Pernambuco ganha voo direto para Macapá

Pernambuco comemora mais uma conexão nacional. Isso porque a partir de outubro, o Estado ganhará uma ligação com a cidade de Macapá, no Amapá. A frequência sem escalas da Azul acontecerá uma vez por semana, aos sábados, a partir de 12 de outubro.

A frequência sem escalas da Azul sairá sempre aos sábados, às 14h do Recife, com chegada à capital do Amapá às 16h55, horário local. Já a saída do Macapá será sempre aos sábados, às 17h35, com chegada ao Aeroporto Internacional do Recife, às 20h30 do mesmo dia, horário local. A nova rota será operada por um Embraer 195, com capacidade para 118 passageiros. As vendas começam nesta quarta-feira (28), no site oficial da Azul: https://www.voeazul.com.br/

Quando esse novo voo estiver em operação, haverá no Aeroporto do Recife, uma média de 63 voos diários para 34 destinos diferentes. “Consolidamos os destinos e estamos trabalhando cada dia mais para estruturar os municípios pernambucanos para receber os visitantes. É mais um voo para nosso Estado, que vai trazer turistas e com isso gerar mais economia. Estamos bem felizes com uma nova rota para a região Norte do Brasil. Essa nova conexão será um marco para a aviação no nordeste e para a história do Recife”, comenta o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes.

Paulo Câmara participa de missa que marca início da moagem de cana de açúcar

O governador Paulo Câmara participa, nesta quarta-feira (28), em Timbaúba, da tradicional missa campal na antiga Usina Cruangi, hoje gerenciada pela Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Açúcar (Coaf) – em celebração ao início da moagem seguida de cana de açúcar. A missa, que sempre marca o início da operação da usina, reunirá trabalhadores e familiares, além de lideranças do setor canavieiro.

A usina foi reaberta em 2015, graças à concessão de crédito pelo Governo de Pernambuco. Na primeira moagem sob o comando da Coaf, na safra 2015/2016, a usina esmagou 291 mil toneladas de cana. A previsão para esta safra 2018/2019, porém, é de esmagar 650 mil toneladas de cana, com um faturamento estimado em R$ 105 milhões e superando as 544 mil toneladas esmagadas na safra anterior (2017/2018) e quase que dobrando as 344 mil toneladas produzidas em 2016/17.

TJPE conclui digitalização de mais de 42 mil processos na área de Execução Penal

O Judiciário estadual pernambucano concluiu a informatização dos processos na área de Execução Penal por meio do Sistema Eletrônico de Execução Unificado (Seeu). A ferramenta foi criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para padronizar e otimizar a Execução Penal em todo o país. No total, 42.087 ações foram digitalizadas em seis unidades judiciárias com suporte de magistrados e servidores através de mutirão iniciado em maio. Confira as fotos da atividade AQUI.

A digitalização dos processos foi realizada na 1ª Vara Regional de Execução Penal, na 2ª Vara Regional de Execução Penal, na Vara de Execução Penal da Capital e na Vara de Execução de Penas Alternativas, localizadas no Recife; e também na 3ª Vara Regional de Execução Penal, em Caruaru, e na 4ª Vara Regional de Execução Penal, no município de Petrolina. A etapa corresponde à primeira fase de desenvolvimento do Seeu, que compreende também o cadastramento das ações de execução penal digitalizadas eletronicamente e o trâmite desses processos. A segunda fase implementará mutirões carcerários em processos informatizados. Por fim, a terceira fase investirá em ações de atenção ao sistema socioeducativo.

Através da ferramenta, é possível acompanhar virtualmente, em tempo real, o quadro das execuções penais em curso dos presos, como trâmite processual, movimentações e condenações; agendar automaticamente os prazos de progressões de regime, livramento condicional, comutações e indultos, previstos na Lei de Execução Penal; e realizar pesquisas, com indicativos gráficos, sobre a situação dos presos.

A ferramenta fornece ainda tabelas com leis, artigos, parágrafos e incisos para maior precisão na inclusão de condenações. Ainda por meio da compilação de dados eletrônicos gerais, o Seeu pode produzir relatórios estatísticos que irão embasar novas políticas públicas para o sistema prisional. Há a otimização do trabalho do Judiciário no cumprimento de prazos também pela possibilidade de acompanhamento e movimentação processual coletivos que será dada a advogados, Ministério Público e Defensoria por meio virtual.

“Concluímos uma etapa importante para a conquista da agilização processual em Execução Penal no Estado. Reafirmo a confiança e parabenizo a equipe responsável pelo desenvolvimento de todo esse processo, formada por profissionais comprometidos com a melhoria da prestação jurisdicional e a consequente pacificação social. Destaco que a parceria entre o CNJ e os tribunais de justiça de todo o país é decisiva para conseguirmos resolver as questões relacionadas à Execução Penal”, afirmou o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo.

Experiência – A sistemática de trabalho adotada pelo TJPE para a implantação do Seeu nas unidades judiciárias da área de Execução Penal motivou a visita de uma comitiva do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no dia 8 de agosto. Na Escola Judicial (Esmape), foi apresentado ao grupo o desenvolvimento do Seeu no TJPE. A apresentação foi realizada pelo coordenador da iniciativa no Judiciário estadual pernambucano, o juiz do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Oswaldo Soares Neto. O magistrado explicou o sistema de digitalização dos processos, a operacionalização da ação e os benefícios que ela traz para uma maior agilização processual e de transparência no cumprimento da pena na área de execuções penais.

Pernambuco – O TJPE possui atualmente seis varas de Execução Penal, todas de competência privativa, onde atuam seis juízes e 60 servidores. De acordo com estatísticas do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen 2017), em junho de 2016, Pernambuco apresentava a sexta maior população prisional entre as unidades federativas do Brasil, com 34.556 presos, exibindo uma taxa de 367 pessoas privadas de liberdade para cada 100.000 habitantes.

Justiça Presente – A informatização dos processos de execução penal através de Seeu bem como as audiências de custódia são duas das medidas da primeira fase do Justiça Presente, empreendido pelo CNJ, operado em quatro eixos: sistemas eletrônicos; propostas e alternativas ao superencarceramento; políticas de cidadanias; e sistemas socioeducativos. O programa abrange todos os 27 estados brasileiros e foi consolidado a partir de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Conselho e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em novembro de 2018.

Deputado Lessa propõe integrar desenvolvimento econômico e segurança da Sulanca

Implementar medidas para melhorar a estrutura da Feira da Sulanca, garantindo segurança para compradores e comerciantes do Parque 18 de Maio. Este será o foco de atuação de um grupo de trabalho formado a partir da audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe, presidida pelo deputado estadual Delegado Erick Lessa. O evento ocorreu na terça-feira 27, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic).

O deputado Delegado Erick Lessa apontou que a visão do grupo é unir desenvolvimento econômico com segurança. “É preciso ordenar a infraestrutura da Feira, proporcionando uma melhor movimentação econômica. Milhares de famílias conseguem o seu sustento através da Sulanca. Cuidar da Feira é cuidar de vidas. E esta é uma responsabilidade de toda a sociedade”, disse, deixando claro que não quer assumir “protagonismo com a causa, mas ajudar a melhorar a vida dos sulanqueiros e dos compradores”.

Na audiência, uma equipe do Corpo de Bombeiros apresentou um relatório técnico descrevendo o ‘diagnóstico’ das condições de infraestrutura da Sulanca. O tom foi de alerta, pois, segundo os representantes do grupamento, a situação do local é delicada. Difícil acesso ao interior da Feira; raio de alcance dos hidrantes inferior à área a ser protegida; estabelecimentos desordenados; utilização de fogo e gás de cozinha e instalações elétricas irregulares foram alguns dos problemas elencados pelos bombeiros.

Entre as medidas emergenciais recomendadas pelo órgão, estão a instalação de extintores pelos comerciantes e a ampliação da Brigada de Incêndio que funciona com apenas dois brigadistas, durante o horário de comercialização. De 2013 para cá, o Corpo de Bombeiros registrou cinco ocorrências de incêndios no Parque 18 de Maio, em todos os casos ocorridas fora do horário de feira.

O órgão ainda sugere a definição de rotas de fuga sinalizadas, permitindo um acesso livre aos setores da área. “O Corpo de Bombeiros faz apontamentos, mas é necessário que o poder público crie um projeto de segurança contra incêndio e pânico. Queremos que comerciantes e compradores tenham mais segurança, sem o risco de acontecer tragédias no local”, salientou o comandante-geral do CBMPE, coronel Manoel Cunha.

O presidente da Associação dos Sulanqueiros, Pedro Moura, afirmou ser favorável a melhorias na Sulanca, mas observou que é necessário ter total atenção ao comerciante, sobretudo do setor da Brasilit. “Muitos comerciantes que atuam há mais de 30 anos estão preocupados. É preciso que as medidas de padronização não prejudiquem os sulanqueiros”, ressaltou.

Também estiveram presentes na audiência o deputado estadual Sivaldo Albino (PSB); o tesoureiro da Associação União dos Sulanqueiros, Willy Barbosa; o diretor da Acic Waldir Rocha; o presidente da Associação dos Trabalhadores Autônomos, Eduardo Dantas; os comerciantes André Salgado, Paulo Sérgio, Joseane Lucena e Leandro Ferreira; além de integrantes da comissão de aprovados do concurso do Corpo de Bombeiros. Apesar de terem sido convidados, não houve representantes do poder executivo municipal, que se limitou a enviar um ofício afirmando que estão sendo tomadas medidas na Feira da Sulanca.

Box – Propostas de medidas imediatas apresentadas pelo Corpo de Bombeiros:

Instalação de equipamentos portáteis (extintores) em todos os estabelecimentos;
Criação de sistemática para abastecimento de água;
Ampliação dos serviços da Brigada de Incêndio para 24 horas por dia;
Elaboração de projeto de segurança contra incêndio e pânico;
Remoção de substâncias inflamáveis e/ou materiais de fácil combustão;
Esvaziar/desativar pavimentos superiores em subsolo e/ou cômodos no mesmo pavimento;
Acréscimo de hidrantes públicos;
Substituição de estabelecimentos de madeira ou zinco por alvenaria;
Ordenação do espaço;
Definição de rotas de fuga sinalizadas;
Abertura de vias que permitam acesso livre em casos necessários.

CNT/MDA: 39,5% avaliam governo Bolsonaro como ruim ou péssimo

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta 2ª feira (26.ago.2019) indica que o governo de Jair Bolsonaro tem a reprovação de 39,5% dos brasileiros. A aprovação é de 29,4%. Outros 29,1% avaliam o governo como regular; e 2% não souberam opinar.

A pesquisa mostra resultados semelhantes aos de outros levantamentos recentes, que indicam a existência de um núcleo duro de apoio ao governo em torno de 30% da população. Os mesmos patamares foram verificados por XP (33% de aprovação, 9.ago), Ibope (32%, 27.jun) e em outro estudo da XP (35%, 5.abr).

Os últimos levantamentos mostram 3 divisões da população, com patamares semelhantes: os que aprovam o governo, os que o rejeitam e os que o consideram regular.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas de 22 a 25 de agosto em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

A reprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 53,7% contra 41% de aprovação. Outros 5,3% não souberam opinar.

REJEIÇÃO DISPARA

A rejeição ao presidente disparou em relação ao último levantamento, divulgado no dia 26.fev.2019. Naquela ocasião, pesquisa CNT/MDA mostrou que o governo tinha a aprovação de 38,9% dos brasileiros. Outros 29% avaliavam o governo como regular e só 19% como ruim ou péssimo. Outros 13,1% não souberam opinar.

A pesquisa também tinha ouvido 2.002 pessoas, de 21 a 23 de fevereiro, em 137 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro era de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança, 95%.

Naquela altura, a aprovação do desempenho pessoal do presidente atingia 57,5% contra 28,2% de desaprovação. Outros 14,3% não souberam opinar.

Bolsonaro foi eleito em 28 de outubro de 2018. Ele obteve 57.797.466 votos (55,13% dos válidos). Em 2º lugar, ficou Fernando Haddad (PT), com 47.040.859 votos (44,87% dos válidos). Brancos e nulos foram 9,5% dos votos totais.

Gretchen pede desculpas ao presidente da França por comentário de Bolsonaro

Foto: Reprodução / Instagram
Foto: Reprodução / Instagram

Diário de Pernambuco

A cantora Gretchen usou seu Twitter para sair em defesa da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, que foi alvo de uma farpa do presidente Jair Bolsonaro neste sábado. Na postagem, a artista pede perdão e diz admirar Brigitte.

Em clima de tensão – ocasionada pelos incêndios na Amazônia – entre o presidente do Brasil e o líder francês, Emmanuel Macron, Bolsonaro respondeu a montagem de um internauta, que mostrava os casais Macron e Brigitte e Bolsonaro e Michelle, com a legenda: ‘Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?’. Bolsonaro escreveu: ‘Não humilha cara. Kkkkkkk’..

Em francês, Gretchen respondeu ao comentário, visto como infeliz e sexista por muitos usuários das redes sociais:”@EmmanuelMacron, perdão. A primeira-dama @Brigitte1eDame é uma mulher maravilhosa e brilhante como você. Eu a admiro e gosto muito da sua história”, escreveu a brasileira, marcando as contas do presidente francês e de sua mulher no Twitter.

Insegurança com Bolsonaro e Maia faz Bolsa cair e dólar subir

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos dentre os principais mercados globais nesta segunda-feira (26). O Ibovespa recuou 1,27%, a 96.429 pontos, menor patamar desde 5 de junho, antes da aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

O índice operou destoado do mercado americano e europeu – que iniciaram uma recuperação após o tombo de sexta (23)- com o aumento da reprovação do governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e a fala do presidente sobre uma suposta acusação a alguém importante a seu lado.

O dólar acompanhou a aversão a risco e subiu 0,36%, a R$ 4,1390, maior valor desde 18 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais que levaram Bolsonaro ao poder. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 4,1640.

O dia também foi de forte oscilação no mercado futuro. O contrato futuro de dólar subiu 0,8% e foi para R$ 4,15, enquanto o índice futuro da Bolsa teve queda de 2,5%.

O índice fecha à 18h, cerca de uma hora após o pregão de negociação das ações, e serve como indicação do comportamento dos investidores nos pregões seguintes.

A avaliação dos analistas é que a piora no índice futuro refletiu a informação de que um inquérito da PF (Polícia Federal) atribui ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro em esquemas da Odebrecht.

Maia hoje é considerado o principal fiador das reformas no Congresso.

O mercado brasileiro chegou a abrir com o viés positivo, com queda do dólar e alta da Bolsa, acompanhando o exterior.

Inquérito da PF acusa Maia de corrupção e lavagem de dinheiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou nesta segunda-feira (26) à Procuradoria Geral da República a conclusão de inquérito da Polícia Federal (PF) aberto para investigar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o vereador Cesar Maia (DEM-RJ), pai do deputado. Ao concluir as investigações, os delegados da PF atribuíram aos dois os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro pelo recebimento de “vantagens indevidas” da empreiteira Odebrecht.

De acordo com os delegados “há elementos concretos e relevantes” da existência dos crimes investigados”. Após receber o inquérito, o relator do caso, ministro do STF Edson Fachin, enviou a investigação para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que terá 15 dias para decidir se vai oferecer denúncia contra os acusados ou pedirá o arquivamento do inquérito.

Segundo a PF, Rodrigo Maia e Cesar Maia receberam total de “valores indevidos” de R$ 1,6 milhão da Odebrecht nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014. O objetivo dos recebimentos, segundo o inquérito, seria “garantir um canal aberto de comunicação para o exercício de influência”. Os supostos pagamentos foram indicados por ex-diretores da empresa que assinaram acordos de delação premiada.

“Sendo assim, havendo elementos concretos de autoria e materialidade, nas circunstâncias descritas nos tópicos acima, para se atestar que estão presentes indícios suficientes de que o deputado federal Rodrigo Felinto Ibarra Maia e Cesar Epitácio Maia, vereador da cidade do Rio de Janeiro, cometeram o delito de corrupção passiva ao solicitarem e receberem contribuições indevidas nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014”, concluiu a PF.

Defesa
Em nota, Rodrigo Maia disse que todas as doações recebidas em suas campanhas foram feitas dentro da lei. Segundo o deputado, as provas utilizadas pela PF foram baseadas somente nas palavras dos delatores.

“Sobre o relatório apresentado pela Polícia Federal, volto a afirmar que todas as doações que recebi em minhas campanhas eleitorais foram solicitadas dentro da legislação, contabilizadas e declaradas à Justiça. Nunca houve pagamentos não autorizados por parte da Odebrecht ou de qualquer outra empresa. A conclusão do relatório da Polícia Federal, portanto, não tem embasamento fático, comprobatório ou legal, já que foi baseado exclusivamente em palavras e planilhas produzidas pelos próprios delatores. Eu confio na Justiça e estou seguro que os fatos serão esclarecidos, e este inquérito, arquivado.”, disse Maia.

Situação na Amazônia não está fora de controle, diz ministro da Defesa

O governo federal realizou uma reunião de balanço das ações de combate às queimadas na Amazônia. Além do presidente Jair Bolsonaro, participaram os ministros da Defesa (Fernando Azevedo), Justiça (Sérgio Moro), Relações Exteriores (Ernesto Araújo), Casa Civil (Onyx Lorenzoni), Secretaria de Governo (Luiz Eduardo Ramos), além do porta-voz, Otávio Rêgo Barros. O titular da pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estava em São Paulo e não participou do encontro.

Na saída da reunião, o ministro da Defesa disse a jornalistas que a situação não é “simples”, mas que o governo agiu rapidamente e que houve uma redução dos focos de incêndio na região. “É difícil? É, mas nós estamos em cima. Não está fora de controle”, disse Azevedo.

A principal medida foi a autorização de uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental. Dois comandos estão responsáveis pelas ações, o da Amazônia e do Norte. No primeiro há mil homens destacados para as ações e no segundo, 1.800 homens. Cada um está a cargo de quatro estados da região e coordena as iniciativas nessas unidades da federação.

“Estamos diminuindo. Estado do Amazonas está numa situação boa, Roraima também. Rondônia preocupava um pouco mais, mas temos mais de mil pessoas atuando e 15 aeronaves combatendo as queimadas. Preocupa um pouco o estado do Pará”, declarou Azevedo. Ele acrescentou que há uma perspectiva de melhoria meteorológica com a chegada de chuvas na parte oeste da região amazônica.

Azevedo disse que a redução do quadro foi percebida pelas fotografias da região amazônica analisadas na reunião.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros informou que uma comitiva do governo federal deve se deslocar à região. “A partir da metade da semana é possível que tenhamos equipe in loco para verificar a evolução positiva dos trabalhos realizados”, disse. A participação do presidente Jair Bolsonaro nessa missão ainda não está definida.

Parlamento do Mercosul repudia queimadas e declara emergência ambiental na Amazônia

Após pedir punição internacional a Bolsonaro pela crise ambiental na Floresta Amazônica, durante reunião na manhã desta segunda-feira (26) no Parlamento do Mercosul (Parlasul), no Uruguai, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), anunciou que o bloco emitiu nota oficial com “amplo e enérgico repúdio” à devastação da Amazônia e declarando emergência ambiental na região da maior floresta tropical do mundo.

De acordo com o senador, os parlamentares do grupo decidiram criar um Comitê de Emergência Ambiental do Mercosul, formado pelos países membros e associados do bloco e todos aqueles envolvidos com a situação dramática ambiental, afetados diretamente pelas consequências das queimadas. A ideia é criar uma coordenação ágil entre todos os envolvidos para acelerar as medidas de emergência necessárias.

Humberto explicou que o documento de repúdio emitido pelo Parlasul diz que a “devastação da Amazônia está favorecendo a expansão irresponsável da fronteira agrícola e das atividades de mineração, em prejuízo das comunidades milenares que habitam o território, afetando também a biodiversidade”.

O parlamentar ressaltou ainda que o documento considera que os incêndios descontrolados registrados nos últimos dias trazem consequências devastadoras e possivelmente irreversíveis a toda a região que não podem ser ignorados.

“Apreensivos com os terríveis danos das queimadas criminosas no Brasil, estimuladas por Bolsonaro, o bloco resolveu criar também um sistema regional de gestão integral de riscos e de prevenção de potenciais ocorrências de emergências e desastres no futuro. Entidades públicas e privadas das nações envolvidas se reunirão para tratar das medidas que podem ser adotadas antes e depois dos desastres, com a recuperação das áreas atingidas”, garantiu Humberto.

Ele avalia que a imagem do Brasil nunca esteve tão desgastada por conta de questões ambientais e atribui a responsabilidade da atual situação a Bolsonaro. “O mundo inteiro assiste, perplexo, às imagens de incêndio por toda a Amazônia. A preocupação é mundial. Mesmo assim, o presidente da República segue se omitindo de responsabilidade, ofendendo ONGs e cientistas que trabalham seriamente e criando entraves com países que buscam auxiliar. Bolsonaro tem de responder pelos seus atos”, detonou.