Dólar encosta em R$ 4,26 e fecha no maior nível desde criação do real

Em um dia marcado por forte volatilidade no mercado financeiro, o dólar voltou a subir e fechou no maior valor nominal desde a criação do real. O dólar comercial encerrou a quinta-feira (30) vendido a R$ 4,259, com alta de R$ 0,04 (0,95%).

Foi a segunda sessão seguida de alta da moeda norte-americana. Na máxima do dia, por volta das 13h, o dólar chegou a R$ 4,273. A divisa acumula alta de 6,13% em 2020.

O desempenho não se repetiu no mercado de ações. Depois de passar a maior parte do dia em baixa, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia com pequena alta de 0,12%, aos 115.528 pontos.

A sessão foi marcada pelo receio de que o novo vírus descoberto na China traga impactos para a segunda maior economia do planeta. Hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de emergência global por causa da doença, que matou 170 chineses até agora e se espalhou por 19 países. A China e países próximos adotaram medidas para conter a disseminação da doença.

O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas pela doença reduz a produção e o consumo da China. A expectativa de desaceleração da economia chinesa impacta diretamente países como o Brasil, que exporta diversos produtos, principalmente commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático. Com menos exportações, menos dólares entram no país, pressionando a cotação para cima.

As expectativas em torno da política monetária também interferiram nas negociações. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define os juros básicos no Brasil. Caso a taxa Selic – juros básicos – caia para 4,25% ao ano, o país se tornará menos atrativo para os investidores externos, e a entrada de dólares diminuirá.

Prazo para uso obrigatório de placas do Mercosul começa nesta sexta

Após sucessivos adiamentos, começa a valer nesta sexta-feira (31) o prazo para uso obrigatório da placa do Mercosul em veículos de todos os estados.

A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.

A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.

Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.

O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.

Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.

Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.

“O novo emplacamento seguirá a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais vão credenciar empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderá buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item”, informou o ministério.

Desde que foi decidida a adoção da placa do Mercosul, a implantação no registro foi adiada seis vezes. A decisão foi anunciada em 2014, e a medida deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Disputas judiciais levaram ao adiamento da adoção da placa para 2017. Mais prazo foi dado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.

As novas placas já são usadas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Dos 26 estados brasileiros, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.

“Atualmente são quase 5 milhões de veículos emplacados com a nova PIV. O governo federal estima que, até o fim de 2023, o Brasil já esteja com quase toda sua frota circulando com a nova placa”, informou a assessoria do Ministério da Infraestrutura.

Brasil segue com nove casos suspeitos de coronavírus

Agência Brasil

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (30) que existem nove casos considerados suspeitos de coronavírus no Brasil. Apesar de o número de casos ter se mantido igual em relação ao divulgado ontem, há quatro novos casos considerados suspeitos e outros quatro foram descartados.

Os quatro novos casos suspeitos foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. O caso do Rio Grande do Sul já havia sido notificado e chegou a ser excluído. No entanto, voltou a ser considerado suspeito após o paciente apresentar outros sintomas. Os dados foram fechados pela pasta às 12h de hoje.

Até o momento, 43 casos foram notificados pelo Brasil. Destes, 28 já foram excluídos. Até o fechamento do balanço, os casos estavam distribuídos em: (1) Minas Gerais, (1) Rio de Janeiro, (3) São Paulo, (2) Rio Grande do Sul, (1) Paraná, (1) Ceará.

Um caso é tratado como suspeito se a pessoa esteve na China nos últimos 14 dias e apresentou tosse e febre ao retornar. Neste caso, o paciente é colocado em isolamento e são realizados testes para checar, primeiro, se o que essa pessoa tem é influenza ou outra gripe. Caso os exames não acusem essa possibilidade, é feito o teste para coronavírus.

OMS

Segundo o diretor do Departamento de Imunização de Doenças Transmissíveis, Julio Croda, a declaração de emergência de saúde internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feita na tarde de hoje, já era esperada pelas autoridades brasileiras. No entanto, esse comunicado ainda não terá impacto no Brasil. Atualmente, o país mantém o nível 2 de segurança: alerta de perigo iminente.

Julio Croda reafirmou que não há previsão de qualquer restrição à entrada de chineses no Brasil. Mesmo com a crescente epidemia de coronavírus – que se alastrou pela China – o governo brasileiro não fechará as portas para os chineses. A título de precaução, o Ministério da Saúde tem recomendado que as pessoas evitem viajar para aquele país e que empresários evitem receber pessoas vindas da China para reuniões presenciais.

“[Até o momento], não temos nenhum motivo nem decisão de fazer o bloqueio [de pessoas vindas da China]. Estamos discutindo com outros ministérios, como Itamaraty e Defesa. Será uma decisão interministerial”, afirmou.

Caso haja confirmação de casos da doença, o nível de alerta deve ser aumentado para “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional”. A decisão pode ser tomada com base em quatro aspectos: o impacto do evento sobre a saúde pública; se o evento é incomum ou inesperado; se há risco significativo de propagação internacional; e se há risco significativo de restrições ao comércio ou viagens internacionais. Essas questões apoiam e norteiam a tomada de decisão em relação aos eventos de saúde pública.

Declaração de emergência internacional

Uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês) é uma declaração formal da Organização Mundial da Saúde (OMS) de “um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública a outros países por meio da disseminação, e que requer uma resposta internacional coordenada”.

Segundo o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), do qual o Brasil é signatário, os países que fazem parte do grupo devem atender prontamente às recomendações e práticas publicadas pelo documento de emergência, e os governos e autoridades responsáveis devem organizar e colocar em prática planos de ação para conter a ameaça sanitária. De acordo com o RSI, as declarações são temporárias e devem ser revistas a cada três meses.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, declarou hoje (30) que o coronavírus 2019-nCoV atende aos critérios da declaração de emergência.

Essa é a sexta vez em que o recurso é usado. A declaração de emergência havia sido emitida no surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars), em 2002/2003, na pandemia de 2009 de H1N1 (também chamada de febre suína), na declaração de emergência de poliomielite (2014), na epidemia de ebola na África Ocidental (também em 2014), no surto de microcefalia relacionada ao vírus Zika, cujo principal foco de infestação foi o Brasil (em 2015 e 2016), e na epidemia de ebola em Kivu, no Congo (2019).

Das vezes em que foi instituída, apenas a declaração de emergência sobre a epidemia de ebola, em Kivu, continua ativa.

OMS declara estado de emergência global em razão do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus. A entidade fez o anúncio à imprensa em sua sede, em Genebra, na Suiça, após uma reunião com especialistas.

Até o momento, foram contabilizados 7,7 mil casos e 170 mortes na China, principal local de multiplicação do vírus. Em outros 19 países, já foram registrados 98 casos. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga nove casos suspeitos.

De acordo com a entidade, os casos abrangem pessoas que viajaram para Wuhan, foco do surto, ou que tiveram contato com pessoas com histórico de passagem pela cidade.

Crianças no Nepal assistem aula com máscaras de proteção depois que o país confirmou o primeiro caso de coronavírus, na cidade de Thimi, Bhaktapur, no Nepal
Crianças no Nepal assistem aula com máscaras de proteção depois que o país confirmou o primeiro caso de coronavírus, na cidade de Thimi, Bhaktapur, no Nepal – Reuters/Navesh Chitrakar/direitos reservados

 

Os representantes da OMS, contudo, negaram que o anúncio signifique uma manifestação de desconfiança com a China.

“A China está tendo um novo patamar para este surto. Meu respeito e agradecimento para os profissionais de saúde que, no meio do Festival de Primavera, estão trabalhando por 24 horas, durante sete dias por semana, para salvar vidas e colocar o surto em controle”, afirmou o diretor da organização, Tedros Adhanom.

A OMS afirmou que não há necessidade de medidas para evitar viagens ou comércio internacional com a China. Além disso, apresentou um conjunto de recomendações, como apoio a países com sistemas de saúde mais precários, combate a rumores e desinformação, desenvolvimento de recursos para identificar, isolar e cuidar dos casos, além do compartilhamento de dados e conhecimento sobre o vírus.

“Países devem trabalhar juntos no espírito de solidariedade e cooperação. Estamos nessa juntos e só podemos parar juntos. Este é o tempo de fatos, não medo, para ciência, não rumores, para solidariedade, não estigma”, destacou Adhanom.

Ala de hospital na Índia preparada para receber pessoas com coronavírus, na cidade de Chennai
Ala de hospital na Índia preparada para receber pessoas com coronavírus, na cidade de Chennai – REUTERS/P. Ravikumar/Direitos Reservados
Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

Um homem com seu filho em Seul, na Coreia do Sul
Um homem com seu filho, ambos de máscara, em Seul, na Coreia do Sul – Reuters/Heo Ran/direitos reservados

 

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da OMS na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

Entenda o que é Emergência global

Uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês) é uma declaração formal da Organização Mundial da Saúde (OMS) de “um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública a outros países por meio da disseminação, e que requer uma resposta internacional coordenada”.

Segundo o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), do qual o Brasil é signatário, os países que fazem parte do grupo devem atender prontamente às recomendações e práticas publicadas pelo documento de emergência, e os governos e autoridades responsáveis devem organizar e colocar em prática planos de ação para conter a ameaça sanitária. De acordo com o RSI, as declarações são temporárias e devem ser reavaliadas a cada três meses.

De acordo com o diretor-geral da OMS, o coronavírus (2019-nCoV) atende aos critérios da declaração de emergência.

Essa é a sexta vez em que o recurso é usado. A declaração de emergência havia sido emitida no surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars), em 2002/2003; na pandemia de 2009 de H1N1 (também chamada de febre suína); na declaração de emergência de poliomielite, em 2014; na epidemia de ebola na África Ocidental, também em 2014; no surto de microcefalia em decorrência vírus Zika, cujo principal foco de infestação foi o Brasil, em 2015/2016, e na epidemia de ebola em Kivu, no Congo, em 2019.

Das vezes em que foi instituída, apenas a declaração de emergência sobre a epidemia de Kivu continua ativa.

Raquel Lyra prestigia posse da procuradora-geral do Mistério Público de Contas

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, esteve presente, na manhã desta quinta-feira (30), na posse de Germana Laureano, que foi reconduzida ao cargo de procuradora-geral do Ministério Público de Contas (MPCO). A solenidade foi realizada na sede do Tribunal de Contas do Estado, no Recife.

Raquel Lyra desejou sorte e ressaltou a importância de Germana na condução do MPCO. “Uma mulher firme, que vai conduzir o cargo, mais uma vez, com seriedade e competência”, falou a prefeita. Germana foi reconduzida ao cargo para o biênio 2020/2021.

Mãe denuncia racismo sofrido por filhas em estação de metrô

Foto: Reprodução/Google
Uma mãe, de 37 anos, registrou na tarde de terça-feira, 28, na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), uma ofensa sofrida por suas filhas gêmeas no metrô de Salvador, capital da Bahia. O caso, ocorrido no último sábado, 25, foi tipificado como crime de injúria racial.
Em entrevista ao E+, a mãe conta que as crianças, de três anos, foram chamadas por um segurança da estação de “bucha um e bucha dois”.
A mulher e as meninas voltavam para casa depois de um passeio, por volta das 18h30, quando passaram pelas catracas da estação Rodoviária e avistaram três seguranças, um branco e dois negros. O homem branco, ao avistar as garotas, gritou: “Misericórdia. Bucha um e bucha dois”. Em seguida, começou a dar risada.
As meninas, perceberam que o comentário era para elas. Uma perguntou o que era “bucha” e a outra entendeu que o homem se referia ao cabelo delas. A mãe ficou sem reação no momento e entrou no vagão do trem, mas voltou para procurar o funcionário do metrô.
“O [homem] que ofendeu não estava mais lá. O outro que estava junto pediu desculpa, disse que o colega de trabalho estava brincando. Aí o superior deles veio e pediu desculpa em nome da CCR [empresa responsável pela linha de metrô]”, diz a mulher.
“Depois, fui abordada por uma segurança na estação Retiro, que pediu meu telefone, dizendo que a coordenação [da CCR] ia ligar. Até agora não ligou”, completa.
A mãe conta que as crianças se sentiram mal com a situação. “Ficaram um pouco inseguras, querendo prender o cabelo, passar creme. Falei para elas que elas devem se aceitar como são”, conta a mãe.
Resposta do metrô
Ao E , a CCR Metrô Bahia informou, por nota, que repudia atitudes racistas ou discriminatórias de qualquer natureza e que isso “norteia o trabalho diário de todos os colaboradores”. A empresa ressalta ainda que tem trabalhado pela “valorização da pluralidade cultural do povo baiano e reforça o seu compromisso com a promoção da igualdade étnico-racial e de gênero”.
Questionada pela reportagem sobre quais medidas tomará com o segurança, a CCR não respondeu. A Dercca instaurou inquérito para apurar o crime de injúria racial.

Petistas aparecem em foto com Geraldo Julio enquanto Marília tenta viabilizar candidatura no Recife

Foto: Reprodução/Instagram

Blog do Jamildo

Nesta terça-feira (28), dia em que a deputada Marília Arraes tentava viabilizar sua candidatura em reunião com a direção nacional do PT, petistas apareceram ao lado do prefeito Geraldo Julio em postagem no Instagram.

No Instagram, o deputado Carlos Veras publicou foto no gabinete da Prefeitura do Recife ao lado do prefeito da cidade, que conduz o processo de sucessão na capital pernambucana.

Além do parlamentar, aparecem no registro o vereador João da Costa e o secretário de Saneamento do Recife, Oscar Barreto, ambos contrários à candidatura própria do PT no Recife. Eles defendem que a sigla mantenha aliança com o PSB, que deve lançar o deputado federal João Campos.

“Na mesa, a solicitação de apoio do executivo municipal para barrar a privatização da DATAPREV e SERPRO. A medida ameaça a segurança do povo brasileiro, coloca em risco a soberania nacional e desemprega centenas de trabalhadoras e trabalhadores”, escreveu Carlos Veras.

 

Paulo Câmara anuncia instalação de mais uma fábrica, que vai gerar 1,6 mil empregos

O governador Paulo Câmara assina, nesta quinta-feira à tarde, no Palácio do Campo das Princesas, um protocolo de intenções entre o Governo de Pernambuco e a empresa multinacional Yazaki Motors para sua instalação no município de Bonito, localizado no Agreste Central. À noite, o governador comanda, em Bonito, a cerimônia de início das obras da fábrica, que tem previsão de começar as atividades no primeiro semestre de 2021.

Sob investimentos de R$ 60 milhões, a perspectiva é que o novo empreendimento gere cerca de 1,6 mil empregos diretos após sua instalação em Pernambuco. De origem japonesa, a empresa Yasaki Motors é uma das maiores fornecedoras automotivas do mundo.

No Brasil, está instalada nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Sergipe, empregando uma média de oito mil pessoas. Atualmente, fornece materiais para a fábrica da Jeep, em Goiana, entregando todos os chicotes dos modelos Fiat Toro, Jeep Renegade e Compass.

PT tem mais tempo para definir posição sobre Marília Arraes

Reunião aconteceu em São Paulo e discutiu rumos da campanha em todo o país. Foto: Twitter/Gleisi Hoffmann/Reproduc
Diário de Pernambuco
Os dirigentes do PT de Pernambuco têm um prazo até o final de abril para definir se lançam a candidatura da deputada federal Marília Arraes (PT) à Prefeitura do Recife ou mantém a aliança com o PSB. O tempo é para que os petistas, que estão divididos entre disputar a eleição ou continuar aliados dos socialistas, possam dialogar e chegar a um consenso. Esse foi o resultado da reunião que aconteceu ontem, em São Paulo, entre a cúpula nacional da sigla, incluindo o ex-presidente Lula, e as lideranças do PT no estado.

De acordo com o deputado José Guimarães (PT/CE), coordenador nacional do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do partido, tanto ele quanto Lula e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reconhecem a pré-candidatura de Marília Arraes. “Mas já que existe uma opinião divergente (no Recife) vamos dialogar. Considero que nós demos um passo importante na direção da unidade em Recife”, argumentou.

Ele disse, ainda, que no dia 7 de fevereiro a executiva nacional vai se reunir para fixar o calendário eleitoral da legenda. Questionado sobre a possibilidade de uma conversa com direção nacional do PSB, José Guimarães antecipou que Gleisi Hoffmann vai procurar o presidente nacional socialista, Carlos Siqueira. “Ainda não tem data definida para esse encontro porque foi tudo decidido hoje (ontem), mas posso assegurar que tivemos aqui uma reunião de bom nível e com declarações muito transparentes”, relatou o deputado. O PT de Pernambuco foi representando pelo presidente estadual da sigla, Doriel Barros, o presidente do diretório do Recife, Cirilo Mota, o senador Humberto Costa e a deputada Marília Arraes.

Na avaliação de Cirilo Mota, o posicionamento da presidente nacional do partido e José Guimarães em defesa da candidatura própria tem que ser debatida com base na resolução que foi tomada diretório municipal no início de janeiro, que se posicionou pela manutenção da coligação com o PSB. “A orientação de Gleisi é de a gente analisar o cenário de uma candidatura própria em Recife. Marília ainda se coloca como pré-candidata. Tiramos um prazo até abril para tomar a nossa decisão, respeitando a reunião da executiva nacional”, disse o petista.

Ainda segundo Cirilo, até o abril  o PT local vai conversar, inclusive com os aliados e Marília, para construir a unidade dento do partido. “O próprio Lula concorda com esse encaminhamento. Vamos discutir mas, a decisão que for tomada vai ter a unidade do partido”. Sobre Lula a defender o nome de Marília, Cirilo lembrou que o ex-presidente também se posicionou a favor de coligações quando disse que o PT não tem nenhum problema em fazer alianças. “Ele disse que não será nenhuma novidade o partido fazer alianças”, pontuou Cirilo.

Parlamento Europeu aprova Acordo de Saída do Reino Unido da UE

Membros do parlamento europeu na sessão plenária que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia, Bélgica

O Parlamento Europeu aprovou na quarta-feira (29), em Bruxelas, o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a última formalidade que faltava para que o Brexit se concretize na próxima sexta-feira (31).

Em uma votação em que bastava uma maioria simples dos votos expressos, o Parlamento Europeu “carimbou” a saída do Reino Unido da UE com 621 votos a favor, 49 contra e 13 abstenções.

Três anos e meio depois de o Brexit ter sido aprovado em um referendo por 52% dos eleitores, em junho de 2016, o processo – marcado por sucessivas rejeições do Acordo de Saída pelo Parlamento britânico, que finalmente deu o seu aval após a clara vitória do conservador Boris Johnson nas eleições de dezembro passado – chega então ao fim, com a saída do Reino Unido do bloco europeu a concretizar-se na próxima sexta-feira, às 23h de Londres (mesma hora em Lisboa, 0h de 1º de fevereiro em Bruxelas).

No sábado, 1º de fevereiro, terá início o chamado “período de transição”, até 31 de dezembro de 2020, durante o qual as duas partes negociarão a relação futura, já que nesse dia o Reino Unido irá tornar-se um “país terceiro” para a UE, depois de protagonizar aquele que é o primeiro abandono da história da União Europeia, que passa a contar com 27 Estados-Membros.