Lava Jato investiga pagamento de propina a políticos do MDB

Em sua 59ª fase, deflagrada nesta quinta-feira (31), a Operação Lava Jato prendeu o ex-presidente do Grupo Estre Wilson Quintella Filho e o advogado e ex-executivo do grupo Mauro de Morais. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em São Paulo e Araçatuba (SP).

Batizada de Quinto Ano, a operação apura o pagamento de propina pelo Grupo Estre em 37 contratos que totalizaram, entre 2008 e 2017, mais de R$ 682 milhões, assim como pagamentos ilícitos superiores a R$ 22 milhões. A empresa prestou serviços na área ambiental, de reabilitação de dutos e de construção naval para a Transpetro, subsidiária da Petrobras. As investigações tiveram como ponto de partida a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Segundo a Polícia Federal, calcula-se que foram repassados no período mais de uma centena de milhões de reais a agentes políticos, sendo que o colaborador teria recebido R$ 2 milhões, por ano, a título de vantagem indevida, além de R$70 milhões no exterior.

Ex-senador pelo Ceará, Machado foi indicado ao cargo pelo MDB. O Ministério Público Federal diz que pretende avançar nas investigações para saber que outros emedebistas foram favorecidos pelo esquema.

“Na maioria dos esquemas de corrupção identificados pela Lava Jato, foi constatado o comprometimento de importantes agentes públicos amparados por um braço político-partidário. O esquema de corrupção cuja investigação se aprofunda hoje não foge a essa regra. O ex-presidente da Transpetro, indicado e mantido no cargo pelo então PMDB, explicou que parte das propinas que recebeu foi destinada a importantes políticos do partido. É essencial que as investigações avancem e os fatos sejam completamente esclarecidos”, afirma o procurador da República Roberson Pozzobon.

Nuvem de suspeita

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Deltan Dallagnol reforçou pelo Twitter a necessidade de apurar o envolvimento de políticos do MDB nos desvios. “Ex-presidente da Transpetro confessou que repassava parte das propinas para políticos importantes do PMDB. Fatos precisam ser esclarecidos. Não é saudável para o país que paire uma nuvem de suspeita sobre pessoas que ocupam relevantes cargos públicos.”

Segundo a Polícia Federal, o sistema utilizado para a ocultação e dissimulação da “vantagem indevida” ocorreu mediante a utilização de contas de passagem e fracionamento de recursos para evitar comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). “Existem fortes suspeitas de que todo esse esquema criminoso só foi possível em razão da bem acertada associação entre os investigados.

Ministra é acusada de criar ilegalmente criança indígena

Integrantes da tribo indígena Kamayurá, no Xingu, em Mato Grosso, acusam a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de ter tirado uma criança de seis anos da aldeia sob a alegação de que a levaria para um tratamento dentário. A criança nunca mais foi devolvida aos familiares e hoje, aos 20 anos, é apresentada por Damares como sua filha adotiva, embora a adoção não tenha sido formalizada. As informações são de reportagem da revista Época, que começou a circular na manhã desta quinta-feira (31).

De acordo com membros da aldeia ouvidos pela revista, Kajutiti Lulu Kamayurá era criada pela avó paterna, Tanumakuru, após ter sido rejeitada pela mãe. “A branca levou a Lulu”, diz, em tupi, a senhora de quase 80 anos que estampa a capa da revista. “Chorei, e Lulu estava chorando também por deixar a avó. Márcia levou na marra. Disse que ia mandar de volta, que quando entrasse de férias ia mandar aqui. Cadê?”, questiona Tanumakuru. Ela afirma que nunca foi informada de que a criança não voltaria.

Os indígenas alegam que Lulu foi levada por Márcia Suzuki, amiga de Damares, sob o pretexto de que a garota precisava fazer um tratamento de dente na cidade. “Márcia veio na Kuarup (festa tradicional em homenagem aos mortos), olhou os dentes todos estragados (de Lulu) e falou que ia levar para tratar”, afirma Mapulu, pajé kamayurá e irmã do cacique. Amigas, Márcia e Damares são fundadoras da ONG Atini, que se apresenta como organização sem fins lucrativos “reconhecida internacionalmente por sua atuação pioneira na defesa do direito das crianças indígenas”.

Salva de infanticídio

Em resposta à revista, a ministra diz que Lulu foi salva de infanticídio porque seria morta pela mãe. Segundo ela, a família biológica visita a jovem com regularidade. A ministra conta que a filha adotiva retornou à aldeia para reencontrar familiares após o tratamento dentário. “Ela deixou o local com a família e jamais perdeu o contato com seus parentes biológicos”, afirma. Indígenas ouvidos pela reportagem alegam que a primeira visita de Lulu só ocorreu há dois anos.

Em nota divulgada após a repercussão da reportagem, Damares diz que não está vinculada a Lulu por um processo de adoção, mas por “vínculo socioafetivo”. A ministra afirma que a jovem não foi “arrancada dos braços dos familiares” e que sua saída teve “total anuência de todos”. Veja o comunicado da ministra:

“Sobre as repercussões relacionadas à matéria da revista Época no processo de adoção de Lulu Kamayurá, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esclarece os seguintes pontos:

A ministra Damares Alves não estava presente no processo de saída de Lulu da aldeia. As duas se conheceram em Brasília.
Lulu não foi arrancada dos braços dos familiares. Ela saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar.

Damares é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha. Como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socioafetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília.
Lulu não foi alienada de sua cultura e passou por rituais de passagem de sua tribo.

Lulu não é pessoa pública. É maior de idade. Não foi sequestrada. Saiu da aldeia com familiares, foi e é cuidada por Damares com anuência destes. Nenhum suposto interesse público no caso deveria ser motivo para a violação do direito a uma vida privada, sem tamanha exposição.”

A Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje subordinada a Damares, afirma que a retirada de crianças de uma aldeia é ilegal e que a adoção depende de aprovação da Justiça Federal e do próprio órgão. Ao longo do processo, uma equipe de estudos psicossociais deve ouvir a tribo e analisar se há vínculos entre a criança e o adotante e se a família mais extensa aceita a adoção.

Índios contaram à revista que a mãe biológica de Lulu não tinha condições de cuidar dela e que foi deixada com a avó paterna. Por causa da falta de comida e remédio, segundo eles, a criança ficou desnutrida e foi levada de avião por servidores que cuidam da saúde dos indígenas na região. Apesar de ter se recuperado, ficou com a dentição torta pelo uso de mamadeira.

Os kamayurás rebatem as acusações de maus-tratos feitas pela ministra. “Quem sofreu mesmo, quem ficava acordada fazendo mingau, era a vovó Tanumakaru, não a Damares. Ajudei a buscar leite nessa época”, disse a pajé Mapulu. Ela admite que já houve sacrifício de crianças na aldeia, mas afirma que esse não seria o destino de Lulu. “Antigamente, tinha o costume de enterrar. Hoje, a lei mudou”, completou a pajé em entrevista aos repórteres Natália Portinari e Vinicius Sassine.

O Congresso em Foco procurou a Atini para que a ONG e Márcia Suzuki se manifestassem, mas não houve retorno até o momento. A reportagem será atualizada assim que forem apresentados novos esclarecimentos

Donos de rádio e TV formarão bancada de pelo menos 26 parlamentares no Congresso

O fenômeno não é novo, já foi objeto de inúmeras pesquisas e publicações e atualmente é alvo de ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, concluídas quase duas décadas do novo século, a Justiça brasileira não deu nenhuma resposta definitiva e republicana ao chamado “coronelismo eletrônico” (ou quando políticos eleitos mantêm concessões públicas de radiodifusão). São 20 deputados federais, seis senadores e um governador nominalmente vinculados a veículos de comunicação nesta nova legislatura. Além de outros que mantêm ligações familiares e/ou profissionais com grandes redes de comunicação.

No levantamento realizado pelo Intervozes[1], a Bahia aparece como o estado com maior número de eleitos que mantém concessões de rádio e TV: três no total. Os deputados federais reeleitos Félix Mendonça (PDT) e José Rocha (PR), que foram apontados em levantamento semelhante, realizado no início de 2015 – e que deu origem a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 379/2015 – seguem figurando no quadro societário de empresas radiodifusoras, à revelia da lei. Eles são sócios proprietários, dentre outras, da Rádio FM Macaubense e da Rio Alegre Radiodifusão, respectivamente.

Além de manterem concessões em seus nomes, ambos mantêm parentes como sócios em empresas de radiodifusão: a Rádio Litoral Norte FM (Rádio Sociedade da Bahia) está em nome de Maria Helena Almeida Mendonça, mãe de Felix Mendonça; e a Rádio Rio São Francisco Radiodifusão, no município de Bom Jesus da Lapa, está em nome de Noelma Cleia Bastos Azevedo Rocha, esposa de José Rocha. Já Leur Lomanto Jr. (DEM-BA), que antes era deputado estadual e agora representará a Bahia no Congresso, é proprietário da Rádio Jequié FM.

INSS deve anunciar ação para desabrigados de Brumadinho

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse hoje (31) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve anunciar amanhã uma ação para atender os desabrigados afetados pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho.

Marinho reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao deixar o ministério, em Brasília, Marinho não detalhou a medida. “Não está fechando ainda. Amanhã a gente vai anunciar”, disse.

Segundo ele, a reunião com o ministro foi pra tratar de reforma da Previdência e de Brumadinho, além de questões burocráticas da secretaria.

Reforma da Previdência
Sobre a reforma da Previdência, Marinho disse que os militares devem fazer parte das mudanças. Ao ser questionado sobre qual deve ser proposta do governo para a idade mínima de aposentadoria, ele disse que Guedes considera vários cenários, como mulheres, aos 57 anos, e homens, aos 62 anos.

Bolsonaro agradece, no Twitter, atuação das tropas israelenses

O presidente Jair Bolsonaro agradeceu, no seu Twitter, o encerramento da atuação das tropas israelenses no resgate de vítimas após o desastre causado pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.

“As bravas tropas israelenses, cedidas pelo Primeiro Ministro, encerram hoje a missão no Brasil. Agradeço, em nome do povo brasileiro, ao Estado de Israel pelos serviços prestados em Brumadinho-MG em parceria com nossos Guerreiros das Forças Armadas e Bombeiros”, escreveu.

O presidente, internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, está no exercício da presidência desde ontem (30).

Bolsonaro não foi liberado pelos médicos para receber autoridades, pois poderia prejudicar a sua recuperação. Seguindo a sua agenda oficial, o presidente começa os despachos às 13h30. Está prevista, nesse horário, a chegada do subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Antônio de Oliveira Francisco, para acompanhá-lo nos despachos.

O presidente, no entanto, disse que trabalha enquanto se recupera e fez um balanço do primeiro mês na Presidência.

“São muitas as linhas de atuação nesse primeiro mês de governo e ainda há muito a se fazer. Estamos no caminho certo. Nossa missão será cumprida! O Brasil ocupará a posição que merece no contexto internacional!”, disse no Twitter.

Bolsonaro se recupera no Hospital Albert Einstein da cirurgia realizada na segunda-feira (28), que durou 7 horas, e reconstruiu o seu trânsito intestinal. Ele deixou ontem (30) a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Justiça do Trabalho bloqueia mais R$ 800 milhões da Vale

A Justiça do Trabalho autorizou um novo bloqueio de R$ 800 milhões da mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho. Na última segunda-feira (28), já haviam sido bloqueados R$ 800 milhões, valor correspondente a 50% do total pedido pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG).

“Mais R$ 800 milhões foram bloqueados nas contas da Vale S.A, para assegurar pagamentos e indenizações trabalhistas. Com isso, o Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais conseguiu assegurar um total de R$ 1,6 bilhão, que darão efetividade a resultados de ações e acordos extrajudiciais”, informou o MPT-MG, por meio de nota.

De acordo com o órgão, também foram impostas à mineradora obrigações como arcar com custos de sepultamento e a manutenção de pagamentos de salários a trabalhadores vivos e familiares de mortos e desaparecidos, além da entrega de documentos considerados fundamentais para a instrução do inquérito e apuração das condições de segurança na mina.

“O Ministério Público do Trabalho apresentou pedido de reconsideração da decisão para a acolhida integral do bloqueio e a rápida liberação de seguro de vida, o que foi deferido pela Justiça do Trabalho, na tarde desta quarta-feira (30).”

Transplantes: estado bate recorde rim e fígado

Pelo segundo ano consecutivo, Pernambuco bate o seu recorde de transplantes de rim. Em 2017, foram realizados 404, enquanto que em 2018 foram 463, um aumento de 15%, além de 5 procedimentos duplos de rim e fígado e 5 de rim e pâncreas. Anteriormente, o ano com maior número de transplante tinha sido 2015 (344). Esse é o órgão mais demandado no Estado, possuindo, hoje, uma fila de espera com 852 pessoas.

“Esse aumento no número de transplantes de rim demonstra que a população tem se conscientizado da importância desse ato de solidariedade que é a doação de órgãos e tecidos. Além disso, ratifica o empenho da Central de Transplantes e de todos os profissionais envolvidos no processo para que os procedimentos se tornem realidade. Temos equipe de referência para captação de órgãos e de transplante de rim que estão à disposição todos os dias do ano para que as pessoas em fila de espera possam ganhar essa qualidade de vida”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Além de rim, Pernambuco também bateu o recorde de transplantes de fígado. Ao todo, foram 137 procedimentos, um aumento de 6% em relação a 2017 (129). O recorde anterior tinha sido alcançado em 2012, com 134 transplantes. “O paciente em fila por um rim tem na hemodiálise uma alternativa de tratamento para continuar vivendo. Já quem espera por um fígado tem mais pressa, por não ter uma terapia substitutiva. Precisamos comemorar o aumento e continuar trabalhando para ampliar ainda mais o número de doações e, consequentemente, de transplantes”, frisa Noemy Gomes.

BALANÇO GERAL – Na análise apenas dos órgãos sólidos (coração, fígado, rim e pâncreas), Pernambuco obteve um aumento de 9,6% nostransplantes (652), comparado com 2017 (595). Além dos 463 de rim e os 137 de fígado, foram realizados 42 de coração (54 em 2017 / – 22%), 5 de rim/pâncreas (6 em 2017 / -17%) e 5 de fígado/rim (2 em 2017 / + 150%).

Somado os transplantes de tecidos (córnea e medula óssea), totalizam 1.652 procedimentos em 2018, uma diminuição de 7,7% em relação a 2017 (1.790). De medula óssea foram 225, mesmo quantitativo de 2017, e 775 de córnea (969 em 2017 / – 20%).

A coordenadora da CT-PE lembra que a diminuição nos transplantes de córnea, quando comparados os dados de 2017 e 2018, é decorrente da fila zerada para esse tecido em 2017. “Desde junho de 2017 estamos com o status de córnea zero. Isso significa que todo paciente com indicativo para o procedimento, com os exames realizados, bem de saúde e inscrito na lista, fará o transplante em até 30 dias. Isso é um grande avanço que vem sendo mantido há 1 ano e meio e que diminuiu consideravelmente o número de pacientes que precisam de córnea”, pontua Noemy.

FILA DE ESPERA – Atualmente, 1.128 pessoas estão em fila de espera por um órgão e tecido em Pernambuco. A maior lista é a de rim, com 852 pacientes, seguida de fígado (124), córnea (116), medula óssea (16), coração (13) e rim/pâncreas (7).

NEGATIVA FAMILIAR – Em 2018, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) realizaram 339 entrevistas com familiares de pacientes com morte encefálica. Desse total, 183 autorizaram a doação e 156 negaram. Isso significa que 46% das potenciais doações não puderam ser efetivadas.

A morte encefálica acontece quando o cérebro perde a capacidade de comandar as funções do corpo, como consequência de uma lesão conhecida e comprovada. No caso da morte encefálica, o paciente é um potencial doador de órgãos sólidos (coração, rins, pâncreas e fígado) e tecido (córnea). No caso da morte do coração, o paciente pode doar apenas as córneas.

“A população ainda tem muitas dúvidas e mitos relacionados à morte encefálica. Nas unidades hospitalares, os profissionais de saúde esclarecem aos familiares dos potenciais doadores, mas precisamos difundir esse tipo de informação para que cada pessoa possa decidir em vida se quer ser doador de órgãos e tecidos. Todos precisam ficar cientes que o diagnóstico de morte encefálica segue um rígido protocolo na sua confirmação e que a família receberá o corpo do ente querido íntegro para realizar todas as cerimônias de despedida. Como a doação só ocorre com a autorização de um familiar de até segundo grau, de acordo com a legislação brasileira, precisamos difundir esse tema; tirar dúvidas, mitos e preconceitos; e saber que esse ato pode salvar muitas vidas”, pontua a coordenadora da CT-PE.

Fábrica do Aché Laboratórios no Estado será entregue em julho

Com 50% das obras concluídas, a fábrica do Aché Laboratórios Farmacêuticos progride a passos largos no Complexo Industrial de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. Nesta quinta-feira (24.01), o governador Paulo Câmara visitou o empreendimento, ao lado da presidente do Aché, Vânia Machado, para observar o andamento das obras. Com previsão de conclusão para o próximo mês de julho, o equipamento já emprega cerca de 400 trabalhadores, sendo 80% de mão de obra pernambucana. Ao todo, estão sendo investidos R$ 500 milhões na fábrica.

A primeira etapa, que ficará pronta em julho próximo, será dedicada à embalagem de produtos sólidos e ao centro de distribuição. A expectativa é de que sejam ofertados mais três mil postos de trabalho diretos e indiretos após a conclusão total do parque fabril. “A fábrica do Aché com certeza vai ser referência para a produção de medicamentos em todo o Brasil, e vai exportar para vários países de todo o mundo, levando o nome de Pernambuco, do seu povo, da sua gente”, comemorou Paulo Câmara, que participou do lançamento da pedra fundamental da fábrica, em maio do ano passado. Paulo ressaltou ainda sua satisfação ao ver resultados positivos nos esforços empenhados pelo governo para atrair empresas do porte do Aché para Pernambuco, gerando mais emprego e renda no Estado.

Instalado em um terreno de 250 mil metros quadrados, o projeto completo contempla uma fábrica para produção de medicamentos sólidos e um centro de distribuição. Este último, incluindo a área de embalagem de produtos sólidos, serão entregues no início do segundo semestre deste ano. Já a segunda fase, que abrange a fabricação dos medicamentos, está prevista para 2021. O Aché vai fabricar em Pernambuco medicamentos alopáticos e fitoterápicos para uso humano. Quando estiver em pleno funcionamento, a fábrica terá capacidade para produzir 435 milhões de unidades de medicamentos por ano.

A presidente da empresa, Vânia Machado, acompanhou o governador durante toda a visita ao canteiro de obras, confessou ansiedade pela inauguração e ratificou sua satisfação por ter escolhido Pernambuco. “Vamos dobrar a nossa capacidade de produção, ampliar e estreitar o relacionamento com os nossos clientes e, o mais importante, vamos gerar mais de 3 mil empregos entre diretos e indiretos, contando com essa mão de obra qualificada que existe aqui no entorno do Recife. Como estamos nessa região do porto de Suape, daremos um passo muito importante em direção a nossa exportação para a América e a Europa”, disse.

Inicialmente, os produtos serão trazidos de Guarulhos (SP) em granel (comprimidos e cápsulas) para o complexo fabril de Pernambuco, onde serão embalados e distribuídos para as regiões Norte e Nordeste. Após a finalização da segunda fase do projeto, em 2021, os medicamentos sólidos também serão fabricados em Suape. “Mudei de empresa e vim para o Aché. As condições de trabalho e de logística são melhores, o transporte vai nos buscar. Além disso, o salário aqui é melhor, e eu também mudei de função. Antes, era auxiliar, agora sou chefe de cozinha”, contou Tamires Cristina da Silva, de 25 anos, que já trabalha no local há quatro meses no preparo das refeições dos operários.

Diferente de Tamires, o carpinteiro Carlos André dos Santos, de 44 anos, estava desempregado quando recebeu a oportunidade do Aché. “Estou aqui há quase seis meses e estou gostando muito, pois é uma empresa de qualidade. Estou muito feliz em estar trabalhando na fábrica de remédios, o salário é bom, estou recebendo todas as horas de maneira certa e, com isso, estou conseguindo sustentar a família e ter boa qualidade de vida. Isso, para mim, é um grande prazer, não tenho do que reclamar”, afirmou.

FORÇA NO MERCADO – O Aché Laboratórios Farmacêuticos é uma empresa 100% brasileira, com mais de 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Conta com três complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Londrina (PR), além de participação na Melcon do Brasil e na Bionovis, joint-venture brasileira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. A empresa emprega mais de 4.700 colaboradores e possui uma das maiores forças de geração de demanda e de vendas do setor farmacêutico no Brasil. Possui um portfólio com 344 marcas em 858 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição), além de atuar nos segmentos de dermocosméticos, nutracêuticos, probióticos e biológicos.

Acompanharam o governador na visita os secretários estaduais Bruno Schwambach (Desenvolvimento Econômico) e Albéres Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação), o presidente do Complexo Industrial de Suape, Leonardo Cerquinho, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu e Lima Almeida.

Prefeitura de Caruaru lança programa Caruaru Moda Mundo

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa (SEDEEC) lança o programa Caruaru Moda Mundo, visando a capacitação e qualificação de micro e pequenas empresas do setor de confecções de Caruaru. O programa, desenvolvido em parceria com o SEBRAE e com o apoio de ACIC e Armazém da Criatividade, tem duração de oito meses e consiste no diagnóstico dos principais pontos de melhoria das empresas participantes, seguido por um ciclo de mentorias abordando os eixos de Gestão (Processos, Pessoal, Planejamento, Finanças e Marketing/Comercialização) e Inovação (Produção e Produto).

As empresas beneficiadas ainda irão expor as suas peças durante a 28ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana e obter um acompanhamento após a Rodada, a fim de garantir a entrega das vendas realizadas durante o evento.

As inscrições para o programa Caruaru Moda Mundo são gratuitas, vão até o dia 17 de fevereiro e devem ser realizadas através do site do programa: http://cmm.caruaru.pe.gov.br.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (81)3701-1544 ou pelo e-mail sedeec@caruaru.pe.gov.br.

Porto Digital sedia maratona mundial de desenvolvimento de jogos

O Armazém da Criatividade – unidade avançada do Porto Digital – recebe, neste fim de semana (25, 26 e 27), mais uma edição da Global Game Jam, uma maratona de 48h em que desenvolvedores, designers e curiosos se juntam para o desenvolvimento de jogos. O tema da maratona é secreto, sendo divulgado apenas no primeiro dia de evento. As vagas são limitadas e os interessados podem se inscrever gratuitamente em http://bit.ly/GGJ_AC .

A Global Game Jam busca unir toda a comunidade de desenvolvedores e designers, ao mesmo tempo que abraça os iniciantes das áreas. Em 2018 foi realizada em 803 lugares em 108 países. A maratona é uma iniciativa sem fins lucrativos e tem o objetivo de desenvolver a criatividade e habilidades dos participantes, para que cada um saia de sua zona de conforto e tente novas posições no processo de desenvolvimento.

Sediada no Armazém da Criatividade desde o primeiro ano, o evento chega em 2019 com sua 4ª edição em Caruaru, já tendo desenvolvido cerca de 15 jogos.

Serviço
Global Game Jam 2019 Caruaru
Quando: 25 a 27 de janeiro a partir das 17h
Onde: Armazém da Criatividade, localizado no Polo Caruaru ao lado das Lojas Americanas
Investimento: Gratuito
Inscrições: http://bit.ly/GGJ_AC