Ministério vai garantir apoio aos professores na implantação da Base Nacional Comum Curricular

O ministro da Educação, Mendonça Filho apresentou a Base Nacional Comum Curricular ao Conselho Nacional de Educação (Foto: Rafael Carvalho/MEC)O ministro da Educação, Mendonça Filho, entregou nesta quinta-feira, 6, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE) e garantiu apoio na implementação das novas diretrizes. “O MEC assegurará todo o apoio técnico, do ponto de vista de suporte, para que os estados e municípios possam avançar na definição dos currículos, que obedecerão justamente às normas e diretrizes gerais consagradas na BNCC”, disse. “O apoio à formação de professores também está garantido.”

A Base estabelece conteúdos e competências essenciais, isto é, o que todo estudante deve saber e ser capaz de fazer na educação básica. A previsão é que o CNE conclua a avaliação do documento até meados do segundo semestre deste ano. Uma vez aprovada pelo conselho e homologada pelo MEC, a BNCC será referência obrigatória na elaboração dos currículos de escolas públicas e particulares, em todo o Brasil.

“Os currículos devem estar absolutamente sintonizados com a nova BNCC, cumprindo as diretrizes gerais que consagram as etapas de aprendizagem que devem ser seguidas por todas as escolas”, destacou o ministro. “As redes terão o cuidado de obedecer a critérios de adequação nessa fase de transição.”

A BNCC é um compromisso do Estado brasileiro em assegurar direitos de aprendizagem a todos os alunos. Sua implementação resultará em maior igualdade de oportunidades e promoverá equidade. Tudo para que a educação brasileira dê o salto de qualidade de que tanto necessita. “O que nós queremos é uma educação de qualidade para todos, alinhada aos desafios do século 21”, resumiu Mendonça Filho.

O documento apresentado hoje trata exclusivamente da educação infantil (creche e pré-escola) e do ensino fundamental (1º ao 9º ano). Segundo o ministro, a BNCC referente ao ensino médio será entregue até o final de 2017, já adaptada às diretrizes do Novo Ensino Médio.

Além de dar visibilidade a conteúdos essenciais, a Base determina o que os alunos devem saber a cada ano de escolarização. Desse modo, ajudará professores e escolas a organizarem a progressão das aprendizagens em todo o território nacional. A expectativa é de impacto positivo inclusive no fluxo escolar, com a superação de gargalos, como a transição do 5º para o 6º ano do ensino fundamental ou do fim do ensino fundamental para o ensino médio.

Atualmente é comum que alunos tenham dificuldade em aprender determinado conteúdo – como frações −, porque não tiveram a formação adequada em anos anteriores. É o caso das crianças que não sabem operações básicas da matemática, como somar, subtrair, multiplicar e dividir. Com a Base, ficará claramente definido o conjunto de aprendizagens a que todo aluno tem direito, ano a ano. Professores e escolas ganharão um instrumento a mais para articular conhecimentos e ajustar o ritmo do ensino.

Diretrizes – A BNCC entrará nas salas de aula por meio dos currículos, sendo de dois anos o prazo de implementação. A Base, porém, não é currículo: ela dá o rumo e indica aonde se quer chegar. Mas são os currículos que definem os caminhos, ou seja, o método de ensino, os materiais didáticos e o formato das avaliações.

Estados, municípios e o Distrito Federal manterão sua autonomia, o que significa que poderão acrescentar conteúdos e competências. A Base não é camisa de força: longe disso, estimula a contextualização e a diversificação regional. O Brasil terá uma Base e muitos currículos.

A Base tem compromisso com a formação integral dos estudantes e sinaliza o tipo de sujeito que o país quer formar. Para isso, estabelece dez competências gerais que todo aluno deverá desenvolver na educação básica.

A ideia é que crianças e adolescentes aprendam a aprender e que sejam capazes de resolver problemas, de pensar criticamente, de se comunicar e de saber lidar com as próprias emoções. Tudo alinhado à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, sem discriminações de qualquer espécie.

União, estados e municípios – Prevista na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e no Plano Nacional de Educação (PNE), a Base vai intensificar a colaboração de todas as esferas de governo, sob a liderança e a coordenação do Ministério da Educação.

A lei que instituiu o PNE de 2014 cita diretamente a Base como estratégia para o cumprimento das metas 2, 3 e 7 do Plano. Portanto, a elaboração da Base encontra-se amparada pela Constituição e pela legislação educacional do país. Ao mesmo tempo em que indica o ponto de chegada, ou seja, o tipo de cidadão que se quer formar, a Base marca também o início de uma nova fase na educação brasileira.

O primeiro passo será revisar e elaborar currículos, em sintonia com as orientações da Base. Essa será uma tarefa para todas as redes de ensino municipais e estaduais, para a rede federal e para as escolas particulares.

Para que a Base vire realidade, contudo, será preciso investir pesadamente na formação de professores – de imediato, na chamada formação continuada, que é destinada a profissionais já em serviço. Em outra frente, será necessário também ajustar a produção de materiais didáticos e as matrizes de avaliação da Prova Brasil e das demais avaliações nacionais.

“Morte de Mirella mostra que a luta contra o machismo está só no início”, diz Humberto Costa

O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), lamentou a morte da fisioterapeuta, Tássia Mirella Sena de Araújo. Vítima de feminicídio, Mirella foi encontrada morta dentro de casa, na última terça-feira (05), no bairro de Boa Viagem, no Recife, e o crime chocou o Estado. O suspeito do crime e vizinho da vítima, Edvan Luiz da Silva, foi autuado em flagrante. Segundo o senador, a morte de Mirellla evidencia o machismo na sociedade e confirma que a luta pela conscientização da população deve ser permanente.

“Nos dois primeiros meses deste ano, Pernambuco teve, em média, um feminicídio por dia. A morte de Mirella foi cruel e violenta mas, infelizmente, não é um fato isolado. É o retrato de uma sociedade misógina, que objetifica a mulher e a vê como um instrumento que tem que ser controlado pelo homem, ao ponto de ele ter poder sobre a sua vida e sobre a sua morte”, denunciou o senador.

Nos meses de janeiro e fevereiro, 58 mulheres foram assassinadas em Pernambuco. No ano passado, 280 mortes de mulheres foram registradas, segundo dados da Secretaria de Defesa Social. O Brasil é o quinto em número de feminicídios do mundo.

“Um dia chamam as mulheres de belas, recatadas e do lar, no outro reduzem o papel delas aos afazeres e à economia doméstica. Uma mulher foi afastada da Presidência da República, em uma ação política que teve um componente extremamente misógino. Isso sem falar que este governo que aí está cortou este ano cerca de 60% da política de proteção às mulheres. A gente sabe como o governo Temer vem estimulando vários retrocessos nesta área. A luta contra o machismo tem que ser constante e permanente ”, afirmou.

Humberto apresentou o Projeto de Lei do Senado que garante benefício de assistência social à vítima de violência doméstica. O projeto, ora em tramitação na Câmara dos Deputados, modifica a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) e também a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/93), concede benefício financeiro no valor de um salário mínimo, em casos de vulnerabilidade temporária da mulher, dando-lhe respaldo para denunciar o agressor e interromper o ciclo de dependência financeira e submissão à violência, comuns nesses casos.

O senador também foi membro da CPMI da Violência Contra a Mulher no Senado. A comissão foi a responsável por elaborar a proposta que tipificou o feminicídio como homicídio qualificado. O feminicídio é o crime praticado contra a mulher por razões de gênero violência doméstica, familiar violência sexual, mutilação da vítima ou emprego de tortura. A pena definida pelo Código Penal é de 12 a 30 anos de reclusão.

Feira de empreendedorismo vai premiar os melhores projetos criados por jovens de todo o Brasil

Em abril, Londrina sediará a Feira Nacional de Empreendedorismo do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), o maior evento educacional da instituição, que receberá um time de jovens inspirados, de todo o país, com novas ideias de negócio e projetos empreendedores.

Nesta edição, o evento contará com um número recorde de grupos participantes: serão 69 empresas criadas pelos alunos da rede de franquias, finalistas após uma seleção que começou com mais de mil projetos inscritos. Os alunos passaram, ao longo de 2016, por etapas locais de seleção em seus estados, até chegaram à grande final em Londrina, onde fica a sede do CEBRAC.

As empresas, fictícias, são criadas pelos alunos de todos os cursos da rede, como se fossem companhias reais. O objetivo é que eles trabalhem na prática os conceitos aprendidos, como plano de negócios, conhecimentos de finanças e faturamento, marketing e comunicação, além de trabalho em equipe, liderança e empreendedorismo.

“Para nós, é importante que o aluno conclua o curso tendo conhecimento de como funcionam todas as áreas de uma empresa e tendo, ainda, insumos para pensar no empreendedorismo como uma possibilidade de trajetória de vida”, afirma Wilson Giustino, fundador e presidente da rede.

Os alunos apresentarão projetos de empresas dos ramos comercial, industrial e prestação de serviços. Dentre os projetos há uma clínica de estética e relaxamento, academia, agência de viagens educativas, entre outros, que demonstrarão a criatividade dos alunos.

Três jurados, especialistas em empreendedorismo, vão circular pela feira e avaliar as empresas. O projeto vencedor leva um prêmio de R$2.500 e o educador responsável pelo time ganha um tablet. Para a segunda empresa escolhida, o prêmio é de R$ 1.500.

Sesc Ler Belo Jardim oferece serviços gratuitos no Dia Mundial da Saúde

No dia 7 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Saúde. O Sesc Ler Belo Jardim celebra a data em parceria com a Prefeitura Municipal oferecendo serviços gratuitos de aferição depressão arterial e glicose, testes rápidos de HIV e sífilis, testes da visão e orientações sobre saúde visual.

Também serão abordados assuntos sobre higiene bucal, como escovação e aplicação de flúor, explicações sobre arboviroses (chikungunya, dengue e zika) e doenças como diabetes e hipertensão, além de avaliação física e nutricional com suporte psicológico. A ação acontece das 9h às 12h, na Praça da Conceição.

O Sesc tem como parceiros na realização desta ação a Prefeitura de Belo Jardim, Secretaria de Saúde, Coordenação da Atenção Básica de Saúde, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Secretaria da Mulher, Vigilância Sanitária, CEO – Centro de Especialização em Odontologia e a Óticas Diniz. A finalidade é conscientizar a população sobre a importância da preservação da saúde para qualidade de vida. Para isto, a programação foi preparada do ponto de vista preventivo e educativo que destaca a necessidade dos cuidados básicos na manutenção da saúde.

Serviço
Dia Mundial da Saúde
Projeto Gratuito Calendário da Saúde
Local: Praça da Conceição, Centro, Belo Jardim – PE
Data: 07 de abril de 2017
Horário: das 9h às 12h

Paulo Câmara: “As obras de água não podem parar”

Para minimizar os efeitos da estiagem no Agreste Meridional, o governador Paulo Câmara anunciou, nesta quinta-feira (06.04), um conjunto de ações para o reforço do setor hídrico da região. Serão investidos um total de R$ 55 milhões na execução de importantes obras de abastecimento de água que vão beneficiar as cidades de Itaíba, Águas Belas, Iati, Pedra, Venturosa, Buíque, Caetés, Capoeiras, Lajedo e São Bento do Una. Paulo reforçou que as ações de sustentabilidade hídrica não podem sofrer qualquer tipo de contingenciamento.

“Com seis anos de seca, não tem como a gente não priorizar a questão da água no nosso Estado. Estamos buscando diariamente alternativas para que a água possa chegar às casas com mais regularidade e minimizar os transtornos vividos há anos por tanta gente. Estou feliz em anunciar um investimento tão importante como esse, mas ciente de que isso não vai resolver por completo a situação. O trabalho tem que continuar”, afirmou Paulo Câmara, completando: “As obras de água não podem parar.”

O governador pontuou que esse conjunto de intervenções foi uma alternativa encontrada pelo Governo e Pernambuco para amenizar o sofrimento da população enquanto a obras complementares da Transposição do Rio São Francisco não são concluídas pela União. “O caminho é desafiador, mas estamos empenhados em mudar este cenário de transtornos por conta da estiagem. A gente sabe que a solução definitiva está nas obras de Transposição, assim como no Ramal do Agreste. E a gente tem buscado e cobrado do Governo Federal os recursos necessários para finalizar o que está atrasado e que é extremamente necessário para o benefício do povo”, defendeu.

A Adutora de Tupanatinga vai beneficiar 110 mil habitantes das cidades de Itaíba, Águas Belas, Iati, Pedra, Venturosa e Buíque. A intervenção, com prazo de conclusão de 12 meses, integra três baterias, totalizando 20 poços no Aquífero de Jatobá, localizado na localidade Baixa Funda. A estrutura tem capacidade para produzir 200 l/s, sendo que quatro poços já estão perfurados.

O Sistema contempla, ainda, a implantação de seis estações elevatórias de reunião e cerca de 40 km de adutoras, com diâmetros variando de 100 a 500 mm, recalcando a água dos poços até a interligação com a Adutora do Agreste, na cidade de Tupanatinga, atendendo por gravidade, com vazão de 110 l/s as cidades de Itaíba, Águas Belas e Iati e 90 l/s as cidades de Pedra, Buíque e Venturosa.

Na ocasião, ainda foi dada por inaugurada a Adutora do Pau Ferro, em Lajedo. O sistema de abastecimento local vai atender também a cidade São Bento do Una, totalizando cerca 98 mil habitantes beneficiados. Para esta ação, foi investido R$ 1,1 milhão.

Marcelo Gomes pede calçamento para zona rural e acesso à nova Escola Técnica Estadual

O vereador Marcelo Gomes (PSB) apresentou, na sessão desta quinta, 06, na Câmara Municipal de Caruaru, requerimento para calçamento e saneamento de várias ruas da Vila Cipó, localizada no primeiro distrito da zona rural de Caruaru. Entre as ruas estão a José Geraldo de Morais, a Maria Melo de Morais, a Padre João e a Travessa Padre João, a Rua Sônia Moura e a rua Principal. “Nós, vereadores, somos os porta-vozes da população. O Legislativo é o Poder que está mais perto do povo. Participei de uma reunião na Associação de Moradores e eles me pediram para solicitar essa benfeitoria à Prefeitura. A obra vai facilitar a locomoção e prevenir problemas de saúde, principalmente nas crianças”, afirmou o vereador.

Marcelo Gomes também solicitou obras de saneamento básico, calçamento ou asfalto, instalação de iluminação pública e de sinalização do acesso da Escola Técnica Estadual Fernando Lyra. “O Governo do Estado fez sua parte, oferecendo aos jovens de Caruaru a possibilidade de formação por meio de um curso técnico. Cabe, agora, ao município, oferecer infraestrutura aos estudantes para que possam chegar com segurança à Escola”, defendeu Marcelo Gomes.

Os dois pedidos foram encaminhados à Secretária de Obras, Nyadja Menezes, e à prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

Juízes e membros do Ministério Público articulam para ficar fora da reforma da Previdência

A pedido das entidades que representam magistrados e membros do Ministério Público nas esferas estaduais e federal, o deputado Lincoln Portela (PRB-MG) apresentou emenda à reforma da Previdência excluindo essas categorias das mudanças propostas pelo governo. O texto original enviado ao Congresso pelo presidente Michel Temer equipara a aposentadoria dos servidores públicos, inclusive juízes, promotores e procuradores, à dos trabalhadores do setor privado, geridas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Na sua justificativa, o deputado alega que a proposta do governo tem “incontáveis inconstitucionalidades”, entre elas a “vitaliciedade e a irredutibilidade dos vencimentos” particularmente de membros de outro poder.

“Os juízes e os membros do Ministério Público correm riscos parecidos com os enfrentados pela polícia, principalmente quem atua na área criminal”, alega Portela. A proposta da reforma previdenciária está em discussão na comissão especial que analisa o seu mérito na Câmara.

“Assinei pelos corredores mais de 180 emendas a pedido de várias entidades. Sou 100% contra a reforma da Previdência proposta pelo governo e apresentei estas propostas ao texto do governo como forma de atrasar a votação”, disse Portela ao Congresso em Foco. O deputado alega ainda que a magistratura e o MP deveriam ser incluídos em um texto à parte, no futuro.

Entidades

O presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, disse que as entidades que representam a magistratura e o MP decidiram, em conjunto, apadrinhar a emenda de Portela porque outras categorias do setor público também estavam sendo excluídas da reforma da Previdência proposta pelo governo. Veloso questiona por que o governo decidiu excluir da proposta de reforma algumas categorias, como militares e servidores estaduais.

“O governo resolveu excluir policiais, militares e os servidores estaduais da reforma na Previdência e provocou uma reação das entidades do Judiciário que passaram a cuidar dos interesses das categorias”, disse o presidente da Ajufe. “Todo mundo quer ficar fora da reforma. Somos dirigentes associativos e as entidades refletem os interesses das categorias que representam”, acrescentou Veloso.

O presidente da entidade lembrou que quem entrou no poder judiciário desde 2013 já é regido pelo regime geral da Previdência, que tem o mesmo limite do valor dos benefícios do INSS. Esse grupo de servidores não seria beneficiado pela emenda de Portela porque já faz parte de um novo regime jurídico.

Além da Ajufe, a emenda apresentada pelo deputado Portela teve o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) e da confederação que representa os membros do Ministério Público.

Relator anuncia mudanças em cinco pontos da reforma da Previdência

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Arthur Maia fala sobre a reforma da previdência social (José Cruz/Agência Brasil)
O deputado Arthur Maia fala sobre mudanças na reforma da Previdência Social após reunião no Palácio do Planalto José Cruz/Agência Brasil

O relator da proposta de reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), anunciou hoje (5) que fará mudanças em cinco pontos do texto, com o aval do presidente Michel Temer: os que tratam de regras de transição, pensões, trabalhadores rurais, Benefício de Prestação Continuada e aposentadorias especiais para professores e policiais. As mudanças foram negociadas em reunião esta manhã no Palácio do Planalto.

O ministro da Secretaria do Governo, Antônio Imbassahy, disse ver com naturalidade o fato de a proposta sofrer alterações durante o trâmite no Congresso Nacional, uma vez que trata-se de um dos “mais complexos projetos” dos últimos anos. “O Executivo enviou proposta. Com isso passa a ser o Congresso o protagonista dos debates e das deliberações. Seria até surpreendente que uma matéria dessa natureza e complexidade tramitasse na Câmara sem nenhum tipo de alteração” disse.

Segundo Imbassahy, as mudanças não devem comprometer o papel da reforma no ajuste fiscal. “A equipe econômica foi tendo convencimento de alterações consequentes e responsáveis, cuidando dos mais vulneráveis sem deixar de lado o equilíbrio das contas. Portanto, as alterações estão sendo acolhidas pelo Executivo, mas sempre preservando o eixo principal, que é o fiscal”. As mudanças também têm o aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O presidente da Comissão Especial de Reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também disse achar natural que a proposta receba ajustes. No entanto, por causas das alterações, Marun disse que o prazo para apresentação e divulgação do relatório sobre o texto foi postergado para o dia 18 de abril, “para que o relator tenha tempo mais elástico para, com tranquilidade, discutir essas questões”.

Mudanças

Segundo o relator da reforma, Arthur Maia, as mudanças buscarão atender à população menos favorecida. “Quando se fala em ajustes para trabalhadores rurais, é para fazer com que, na reforma, eles tenham seus direitos preservados. Quando se fala em Benefício de Prestação Continuada, se fala de uma das categorias menos favorecidas da sociedade. Quando se fala em pensões, se fala em parceiros ou filhos que perderam maridos ou pais e estão em situação de vulnerabilidade”, argumentou.

“Professores e policiais são duas categorias que, pelas características e pela história, estão sendo contempladas em condições diferenciadas. Se encontram historicamente em situação de diferença em relação aos demais. Não há aí nenhum privilegio”, acrescentou Maia. O relator disse que já está negociando com lideranças do Senado um texto que tenha mais chances de ser aprovado na Casa após passar pela Câmara.

Sobre o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para ter direito à aposentadoria, Maia disse que este ponto não tem sido alvo de questionamentos, pelo menos em relação aos trabalhadores homens. “No máximo o que se ouve, sobretudo da bancada feminina, é relativo à idade das mulheres”.

Já a regra de transição é, segundo ele, um tema mais complexo. A regra que consta na Proposta de Emenda à Constituição da Reforma da Previdência considera basicamente a idade de 65 anos para aposentadoria e inclui na transição apenas as pessoas que estão acima dos 50 anos, no caso dos homens, e de 45 anos, no caso das mulheres. A proposta prevê um pedágio de 50% para cada ano que falta para a aposentadoria pelas regras atuais.

O governo já acena com a possibilidade de aceitar a ampliação dessa faixa de transição. De acordo com o relator, um estudo feito pela Câmara mostra que existem no mais 89 modelos diferentes de regras de transição atualmente no país. “A PEC reduzirá isso para duas ou três, dando racionalidade à questão”, disse.

”Estamos trabalhando para ampliar o número de trabalhadores [a serem incluídos na regra de transição], para diminuir de 50 anos para, por exemplo, 40 anos. Não temos ainda um modelo definitivo. Esse número ainda está sendo estudados”, disse Maia.

Receita libera amanhã consulta a lote de restituição do Imposto de Renda

A Receita Federal vai abrir, a partir das 9h de amanhã (7), consulta ao lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente aos exercícios de 2008 a 2016.

O crédito bancário para 104.963 contribuintes será realizado no dia 17 de abril, totalizando R$ 216,9 milhões. Desse total, R$ 84,2 milhões são contribuintes que tem preferência para receber: 19.043 idosos e 1.812 pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. Os montantes de restituição são corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com o aplicativo é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, ainda poderá fazer um requerimento por meio da Internet, no Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Agúa do São Francisco chega com todo vapor na Paraíba

A última estação de bombeamento (EBV-6) do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Sertânia (PE), está funcionando com os dois conjuntos de motobomba da estrutura. Com isso, o empreendimento começou a fornecer, no último fim de semana o volume máximo de água para o leito do rio Paraíba, em Monteiro (PB). O objetivo é garantir que o ‘Velho Chico’ chegue mais rápido ao reservatório Boqueirão (PB), localizado em Campina Grande (PB) e assim atender, aproximadamente, 716 mil pessoas em 18 cidades ao longo do manancial ainda neste mês de abril.

Em audiência pública no Senado ontem, quarta-feira (5), o ministro Helder Barbalho confirmou que em abril a água chega à região metropolitana da segunda maior cidade da Paraíba. Com a operação simultânea das duas bombas, o Projeto São Francisco está fornecendo à Paraíba capacidade máxima de 9 metros cúbicos por segundo. Até a última semana, com um dos equipamentos em fase de testes, a sexta elevatória (EBV-6) estava operando com uma motobomba e fornecendo vazão de 4,5 metros cúbicos.

As águas do ‘Velho Chico’ já passaram do reservatório Camalaú, no município de mesmo nome e continuam percorrendo o curso do rio Paraíba até o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão).

As populações de Sertânia, em Pernambuco, e Monteiro, na Paraíba,  já são beneficiadas pelo Projeto São Francisco. Ao todo, o Eixo Leste vai beneficiar 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios que sofrem com o longo período de seca e estiagem nos estados de Pernambuco e da Paraíba.

Com 217 quilômetros de extensão, o Eixo Leste é composto por canais, seis estações de bombeamento, cinco aquedutos, um túnel, uma adutora e 12 reservatórios. As estruturas de engenharia passam pelos municípios pernambucanos de Floresta, Betânia, Custódia e Sertânia, chegando a Monteiro, na Paraíba.