Paulo Câmara: “Investir em Pernambuco vale a pena”

Fortalecimento do desenvolvimento econômico como estratégia para o enfrentamento à crise nacional. É assim que o Governo de Pernambuco tem trabalhado para superar as dificuldades impostas pelo momento brasileiro. Durante entrevista à Rádio Globo, nesta segunda-feira (06.03), o governador Paulo Câmara ressaltou que o conjunto de investimentos que chegam ao Estado apontam para a geração de emprego e renda, proporcionando um ambiente de mais confiança e otimismo.

“Nós qualificamos bem a nossa mão de obra. É só ver nos grandes empreendimentos aqui já instalados. Basta conversar com o presidente da Fiat [Chrysler Automobiles] que ele dirá que mais de 70% da mão de obra da fábrica é pernambucana”, afirmou. ” Eu estou muito satisfeito porque Pernambuco está preparado para, tão logo a crise diminua, a gente poder avançar muito mais. Se, na crise, já estamos conseguindo trazer empreendimentos, imagine quando ela passar?”, frisou Câmara.

O governador destacou o complexo do Grupo Inbetta, que chega ao município do Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), até o fim de 2017, como a mais recente mostra da capacidade de atração de investimentos do Estado. A nova planta do grupo vai gerar mais de 400 empregos diretos, estimulando o desenvolvimento social e econômico da região.

“O Grupo, do Rio Grande do Sul, tem mais de cinco fábricas e produz mais de quatro mil produtos por mês. Agora, a empresa vai concentrar todas as atividades no Paulista e Pernambuco. A partir desse município, será um grande polo de distribuição para o Norte e para o Nordeste do País”, afirmou Câmara. Além do Grupo Inbetta, o chefe do Executivo-estadual lembrou a instalação da fábrica de medicamentos Aché Laboratórios, que será implantada no Complexo de Suape, e da Unilever, no município de Escada, na Zona da Mata Sul do Estado. “Uma série de empresas têm apostado em Pernambuco porque sabem que investir aqui vale a pena, pois somos profissionais, temos infraestrutura adequada”, avaliou.

Com políticas estratégicas e diferenciadas que destacam o Estado como um forte competidor na área do turismo, também Pernambuco tem se mostrado, cada vez mais, preparado para receber bem quem vem de fora, seja no turismo de lazer, de negócios ou cultural. Sabendo da importância do setor para o desenvolvimento econômico do Estado, o governador destacou os esforços que sua equipe vem fazendo para avançar ainda mais. “Pernambuco tem avançado no turismo, tem feito uma política atrativa, e as pessoas gostam quando vêm aqui e saem falando bem. Então, a gente tem que continuar investindo nesse segmento econômico, que há muito tempo está estacionado no País. E Pernambuco tem feito um esforço muito grande para o turismo, não apenas o de lazer, mas o turismo de negócios, da cultura, do patrimônio histórico. Ou seja, estamos executando uma série de ações que mostram claramente a nossa forma de fazer negócios e a nossa preocupação com a geração de emprego e renda para a população”, avaliou.

85 anos da conquista do voto feminino no Brasil foi celebrado em Caruaru

O salão nobre da Câmara de Vereadores ficou lotado com a presença das mulheres caruaruenses, movimentos sociais, classe estudantil e lideranças políticas que compareceram ao local para comemorar juntamente com a secretária de Políticas para Mulheres e com o vice-prefeito Rodrigo Pinheiro, os 85 anos da conquista do voto feminino, no Brasil.

Durante o encontro foi discutida a ascensão da mulher na sociedade e na política, onde ainda existe um déficit de representatividade nos poderes legislativo e executivo do país.

A programação que teve início às 19h30, contou com apresentação do Boi Tira-teima, palestra da professora universitária, primeira cientista política de Caruaru e do estado de Pernambuco, Ana Maria Barros e também música ao vivo com a cantora Chris Mendes.

Mil homicídios em dois meses, denuncia oposição

Pernambuco já registrou mais de mil homicídios em 65 dias. A marca, infelizmente, foi alcançada com os casos registrados no último fim de semana, quando foram contabilizadas 49 mortes, e com os números do carnaval mais violento dos últimos sete anos, quando foram cometidos 85 assassinatos no Estado. Os dados apontam um crescimento de 40% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram cometidos 712 homicídios até o dia 5 de março.

Desde o início de 2015, a Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vem alertando para a necessidade de uma reformulação do Pacto pela Vida, que teve sua falência decretada pelo próprio sociólogo José Luiz Ratton, um dos idealizadores do programa. “As únicas medidas adotadas pelo Governo do Estado foram as trocas do comando da Polícia Militar, do chefe da Polícia Civil e do próprio secretário de Defesa Social, como se essas medidas fossem solucionar o clima de guerra civil vivido hoje nas ruas do Estado”, lembra o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição.

Silvio encaminhou solicitação ao presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Edilson Silva (Psol), para realização de uma audiência pública para discutir o Pacto pela Vida. A ideia, segundo o parlamentar, é trazer para o debate alguns dos idealizadores do programa, que foi responsável pela redução da criminalidade até 2013. “Nos últimos três anos, foram mais de 40% de crescimento na violência e o Governo do Estado parece paralisado, sem poder de reação, enquanto o clima vivido nas ruas é de guerra civil”, destacou Edilson.

A Oposição cobra melhorias nas condições de trabalho dos agentes de segurança, já que a Lei aprovada no plenário da Assembleia trata exclusivamente de salários e da carreira de policiais e bombeiros militares, deixando de lado o reaparelhamento da força policial, uma das principais reivindicações da categoria. “É preciso que o Governo retome o diálogo com os policiais, reestabeleça uma mesa permanente de negociação”, reforça Joel da Harpa (PTN), vice-líder da Oposição.

Os parlamentares da Oposição cobram também do Governo do Estado a apresentação de um plano para reduzir a violência este ano e no próximo e que esse plano seja de livre conhecimento da população, tendo em vista a redução da transparência na segurança desde o início deste ano. “É preciso que o Governo venha à sociedade dizer o que está fazendo, efetivamente, para reduzir a média de 16 assassinatos por dia registrada este ano, assim como o crescimento de 438% no número de assaltos a ônibus e os 75% de aumento no casso de crimes violentos contra o patrimônio”, cobrou Silvio.

Relator da PEC da Previdência defende idade mínima de 65 anos para aposentadoria

O relator da proposta da reforma da Previdência, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), defendeu nesta segunda-feira (06) a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. “Não dá pra pensar em não ter idade mínima de 65 anos de jeito nenhum”, disse Maia, ao deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com o ministro Henrique Meirelles.

O relator afirmou que, durante o encontro, apresentou ao ministro as demandas de parlamentares em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 e pediu que sejam feitas “contas” para analisar eventuais alterações no texto enviado pelo governo ao Congresso Nacional.

Segundo Maia, estão em discussão as regras de transição, o fim da aposentadoria especial para policiais, a cobrança de contribuição de trabalhadores rurais, o aumento da idade para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a desvinculação do salário mínimo, além do acúmulo de aposentadoria e pensão.

O deputado voltou a defender um “aprofundamento melhor” das regras de transição. Para ele, a regra enviada para análise do Congresso é “muito abrupta”. “É importante dizer que não estamos fazendo nada de novo. Quando se diz que não tem integralidade entre aposentadoria e o salário que o sujeito recebeu ao longo da vida, isso não foi criado agora. Foi criado com o fator previdenciário há mais de 15 anos. Isso existe no mundo inteiro”, acrescentou.

O deputado disse ainda que a Previdência precisa ter a contribuição de todos, inclusive dos trabalhadores rurais. “Quando se diz que a Previdência tem que ter a contribuição de todos, inclusive dos rurais, é porque a natureza da Previdência é que todos possam contribuir. Como é que você contribui para no final da vida ter um salário mínimo e quem não contribui também tem um salário mínimo? É justo que isso aconteça? Não pode ser”, acrescentou.

Valor do caixa 2 em campanha eleitoral surpreendeu TSE, diz Gilmar Mendes

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, declarou hoje (6) que todo o TSE ficou surpreso com o volume de caixa 2 na última campanha eleitoral à Presidência, mesmo diante do alto montante gasto oficialmente, tanto pela chapa da candidata Dilma Rousseff, quanto pela do candidato de oposição, Aécio Neves.

“Agora, estamos vendo o significativo percentual que foi doado por caixa 2, de maneira informal”, disse. Mendes foi um dos palestrantes do Fórum Reforma Brasil, promovido pela Associação Comercial de São Paulo, Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e Instituto Panthéon Jurídico, na capital paulista.

Para as eleições presidenciais de 2018, o presidente do TSE defendeu que o Congresso consiga elaborar uma estrutura para regular o tema, que precisa entrar na agenda de votações até setembro. “Estamos num vazio. Corremos o risco de termos um quadro, talvez, de anomia [ausência de regras e normas], de falta de controle”, disse.

Artigo: Há 200 anos, a Pernambucanidade

HÁ 200 ANOS, A PERNAMBUCANIDADE!

Sílvio Costa*

Excesso de impostos e tributos, número de cargos públicos acima do necessário, crise econômica atingindo de forma especial a Capitania de Pernambuco, crescente sentimento popular pelo rompimento com as estruturas monárquicas, absolutistas e familistas em Pernambuco e a miséria agravada pela seca. Citamos o ano cristão de 1817, não 2017. Situações e circunstâncias coincidem ao longo da história, mas só se repetem como tragédia à primeira vez ou como farsa à segunda vez, como interpretou Karl Marx.

Há 200 anos, em 6 de março de 1817, Pernambuco rebelou-se contra a Coroa portuguesa que sangrava a Capitania com a cobrança de impostos. Há dois séculos, a liberdade era um sonho. A independência, uma rebeldia. A história da Revolução Pernambucana é a história de um povo marcado pela luta por liberdade. Da guerra contra os holandeses (1645 a 1654) aos movimentos por independência e de desobediência à Coroa Portuguesa, que se anteciparam a 1817; dos Mascates aos movimentos revolucionários do século XX, como em 1930 e 1935.

O pernambucano é – em analogia com o conceito de Euclides da Cunha sobre o sertanejo nordestino, na obra Os Sertões -, antes de tudo, um revolucionário. A Revolução Pernambucana foi uma revolta libertária, um dos mais importantes movimentos sociais pela emancipação no Brasil colonial, pela conquista da independência em relação a Portugal, pela implantação de um regime republicano e por uma constituição liberal.

O governo da Capitania de Pernambuco, ainda uma das mais ricas do Brasil colônia, era obrigado a remeter ao Rio de Janeiro somas de dinheiro dos impostos para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte portuguesa pernambucana e a manutenção da iluminação pública do Rio de Janeiro. Os gastos da Família Real ­- instalada com o príncipe regente Dom João VI no Rio de Janeiro, desde 1808 -, mais o excesso de portugueses em cargos públicos, a corrupção dos costumes, a crise econômica na região e a fome e a miséria ampliadas pela seca de 1816 foram caldo para a revolução.

Falamos de 1817, não de 2017. A insatisfação acumulada do povo com a corrupção e a vida nababesca da Corte e pelas dificuldades dos brasileiros comuns, aliaram-se os ideias da Revolução Francesa (1789) que havia liquidado a monarquia absolutista e os privilégios da nobreza. As primeiras medidas dos revoltosos, para conquistar a adesão dos pernambucanos, foram exatamente baixar impostos, libertar presos políticos e aumentar o salário de militares da Capitania (as capitanias seriam extintas em 1821).

A repressão ordenada por D. João VI derrotou os revoltosos após 75 dias de embates. A fama de povo rebelde e revolucionário, porém, está consolidada na história de Pernambuco. Sete anos depois, efeito de 1817, viria a Confederação do Equador, movimento também separatista e republicano que abrange parte do Nordeste, irradiado da província de Pernambuco. Dois anos depois da proclamação da Independência por Dom Pedro I (1822-1831), o primeiro imperador.

* Sílvio Costa – deputado federal e vice-líder da oposição na Câmara.

Casa de Cultura prorroga inscrições para oficinas de artes

As inscrições para as oficinas de técnicas vocais, modelo e passarela, teatro e violão foram prorrogadas na Casa de Cultura José Condé. As aulas, que estavam previstas para começar nesta terça (07), iniciam no próximo dia 14 de março. Os interessados têm até esta sexta-feira (10) para fazer a inscrição, exclusivamente na sede da Casa de Cultura, que fica no Parque 18 de Maio, das 08h às 13h.

É necessário ter acima de 14 anos e levar RG, CPF e comprovante de residência atualizado. Menores de idade precisam estar acompanhados de um responsável. A oficina de fotografia, que também foi anunciada anteriormente, está com as vagas esgotadas. Os cursos são gratuitos e têm duração média de um a quatro meses. Ao final de cada semestre, o aluno receberá um certificado de conclusão.

Mutirão de remoção de entulhos terá início nesta terça

A Secretaria de Serviços Públicos de Caruaru, através do Departamento de Limpeza Urbana, estará realizando, a partir desta terça-feira (07), um mutirão de remoção de entulhos. Ao todo, serão 10 caçambas papa-entulhos e três máquinas pá-carregadeiras, divididas em três equipes, trabalhando simultaneamente.

A ação terá início, às 8h, nos bairros Petrópolis, Vassoural e Santa Rosa. Nessas áreas, a ação irá até o dia 14 de março. Em seguida, os demais bairros da cidade serão contemplados de acordo com o calendário que está sendo elaborado pela Secretaria.

Empresário preso na Lava Jato diz ter repassado R$ 100 milhões a ex-assessor de Serra

Preso pela Operação Lava Jato desde agosto, o operador financeiro Adir Assad afirma ter repassado cerca de R$ 100 milhões para Paulo Vieira de Souza, diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo. Paulo sempre foi apontado por petistas como um dos principais operadores do PSDB paulista. Assad é acusado de ser o maior emissor de notas frias para lavagem de dinheiro de empreiteiras suspeitas de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras.

As informações sobre os repasses ao ex-diretor da Dersa fazem parte do acordo de delação premiada do empresário, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Ele admite ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empreiteiras em obras viárias na capital e região metropolitana de São Paulo, como a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego. De acordo com o Estadão, Assad contou como funcionava o esquema de fornecimento de dinheiro em espécie para o caixa dois de construtoras. Empreiteiras contratadas pela Dersa subcontratavam suas empresas.

O valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam os beneficiários dos recursos, informam os repórteres Fabio Serapião, Beatriz Bulla e Fausto Macedo. O empresário é acusado de ter movimentado R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com grandes construtoras entre 2007 e 2012.

Na negociação para assinar o acordo de delação, Assad prometeu revelar detalhes de um esquema na estatal paulista do qual, segundo ele, Souza fazia parte e chegou a afirmar ter conhecimento de que políticos foram contemplados com os repasses oriundos de empreiteiras. Segundo o Estadão, o empresário não deverá citar nomes de autoridades em seu acordo porque disse não ter provas para corroborar sua versão, pois apenas lavava o dinheiro e entregava os montantes aos operadores indicados.

Paulo Vieira Souza não respondeu aos questionamentos enviados pelo Estadão. O senador José Serra disse que não comentaria o assunto. Já a Dersa informou que fez contratos apenas com consórcios.

O ex-diretor da Dersa já teve seu relacionado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Durante as investigações da CPI do Cachoeira, ele foi apontado como responsável por contatos entre a companhia e a Delta Construções e um suposto operador de um esquema de caixa dois para campanhas do PSDB. Paulo chegou a prestar depoimento à comissão.

Executivo da Odebrecht delatou campanhas estaduais

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior disse, em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fala sobre pagamentos da empreiteira para campanhas estaduais em 60 anexos de seu acordo de delação premiada. Cada anexo pode comprometer um ou mais investigados.As informações são da Folha de S.Paulo e indicam o potencial explosivo nos estados da delação do ex-executivo.

Segundo a reportagem, Benedicto não deu detalhes sobre esses casos porque o ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa encabeçada por Dilma e Temer, pediu para que ele se ativesse às doações para a campanha da petista e do peemedebista. Foi esse o argumento utilizado pelo ministro quando o ex-executivo afirmou que a Odebrecht doou, em caixa dois, R$ 6 milhões para as campanhas dos tucanos Pimenta da Veiga, derrotado na disputa ao governo de Minas, e Antonio Anastasia, eleito para o Senado, e também para o deputado federal eleito Dimas Fabiano (PP-MG).

Outros R$ 3 milhões, segundo ele, foram repassados ao marqueteiro Paulo Vasconcelos, responsável pela campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).O senador admite ter pedido apoio ao empreiteiro, mas nega que tenha solicitado doação por caixa dois. Segundo a Folha, o delator contou que tinha relação com todas as legendas e era o responsável dentro da empresa por receber as demandas estaduais.

Já os pedidos das campanhas presidenciais ficavam a cargo de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira. Benedicto declarou, ainda, que as doações em caixa dois não eram necessariamente pagamento de propina – algumas contribuições não eram contrapartida por benefício alcançado.