Produção industrial de Pernambuco registra maior queda dos últimos dez anos

Sob o efeito da crise desencadeada pela Covid-19, a produção industrial de Pernambuco do mês de março registrou a maior queda da série histórica, que teve início em 2010. O impacto intenso está relacionado à redução na demanda por produtos e à retração dos empregos nos principais setores econômicos locais. Na comparação com fevereiro de 2020, o volume de produção caiu 10,8 pontos, atingindo o resultado de 36 pontos.

Na visão do economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, a situação se agravou porque todos os índices avaliados na pesquisa, como a utilização da capacidade instalada, das condições financeiras e do acesso ao crédito, caíram bruscamente. “Com todos esses elementos juntos desacelerados, não há como termos cenário diferente. Isso porque, tudo está atrelado e depende da capacidade de consumo das pessoas, que, hoje infelizmente, está comprometida em razão dos efeitos do coronavírus na saúde e na economia”, analisou.

De acordo com o levantamento feito pela FIEPE, com base nos dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o índice de Evolução do Número de Empregados saiu de 49,2 pontos em fevereiro para 40 pontos em março, com uma avaliação negativa de 9,2 pontos. O resultado fica atrás apenas do registrado em agosto de 2015, quando chegou a 39,8 pontos, cujos reflexos se davam em razão das crises política e econômica do País naquela época.

O declínio na evolução do Número de Empregados tem reação direta no índice da Utilização da Capacidade Instalada das indústrias do Estado, que alcançou a maior queda mensal já registrada, assim como o menor nível, desde a série histórica da pesquisa. O indicador atingiu 56,7 pontos percentuais em março deste ano, quando, em fevereiro, era de 70 pontos.

As condições financeiras da indústria no primeiro trimestre deste ano também contribuíram para que o resultado final fosse o pior dos últimos 10 anos. Um dos índices dessas condições financeiras é o de acesso ao crédito, que recuou 6,1 pontos, saindo de 35,8 pontos registrados no quarto trimestre de 2019 para 29,7 pontos no primeiro trimestre de 2020. “Percebe-se que esse resultado é ruim, porque, justamente quando as empresas mais precisam de recursos, o acesso ao crédito para capital de giro não acontece”, frisou Andrade.

O economista da FIEPE chamou atenção ainda para a satisfação financeira e para o lucro operacional das empresas, que pioraram entre os trimestres, com redução significativa para o início de 2020. O índice de satisfação com a situação financeira saiu de 49,4 pontos para 43,4 pontos, entre o fim do ano de 2019 e março de 2020 – uma redução de 6 pontos.

Já o de satisfação com relação à margem de lucro operacional, caiu 5,2 pontos entre dezembro de 2019 e março de 2020, saindo de 46,8 para os 41,6 pontos. Os dois indicadores se encaminhavam para ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, o que os tirariam da situação de queda. O único indicador que cresceu, em contrapartida, foi o de Estoques, que apresentou aumento de 2,5 pontos entre fevereiro (47,5) e março de 2020 (50 pontos). “Totalmente justificável porque, mesmo com a produção desacelerada, as indústrias estão produzindo e não estão conseguindo se desfazer dos seus estoques”, lamentou Cézar Andrade.

EXPECTATIVAS

As expectativas com relação à percepção dos empresários sobre a evolução futura da demanda por produtos, da quantidade exportada, do número de empregos gerados e da compra de matérias-primas não são nada boas para os próximos seis meses. A expectativa sobre a demanda por produtos apresentou queda mensal expressiva de 19,4 pontos, declinando de 58,3 pontos para 38,9 pontos entre março e abril de 2020. Em relação à intenção de investimentos, o número final também decresceu no mesmo período, saindo de 57,6 pontos para 44,7 pontos. A variação foi negativa em 12,9 pontos.

Governo de Pernambuco prorroga medidas restritivas em diversos setores

O governador Paulo Câmara assinou hoje (30) o Decreto Nº 48.983 que estende a quarentena em Fernando de Noronha, mantém a paralisação das atividades econômicas, prorroga a suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público e privado, em todo o Estado de Pernambuco. O Decreto também veda o acesso e a prática de atividades nos parques e praias e nos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e beira-rio.

No documento, o Governo modifica o Decreto nº 48.809, de 14 de março de 2020 e passa a permitir o funcionamento das lojas de material de informática, por meio de entrega em domicílio ou como ponto de coleta. Os serviços de assistência técnica de eletrodomésticos e equipamentos de informática também estão liberados.

O acesso às praias e aos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e de beira-rio, e aos parques localizados no Estado de Pernambuco, para prática de qualquer atividade permanece proibido até o dia 15 de maio. O Decreto também mantém a suspensão, até o dia 15 de maio, das atividades econômicas previstas nos Decretos Nº 48.809, Nº 48.832, Nº 48.834 e Nº 48.837, com as respectivas alterações.

A suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público ou privado, em todo o Estado de Pernambuco permanece em vigor até 31 de maio de 2020. O Governo de Pernambuco prolonga até o dia 10 de maio a quarentena no Arquipélago de Fernando de Noronha. A medida visa conter a epidemia da Covid-19 na ilha e realizar um estudo epidemiológico da evolução do novo Coronavírus no arquipélago.

As medidas foram tomadas com o objetivo de intensificar ações restritivas temporárias adicionais adotadas até então para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Os serviços e atividades considerados essenciais permanecem funcionando, dentro dos limites previstos nos Decretos. Estão enquadrados nessa categoria, alguns setores, principalmente supermercados, padarias, mercados, lojas de conveniência, feiras livres, lojas de defensivos e insumos agrícolas, farmácias e estabelecimentos de produtos médico-hospitalares, postos de gasolina, bancos e serviços financeiros, inclusive lotéricas, casas de ração animal e depósitos de gás, entre outros.

“Nosso governo tem compromisso com as pessoas. É o que se espera de um governo: humanidade, respeito, coragem para fazer o que precisa ser feito. Toda ação tem consequências. O isolamento social, por mais um tempo, também traz perdas. Mas diminui as perdas irrecuperáveis, que são as vidas humanas”, enfatizou Paulo Câmara.

Bancários da Caixa clamam por assistência à saúde para todos os trabalhadores do banco


Há quase dois meses — desde quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do coronavírus, incluindo o Brasil na lista de países com registros da doença — os bancários da Caixa Econômica Federal reivindicam à direção do banco a garantia de cobertura da assistência de saúde e psicológica para todos os trabalhadores da instituição. Apesar dos riscos de contaminação, os empregados se mantém dedicados ao atendimento à população em todo o país; inclusive, na linha de frente das agências.

Reiterados pedidos de “Saúde Caixa para Todos” foram feitos à direção da Caixa. Contudo, o banco — em mais uma reunião (por videoconferência) com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta quarta-feira (29) — novamente não apresentou qualquer proposta oficial de inclusão de aproximadamente 2 mil novos trabalhadores na cobertura do plano Saúde Caixa.

Durante a reunião, o banco apresentou apenas a necessidade de assinar um aditivo para a alteração (no plano de saúde), mas sem esclarecer em quais parâmetros. A direção disse, ainda, que o Saúde Caixa tem problema de sustentabilidade por conta de déficit recorrente desde 2016.

“É responsabilidade da Caixa assegurar que todos os empregados tenham plano de saúde e cuidar do bem-estar dos trabalhadores”, defende o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira. “Com a pandemia, isso ficou muito mais evidente e a responsabilidade aumenta porque grande parte desse grupo são pessoas com deficiência. Não é possível ter quase 84 mil empregados sendo que 2 mil não tem plano de saúde”, acrescenta Ferreira.

INSISTÊNCIA — No último dia 22, a Fenae e a Contraf enviaram ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reivindicando que excepcionalmente, por 120 dias, os trabalhadores admitidos a partir de 1º de setembro de 2018 sejam incluídos no Saúde Caixa e possam ter direito ao plano durante a fase mais crítica da pandemia do coronavírus.

“Todos sabemos a relevância dessa assistência para empregados ativos, aposentados, pensionistas e dependentes. Não vamos renunciar a isso”, afirma Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Fenae e representante da Contraf nas negociações com o banco. “A assistência à saúde permite que o trabalhador da Caixa possa cuidar da sua saúde e da saúde da sua família. Lutamos para que o Saúde Caixa permaneça como um direito e inclua todos os empregados, independentemente da data de contratação”, completa Uehara.

TESTAGEM E VACINAÇÃO — A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa também cobra da direção do banco a testagem de todos os trabalhadores para a Covid-19. Os bancários também reivindicam a antecipação, pelo banco, da vacinação contra gripe e H1N1.

“Como política de prevenção e cuidado não só com a saúde dos empregos, mas também com a dos milhares de brasileiros atendidos pelos trabalhadores da Caixa, em todo o país”, observa o presidente da Fenae. “É uma questão de saúde pública”, reforça Jair Ferreira.

HISTÓRICO — Apesar de redobrar a importância da assistência à saúde dos bancários durante a pandemia, a reivindicação do “Saúde Caixa para Todos” não é nova. Em janeiro de 2018, o Ministério do Planejamento publicou a resolução CGPAR nº 23, impedindo que novos empregados tenham direito ao plano de saúde. A medida foi adotada pela direção da Caixa no ingresso dos trabalhadores aprovados no concurso de 2014 (a partir de 1º de setembro de 2018).

Em agosto do ano passado, foi lançada a campanha “Saúde Caixa para Todos”. A ação foi uma das resoluções do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado no início daquele mês. A cobertura de assistência à saúde para todos os bancários foi, ainda, reforçada em várias reuniões da mesa permanente de negociação com a Caixa.

“Esperamos seriedade nas negociações e o compromisso da direção do banco com os trabalhadores e com o Saúde Caixa. Por isso, aguardamos o agendamento de uma nova reunião para a apresentação de uma proposta efetiva pela Caixa, o quanto antes”, ressalta Fabiana Uehara.

Prefeitura de Caruaru lança plataforma digital para Feira da Sulanca

A Prefeitura de Caruaru, em um trabalho integrado com as secretarias de Serviços Públicos, Extraordinária da Feira e a de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa, colocou no ar a plataforma Sulanca Delivery Caruaru. A ferramenta pode ser acessada pelo link http://deliverysulanca.caruaru.pe.gov.br/.

A fase inicial do processo é o cadastro de lojistas e clientes que comercializam na sulanca. É necessário preencher um formulário informando dados importantes para poder fazer parte projeto.

“Essa foi a estratégia que desenvolvemos para fazer girar a economia da cidade e região. Sabemos a importância que a Feira da Sulanca tem para o nosso povo e esperamos contar com a colaboração de todos para que tudo funcione muito bem. Afinal, uma série de regras precisarão ser seguidas”, explica a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

Toda negociação de produto é feita entre cliente e empresa. O Delivery Sulanca Caruaru vai existir para ajudar na entrega do produto, que vai acontecer no estacionamento no Polo Caruaru, nas segundas-feiras, sempre das 5h às 17 horas. A primeira entrega será na próxima segunda-feira (4).

“O sulanqueiro faz a venda de sua mercadoria através da internet ou por telefone. Depois de toda a negociação realizada, a estrutura montada no Polo Caruaru vai servir de apoio para as entregas. No local só terá acesso veículos previamente cadastrados através da plataforma, com apenas o motorista e, no máximo mais duas pessoas. Nosso objetivo é facilitar, mas não pode haver aglomerações de pessoas”, explica José Pereira, Secretário Extraordinário da Feira.

A estrutura que será montada para a entrega contará com barreiras de fiscalização e rotas de entrega. Quem estiver levando mercadoria, só poderá permanecer no espaço por no máximo durante 40 minutos. “É importante esclarecer que não será permitida a venda dentro do espaço e nem nas imediações, apenas a entrega das mercadorias, já que o espaço é apenas para efetuar a distribuição”, ressalta Ytalo Farias, secretário de Serviços Públicos do município.

Gravatá Jazz: músicos comemoram pagamento de cachê

Wagner Gil

Dois dias depois do Blog do Wagner Gil trazer matéria apontando que a maioria dos artistas que se apresentaram no Gravatá Jazz Festival não tinha recebido pagamento, uma boa notícia chegou à nossa redação, na manhã desta quinta-feira (30): o pagamento foi feito à empresa que produziu o evento, e os músicos deverão ter seus contratos quitados até o início da próxima semana.

Segundo o músico Ebel Perrelli, que foi ao seu Facebook cobrar o cachê, a produção do festival lhe informou que a prefeitura havia repassado o pagamento que faltava ainda na tarde da última sexta-feira (28). A prefeitura havia informado através de nota que o atraso no pagamento se deu devido a investimentos na saúde para preparar o município para a pandemia no novo cornavirus.

Este ano o Gravatá Jazz foi considerado o evento que mais atraiu turistas novos no Carnaval de Pernambuco, com uma taxa de quase 60% de novos visitantes, em pesquisa divulgada pela Empresa Pernambucana de Turismo, a Empetur. A rede hoteleira de Gravatá, que é uma das maiores do estado, chegou a 100% de lotação graças ao Jazz e o Blues.

Outra prova da força do Jazz, está na comparação com Garanhuns, distante a 220KM de Recife. Quando a cidade realizava o Garanhuns Jazz festival, nos anos de 2008 a 2015, sua rede hoteleira atingia 100% de ocupação. Antes do jazz aportar na Terra de Dominguinhos, Garanhuns não registrava mais que 20% de ocupação no período de Momo. Sem realizar o festival há cinco anos, este ano a rede hoteleira da terra das flores não atingiu 30% de ocupação este ano.

Vale lembrar que com a crise causada pela Covid-19, a classe artística é uma das mais prejudicadas, principalmente pelo cancelamento de shows e eventos com presença de público em todo país.

Covid-19: Cremepe cria sistema para decidir quais pacientes poderão ocupar leitos de UTI

 (Foto: Google Street View)
Foto: Google Street View

Desde o começo da pandemia, um dos maiores alertas das autoridades de saúde era que a realidade da covid-19 passaria a exigir que os médicos tivessem que escolher a quem salvar. Essa decisão, embora rotineira entre as insuficiências do sistema público de saúde, ganharia proporções exponenciais. Com os números à porta, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) é o primeiro o país a editar um escore que orienta a decisão de qual paciente deve, ou não, ocupar um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Reunindo conselheiros e médicos de câmaras técnicas há duas semanas, o Cremepe editou a recomendação n° 05/2020, o Escore Unificado para Priorização (EUP-UTI), que usa critérios clínicos para orientar a internação em UTIs dos pacientes da covid-19. Segundo o vice-presidente do Conselho, Maurício Matos, experiências de outros países foram levadas em consideração, assim como o comportamento da doença, seu rápido poder de infecção, e a insuficiente disponibilidade de leitos. Ele destacou que o EUP não utiliza a idade do paciente entre seus critérios, mas as condições de saúde e doenças pré-existentes para avaliar condições maiores ou menores de sobrevivência.

“Sabemos que parece muito cruel, mas não é assim. Muitos pacientes estão tão graves, inclusive por outras doenças anteriores, que a chance de recuperação é mínima, desprezível, meramente estatística, e os leitos de UTI são valiosos”, diz. “Esse escore não exclui nenhum paciente, mas hierarquiza aquele que tem mais chances de sobreviver”.

Além disso, como dito e reafirmado pelo doutor Maurício Matos, as conhecidas superlotações já exigem decisões dos médicos, o profissional da ponta, muitas vezes recém-formados. A ferramenta, então, tira dele o peso da decisão e divide a responsabilidade com protocolos que orientam escolhas. Médica da rede municipal de Caruaru, no Agreste do estado, Ana Carolina Tabosa disse ao Diario que o EUP, baseado em escores usados mundialmente, norteará também profissionais que não tem situações-limite no dia a dia. “Hoje, a gente vive um problema de recursos humanos e médicos que atuam em consultórios poderão ser chamados e poderão usar essa recomendação. O fluxograma é muito simples, direto, e ajuda na tomada de decisão”.

O fluxograma mostra como o doente deve ser abordado nas diversas fases da doença e o ponto que indica a transferência para um leito de UTI. “O médico preenche o questionário e isso vai dar pontos ao paciente que vai até 12. O médico, então, encaminha o questionário para a Central de Regulação de Leitos, que define quais pacientes serão encaminhados para os leitos”, explica Matos.

“Se há Grau de irreversibilidade, o paciente é encaminhado para cuidados paliativos, com dignidade. E isso tem que ser feito de forma muito clara, com o paciente e a família cientes. É extremamente difícil, mas a doença é implacável, a gente está se adaptando, usando o conhecimento médio, para salvar o maior número de vidas possível”.

As Secretarias de Saúde de Pernambuco e do Recife também consideraram oportuna a recomendação do Cremepe. André Longo, secretário estadual, reforçou que o protocolo levou em conta os cuidados paliativos. “Não queremos que as pessoas fiquem desassistidas. Nosso trabalho é para salvar vidas, cada vez mais vidas. O caminho é de não abandonar ninguém, é de garantir o alívio do sofrimento de todos, mas precisa haver algum grau de priorização e para isso existem trabalhos sendo desenvolvidos no mundo inteiro e servindo de parâmetro para que isso possa ser trazido ao debate”. Já Jaílson Correia, do Recife, disse que o documento do Cremepe, por ser pioneiro, provoca o debate nacional. “Esperamos que seja seguido por outros conselhos do país”, completou.

Reino Unido tem segundo maior número de mortes por covid-19 na Europa

Passageiro aguarda trem em estação de metrô em Londres

O Reino Unido tem atualmente o segundo maior número oficial de mortes da pandemia de coronavírus na Europa, de acordo com novos dados divulgados nessa quarta-feira (29). Os números incluem em mortes em todos os locais, incluindo casas de repouso.

Ao todo, já são 26.097 pessoas de todo o Reino Unido que morreram depois de serem diagnosticadas com covid-19, disse o Serviço de Saúde Pública da Inglaterra. Isso significa que o país teve mais mortes de covid-19 do que a França e a Espanha relataram.

“Esses dados mais completos nos darão um quadro mais pleno e atualizado das mortes na Inglaterra e influirão na abordagem do governo enquanto continuamos a proteger o público”, disse Yvonne Doyle, diretora-médica do serviço de saúde.

Um número de mortes tão alto no Reino Unido aumenta a pressão sobre o governo do primeiro-ministro, Boris Johnson, que está sendo criticado por partidos de oposição por ter demorado para impor um isolamento e para adotar os exames em larga escala.

Em meados de março, o principal conselheiro científico do governo disse que manter a taxa de mortalidade britânica abaixo de 20 mil seria um “bom resultado”.

Embora comparações internacionais sejam difíceis, os novos dados confirmam a posição do Reino Unido entre os países europeus mais atingidos pela pandemia.

A Itália, que só fica atrás dos Estados Unidos em número de mortes, informou nessa quarta-feira que 27.682 pessoas morreram depois de serem diagnosticadas com coronavírus.

Como no Reino Unido, seus números se baseiam em óbitos seguidos de exames positivos em todos os locais.

Artigo: A saúde mental do profissional de enfermagem na linha de frente da pandemia

Por Valéria Gorayeb (Coordenadora do curso de Enfermagem da Asces-Unita)

A profissão da Enfermagem nasceu como prática social ligada aos elementos que compõem a existência e a vida humana em todos os aspectos, na prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Sempre exerceu papel fundamental nas ações de proteção aos indivíduos, considerando os determinantes sociais em que estão envolvidos, sobretudo quando tratamos da transmissão e do aumento do número de casos.

Nesse tempo em que vivemos uma profunda incerteza em todos os aspectos da vida, os profissionais de enfermagem travam uma dura batalha contra um agente invisível que os ameaça e os mantém reféns. Grandes são as modificações na sociedade, e enfermeiros e enfermeiras de todo mundo permanecem na luta diária pela vida.

Para os trabalhadores da saúde, o estresse e a pressão de lidar com o ofício, acrescido do risco de adoecer e morrer, provocam severos problemas na saúde mental desses profissionais, aumentando o turnouver e a síndrome de burnout, além de gerar graves problemas como ansiedade e depressão.

O profissional de enfermagem ocupa um dos grupos de maior vulnerabilidade, já que o número de mortos entre profissionais da saúde causa preocupação às autoridades. No nosso estado eles hoje compreendem 33% do número total de casos.

Por isso, o acompanhamento da sua saúde mental é fundamental, seu bem-estar biopsicossocial nessa ocasião de colapso torna-se essencial.

Consequentemente se faz imperativo o cuidado de si próprio. Levando em consideração que esse profissional é a célula mais importante no processo de cuidar. Lembrando que se ele não estiver bem, não poderá cuidar das pessoas.

A priorização de intervalos e descanso entre os turnos de trabalho também são alternativas que devem ser adotadas.

A atenção e monitoramento por parte desses profissionais e de toda equipe de saúde com a criação de espaços laborais que possam ser redutores de sinais e sintomas relacionados aos danos à saúde mental neste momento, mais do que nunca não pode ser negligenciada.

Precisamos evitar que os soldados fiquem pelos caminhos dos campos de batalhas, e que o adoecimento desses seres humanos profissionais seja tratado com o devido respeito.

CFMV regulamenta assistência veterinária e o uso de produtos em animais

Para o desempenho de suas atividades privativas, especialmente com relação ao exercício da clínica e assistência técnica e sanitária aos animais, o médico-veterinário, por vezes, utiliza equipamentos, insumos e medicamentos fabricados para pessoas. Seringas, fluidos, cateteres, anestésicos e medicamentos sujeitos a controle especial são alguns exemplos.

Como forma de garantir o uso responsável desses instrumentos e para esclarecer os órgãos sanitários a respeito das competências do médico-veterinário responsável técnico em estabelecimentos exclusivamente destinados ao atendimento de animais, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou a Resolução nº 1.318/2020, dispensando a necessidade de contratação de profissionais de outras áreas.

A resolução, que entra em vigor no dia 1º de maio de 2020, regulamenta uma atividade relacionada à assistência técnica e sanitária aos animais (alínea c, artigo 5º, da Lei nº 5.517/1968). Também normatiza o uso de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial destinados a uso veterinário, conforme prevê o artigo 93, da Portaria nº 344/1998, do Ministério da Saúde.

“É uma resolução que atribui ao médico-veterinário responsável técnico por esses estabelecimentos e pelas distribuidoras todos os aspectos relacionados ao uso de insumos e medicamentos, tanto de uso humano quanto de uso veterinário, englobando desde a guarda até a aplicação”, explica o médico-veterinário Fernando Zacchi, assessor técnico do CFMV.

A norma regulamenta ações e serviços relacionados à distribuição, guarda, armazenagem, prescrição, manipulação, fracionamento, preparo, diluição e uso de produtos destinados à atividade de assistência técnica e sanitária aos animais.

A utilização dos produtos fabricados para uso humano destina-se exclusivamente ao atendimento dos animais em tratamento no respectivo estabelecimento, sendo proibido comercializar ou o fornecê-los gratuitamente ao tutor do paciente.

O médico-veterinário, quando receitar produtos fabricados para uso humano, deve orientar que a aquisição seja feita em farmácia comum, atendendo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Conselho de Farmácia (CFF). Já os produtos de uso veterinário podem ser comercializados no próprio estabelecimento, cumpridas as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Pernambucano Felipe Soares lança filme Texas nesta quinta (30)

O curta tem trilha da Diablo Angel e participação da líder comunitária, Joelma Andrade

Texas, o novo filme curta-metragem do diretor pernambucano Felipe Soares, tem lançamento marcado para essa quinta-feira, dia 30 de Abril, nas plataformas digitais. O filme levou um ano para ser produzido e é um curta híbrido que mistura documentário e musical com trilha sonora da banda pernambucana, Diablo Angel. “Texas foi gravado entre a paisagem urbana do Recife e o semiárido em Surubim. Gravar sob o sol forte do agreste foi o maior desafio desse filme”, relembra o diretor.

A narrativa de Texas tem como tema o crescente apelo político pelo armamento irresponsável da população e como a vida se torna cada dia mais descartável nesse processo. Um dos personagens principais do filme-documentário Texas é Joelma Andrade, mãe de Mario Andrade assassinado a tiros em 2016 no bairro do Ibura, zona sul da capital pernambucana.

O filme Texas é uma produção da Filmaço Produções e tem produção executiva de Priscila Botelho. Esse é o terceiro filme curta-metragem do diretor pernambucano Felipe Soares. Entre os trabalhos do diretor estão os premiados O Menino que Morava no Som (2019) e Autofagia (2016), ambos já passaram por diversos festivais de cinema nacionais e internacionais.

Serviço:

Lançamento filme TEXAS do diretor FELIPE SOARES

QUINTA-FEIRA, DIA 30 DE ABRIL

Plataforma digital: youtube.com/diabloangel