Covid-19: pesquisadores vão testar vacina contra tuberculose

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Murdoch, na Austrália, anunciou que vai testar em profissionais de saúde afetados pelo covid-19 uma vacina utilizada para tratar a tuberculose. O objetivo é verificar a eficácia na redução dos sintomas da doença.

“Embora originalmente tenha sido desenvolvido para tratar a tuberculose e de ainda ser administrado a mais de 130 milhões de bebês anualmente, o BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) também aumenta o consumo de substâncias imunológicas básicas do corpo”, explicou um dos pesquisadores do Instituto Murdoch, em Melbourne, citado pela agência France-Presse.

O ensaio clínico vai envolver cerca de 4 mil profissionais de saúde nos hospitais australianos para verificar a capacidade da vacina na redução dos sintomas do covid-19.

O coordenador da equipe de estudos, Nigel Curtis, disse que se o BCG atuar como previsto, haverá “uma redução na frequência e gravidade dos sintomas” de covid-19, nos profissionais de saúde que estão infectados.

Testes em larga escala também serão realizados em outros países, como os Países Baixos, a Alemanha ou o Reino Unido.

Número de mortos pelo coronavírus no Irã sobe para 2.378

Os trabalhadores produzem máscaras faciais à medida que a demanda por sua produção aumenta rapidamente e se esforça para atender aos pedidos, nas instalações de um fabricante turco em Istambul, Turquia, em 30 de janeiro de 2020.

O número de mortes pela pandemia de coronavírus no Irã subiu para 2.378 nesta sexta-feira (27), com 144 mortes nas últimas 24 horas, disse o porta-voz do Ministério da Saúde Kianoush Jahanpour.

O número total de casos confirmados da doença cresceu em 2.926, para 32.332, informou o porta-voz à TV estatal, acrescentando que 2.893 pacientes estão em condições críticas.

Confiança da indústria recua 3,9 pontos em março

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O Índice de Confiança da Indústria, da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 3,9 pontos de fevereiro para março deste ano. Essa foi a primeira queda depois de quatro altas consecutivas. Com o resultado, o indicador recuou para 97,5 pontos, em uma escala de zero a 200.

Segundo a FGV, essa foi a maior queda desde março de 2015, quando começaram as manifestações contra o governo de Dilma Rousseff e quando o indicador recuou 6,6 pontos.

A pesquisadora da FGV Renata de Mello Franco explica que o resultado do mês mostra os primeiros efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A confiança recuou em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O resultado negativo é, principalmente, reflexo da piora da percepção dos empresários sobre os próximos meses. O Índice de Expectativas caiu 5,6 pontos e passou para 96,2 pontos.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, também teve queda, mas mais moderada, de 2,1 pontos, e passou para 98,8 pontos.

Houve piora nas avaliações sobre a demanda e a situação dos negócios e sobre as expectativas em relação aos bens de consumo duráveis.

Receita amplia rol de produtos com despacho aduaneiro prioritário

A Receita Federal ampliou o rol de produtos que terão seu despacho de importação realizado de maneira prioritária para auxiliar no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.

A Instrução Normativa RFB nº 1.929, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, prevê o despacho prioritário para produtos como a cloroquina e seus derivados, kits de teste para covid-19 e sequenciadores automáticos de DNA, dentre outros.

Conforme previsto na Instrução Normativa RFB nº 1.927, publicada na semana passada, esses produtos terão maior celeridade no trâmite aduaneiro, sendo permitida a entrega da mercadoria ao importador antes da conclusão da conferência aduaneira. Além disso, as declarações de importação envolvendo essas mercadorias deverão ter tratamento prioritário, tanto pelas unidades da Receita Federal, quanto pelo depositário responsável por sua custódia.

A lista inicial publicada na semana passada abrangia 33 categorias de produtos destinados ao combate da Covid-19, e tratava de itens como álcool gel e equipamentos de proteção. Com as novas adições, o número de categorias passou para 91, e inclui equipamentos como esterilizadores, equipamentos para intubação e oxigênio medicinal.

Com a nova norma, a Receita Federal busca manter um fluxo rápido de abastecimento de bens, mercadorias e matérias-primas destinadas ao combate da epidemia, e evitar gargalos nos recintos aduaneiros ao agilizar a entrega da carga e permitir sua utilização econômica para reforçar o combate ao vírus.

Papa Francisco concede hoje bênção especial “Urbi et Orbi”

Papa participa da Jornada Mundial da Juventude na Cracóvia (Lusa)c

O papa Francisco concederá hoje (27), às 18h (horário da Itália, 14h no horário de Brasília) a bênção extraordinária de “Urbi et Orbi”, normalmente concedida apenas no Natal e na Páscoa. Ele fez o anúncio, esta semana, em sua oração semanal do Angelus, que vem conduzindo de dentro do Vaticano pela internet e pela televisão, em vez de fazê-la diante das multidões na Praça de São Pedro.

Sua decisão de abrir uma exceção e dar uma bênção especial “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo) reforça a gravidade da situação global, principalmente na Itália, um dos países mais atingidos pelo surto do novo coronavírus.

O papa disse que nesta sexta-feira (27) concederá a bênção extraordinária diante de uma Praça de São Pedro vazia. O local, parte do Vaticano, foi fechado como parte de um bloqueio na Itália para tentar conter a propagação do vírus.

Os católicos que recebem a bênção, pessoalmente ou por meio das mídias, podem, sob certas condições, receber uma indulgência especial. Uma indulgência é a remissão da punição pelos pecados.

A oração e bênção ‘Urbi et Orbi’, que será feita pelo papa na emergência do coronavírus,vai ser transmitida ao vivo pelos canais de notícias do Vaticano.

Coronavírus: EUA lideram com 81.378 casos e 1.178 mortos

Capitólio dos Estados Unidos, centro legislativo do governo norte-americano

Os Estados Unidos ultrapassaram a China e a Itália como o país com o maior número de casos de coronavírus, de acordo com dados da agência de notícias britânica Reuters.

Nova York, Nova Orleans e outros áreas de forte incidência enfrentam um aumento nas hospitalizações e iminente escassez de suprimentos, pessoal e leitos para os doentes.

As instalações médicas estão com poucos ventiladores e máscaras protetoras e são prejudicadas pela capacidade limitada de testes de diagnóstico.

O número de casos de coronavírus nos Estados Unidos chegou a 81.378. A China ficou em segundo lugar com 81.340 casos, segundo os últimos dados, e a Itália em terceiro: 80.539.

Pelo menos 1.178 pessoas morreram nos Estados Unidos pelo coronavírus.

Câmara aprova auxílio de R$ 600 por mês para trabalhador informal

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600,00, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para análise do Senado.

Pelo texto do relator, deputado Marcelo Aro (PP-MG), o auxílio pode chegar a R$ 1.200 por família. O valor final, superior aos R$ 200 anunciados pelo Executivo no início da crise em virtude da pandemia, foi possível após articulação de parlamentares com membros do governo federal. O projeto prevê ainda que a mãe provedora de família “uniparental” receba duas cotas.

Os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxílio:
– ser maior de 18 anos de idade;
– não ter emprego formal;
– não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
– renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
– não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.

Pelo texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições:

– exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
– ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
– ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
– ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.

Pelas regras, o trabalhador não pode ter vínculo formal, ou seja, não poderão receber o benefício trabalhadores formalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e servidores públicos.

Pela proposta, também será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio. O pagamento será realizado por meio de bancos públicos federais via conta do tipo poupança social digital. Essa conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas não pode permitir a emissão de cartão físico ou cheques.

Impacto fiscal

No início da tarde, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o auxílio de R$ 500 durante o período de crise. Segundo ele, o valor referente a meio salário-mínimo (atualmente em R$ 1.039) deveria ser pago por três meses e teria um impacto fiscal estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Com a mudança, a perspectiva fiscal é de um impacto de R$ 14 bilhões. Maia argumentou que o valor pago aos profissionais informais deve ser mantido caso ainda haja necessidade após os três meses previstos no texto.

“Não é possível que a gente não possa garantir aos trabalhadores informais uma renda por esse período de três meses e avaliando esse cenário a cada semana, porque isso é um cenário de guerra. É importante que a gente possa aplicar os recursos [públicos] também na sociedade brasileira”, disse o presidente da Câmara.

O líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), destacou o apoio de presidente Jair Bolsonaro para o auxílio de R$ 600. “O presidente Bolsonaro, muito sensível a esses 25 milhões de brasileiros que são os mais afetados, os mais sofridos, atento às reivindicações dos líderes partidários, decidiu apoiar a medida de R$ 600. Isso vai fazer com que as famílias que têm duas pessoas nessa condição tenham mais do que 1 salário mínimo, serão R$ 1.200.”

Para o líder minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), a medida é essencial em tempos de crise. “Nós temos a compreensão de que, em um momento como esse, de grave crise na economia real, que está impactando a saúde pública no Brasil, nós não podemos ter restrições para gastar. Portanto, o gasto com a saúde tem que ser ilimitado”, afirmou.

O líder do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), afirmou que a proposta garante o “mínimo de esperança” para trabalhadores informais, mas também serão necessárias medidas para micro e pequenas empresas.

“São os informais que hoje não estão trabalhando, não têm renda. Hoje não têm a mínima esperança de chegar ao final do mês e ter o seu dinheiro para comprar as necessidades mais básicas da sua família’, argumentou o parlamentar”, disse. “Nós aguardamos agora crédito para as pequenas e médias empresas, porque nós sabemos que também elas estão paradas e não têm como se sustentar. É preciso que o governo olhe para as pequenas e médias empresas e possa liberar crédito barato extraordinário para essa finalidade.

Fernando de Noronha: MPPE obtém decisão para retirar pessoas que estão no arquipélago sem autorização

A Vara Única do Arquipélago de Fernando de Noronha acolheu o posicionamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e concedeu, na tarde desta quinta-feira (26) decisão liminar determinando que o Distrito Estadual de Fernando de Noronha promova, com o apoio das Polícias Civil e Militar de Pernambuco, a identificação de localização de pessoas que se encontram no arquipélago sem a permissão da administração distrital e a condução de tais pessoas para o continente, mediante transporte aéreo ou marítimo.

A decisão judicial também determina a adoção de quarentena de sete dias para qualquer passageiro ou tripulante de transporte aéreo ou marítimo que ingresse em Fernando de Noronha até o fim da situação de emergência de saúde motivada pela pandemia do Covid-19. O período de isolamento deve ser cumprido na residência, caso o viajante seja morador do arquipélago, ou no local de hospedagem, no caso de trabalhadores ou outros visitantes legais. A Administração Distrital deve dar início ao cumprimento da decisão judicial em até 24 horas, sob pena de multa diária de mil reais.

O promotor de Justiça de Fernando de Noronha, Flávio Falcão, argumentou, na ação civil pública de número 0000028-86.2020.8.17.3600, que há risco de transmissão do Novo Coronavírus devido à circulação de pessoas oriundas do continente e também em razão da própria disseminação interna.

“Uma significativa parcela de indivíduos permaneceram clandestina e ilegalmente no território insular, todos eles pondo-se em risco e, pior, colocando em perigo toda a comunidade local, posto que, muitos deles sequer têm onde ficar, nem possuem registros na unidade de saúde local e, quiçá, nem mesmo na imigração da Administração Distrital”, apontou Fernando Falcão, no texto da ação. O retorno dos turistas e pessoas sem autorização para permanecer no arquipélago foi estabelecido pelo Decreto Estadual nº48.822/2020.

Tal situação é agravada pela insuficiência da rede de saúde local, que conta com um único hospital de baixa e média complexidade equipado apenas com duas salas de emergência e nenhuma de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Além disso, o promotor de Justiça ressaltou, no texto da ação, que circula em grupos de WhatsApp de moradores a informação de que os indivíduos que vivem irregularmente em Fernando de Noronha estariam, diante da falta de moradia e da situação de calamidade de saúde instaurada, planejando uma invasão às pousadas locais, ato que poderia contribuir para aprofundar o caos social no arquipélago.

Pernambuco receberá R$ 1 milhão em produtos de higiene e limpeza para proteção do Covid-19

A Unilever Brasil, fabricante de mais de 400 marcas dentre as quais OMO, Rexona, Comfort, Cif e Brilhante, vai doar R$ 1 milhão em produtos de higiene e limpeza para o estado de Pernambuco, onde mantém fábricas em Garanhuns, Ipojuca, Igarassu e Jaboatão dos Guararapes. O valor equivale a mais de 620 mil produtos que serão destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade e hospitais, com o objetivo de ajudar no combate ao novo Coronavírus e proteger a saúde da população. Essa é a terceira doação da companhia, que já soma R$ 3 milhões em destinação de produtos para o país. São Paulo e Rio de Janeiro foram os outros dois estados beneficiados.

A companhia anglo-holandesa anunciou globalmente que vai destinar mais de 100 milhões de euros, por meio da doação de sabão, desinfetante, água sanitária e alimentos, trabalhando em parceria com o Fórum Econômico Mundial em apoio às iniciativas de diversos países para a contenção do avanço da doença.

A Unilever também se comprometeu a estender o crédito ao pequeno varejista e antecipar o pagamento de pequenos e médios fornecedores para ajudar no fluxo financeiro e minimizar os efeitos da crise na cadeia produtiva. Para os funcionários, a empresa promete subsidiar por até três meses os salários, caso haja necessidade de afastamento de suas funções ou necessidade de interrupção das atividades por qualquer motivo.

Presente em 100% dos lares brasileiros e há 90 anos no Brasil, a Unilever acredita na união de esforços e parcerias para minimizar os impactos de uma situação sem precedentes, como a de agora. “O mais importante é manter a saúde e a segurança das pessoas. Produtos de higiene e limpeza são fundamentais para todos nós, mas principalmente onde a situação é mais crítica como em comunidades e regiões com alta vulnerabilidade social, hospitais e lares de idosos”, diz Gerardo Rozanski, presidente da Unilever Brasil. Segundo ele, a companhia está trabalhando incansavelmente para que os produtos cheguem o mais rápido possível para quem precisa.