Fenagreste chega à segunda edição

Pela segunda vez, a Capital do Forró vai se tornar na Capital da Literatura, com a Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste), que acontece de 10 a 15 de outubro. Promovido pela Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros) e pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Caruaru, o evento traz à cidade autores das mais variadas vertentes – da literatura infantojuvenil à história brasileira -, para debater com o público, realizar cursos e autografar obras. A programação destaca as comemorações pelos dias das Crianças (12) e do Professor (15).

O presidente da Cerpe, Ricardo Leitão, esteve na coletiva de imprensa que lançou o evento, na manhã da última quinta (5). Ele falou com exclusividade ao VANGUARDA. “Estamos muito satisfeitos por realizar, por mais um ano, a Fenagreste em Caruaru. A feira cresceu, terá mais um dia de funcionamento, o que também exigiu a ampliação das atividades. Fazemos, portanto, um investimento ainda maior no incentivo à leitura”, destacou.

A Feira Nacional do Livro do Agreste ocupará o Espaço Cultural Tancredo Neves e funcionará, diariamente, das 9h às 21h, oferecendo dezenas de atividades gratuitas. Na noite do dia 10 haverá a solenidade de abertura, com a presença de autoridades, e uma homenagem ao escritor José Condé, a quem esta edição é dedicada. A importância do autor para a literatura nacional será destacada pelo também escritor Edson Tavares. A abertura contará ainda com o compositor Onildo Almeida, apresentando a sua famosa música ‘A Feira de Caruaru’.

Muito animada com o evento, a prefeita Raquel Lyra comemorou a ampliação de mais um dia e disse que a saída para a crise é investir na educação. “José Condé é um dos grandes nomes que Caruaru legou à literatura nacional. Não podíamos fugir a esta homenagem em seu centenário e, em especial, no mês do seu nascimento. Estamos muito felizes em trazer a Fenagreste a Caruaru e, mais ainda, em possibilitar que nossos professores da rede municipal adquiram obras na feira e possam se capacitar nas palestras e cursos que serão oferecidos”, destacou.

Para o secretário de Educação, Rubenildo Moura, a Fenagreste funciona como uma importante ferramenta de complemento ao ensino em sala de aula ao promover o encontro dos estudantes com os autores.

PROGRAMAÇÃO

Uma das principais atrações da feira, o ator Aramis Trindade ocupará o palco principal logo na noite de abertura. A partir das 19h, ele apresentará a sua versão do clássico ‘Romeu e Julieta’, em forma de cordel. A peça traz para a cena o escritor Ariano Suassuna, interpretado por Aramis, resgatando as famosas aulas-espetáculo apresentadas pelo autor paraibano.

Além de Aramis, destacam-se no leque de mais de 40 atrações a palestra com a sexóloga Carmen Jansen (consultora de comportamento da TV Record, no Hoje em Dia), seguida de debate sobre o empoderamento da mulher com as blogueiras Mirela Paz e Camila Diniz. Ainda na programação, oficina literária com Raimundo Carrero; palestra com o roteirista Nelson Caldas sobre o gênero terror, em especial o vampirismo; o radialista Geraldo Freire lançando sua biografia; os jornalistas Francisco José (40 Anos no Ar) e Alberto Lima (Quem É Essa Mulher?) e o cantor Maciel Melo, lançando nova edição, pela Bagaço, do seu livro autobiográfico ‘A Poeira e A Estrada’.

GAROTADA

A feira vai oferecer ainda uma programação exclusiva para as crianças. Diariamente, na Tenda Infantil, haverá contação de histórias, oficinas e muita brincadeira. No dia delas, 12 de outubro, uma atração promete colocar todo mundo para dançar e cantar, o Tio Bruninho, que faz show às 15h.

OFICINAS

Um dos focos principais da Fenagreste é a capacitação, por meio de oficinas, cujas inscrições são gratuitas. A de Criação Literária será ministrada por Raimundo Carrero e acontecerá nos dias 13 e 14. O escritor vai apresentar os segredos da ficção, através de exercícios e do estudo de escritores clássicos ou consagrados. Haverá ainda oficinas de Ilustração de Imagens de Caruaru, de Bonecas Abayomi, Livro Artesanal, Artes Plásticas e de Contação de Histórias.

BÔNUS

Com o objetivo de incentivar a leitura e contribuir para o desenvolvimento pedagógico em sala de aula, a PMC presenteará mais de 2.300 profissionais da educação municipal com um bônus que poderá ser usado para adquirir livros. “Este ano, resolvemos inovar e, para isso, vamos garantir um bônus no valor de R$ 300 para que o professor possa comprar exemplares durante a feira”, afirmou Raquel.

Durante o evento, um livro escrito por alunos da rede municipal será lançado. Nele contém redações que foram desenvolvidas em sala de aula com o tema “Cultura de Paz: A paz começa em casa”. Depois de apresentada, a obra segue para as bibliotecas escolares.

Câmara começa a analisar nesta semana segunda denúncia contra Temer

Em uma semana mais curta por causa do feriado de 12 de outubro, a Câmara dos Deputados começará a análise da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer pelos crimes de obstrução da justiça e organização criminosa. A acusação de organização criminosa é imputada também aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.

Por se tratarem de autoridades com foro privilegiado, a denúncia só pode ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a autorização da Câmara. A investigação só pode ocorrer se dois terços dos 513 deputados votarem em plenário favoravelmente à continuidade do processo na Justiça.

Antes de ser analisada em plenário, a denúncia deve passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. A primeira reunião da comissão está marcada para a próxima terça-feira (10), a partir das 10h, quando está prevista a leitura do parecer elaborado pelo relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG).

Após a apresentação do parecer, ainda na terça-feira, os advogados dos três acusados poderão se manifestar oralmente para expor os argumentos de defesa contra a denúncia. Os membros da comissão poderão pedir o prazo de duas sessões para analisar o parecer e a manifestação dos acusados.

Plenário

Na pauta do plenário, consta uma medida provisória que altera procedimentos administrativos dotando o Banco do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, “de instrumentos mais efetivos de supervisão e aplicação de penalidades” cometidas por instituições financeiras.

Na sessão deliberativa de terça, o plenário pode começar a discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 134/2015, que institui cotas para mulheres no Legislativo. A proposta passou pelo Senado, já foi aprovada em duas comissões da Câmara e aguarda, desde o ano passado, votação pelos deputados em plenário.

A proposta chegou a ser pautada na última semana entre as medidas de reforma política, mas permaneceu pendente de votação. A sugestão de mudança constitucional estabelece a reserva de 10% das vagas das câmaras de vereadores de todos os municípios, assembleias legislativas estaduais e da Câmara Federal para candidatas mulheres.

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, são necessários pelo menos 308 votos favoráveis no plenário para que a PEC seja aprovada.

Segundo a relatora da proposta, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), a maior parte da bancada feminina da Câmara considera tímida a cota de 10%, quando muitos países, entre os quais o Chile, já aprovaram reservas de 30 a 40%. Soraya destaca, entretanto, que a aprovação da PEC seria um passo importante para acabar com a sub-representação feminina no Parlamento e com a fraude de usar mulheres como “laranjas” para ajudar a eleger homens.

Reforma política: saiba o que muda nas eleições de 2018

Após meses de discussão, deputados e senadores aprovaram no fim do prazo a reforma política. As novas regras foram sancionadas pelo presidente Michel Temer e algumas já passarão a valer para as eleições de 2018.

Entre as novidades estão a criação de um fundo com recursos públicos para financiar campanhas para compensar o fim das doações de empresas (proibida pelo Supremo Tribunal Federal), a adoção de uma cláusula de desempenho para os partidos, o fim de coligações partidárias a partir de 2020 e a determinação de um teto de gastos para candidaturas.

Ao sancionar a reforma, o presidente vetou proposta que determinava que os sites suspendessem, em no máximo 24 horas, sem decisão judicial, a publicação de conteúdo denunciado como “discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa em desfavor de partido ou candidato”. A proposta foi alvo de críticas de parlamentares e de várias entidades do setor de comunicação.

Confira o que muda a partir das eleições de 2018:

Cláusula de desempenho

Como era: todos os partidos recebiam uma parcela do fundo partidário, e o tempo de propaganda em emissoras de televisão e de rádio era calculado de acordo com o tamanho da bancada de cada legenda na Câmara dos Deputados.

Agora: os partidos precisam atingir um desempenho eleitoral mínimo para ter direito a tempo de propaganda e acesso ao fundo partidário. Para 2018, os partidos terão que alcançar, pelo menos, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em, no mínimo, nove estados, com ao menos 1% dos votos válidos em cada um deles. Como alternativa, as siglas devem eleger pelo menos nove deputados, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da Federação. As exigências aumentarão gradativamente até 2030.

Fundo eleitoral

Como era: não existia. Partidos e candidatos podiam receber doações somente de pessoas físicas e não havia verba pública destinada diretamente a campanhas eleitorais.

Agora: foi criado um fundo eleitoral com dinheiro público para financiamento de campanhas eleitorais. O fundo, estimado em R$1,7 bilhão, terá a seguinte distribuição: 2% igualmente entre todos os partidos; 35% entre os partidos com ao menos um deputado na Câmara, 48% entre os partidos na proporção do número de deputados na Câmara em 28 de agosto de 2017 e 15% entre os partidos na proporção do número de senadores em 28 de agosto de 2017.

Arrecadação

Como era: os candidatos podiam iniciar a arrecadação apenas em agosto do ano da eleição, mas o acesso ao dinheiro estava condicionado ao registro da candidatura.

Agora: os candidatos podem arrecadar recursos em campanhas online(crowdfunding) a partir de 15 de maio do ano eleitoral. Além disso, os partidos podem vender bens e serviços e promover eventos de arrecadação. Empresas estão proibidas de financiar candidatos.

Limite para doações

Como era: as pessoas físicas poderão doar 10% do rendimento bruto declarado no ano anterior à eleição.

Agora: não mudou. O presidente Michel Temer vetou item que previa um teto de 10 salários mínimos.

Limite para gastos

Como era: sem limite.

Agora: haverá limite de gasto com valores distintos conforme o cargo que o candidato almeja:

Presidente: R$ 70 milhões no primeiro turno e metade desse valor em caso de segundo turno.

Governador: entre R$ 2,8 milhões e R$ 21 milhões, dependendo do número de eleitores do estado.

Senador: entre R$ 2,5 milhões e R$ 5,6 milhões, dependendo do número de eleitores do estado.

Deputado federal: R$ 2,5 milhões.

Deputado estadual/distrital: R$ 1 milhão.

Debates

Como era: emissoras de televisão e rádio eram obrigadas a convidar candidatos de partidos com mais de nove deputados na Câmara dos Deputados.

Agora: esse número foi reduzido para cinco.

Voto impresso

Como era: não havia. O voto dos eleitores ficava registrado apenas na urna eletrônica.

Agora: o voto deverá ser impresso a partir da eleição de 2018, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já comunicou que não terá orçamento para implementar a medida em todo o Brasil no próximo ano.

Raquel Lyra reafirma compromisso com Caruaru em convenção do PSDB

O PSDB de Caruaru realizou, na manhã deste domingo (08), a Convenção Municipal, quando a prefeita Raquel Lyra foi reconduzida à presidência do Diretório Municipal. O ex-governador João Lyra, o vice-prefeito Rodrigo Pinheiro e o representante do Instituto Teotônio Vilela no município, Diogo Bezerra, estiveram presentes ao lado dos demais filiados. Representantes dos partidos PROS, PRB e PCdoB também prestigiaram o encontro.

Na ocasião, o ex-governador João Lyra afirmou não ter vergonha de ser político e que a história de sua família dá a credibilidade necessária para continuar acreditando no país. “Orgulha-me fazer política. A história construída na cidade e no estado, há mais de cinco décadas, dá credibilidade para continuar acreditando que este é o único caminho para mudar o Brasil”, ressaltou.

A presidente municipal, Raquel Lyra, falou sobre a tarefa e o compromisso do partido em Caruaru. “Estamos vivendo um momento de transição na política brasileira, estamos reinventando a forma de fazer política a partir de nossa cidade. Vamos continuar trabalhando junto com as pessoas, com o trabalho voltado para elas, com um governo sempre à serviço da comunidade”, disse.

 

Venda da Rio São Francisco estava nos planos dos golpistas, denuncia Humberto

Após participar, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), de um grande ato político em defesa do Rio São Francisco e contra a venda da Chesf, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), mostrou-se confiante quanto ao papel da sociedade para barrar os planos do governo de Michel Temer de privatizar o setor elétrico, iniciativa que, segundo ele, já estava nos planos dos que derrubaram o governo de Dilma Rousseff. O ato ocorreu nessa sexta-feira (06) e contou com a participação de lideranças políticas de oposição, parlamentares, líderes sindicais, da CUT e do PT.

“Volto do Sertão do São Francisco muito animado, pois vejo que haverá reação. O governo ilegítimo quer vender a preço de banana patrimônios nacionais como são a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e a Eletrobrás. Mas não será fácil. Constatamos que há uma grande mobilização contra essa sanha privatista, no fundo, um dos verdadeiros motivos de terem dado o golpe e afastado do poder uma presidenta legítima (Dilma Rousseff)”, declarou Humberto, que denunciou a decisão de vender o patrimônio nacional como uma estratégia dos golpistas derrubaram o governo do PT.

“Tudo é resultado do golpe perpetrado contra a presidenta Dilma, quando eles mentiam que era para equilibrar as contas do Brasil e acabar com a corrupção. Na verdade, era para tirar direitos dos trabalhadoras, desmontar as políticas sociais. E para fazer essa privatização selvagem, especialmente nesse setor tão estratégico como a da energia”, disse o senador petista em discurso para uma plateia atenta, às margens do Velho Chico, em Juazeiro.

Para o líder oposicionista, está claro para a população que haverá consequências muito duras com uma possível venda do setor elétrico. A primeira delas será o aumento da conta da energia, coisa que já é admitida, inclusive, pelos próprios governistas. “Primeiro que não vai ter nada de bom com essa privatização. Eles mesmos reconhecem que vai haver aumento da conta de luz, o que significa um peso muito maior para as famílias”, acrescentou.

Humberto Costa reservou grande parte das críticas ao ministro das Minas e Energia, o petrolinense Fernando Bezerra Coelho Filho, segundo ele o “cabeça da venda da Chesf e da Eletrobrás”. Lembrou o senador que a venda da Chesf e da Eletrobrás não irá arrecadar nem de longe o que hoje vale o setor elétrico brasileiro, que é superavitário e desperta a cobiça do capital estrangeiro. Humberto chegou a demonstrar “vergonha” pela atuação do ministro. “Eu quero até pedir desculpas a vocês (o discurso foi em solo da Bahia), pois, infelizmente, o ministro que está tocando esse projeto absurdo é pernambucano. Mas é uma vergonha pra todos nós ter um ministro que vai ficar na História fazendo uma coisa dessa”, salientou.

O senador participou de toda a programação que incluiu concentração e protesto em frente à Igreja da Matriz, em Petrolina, uma grande caminhada até a margem do São Francisco, da qual participaram, além de políticos e sindicalistas, bandas e fanfarras de escolas locais. De lá, a comitiva seguiu numa travessia do Velho Chico, através de balsa, até Juazeiro, onde ocorreu apresentação de artistas da terra e pronunciamentos de lideranças políticas.

Prefeitura de Caruaru lança seleção pública simplificada para contratação de 57 profissionais

A Prefeitura de Caruaru lançou na sexta (06), uma seleção pública simplificada para as Secretarias de Serviços Públicos e Ordem Pública. Serão 40 selecionados para trabalhar com fiscalização de serviços públicos, cinco para fiscalização urbana e 12 para trabalhar com fiscalização operacional.

Os candidatos devem ter Ensino Médio completo para se candidatar para o cargo de fiscalização urbana e Ensino Fundamental completo para se candidatar aos demais cargos. Todos os concorrentes serão avaliados em quatro etapas: teste on-line, prova presencial, entrevista e análise de títulos. As inscrições vão até o dia 16 de outubro e deverão ser realizadas exclusivamente pelo link: https://goo.gl/forms/Ny01jSYPvsf0Ypd72
A prova on-line é uma inovação da Prefeitura de Caruaru. Ele permitirá que os candidatos sejam avaliados sobre os seus conhecimentos de matemática e português. A Prefeitura disponibilizará seis horários distintos para que os candidatos realizem a prova no lugar em que eles acharem mais adequado.

A prova escrita e a entrevista serão etapas eliminatórias e que buscarão avaliar as competências dos candidatos, como conhecimentos básicos, comunicação e ética. Por fim, os candidatos serão classificados conforme sua pontuação na etapa de análise de títulos. Os profissionais selecionados atuarão em áreas estratégicas da Prefeitura de Caruaru, como a feira da Sulanca, os mercados da cidade e outras áreas que demandem serviços de fiscalização do município. Qualquer dúvida em relação ao processo seletivo serão respondidas pelo e-mail selecaofiscalizacaopmc@gmail.com

“Parlamentares que votarem para salvar Temer vão pagar uma conta cara em 2018”, afirma Humberto

Com a Câmara Federal prestes a votar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o líder da Oposição, Humberto Costa (PT), disse que os parlamentares que votarem para derrubar a segunda acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente vão pagar uma conta muito alta. Temer é acusado de obstrução da Justiça e participação em organização criminosa que teria recebido ao menos R$ 587 milhões de propina.

“Temer é o presidente margem de erro. Segundo os últimos levantamentos, apenas 3% da população aprova a gestão. E nessa conta deve entrar a mulher dele, os filhos e todos os cargos comissionados do Palácio do Planalto. É o pior presidente da história deste país e quem quiser salvar a pele dele vai ter que se explicar para o eleitor no ano que vem”, prevê o senador.

Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, cerca de 75% da população diz que não votará em nenhum deputado federal que defenda o arquivamento da segunda denúncia contra Temer. Outro dado importante é sobre a possibilidade de os eleitores votarem em um candidato a presidente apoiado por Michel Temer. De acordo com os dados, cerca de 75,8% disseram que não votariam e apenas 8,3% disseram que votariam, 13,8% responderam talvez, e 2,2% não opinaram. A pesquisa foi feita online entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro com 2.160 brasileiros. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

Para Humberto Costa, os números mostram que quem está do lado de Temer hoje irá pagar a conta no ano que vem. “Os brasileiros não concordam com este projeto que tomou o poder sem ter passado pelo crivo das urnas. Mas tenho certeza que, em 2018, os eleitores vão saber pesar isso na hora de votar. Em Pernambuco, temos quatro nomes que integram esse governo nefasto e tenho certeza que a população vai fazer valer o seu voto”, afirmou.

MEC libera R$ 6,1 milhões para garantir continuidade de cursos

Com o objetivo de cumprir o compromisso de expandir a rede de educação técnica, o Ministério da Educação liberou, nesta semana, R$ 6,1 milhões para cursos de formação profissional de trabalhadores no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos devem assegurar que as 4.480 pessoas matriculadas em cursos já em andamento, de cinco estados brasileiros – Amazonas, Tocantins, Paraíba, Rio de Janeiro e Goiás – concluam os estudos. Serão contempladas 52 cidades, totalizando 72 formações.

O diretor de articulação e expansão de educação profissional e tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, Geraldo Andrade de Oliveira, explica que as matrículas ocorreram em junho e o público é formado por desempregados, que ainda estão recebendo o seguro desemprego, e jovens aprendizes. “Essa liberação é importante porque atende prioritariamente a desempregados, de forma que eles consigam uma recolocação profissional, e jovens aprendizes, para que alcancem uma colocação profissional lá na frente”, disse.

Todos os cursos são de formação inicial e continuada, ou seja, de qualificação profissional, e oferecidos na modalidade presencial. Entre eles estão os de assistente administrativo, eletricista industrial, encanador, maquiador, padeiro e recepcionista. O estado contemplado com o maior volume de recursos é o Rio de Janeiro, com R$ 1,8 milhão, seguido de Goiás que vai receber R$ 1,6 milhão, e da Paraíba, com R$ 1,1 milhão. Para Tocantins serão destinados R$ 910 mil e para o Amazonas R$ 512 mil.

“O bolsa-formação é uma ação na qual descentralizamos recursos para promover a ação do Pronatec com recursos diretos do MEC”, completou o diretor. Ainda de acordo com ele, nesta edição participam instituições de ensino estaduais e o repasse será feito diretamente para as secretarias ou autarquias estaduais de educação.

A expansão da rede profissional de educação é tida como uma das prioridades do MEC na atual gestão. A Portaria Nº 38, de 21 de setembro de 2017, que dispõe sobre o repasse de recursos financeiros a instituições de ensino, para a execução da bolsa-formação no âmbito do Pronatec, foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira, 2.

Barroso autoriza depoimento de Temer em inquérito sobre decreto dos portos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou hoje (5) o depoimento por escrito do presidente Michel Temer no inquérito aberto pela Corte para investigar o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

“Assim, mesmo figurando o senhor presidente na condição de investigado em inquérito policial, seja-lhe facultado indicar data e local onde queira ser ouvido pela autoridade policial, bem como informar se prefere encaminhar por escrito sua manifestação, assegurado, ainda, seu direito constitucional de se manter em silêncio”, decidiu o ministro.

Neste inquérito, Temer é investigado pelo suposto favorecimento ilegal da empresa Rodrimar por meio da edição, em maio deste ano, do chamado Decreto dos Portos. Em troca, haveria o pagamento de propina. O negócio teria sido intermediado pelo ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures.

Na mesma decisão, Barroso também autorizou a obtenção de eventuais registros de doações eleitorais pela empresa e a oitiva dos demais investigados no processo. Também são investigados no inquérito Rodrigo Rocha Loures, além dos empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa. Todos são investigados por suspeitas dos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Após a abertura do inquérito, a Rodrimar declarou que nunca recebeu qualquer privilégio do Poder Público.  Ainda segundo a Rodrimar, o “Decreto dos Portos” atendeu, sim, a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país. “Ressalte-se que não foi uma reivindicação da Rodrimar, mas de todo o setor. Os pleitos, no entanto, não foram totalmente contemplados no decreto, que abriu a possibilidade de regularizar a situação de cerca de uma centena de concessões em todo o país”.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que o Decreto dos Portos foi assinado após “longo processo de negociação” entre o governo e o setor portuário e informou que o presidente irá prestar todos os esclarecimentos necessários.

O pedido de abertura de investigação foi feito pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.  No início desta semana, a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou autorização do STF para que Temer pudesse ser ouvido, atitude que foi elogiada pelo presidente.  A procuradora pediu prazo de 60 dias para a conclusão do inquérito.

Relator mantém entrega de parecer sobre denúncia contra Temer para terça-feira

Iolando Lourenço e Heloisa Cristaldo – Repórteres da Agência Brasil

 

Brasília - Deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da segunda denúncia apresentada pela PGR contra o presidente Temer, fala à imprensa (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília – Deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da segunda denúncia apresentada pela PGR contra o presidente Temer, fala à imprensa Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República, informou hoje (5) que seu parecer sobre a matéria deverá ser entregue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara até terça-feira (10).

Andrada tem reclamado do pouco tempo que dispõe para analisar as mais de mil páginas que compõem a peça acusatória elaborada pela Procuradoria Geral da República (PGR) e também pelas defesas dos acusados. A denúncia acusa o presidente Temer e os ministros de organização criminosa. O presidente também foi denunciado por obstrução de Justiça. As defesas, apresentadas ontem (4) à CCJ, rebatem as imputações da PGR.

“Meu trabalho na CCJ é cansativo, tenho mais de mil páginas para olhar”, disse. Segundo o parlamentar, duas equipes o auxiliam no trabalho da relatoria: uma na Câmara e a outra composta por profissionais ligados diretamente a ele.

Afastamento

O deputado minimizou seu afastamento pelo PSDB da comissão. Para ele, a Câmara e a CCJ estão acima dos partidos políticos. “Estou prestando serviço, não reivindiquei o cargo. O partido encaminha como quiser”, afirmou.

Segundo o deputado, o líder do partido na Câmara, deputado Ricardo Trípoli (SP), apesar de ter sido “delicado” ao conversar com ele, o retirou da comissão. A decisão foi tomada após a reunião de que participaram lideranças do PSDB e o presidente da sigla, senador Tasso Jereissati (CE). Trípoli encaminhou ofício ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicando a retirada de Andrada da suplência da comissão.

“Em política não há desrespeito e nem respeito. [O desligamento] foi um ato político, da consciência dele. Não posso dizer que é antidemocrático, é uma prerrogativa dele como líder”, afirmou Andrada. Para o deputado, qualquer parlamentar que estiver na relatoria terá de lidar com resistências e críticas, “mas terá de enfrentá-las”.

Após a retirada do nome de Andrada pelo seu partido, o deputado se manteve no cargo graças à indicação de seu nome para ocupar a vaga do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na comissão. Com isso, o deputado continua como relator da segunda denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer, representando o PSC.

Apesar de ocupar a vaga por outro partido, Andrada disse que não se sentia traído pelo PSDB e afirmou que não pretende mudar de sigla. “Faz parte do jogo político”, disse.

Andrada afirmou que seu parecer sobre a denúncia será o resultado de estudos, reflexões, análises de direito e de teses jurídicas. O deputado disse que não é conveniente conversar com os advogados de defesa nem com a parte acusatória.