Calero: Temer propôs “chicana”para ajudar Geddel

O Globo 

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusou o presidente Michel Temer de propor que fosse feita uma “chicana”, manobra jurídica para conseguir, via Advocacia-Geral da União (AGU), uma decisão que fosse boa “para todos” no caso do embargo proposto pelo Instituto Nacional do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) à construção do edifício La Vue, em Salvador, onde o ex-ministro Geddel Vieira Lima tinha comprado um apartamento. Em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, Calero contou que a orientação de Temer foi dada numa reunião para a qual o presidente o havia convocado no Palácio do Planalto.

Um dia antes dessa reunião, ao receber o primeiro relato de Calero sobre a questão, Temer teria dado outra orientação, dizendo que não era preciso atender ao pleito de Geddel.

– Em menos de 24 horas, todo aquele respaldo que ele me havia garantido, ele me retira. Me determina que eu criasse uma manobra, um artifício, uma chicana, como se diz no mundo jurídico, para que o caso fosse levado à AGU – disse Calero ao “Fantástico”.

MP considera entrevista de Temer um desastre

Parte do Ministério Público considerou a entrevista de Temer um desastre, revela Natuza Nery, hoje na coluna da Folha de S.Paulo.

Segundo a colunista, a avaliação é que o presidente admitiu ter cometido advocacia administrativa.

Essa percepção, — continua a colunista — indica o risco de Temer se tornar, ao lado do ex-ministro Geddel Vieira Lima, alvo de um pedido de investigação ao Supremo.

Enquanto isso, o Plano de caciques do Congresso é votar as dez medidas anticorrupção mais ou menos do jeito que estão e aprovar o crime de responsabilidade para juízes e procuradores na lei do abuso de autoridade que tramita no Senado.

Campanha de Dilma pagou funcionários de Temer

Folha de S.Paulo 

A campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) em 2014 pagou o salário de assessores pessoais de seu vice na chapa e hoje presidente da República, Michel Temer.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a chefe de gabinete de Temer e o atual secretário de Comunicação da Presidência foram, por exemplo, remunerados pela “candidata Dilma Rousseff” durante a disputa presidencial, embora o peemedebista tenha registrado uma conta própria na Justiça Eleitoral.

Os dados do TSE colidem com um dos argumentos da defesa de Temer contra o pedido de cassação da chapa pela qual foi eleito: a de que, com uma conta independente, ele não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades cometidas durante a campanha.

Derrotados no segundo turno, o PSDB e seus coligados entraram com três ações de impugnação da chapa Dilma/Temer por abuso de poder político e econômico nas eleições. Nas ações, requerem a posse dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) como presidente e vice.

O processo passa agora por uma fase de complementação de provas. A expectativa é que vá a julgamento pelo plenário do TSE no primeiro trimestre de 2017.

Oposição ataca para manter Temer no centro da crise

Encabeçada pelo PT, a oposição prepara um combo de ações para evitar que a demissão de Geddel Vieira Lima esfrie a crise no Planalto.

Nesta segunda, um grupo de parlamentares vai à PGR pedir que Rodrigo Janot investigue Michel Temer por três crimes comuns, a partir do que admitiu ter dito a Marcelo Calero relacionado ao prédio na Bahia: prevaricação, concussão (exigir vantagem indevida em razão do cargo) e advocacia administrativa (usar o cargo para patrocinar interesse privado).

O grupo também fará requerimento de informação aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Grace Mendonça (AGU) e Roberto Freire (Cultura) sobre os contatos entre as pastas relativos ao empreendimento.(Painel – Folha de S.Paulo)

Olho nas ruas, governo impedirá anistia a caixa 2

Folha de S.Paulo

A fórmula é antiga. Às vezes funciona, outras não. Depende do grau da confusão. Se o governo de plantão mergulha numa forte agenda negativa, procura-se uma positiva para sair da crise.

Foi o que o governo montou neste domingo (27). Desgastado pelo episódio que levou à demissão de Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer anunciou que vai impedir qualquer tentativa de anistiar crimes de caixa dois em eleições passadas.

Para reforçar seu anúncio, numa raríssima entrevista num domingo, Temer convidou para o ato os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. Sem gravata, os três disseram que não vão endossar uma anistia ao caixa dois.

A escolha do tema para virar o jogo da crise, gerada pelos torpedos disparados pelo ex-ministro Marcelo Calero na direção do próprio Temer, foi feita de “olho nas ruas”. O próprio presidente admitiu que há um movimento delas contra a anistia e “temos que atendê-las”.

Ou seja, para se desviar das críticas de que a cúpula do governo tentou enquadrar o ex-ministro da Cultura para resolver um problema particular de um ministro, o Palácio do Planalto busca fazer uma tabelinha com as ruas para ficar bem na foto.

Talvez o governo não estivesse tão acuado se, desde o início, houvesse optado por decisão mais sintonizada com a população: afastar de cara Geddel assim que foi revelado que ele pressionava um colega a liberar um empreendimento imobiliário na Bahia no qual tinha interesse direto.

Pegou muito mal saber que, num país ainda em forte crise econômica, a cúpula do governo gastou energia para solucionar uma questão menor.

Por sinal, o presidente Temer ainda não conseguiu atender a outras expectativas, como tirar o Brasil da recessão. Claro que, como ele próprio disse, o desafio era bem maior do que o previsto, mas esta frustração já preocupa sua equipe. Um assessor alerta: é preciso reagir antes que a paciência das ruas acabe.

Calero confirma gravação “protocolar” com Temer

G1 – Do Fantástico

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse, em entrevista ao Fantástico neste domingo (27), que gravou uma conversa telefônica com o presidente da República, Michel Temer, mas que o seu conteúdo foi “burocrático” e “protocolar”. Ele negou ter gravado qualquer outra conversa com Temer.

Calero contou que fez as gravações por orientação de amigos que tem na Polícia Federal com o intuito de se proteger e “dar um mínimo de lastro probatório” ao que havia relatado.

Sobre as críticas de que teria sido desleal a Temer, Calero se defendeu dizendo que servidor público tem que ser “leal, mas não cúmplice”.

O ex-ministro da Cultura acusou ainda o Palácio do Planalto de começar uma “boataria” para dar a entender que ele teria pedido um encontro com Temer no gabinete da presidência com o único propósito de gravá-lo. Segundo ele, o objetivo da “campanha difamatória” foi “desviar o foco das atenções”.

“Começaram com essa boataria vinda aí do Palácio do Planalto de que eu deliberadamente teria pedido um encontro com o presidente da República para, de maneira ardilosa, sorrateira, gravar essa audiência. Ou seja, entrar no gabinete presidencial com um instrumento, com uma ferramenta, de gravação. Eu preciso dizer que isso é um absurdo. Isso aí só serve para alimentar essa campanha difamatória e desviar realmente o foco das atenções”, disse.

Ele ressaltou que respeita a liturgia dos lugares que frequenta e não faria isso. “Eu jamais entraria no gabinete presidencial, por ser diplomata, por respeitar a liturgia dos lugares que eu frequento, com um ardil, com uma ferramenta sorrateira dessa natureza”, frisou.

Questionado se chegou a gravar alguma conversa com Geddel ou Padilha, Calero disse que não poderia responder a essa pergunta porque “poderia atrapalhar as investigações”. “Eu posso falar que houve as gravações, mas não posso falar dos interlocutores”, afirmou.

Calero contou que teve três conversas presenciais com Temer a respeito do tema, sendo que, na última, o presidente relatou a ele que a decisão tomada pelo Iphan de barrar a obra havia causado “dificuldades operacionais” porque Geddel “teria ficado muito irritado com essa decisão”.

Segundo o ex-ministro da Cultura, Temer recomendou que o caso fosse encaminhado à Advocacia Geral da União, comandada pela ministra Grace Mendonça.

“Em menos de 24 horas, todo aquele respaldo que ele [Temer] me havia garantido, ele me retira. Me determina que eu criasse uma manobra, um artifício, uma chicana como se diz no mundo jurídico, pra que o caso fosse levado à AGU. E aí, eu não sou leviano, não sei o que que a AGU faria. Não sei se a ministra Grace estava ou não sabendo, enfim, não posso afirmar isso categoricamente. Embora tenha indícios”, disse.

Calero também relatou a conversa que teve com o ministro Padilha sobre o assunto e afirmou que ficou impressionado pelo fato de que “altas autoridades da República perdiam o seu tempo em favor de um assunto paroquial”.

Segundo o ex-ministro, ele se deu conta de que não poderia mais ficar no cargo depois que um assessor muito próximo do Temer ligou pedindo que o caso fosse direcionado para a AGU. “E aí eu [pensei]: bom, realmente, o presidente quer que eu interfira nesse processo”, disse.

.Procurado pelo Fantástico, o ex-ministro Geddel Vieira Lima disse que não tem mais nada a comentar sobre o caso. A assessoria da Casa Civil informou que o ministro Eliseu Padilha não falaria sobre as declarações de Calero

Dez investigações da Lava Jato foram arquivadas

Folha de S.Paulo 

Desde o início da tramitação de procedimentosrelacionados à Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), em 2014, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Polícia Federal arquivaram pelo menos dez investigações que começaram a partir de depoimentos de delatores.

De um total de 68 inquéritos e duas investigações preliminares abertos desde março de 2015, sete foram arquivados a pedido da PGR e três a pedido da PF, segundo levantamento feito pela Folha.

Os arquivamentos ocorreram por dois motivos: ou as afirmações do colaborador não puderam ser confirmadas pelos investigadores ou, quando ratificadas, não ficou caracterizado crime.

Em pelo menos seis casos houve contradições entre diferentes delatores, e os investigadores não puderam definir quem falava a verdade.

Entre as informações não comprovadas estão trechos dos depoimentos prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Alberto Youssef, doleiro no Paraná, Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, e Carlos Alexandre Rocha, o “Ceará”, que operava como entregador de dinheiro de Youssef.

A Força da economia criativa 

Por Herlon Cavalcante 

A economia Criativa é a mola que une a tecnologia, a cultura e outros bens de serviço do novo modelo de gestão e negócio no mundo. O termo se refere nas atividades e produtos ou serviços com atividades e conhecimentos criativos que vão do intelectual ao artístico.

Seu foco é o potencial do indivíduo ou do coletivo, a criatividade é meta de transformação “competitivo” e moderno. Seu papel social, gera a qualidade de vida, a autoestima, o crescimento do produto oferecido pelos setores criativos e seus fazedores de criatividades que vão desde a sustentabilidade, as atividades e benefícios econômicos.Na área da cultura, apenas 21% das cidades do País contam com salas de teatro, 9% possuem salas de cinema, mesmo assim somos ricos na produção cultural em todas as linguagens artísticas. Temos muitos bons serviços oferecidos e ainda poucos explorados dentro do foco da economia criativa. O Ministério da Cultura através da Secretaria da Economia Criativa, anunciou que existem cinco setores criativos, são eles: Patrimônio (materiais e imateriais, museus e arquivos); Expressões culturais (artesanato, artes visuais, culturas afro, indígena e populares); Artes e espetáculo (dança, música, circo e teatro); audiovisual, livro e literatura (cinema e vídeo, e publicações); Criações funcionais (moda, arquitetura, design e arte digital) todos esses setores e bens culturais oferecidos, dialogam com as novas formas de tecnologias, que precisam ser bem melhor observadas por toda a sociedade.

A economia Criativa é um dos setores que mais cresce no mundo. Em 2013 a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura- (UNESCO,) disponibilizou um relatório envolvendo a economia criativa, os números mostram que, 40 países pesquisados movimentaram, mais de 624 bilhões de dólares, cerca de 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto), com aumento anual de 12,1% nos países em desenvolvimento na América Latina, tais como o PIB: do Equador (5%), Argentina (3,5%) e Colômbia (3,4%) no Brasil (6,13%) foi superior ao aumento médio do PIB nacional (cerca de 4,3%).

Quase 6% do total das empresas Brasil, cerca de 320 mil empresas estão voltadas para a produção cultural, com aproximadamente 3,7 milhões de trabalhadores (as) do setor criativo, chegando a receber 44% superior à média nacional, esse número é responsável por 8,5% dos postos de trabalho segundo dados coletados pelo IBGE.

É preciso abrir os nossos olhos e enxergar esse cenário criativo que pulsa como forte valor cultural, econômico e produtivo. Esse debate tem que acontecer nas escolas, nas faculdades, nas empresas, na mídia, nas academias, nas câmaras logísticas das cidades, no poder legislativo e executivo. A economia criativa, é a valorização de uma sociedade que luta e convive a competitividade e busca a valorização dos bens oferecidos pelos setores criativos.  

Academia de Cordel realiza Festival Literário

O III Festival Literário Arrasta Cordel (Flac) acontecerá nesta sexta-feira, dia 25, na sede da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), localizada no Polo Cultural da Estação Ferroviária. A iniciativa é promovida pela ACLC e contará com palestras, debates, exposição, oficinas e declamações.

O evento é gratuito e aberto ao público. “Nosso objetivo é fomentar a cultura popular em nossa região, tendo o cordel como fio condutor de toda a programação, mas estabelecendo o diálogo com outras artes”, conta o cordelista Nelson Lima, idealizador do evento.

Durante o Flac, haverá a mostra ‘O Mundo ao Meu Redor’, construída por alunos do ensino fundamental e médio, sob a batuta dos poetas Esperantivo e Severino Melo, além do fotógrafo Renato Moura. A ideia faz parte do projeto ‘Versalizando Imagens’, que nasceu do encontro entre a fotografia e a poesia, em especial a literatura de cordel, com a fotografia.

Às 10h, o poeta e ator Nerisvaldo Alves – vice-presidente da ACLC – ministrará palestra com o tema ‘O Cordel como ferramenta lúdica na Educação’, compartilhando experiências em sala de aula. Em seguida, haverá uma roda de poesia com declamadores da estirpe de Paulo Pereira, Olegário Filho e Val Tabosa, entre outros membros da Academia.

À tarde, a programação inicia às 13h30, com uma oficina de literatura de cordel ministrada pelo poeta e professor Dorge Tabosa, que apresentará detalhes sobre a construção poética. Após a oficina, o Cordel na Atualidade será tema de uma mesa redonda, com a participação do cordelista e músico Roberto Celestino. O grupo de leitores da Escola Municipal Mariana Lima também fará uma performance especial.

Durante a noite, o Flac coincide com a realização do ‘Café & Cordel’. Neste momento, a literatura de cordel dialogará com a poesia ocultista de Iram Bradock, que fará um recital com aspectos góticos. Autor de diversos livros de poesia, Bradock se destaca por mesclar o regional com o sombrio, através de uma verve única e interpretação peculiar. O recital inicia às 20h.

O Flac foi idealizado há três anos pelo poeta Nelson Lima, também ator e primeiro secretário da ACLC. O público-alvo do evento é estudantes de escolas públicas e privadas, além da população em geral.

LANÇAMENTOS

A programação conta ainda com o lançamento de três livretos de cordel. O primeiro deles é intitulado ‘Peleja de Poetas’, escrito por Daniel Santos, Bruna Thaís, Ludson Martins e Nelson Lima. A narrativa em versos ‘A Vingança de Irene’, de Bruna Thaís, também será lançado durante o Flac.

O outro cordel é intitulado ‘Quem acredita sempre alcança’, escrito por Jénerson Alves, e conta a história da estudante Delma Goes, de 26 anos. Diagnosticada com a Síndrome de Mills, enfermidade rara que compromete os movimentos de partes do corpo, a garota procura caminhos para pagar o tratamento. Além do livreto, cuja comercialização será direcionada à estudante, durante a noite haverá um stand com a venda de camisas da campanha desenvolvida por Delma para financiar os custos com a saúde.

Interdições de trânsito no Relógio de Flores passam a valer neste sábado

A Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT) informa que, a partir deste fim de semana – dias 26 e 27 –, todos os sábados e domingos dos meses de novembro e dezembro, em decorrência da realização do Natal Luz 2016, dois trechos do entorno do Relógio de Flores, na avenida Rui Barbosa, serão interditados para garantir a segurança dos pedestres que circulam entre o atrativo turístico e a Feira de Artesanato, instalada no antigo prédio da Rádio Jornal. As interdições acontecerão sempre das 19h às 00h.

Entenda as alterações de trânsito 

Os condutores que estiveram no sentido centro-relógio, irão ter que entrar ao lado do Banco Bradesco, pois a subida não será permitida. Já os motoristas que estiverem vindo da avenida Duque de Caxias, passando pela rua Emília Valença, para descer pela parte alta da avenida, também não poderão cruzar o trecho em frente ao Chalé II – nesse caso, a orientação é, ao invés de descer, subir a avenida em direção ao Batalhão da Polícia Militar e buscar vias alternativas, como a avenida Júlio Brasileiro. Já quem estiver chegando à cidade pela entrada principal, ou estiver no sentido subúrbio-centro, poderá descer normalmente pela avenida Rui Barbosa. Agentes de trânsito da AMSTT estarão nas vias orientando o fluxo.

Grande movimentação de pedestres

Chegando ao terceiro fim de semana de programações, o Natal Luz 2016 tem registrado grande público, principalmente nas praças decoradas – Fonte Luminosa e Relógio de Flores. O número de moradores e turistas circulando pelas vias, em famílias inteiras, aumenta nos finais de semana. A proposta da estratégia de trânsito é dar maior mobilidade aos pedestres e, consequentemente, a segurança nos percursos.