O MEC liberou, no município de Caruaru, nesta segunda-feira, 24, mais de R$ 4,1 milhões para recuperação e reforma de 23 escolas e creches atingidas pelas enchentes deste ano. Dessas, 18 obras foram executadas pelo município e cinco pelo governo do estado. Foram beneficiados mais de 10,5 mil alunos.
”É gratificante chegar a Caruaru e poder homologar um ato que tenha esse significado para a comunidade acadêmica, professores, estudantes e para o povo do município”, declarou o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Em pouco tempo, muita coisa foi feita. E eu quero fazer ainda mais, porque o que fizermos pela educação, na verdade, está sendo investido no futuro, na transformação verdadeira de um povo”.
Em todo o estado de Pernambuco, o MEC liberou 22,7 milhões para os municípios atingidos. Ao todo, são 40 obras validadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao MEC. Serão realizadas 35 reformas e cinco novas construções, beneficiando mais de 18 mil estudantes. Desses recursos, R$ 10,2 milhões serão liberados para as prefeituras municipais e R$ 12,4 milhões para a Secretaria de Educação do Governo de Pernambuco. Com a verba, 11 municípios do estado serão beneficiados em obras em escolas e creches.
Apoio e assistência – No dia 9 de junho deste ano, o ministro anunciou a disponibilização de um orçamento de R$ 30 milhões do FNDE destinados a recuperar a estrutura física de escolas e creches e para a aquisição de equipamentos, mobiliários e livros das escolas atingidas. Em 9 de junho, o ministro anunciou, ainda, a liberação de recursos para a assistência estudantil a 1.278 estudantes do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) que foram atingidos, direta e indiretamente, pelas chuvas e estão em situação de risco. Cada estudante foi beneficiado com R$ 230 durante dois meses. Os recursos somaram R$ 587 mil.
No campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), de Caruaru, por exemplo, 181 estudantes receberam a assistência estudantil emergencial, num total de investimentos de R$ 83.260 mil. O número de estudantes residentes em áreas afetadas foi estimado por meio de informações encaminhadas pelo IFPE.
A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, destaca a importância do espírito comunitário que tomou conta da ação do MEC: “Houve todo o esforço da secretaria de educação para que nenhuma escola parasse. Todos os professores foram para a sala de aula trabalhar. Eles fizeram mutirão junto com os pais dos alunos para limpar as escolas. Então, nós vamos trabalhar nas áreas fortemente afetadas a partir desse recurso. Com o apoio do ministério, a gente vai conseguir, até o final do ano, fazer a entrega de mais de 30 escolas totalmente recuperadas”.
Termo de colaboração – Ainda em Caruaru, o ministro Mendonça Filho assinou o termo de colaboração do MEC com o Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita) para a estruturação do Centro de Diagnóstico por Imagem Digital da Asces e a participação da instituição no Encontro Nacional do Programa de Extensão Universitária (ProExt).
O evento tem como objetivo promover a extensão universitária com inclusão social. O valor total do termo é de R$ 111.938,99 mil, sendo R$ 99,3 mil do MEC e R$ 12,5 mil em contrapartida da Asces. Os recursos vão garantir a ampliação do projeto Asa Branca, que, além do suporte ao diagnóstico e tratamento do câncer bucal, realiza ações educativas, buscas ativas e de popularização do autoexame oral.
“São servidores públicos que recebem capacitação e que contam com apoio por parte do Ministério da Educação para levar esse projeto adiante”, informou Mendonça Filho. “É uma ação de inclusão social e de valorização. O papel dos servidores públicos vinculando aquilo que a gente pode proporcionar em termos de educação”.
Projeto Asa Branca – O repasse do MEC será destinado à aquisição de equipamentos e materiais para o centro de diagnóstico por imagem da Asces e o pagamento de estudantes bolsistas vinculados ao projeto de extensão Asa Branca. A ampliação do programa vai possibilitar, ainda, a oferta de cursos de qualificação para profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS), servindo de fonte para conhecimento aos alunos de graduação e pós-graduação. Os recursos são provenientes do ProExt.
O projeto Asa Branca de Combate e Prevenção ao Câncer de Boca foi criado em 2001 pela Asces-Unita e adotado pelo Ministério da Saúde. O programa, pioneiro no país, oferece, gratuitamente, exames de prevenção ao câncer de boca a milhares de cidadãos que não possuem acesso a tratamentos dentários e de prevenção de doenças. Mais de 100 mil pessoas da região já foram atendidas em uma área que abrange todo o agreste de Pernambuco. Os procedimentos são realizados na clínica odontológica da Asces-Unita.
“Infelizmente, em quase 17% das pessoas por nós encontradas, identificamos lesões passíveis de serem cancerígenas”, explicou o reitor Paulo Muniz. “Foi por essa motivação que buscamos o apoio do MEC para qualificar esse atendimento à população que mais necessita, motivo pelo qual ousamos, em 2015, apresentar ao MEC um projeto de extensão que viesse dotar esse projeto Asa Branca de um laboratório de imagens digitais para qualificar não só o diagnóstico, mas igualmente o tratamento”.