; o Norte, 10.039; o Centro-Oeste, 2.328; e o Sul, 1.985.

Os estados com mais mortes em função da pandemia são São Paulo (16.134), Rio de Janeiro (10.698), Ceará (6.481), Pará (5.105) e Pernambuco (5.163). As unidades da Federação com menos óbitos são Mato Grosso do Sul (122), Tocantins (224), Roraima (371), Acre (394) e Santa Catarina (406)

Vídeo clip reúne Ney Matogrosso, Lenine e Zélia Ducan em campanha para profissionais de saúde

Trinta artistas do Brasil, Portugal e Cabo Verde se reuniram virtualmente para gravar o videoclipe da canção Anjos Secretos, composta por Francis Hime e pelo fadista Jorge Fernando em homenagem aos profissionais da saúde do mundo todo, que estão no front da guerra contra o Covid-19. Com direção de Paulo Mendonça, o clipe foi realizado exclusivamente com registros feitos através dos celulares e reúne Ney Matogrosso, Lenine, Zélia Duncan, Francis Hime, Olivia Hime e Lucinha Lins, os portugueses Ana Moura e Camané e o africano Tito Paris, entre outros grandes nomes.

Link videoclipe

O lançamento mundial será no YouTube e a renda arrecadada com as visualizações do clipe na internet serão revertidas para a organização Médicos Sem Fronteiras – www.msf.org.

#clipeanjossecretos
#profissionaisdasaude
#linhadefrentecovid19
#medicossemfronteiras

ANJOS SECRETOS (Letra)

Vem dum mundo traiçoeiro
Hábil, resiste e se espalha
Bicos de pé sorrateiro
Se apodera de quem calha

Não tem voz
Nem se anuncia
Não se faz anunciar
Esvazia a vida e vazia
Quer-nos a vida tomar

Menos fé e mais recato
Ao destino que se apronta
Que até Deus se curva grato
A quem de nós toma conta

A bata branca em segredo
Entre o contágio e o medo
Sem medo de desistir
Sem medo do que há de vir

Sem contar horas, despertos
À luz duns deuses ocultos
Os nossos anjos secretos
São simples nomes e vultos

Sem rosto, cor ou idade
Num servir que é permanente
Que a gratidão de verdade
É pra quem cuida da gente

Não há mãos, não há abraços
Só um simples gesto faço
Pra te dizer como sinto
Não te encostar ao meu peito
Não te apertar do meu jeito

Música de Francis Hime e Jorge Fernando

Participações
Lenine
Ney Matogrosso
Zélia Duncan
Francis Hime
Olivia Hime
Lucinha Lins
Fabia Rebordão
Ana Moura
Susana Travassos
Marisa Liz
Luísa Sobral
Lenita Gentil
Marco Rodrigues
Jonas Silva Lopes
Berg
David Cruz
João Pina
New Max e Demo (Expensive Soul)
Camané
Colton Benjamin
Tito Paris
Dino Santiago
Lura
Dany Silva
Jorge Fernando

Músicos

Guitarras portuguesas: André Dias e Bruno Chaveiro
Piano: Morta Grigaliünaitè
Baixo: José Ganchinho
Percussão: Ivo Martins

Narração

Antônio Grassi
Inês Meneses

Ficha técnica

Música: Francis Hime
Letra: Jorge Fernando
Produção musical: Kapa de Freitas
Engenheiro de som: Henrique Macide
Direção de arte: Monica Martins
Fotos: Paulo Mendonça
Edição, sincronização e finalização: Bernardo Mendonça
Direção: Paulo Mendonça
Produção: Jorge Fernando e Paulo Mendonça

Com atendimento personalizado, pequenas livrarias mantêm vendas

A tradicional e popular Feira de Livros, realizada de forma itinerante em várias praças da cidade do Rio de Janeiro, está comemorando 60 anos, com uma edição especial no Largo da Carioca (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Indicações de livros por whatsapp, entregas em carro próprio e conteúdo nas redes sociais foram algumas das estratégias usadas pelas pequenas livrarias e editoras paulistanas para enfrentar o período de confinamento imposto pela pandemia do novo coronavírus. “A gente tentou substituir o presencial pelo online. Tiramos fotos do interior do livro, mandamos por Whatsapp.e e sugerimos livros”, conta a livreira Roberta Paixão, proprietária da Mandarina, livraria da zona oeste da capital paulista.

De início, afirma ela, havia grande interesse por livros que falam de situações semelhantes à pandemia, como A Peste, do argelino Albert Camus, e Ensaio Sobre a Cegueira, do português José Saramago. “De maio para cá, as pessoas estão pedindo livros de maior fôlego de leitura. Livros grossos”, comenta Roberta a respeito da mudança do perfil de leitura, que, agora, inclui títulos como Crime e Castigo, do russo Fiódor Dostoiévsk, e a Montanha Magica, do suíço Thomas Mann. “O Oráculo da Noite, de Sidarta Ribeiro, é um sucesso de vendas”, acrescenta, destacando que o autoconhecimento é um dos temas que ganharam força nas últimas semanas. O título do neurocientista traz reflexões a respeito dos sonhos.

Manutenção das vendas

Apesar de ter sido pega de surpresa pelo fechamento da loja durante a quarentena, iniciada em março na cidade de São Paulo, Roberta conta que conseguiu manter as vendas. “A gente inventou isso de um dia para o outro”, comenta sobre a necessidade de adaptação de um negócio que funcionava apenas de forma presencial. “No início, peguei o meu carro e a gente rodou São Paulo”. Atualmente, a livraria tem um funcionário dedicado às entregas. “Em maio, um rapaz que trabalhava aqui na rua como valet se ofereceu e a gente acolheu isso também, gerando receita para ele”, disse, ao destacar a importância de valorizar também o bairro e o entorno do negócio.

O esforço, entretanto, valeu a pena. “A gente conseguiu manter a receita flat – faturamento médio mensal – normal, o que ajudou a pagar as contas”, relata. Uma fórmlua parecida também ajudou a Livraria da Tarde, na mesma região, a conseguir manter um fluxo mínimo de caixa para sobreviver. “Nos primeiros dez dias estava todo mundo assustado. Em abril, já comecei a ter bastante venda”, diz a livreira Mônica Carvalho. Agora, ela começa, aos poucos, a voltar a atender os clientes presencialmente. “É muito gostoso receber as pessoas de novo na loja. É uma loja que foi feita com muito cuidado e carinho. Ficar fechado estava me deprimindo”.

O balanço das vendas de livros, feita pela consultoria Nielsen em parceria com Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostra que o mercado teve, de janeiro a 14 de junho, uma queda de 12,3% em volume de vendas em comparação com o mesmo período de 2019. Foram 15,9 milhões de exemplares vendidos, gerando receita de R$ 729 milhões. Em valor, o mercado de livros registrou retração de 11,7%.

A reabertura do comércio, que começa a ocorrer na capital paulista, vai mudar pouco a rotina da Livraria Africanidades, na zona norte da cidade. “A livraria só abre quando São Paulo estiver verde [na última fase do plano de flexibilização da quarentena]. Quando equipamentos culturais também reabrirem, quando houver um ambiente mais confortável, mais sólido para minha saúde e das pessoas também”, diz a livreira Ketty Valencio, que fica próxima à Brasilândia, uma das regiões com mais mortes por covid-19.

Produção de conteúdo

Especializada na temática etnorracial e feminismo, a livraria tem investido na produção de conteúdo online. Segundo Ketty, entre os projetos está o mapeamento de autoras negras, que vai se tornar um festival de literatura com transmissão pela rede. “A gente não parou”, afirma sobre as ações culturais que impulsionam o movimento da livraria. “As vendas não caíram. No mês passado foram até um pouco mais altas do que nos outros”, acrescenta ao falar das vendas que continuaram a todo vapor, mesmo com a loja física fechada.

A produção de conteúdo também foi a forma que a Editora Elefante usou para manter o contato com os leitores durante a quarentena.“É uma maneira de oferecer conteúdo, porque no fim das contas a nossa função social como editora é disponibilizar conteúdo para os leitores. Normalmente, a gente faz isso por meio dos livros, mas em um momento de pandemia, em que as pessoas estão muito em casa e eu mesmo, há uma ânsia de ler pontos de vista sobre o que está acontecendo”, diz um dos fundadores da editora, Tadeu Breda

No início da pandemia, a pequena editora tomou um susto com as medidas de contenção adotadas pelas livrarias. “Essa preocupação foi aumentado à medida em que as livrarias foram anunciando que não fariam os acertos dos livros vendidos, que iam atrasar o repasse do dinheiro”, diz. Por isso, Tadeu explica que apostou nas vendas diretas pela página da editora, oferecendo bons descontos na compra de conjuntos temáticos de livros. “Livros mais baratos para gente que vai ter mais tempo para ler”, destaca.

Adaptações

A Elefante optou ainda por adaptar a agenda de lançamentos aos acontecimentos. “Começamos a priorizar livros que têm mais a ver com o momento. Essas medidas acabaram funcionando para a gente e aumentaram muito as nossas vendas no site. Não chegou ao ponto de igualar a receita anterior com as livrarias, mas foi suficiente para a gente atravessar esses três meses sem ter que demitir ninguém”, conta.

Assim, um dos títulos em pré-venda acabou se tornando um dos mais vendidos – Pandemia e Agronegócio, do norte-americano Rob Wallace. “Ele relaciona muito o nosso modo de vida capitalista, e sobretudo de produção de proteína animal, com o surgimento de doenças infeciosas”, detalha o editor. Ensinando o Pensamento Crítico, da norte-americana Bell Hooks, também ajudou a puxar as vendas. “A gente lançou pouco depois dessa proliferação de manifestações contra o racismo nos Estados Unidos e no mundo”.

Agora, com o as livrarias voltando a abrir, Tadeu diz que pretende seguir com os lançamentos, apesar do cenário com muitas incertezas. “Não temos a perspectiva de parar não”, enfatiza.

Dificuldades

Especializada em livros políticos e de lutas sociais, a Editora Glac sofreu um pouco mais durante a quarentena. Foi um processo de reestruturação interna, porque é uma editora muito pequena. A gente perdeu um funcionário, não por falta de dinheiro para pagar, mas pela pandemia. Era a representante comercial, fazia as vendas e apresentava os livros”, conta um dos fundadores, Leonardo Beserra.

Sem as livrarias, a editora teve que reduzir as tiragens e apostar em diversos canais de vendas online. Também fez promoções solidárias, com descontos a movimentos e grupos ligados às ideias dos autores das publicações. “O que foi bom para a gente, mas não é o suficiente. A gente precisa faturar pelo menos o dobro ou o triplo para conseguir gerar renda para continuar investindo e pagar as próprias contas, que estão cada vez mais atrasadas”, diz Leonardo.

Além de vender por grandes varejistas digitais, a Glac agora vai produzir livros impressos sob demanda e publicações para livros eletrônicos. “A gente demorou o mês de abril inteiro para entender as coisas a que a gente precisava se adaptar”, afirma sobre os esforços que tem sido necessários para manter a empresa de pé.