Cid Gomes diz que “no que depender” dele Tabata Amaral fica no PDT

O senador Cid Gomes (PDT-CE) defende a permanência da deputada federal Tabata Amaral (SP) no PDT. Questionado por mensagem pelo Congresso em Foco se há como construir um entendimento entre Tabata e a sigla pela permanência dela, ele respondeu: “no que depender de mim, SIM!!! Rsrs…”.

O atrito público entre a deputada e a legenda começou após ela votar favorável à reforma da Previdência durante a análise pela Câmara dos Deputados. O PDT orientou que toda a bancada votasse contra, a deputada de São Paulo faz parte de um grupo de oito dissidentes dentro da sigla.

“Espero que ela se defenda, que seja feliz. Ela é uma decepção muito grande, pois assumiu um protagonismo nacional para defender o indefensável”, disse em entrevista veiculada na quinta-feira (22) na Rádio Super, de Minas Gerais.

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a situação de Tabata e dos outros dissidentes só deve ser definida em meados ou no final de setembro.

Lupi e Tabata não conversam desde que o processo contra os dissidentes foi instaurado no PDT.

O PSB também teve deputados que desobedeceram a sigla durante a votação da Previdência. A sigla marcou para os dias 30 e 31 de agosto a reunião do diretório nacional que vai definir a punição aos 10 deputados que votaram favoráveis ao projeto da Previdência no 2º turno da Câmara.

Produtores negam participação em plano de atear fogo a florestas no PA

Diretores de sindicatos que representam os produtores rurais dos municípios de Altamira e de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, afirmam não ter conhecimento da suposta participação de fazendeiros da região no planejamento de atear fogo à vegetação existente às margens da Rodovia BR-163, que integra as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul do país, ligando o Rio Grande do Sul ao Pará.

“Não temos conhecimento dessa convocação. Pode ter havido alguma conversa; algum maluco pode ter sugerido algo do tipo, mas, se houve algo assim, é uma ação isolada e contra a qual os produtores sérios esperam que sejam tomadas as devidas providências, pois ninguém quer isso, que é algo que nos traz prejuízos”, declarou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon da Silva Menezes, à Agência Brasil.

A notícia de que alguns produtores integram um grupo que organizava concentrar, em um só dia, um grande número de queimadas em protesto contra o que classificam de “entraves” à produção agrícola foi divulgada primeiramente pelo Jornal Folha do Progresso. Em 5 de agosto, a publicação de Novo Progresso (PA), noticiou que o grupo de fazendeiros “planejava acender fogos para limpeza de pastos” dali a cinco dias.

Segundo a Procuradoria da República no Pará, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) apontam que, no dia 10 de agosto e nos dias subsequentes, houve um aumento nas queimadas. Principalmente nos municípios de Novo Progresso e Altamira, ambos cortados pela BR-163. De acordo com a procuradoria, no último dia 10, Novo Progresso registrou 124 focos de incêndio. “Um aumento de 300% em relação ao dia anterior. No dia seguinte (11), foram 203 focos. Em Altamira, os satélites detectaram 194 focos de queimada em 10 de agosto e 237 no dia seguinte, um aumento impressionante de 743% nos focos de incêndio.”

Neste fim de semana, a revista Globo Rural noticiou que mais de 70 pessoas, “entre sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros” de Altamira e Novo Progresso, usaram um grupo de WhatsApp para combinar a ação criminosa.

As notícias motivaram a Procuradoria da República, do Ministério Público Federal (MPF), em Itaituba a instaurar um procedimento investigatório conduzido pelo procurador Paulo de Tarso Moreira Oliveira. Os dados oficiais indicando o aumento do número de focos de incêndio no estado motivaram o MPF a instaurar investigações também em Belém, Altamira e Santarém. Além disso, ontem (25), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, confirmou que a Polícia Federal (PF) também vai apurar as suspeitas. “Fui contatado hoje mesmo pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o fato e solicitando apuração rigorosa. A Polícia Federal vai, com sua expertise [experiência], apurar o fato. Incêndios criminosos na Amazônia serão severamente punidos”, afirmou o ministro.

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon da Silva Menezes, disse duvidar que fazendeiros da região ajam desta forma. “Ninguém quer uma queimada com chances de fugir ao controle porque isso causa prejuízo para todos”, afirmou Menezes, revelando que, nos últimos cinco anos, o próprio sindicato tem assumido a orientação jurídica de proprietários afetados por incêndios provocados por vizinhos.

“Estamos registrando boletins de ocorrência e atuando para que os responsáveis sejam punidos e os prejudicados, ressarcidos. Nestes casos, o que observamos é que não se trata de queimadas em florestas, mas sim em áreas de pasto”, acrescentou Menezes. “Orientamos nossos associados a não queimarem pastos nesta época; a aguardarem pelas primeiras chuvas. Claro que, vez ou outra, há atos irresponsáveis; queimadas para limpeza de parte do terreno, para abrir novas áreas de plantio dentro do que a lei permite, que, por imprudência, acabam se espalhando. Mas não temos conhecimento de algo orquestrado. E, se houve, tomara que peguem estas pessoas.”

O diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Altamira, Jorge Gonçalves de Souza, também afirma que não há interesse dos produtores na destruição da floresta. “Nunca ouvi nada a respeito de uma ação orquestrada, de produtores querendo atear fogo a floresta. E quem sobrevoar a região de Altamira, hoje, verá a cobertura verde das [áreas florestais remanescentes] em função das últimas chuvas”, disse Souza, chamando a atenção para a distância de quase mil quilômetros que separa Altamira de Novo Progresso.

“Ainda assim, há notícias associando Altamira a essa investigação. Aqui, acredito que a PF não vá encontrar nada que ajude a esclarecer esses boatos. O sindicato estará à disposição para prestar qualquer auxílio”, afirmou o sindicalista e produtor rural.

“Em nossa região, as queimadas ocorrem, principalmente, a partir de setembro. Até novembro, o risco de incêndios é maior”, destacou Souza. Segundo ele, “devido ao volume de vegetação, empregar máquinas para limpar o terreno é caríssimo e inacessível para a maioria dos produtores, que precisa recorrer ao fogo”. O diretor do sindicato pede mais ações de orientação para os homens do campo. “Precisamos é de orientação técnica para sabermos o que e como fazer para evitar riscos. O produtor tem que ser visto como um aliado na preservação ambiental, e não como um criminoso”, finalizou.

Gastos em viagem ao exterior são os maiores para julho desde 2014

As despesas de brasileiros em viagens ao exterior aumentaram em julho. No mês passado, os gastos totalizaram US$ 1,898 bilhão, com crescimento de 9,64% em relação ao mesmo mês de 2018 (US$ 1, 731 bilhões).

É o maior resultado para o mês desde julho de 2014 (US$ 2,408 bilhões). Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC).

Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o dólar mais barato estimulou as viagens internacionais nos últimos meses. Ele lembrou que a taxa de câmbio média estava em R$ 4, em maio, caiu para R$ 3,86 em junho e para R$ 3,75 em julho. Para agosto, a expectativa é que o aumento de gastos “pode se reverter”.

“Aparentemente o aumento do câmbio em agosto, vai reduzir as despesas com viagens”, destacou.

Dados preliminares deste mês, até o dia 22, mostram que as despesas chegaram a US$ 992 milhões, enquanto que as receitas de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 314 milhões.

Nos sete meses do ano, esses gastos com viagens ao exterior estão menores. Nesse período, as despesas chegaram a US$ 10,705 bilhões, queda de 5,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 598 milhões no mês passado e a US$ 3,674 bilhões em sete meses, com crescimento de 43,41% e de 0,46%, respectivamente, na comparação com os mesmos períodos de 2018. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou julho negativa em US$ 1,3 bilhão e nos sete meses do ano com déficit de US$ 7,030 bilhões.

PSDB lança programa que prepara jovens para as eleições de 2020

Mirando as eleições de 2020, o PSDB lançou na última sexta-feira, 23, um programa para conquistar novos candidatos a prefeito e vereador, o “Jovem Líderes do PSDB”. Quem comandará o projeto é o Instituto Teotônio Vilela e terá inscrição gratuita até o final o fim de setembro no site do partido.

De acordo com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o objetivo é selecionar e capacitar pessoas de até 30 anos, garantindo igualdade de oportunidade para jovens que desejam participar de maneira mais ativa no processo político brasileiro. “O principal mérito do programa é bancar com recursos públicos educação política de qualidade a jovens e aumentar o resultado eleitoral do PSDB”, afirma Araújo.

O programa vai oferecer formação política com os princípios do partido tucano, cursos de capacitação com professores qualificados, auxílio financeiro do partido para participação no processo eleitoral, treinamento e suporte na área de comunicado digital. Após a inscrição, o candidato terá que passar por quatro etapas: análise de currículo, análise das mídias e plataformas virtuais do candidato, vídeo de apresentação de até 2 minutos e entrevista com a Comissão de Seleção.

“Também será disponibilizado curso a distância de comunicação, marketing digital, oratória, relacionamento com a imprensa e combate à fake news. O projeto será finalizado com um curso presencial do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, informa o Araújo. Em dezembro, o PSDB divulgará o resultado.

TSE disponibiliza de forma gratuita emissão de certidões eleitorais pela internet

O Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet oferece, de forma gratuita, o serviço de emissão ou validação de certidões eleitorais, com a possibilidade de impressão imediata. Para obter esses documentos, não há a necessidade de intermediação de terceiros, bastando somente ao interessado conectar-se ao site do TSE.

O caminho é muito simples. Logo na página inicial do Portal, o usuário deve acessar a aba Eleitor e Eleições, depois a área Certidões, clicar nos links de acesso e, em seguida, preencher todos os campos do formulário com os mesmos dados do cadastro eleitoral. No espaço, é possível emitir ou validar as certidões de composição partidária, crimes eleitorais, filiação partidária, negativa de alistamento e quitação eleitoral. Tudo de graça.

Caso o eleitor não consiga emitir a certidão pela internet, poderá solicitá-la em qualquer cartório ou posto de atendimento da Justiça Eleitoral (JE), onde será orientado quanto à regularização da situação eleitoral, se for o caso.

Certidões

A certidão de composição partidária destina-se a atestar a composição dos órgãos partidários. Os dados estão armazenados no Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias (SGIP).

Outra certidão que pode ser encontrada no Portal do Tribunal é a de crimes eleitorais. Esse documento destina-se a atestar a existência e inexistência de registro(s), no histórico do eleitor constante no banco de dados da JE, de condenação criminal eleitoral decorrente de decisão judicial transitada em julgado – contra a qual não cabe mais recurso.

Já a certidão de filiação partidária informa se o eleitor está filiado a algum partido político, bem como, em caso afirmativo, indica a data e o domicílio em que está filiado. As informações sobre a filiação corresponderão aos dados constantes da última relação enviada pelo partido político e processada pela Justiça Eleitoral.

O cidadão que não possui título de eleitor poderá acessar o site do TSE para emitir a certidão negativa de alistamento eleitoral. Esse documento serve para comprovar a inexistência de registro de título em nome do interessado perante a JE.

Por sua vez, para obter a certidão de quitação eleitoral, o eleitor deverá gozar da plenitude dos direitos políticos, ter votado ou justificado a ausência em todas as eleições (inclusive em segundo turno, referendos e plebiscitos), ter atendido às convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, ter efetuado o pagamento de eventuais multas aplicadas pela Justiça Eleitoral, não estar em cumprimento do serviço militar obrigatório e, quando se tratar de candidato, ter prestado as contas de campanha eleitoral.

Governadores da Amazônia se reúnem com Bolsonaro na terça

Um encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores da Amazônia Legal está marcado para a próxima terça-feira (27), depois que os chefes dos poderes executivos estaduais solicitaram uma reunião urgentemente para tratar do combate a focos de incêndio na floresta. Um dos pedidos dos governadores é que o governo federal estabeleça uma agenda permanente de proteção, conservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Os governadores, que integram o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, divulgaram neste sábado (24) uma carta endereçada ao presidente da República datada desta sexta-feira (23), em que solicitam não apenas a reunião, mas a “ imediata cooperação das estruturas dos Estados da Amazônia Legal e as do Governo Federal no emprego específico de combate a focos de incêndio”.

“A situação se agrava a cada dia, comprometendo a biodiversidade da região em razão da destruição de quilômetros de flora e da morte de milhares de espécies da fauna amazônica. Já se cogita, inclusive, que em algumas regiões as queimadas passarão a ser um risco real e imediato ao equilíbrio ambiental do planeta impactando na integridade da saúde humana”, destaca o documento.

A carta menciona ainda que a floresta amazônica é considerada patrimônio nacional pela Constituição Federal, “sendo obrigação de todos os cidadãos brasileiros e do Estado, sua conservação e preservação”.

Meio Ambiente deve dominar pauta política em Brasília

A repercussão que crise ambiental iniciada na última semana, quando o aumento das queimadas, na região amazônica ganhou contornos internacionais deve dominar a pauta política em Brasília nesta semana. Nesta segunda-feira (26), a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, se reúne com representantes dos ministérios públicos estaduais dos estados que compõem a Amazônia Legal e também com procuradores da área de meio ambiente do Ministério Público Federal. A reunião está marcada para as 14h30.

Na sexta-feira (23), o MPF informou que a Força-Tarefa Amazônia abriu inquérito civil público e está apurando a adequação de políticas públicas estaduais e federais para o combate ao desmatamento e às queimadas no estado, diante de notícias de aumento do número de focos de incêndio e de taxas de desmate em 2019.

Ministério do Meio Ambiente foi notificado para prestar informações em no máximo 20 dias. O MPF questionou a pasta sobre o planejamento de atividades fiscalizatórias do desmatamento na Amazônia para este ano e também sobre a intenção de contratar uma empresa privada de monitoramento, a despeito do trabalho já realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Durante a manhã desta segunda-feira (26), os governadores da Amazônia Legal conversam entre si e com suas equipes técnicas em preparação para a reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, marcada para esta terça-feira (27), as 16h, no Palácio do Planalto. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deve conversar com os chefes dos poderes executivos estaduais para organizar o dia de encontros do grupos em Brasília.

No Congresso, conforme declarou em nota o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deve ser instalada também nesta terça, a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC). Segundo o parlamentar, o espaço vai centralizar o debate sobre os incêndios que atingem a Floresta Amazônica. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, anunciou em suas redes sociais que o vai promover um debate no plenário da casa sobre o tema.

Brasil sonha com ouro e vaga a Tóquio no rúgby em cadeira de rodas

Brasil e Canadá fazem hoje (26), às 17h, a primeira semifinal do torneio de rúgby em cadeira de rodas dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. “A gente ainda não conseguiu vencer o Canadá, já estivemos perto muitas vezes. Aqui mesmo em Lima acabamos errando em algumas situações importantes e perdemos por 15 tries (o gol do rúgby). Mas vamos lá. Sinto que a gente está cada vez mais perto dessa vitória”, esse é o otimismo do Guilherme Camargo, da classe 1.5. Na outra semifinal, Colômbia e Estados Unidos se enfrentam às 19h.

“Na primeira fase desse Parapan, já conseguimos a revanche contra a Colômbia, que tirou a nossa medalha de bronze em Toronto. Estamos confiantes que vamos à final. Mas de repente, em uma eventual disputa de bronze, também chegaremos fortes”, garantiu o capitão brasileiro, José Higino.

Os Jogos Parapan-Americanos dão vaga direta às Paralimpíadas de Tóquio para o campeão e duas vagas para um classificatório mundial.

TORCIDA ESPECIAL

José Higino é capitão da equipe nacional e ingressou no rúgby em 2010, como forma de reabilitação da tetraplegia adquirida após bater a cabeça ao mergulhar no mar. O irmão Paulo Higino teve papel fundamental. “Ele conheceu a modalidade junto comigo e também se apaixonou.” A paixão foi tanta que trouxe frutos. “Montamos um projeto social lá na região do Gama. A partir do sucesso que tivemos lá, o meu irmão procurou o Cetefe [Associação Centro de Treinamento de Educação Física Especial]. Em parceria com o professor Ulisses Araújo, hoje temos duas equipes consolidadas na região. Atendemos a quase 50 pessoas. O nosso sucesso aqui, com certeza, também é o deles lá”.

RÚGBY, JIU-JÍTSU E MESQUITA

Essas são as paixões de Júlio Braz da Rocha. Nascido com má-formação nos membros inferiores e no membro superior direito, ele pratica a modalidade desde 2015 e chegou a estar entre os melhores do mundo em 2017. Nessa edição dos Jogos Parapan-Americanos, ele já marcou 83 tries.

Braz é natural de Mesquita (RJ). “Com muito orgulho. Acho que você poder influenciar outras pessoas é muito importante. O pessoal da comunidade vê que eu alcancei a seleção brasileira e começa a ter essa consciência de que todos podem chegar la”. E foi lá da própria comunidade, mais precisamente no Projeto “Alvo da Luta”, que outra paixão floresceu na vida do carioca: o jiu-jítsu. “Entrei no esporte mais para controlar a minha respiração para me ajudar no rúgby e me manter mais tranquilo. E cheguei até a ser campeão pan-americano da modalidade. É mais um exemplo de que, em todos os esportes, não existe a questão de não conseguir. É necessário se adaptar às dificuldades. Se você quer alguma coisa, vai atrás que você consegue”.

Braz sabe muito bem das dificuldades que o Brasil vai enfrentar nessa reta final dos Jogos Parapan-Americanos. “A gente se dedicou demais. Sabemos que as equipes do Canadá e dos Estados Unidos são as favoritas por estarem lá em cima no ranking mundial. Mas lá dentro de quadra são quatro contra quatro. E vamos para cima deles, contando sempre com a torcida do pessoal lá da minha área em Mesquita.”

Trump diz que negociações com a China vão começar em breve

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta manhã (26), em Biarritz, França, onde ocorre a cúpula do G7, que as negociações comerciais com a China vão começar “muito em breve”. Pequim contatou os negociadores norte-americanos durante a noite passada, propondo um retorno à mesa das negociações, revelou Donald Trump, admitindo a possibilidade de um acordo para acabar com a guerra comercial entre as duas potências.

Trump disse o presidente da China, Xi JinPing, é um “grande líder”, acrescentando que tem por ele grande respeito, e que aprecia o desejo dele por um acordo feito com calma.

O vice-presidente chinês, Liu He tinha dito, no início da sessão de hoje da Bolsa de Shangai, que a China estava disposta a resolver a guerra comercial com os Estados Unidos, opondo-se firmemente à escalada do conflito.

A notícia e a confirmação posterior de negociações, pelo presidente norte-americano, teve um impacto positivo imediato na bolsa chinesa, detendo a queda acentuada da moeda chinesa face ao dólar.

Violência volta a irromper protestos em Hong Kong

Após dez dias de relativa calma em Hong Kong, as passeatas deste fim de semana, em protesto contra medidas de Pequim, foram acompanhadas por violência. Pela primeira vez, a polícia usou jatos d’água contra os participantes e pelo menos um tiro foi disparado.

Quando milhares se dirigiam, sob chuva torrencial, ao bairro-cidade de Tsuen Wan, após comício num estádio esportivo próximo, um grupo de ativistas linha-dura ergueu barricadas improvisadas e arrancou tijolos dos pavimentos. Segundo a agência de notícias AFP, a certo ponto vários agentes da lei empunharam pistolas.

Durante as confrontações, por diversas vezes os agentes da lei se viram em inferioridade numérica, isolados diante de jovens mascarados que os atacavam com porretes e atiravam pedras.

Após tentarem dispersar a multidão com gás lacrimogêneo, as forças de segurança colocaram nas ruas caminhões equipados com múltiplos canhões d’água, exibindo avisos de que os utilizariam, caso os manifestantes não se retirassem.

Mais tarde, os jatos foram lançados dos veículos em movimento contra um grupo de participantes que saiu correndo. Contudo ativistas mais violentos confrontaram os agentes com tijolos e coquetéis molotov. Antes, a polícia assegurara que os caminhões, também equipados com câmeras de vigilância, só seriam empregados no evento de “distúrbios públicos de larga escala”.

O superintendente de polícia Leung Kwok Win admitiu que houve um disparo de arma de fogo, pela primeira vez em quase cinco meses de protestos na região semiautônoma chinesa. “Pelo que entendo, um tiro acaba de ser dado por um colega. Minha compreensão inicial é que foi um policial uniformizado que disparou sua arma”, declarou o policial. As circunstâncias e motivos ainda não foram esclarecidos.

À tarde (hora local), uma segunda passeata reuniu algumas centenas de cidadãos, incluindo familiares de policiais. Parte deles criticava o governo por deixar as tropas sozinhas para lidar com a crise, enquanto outros exigiam uma investigação independente do suposto excesso de violência policial nos protestos.

No sábado, dez pessoas foram hospitalizadas, duas em estado grave, e 29 foram presas em confrontos que duraram até a noite. Num bairro proletário, a polícia investiu com gás lacrimogêneo e cassetetes contra os manifestantes que atiravam garrafas e pedras. Em contraste, os protestos da sexta-feira foram pacíficos, com a formação de uma corrente humana de quase 50 quilômetros de extensão.

As passeatas na ex-colônia britânica e polo financeiro, iniciadas em 31 de março de 2019, dirigiam-se originalmente contra um projeto de lei de extradição anunciado pelo governo chinês. Mais tarde, ampliaram-se num movimento pró-democracia, exigindo a deposição da chefe do Executivo local, Carrie Lam, e eleições plenamente democráticas.

Neste meio tempo, Pequim tem empregado um misto de intimidação, propaganda e pressão econômica para conter os protestos, numa estratégia que o movimento apelidou de “terror branco”. Até este sábado, o governo de Hong Kong parecia ter desistido de empregar violência: a última confrontação séria ocorreu mais de uma semana atrás, depois que as manifestações paralisaram o aeroporto local.