Datafolha: Lula lidera todos os cenários de 1º turno

Em nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na liderança em todos os cenários de primeiro turno da disputa pelo Planalto em 2018. O petista, que já liderava no último levantamento do instituto, realizado em julho, ampliou sua vantagem nas simulações.

Em um cenário contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Lula teria 25% das intenções de voto e o tucano, 11%. Com esse resultado, o mineiro fica atrás também da ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que aparece com 15% das intenções.

Contra Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, Lula tem 26%.

Lula também venceria em todos os cenários de segundo turno, com exceção de uma eventual disputa com Marina Silva. Nesta simulação, a ex-senadora teria 43%, contra 34% do petista.

Os três potenciais candidatos do PSDB —Aécio Neves, Geraldo Alckmin e  José Serra— não venceriam em nenhum dos cenários analisados pelo Datafolha.

Reprovação a gestão Temer dispara, mostra Datafolha

Folha de S.Paulo 

A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha.

De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho.

O levantamento foi realizado entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht com menções a Temer.

Aqueles que veem o governo do presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a interinidade do peemedebista, eram 42%.

No período, a percepção da população sobre a economia se deteriorou. Para 66%, a inflação vai aumentar; 19% apostam que ficará como está e 11% preveem queda. O crescimento do desemprego é aguardado por 67%. Outros 16% disseram que diminuirá e 14% acham que fica estável.

Quanto ao poder de compra, 59% opinaram que vai diminuir, 20%, que não se alterará e 15%, que aumentará.

Nos últimos meses, a situação econômica do país piorou na avaliação de 65% da população e se manteve como estava para 25%; 9% disseram que houve melhora.

Sobre a situação pessoal do entrevistado, a percepção de piora recente corresponde a 50% dos brasileiros. Para 38%, ficou como estava e 10% disseram que melhorou.

No Uruguai, filho e Lula sai do alcance da Justiça

Do Blog do Magno

Fontes ligadas à Operação Zelotes acham que a mudança do filho do ex-presidente Lula para o Uruguai, há dois meses, a pretexto de trabalhar nas categorias de base de um time de futebol de segunda divisão, teve o objetivo de ficar longe do alcance da Justiça brasileira. Luiz Cláudio Lula da Silva foi denunciado à Justiça, com o pai, por tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A informação é da coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A presença do filho de Lula no Uruguai somente foi revelada depois que ele já estava no país e com contrato assinado no clube. Luiz Cláudio estaria sob “proteção” do governo do presidente Tabaré Vasquez, um “bolivariano” amigo pessoal de Lula.

Se o governo do Uruguai considerar que o processo ou ação contra Luiz Claudio for político, pode não cumprir o acordo de extradição.

Após delações, futuro do governo Temer é incerto

 Folha de S.Paulo

Bateu o medo na equipe do presidente Michel Temer. Ninguém vai admitir publicamente, mas reservadamente já se fala até no risco de a gestão do peemedebista sucumbir e não chegar ao fim.

A piora acentuada na avaliação do governo captada pelo Datafolha e o primeiro aperitivo do que será a delação da Odebrecht jogaram o Palácio do Planalto num mar de total incertezas sobre seu futuro.

Diante da apreensão que se instalou no seu time, Temer pede sangue frio para ditar os próximos passos. Reações precipitadas passariam a imagem de desespero num cenário complexo e incerto.

Mas também não dá para ficar parado. A ordem presidencial é puxar o PSDB para a equipe do Planalto e lançar medidas na área econômica.

Sobre a queda forte na popularidade, ela já era esperada pelo governo Temer. A economia não reagiu como desejado, fazendo a população prever até que a inflação vá subir quando ela está caindo.

E, desde novembro, foram crises atrás de crises, num ritmo tão frenético que não dava nem tempo para respirar. Tudo sem que o governo conseguisse sair das cordas, mesmo em dias de notícias positivas, ofuscadas por prisões, quebra-quebras, quedas de ministros e previsões pessimistas sobre a volta do crescimento. Que só virá em 2017.

Enfim, o governo demorou a reagir e terá de fazê-lo num clima em que a maioria da população (63%), segundo o Datafolha, diz preferir que Temer renuncie para termos eleições diretas e pôr fim às crises.

Pior. O clima vai ficar mais tenso. Se a delação de um diretor já provocou um tsunami na política, que tipo de terremoto virá quando as revelações de pai e filho, Emílio e Marcelo Odebrecht, vierem a público?

A favor do presidente, se é que dá para dizer isto neste momento, está o fato de que 99,9% dos políticos, de todos os partidos, estão na mira da Lava Jato. Todo mundo está sob risco. Não só ele. O modelo ruiu.

Pesquisa reforça discurso por eleição antecipada

O Globo 

A oposição ao governo do presidente Michel Temer, em especial o PT, vai utilizar o resultado negativo da pesquisa Datafolha deste domingo para reforçar o discurso de que a atual gestão não tem legitimidade e defender eleições. Já a avaliação entre os aliados de Temer é que a pesquisa – com 51% de reprovação ao governo – reflete um momento marcado pela rejeição a medidas como a reforma da Previdência.

Dentro do Palácio do Planalto, o próprio presidente Temer tem reclamado da dificuldade de o governo conseguir explicar a medida. Na sexta-feira, em sua primeira viagem ao Nordeste, Temer reclamou com parlamentares da má comunicação do governo e adotou um tom mais enfático. Politicamente, a desaprovação em pesquisa do Datafolha não poderia ter sido pior, pois coincidiu com as denúncias da cúpula da Odebrecht contra Temer e a cúpula do PMDB, além políticos de outros partidos.

Temer quer barrar delações com pacote econômico

O Globo 

Como forma de reagir às denúncias da Odebrecht, o presidente Michel Temer decidiu acelerar o anúncio do mini pacote econômica numa tentativa de retomar o crescimento e tentar escapar do foco da crise que arrastou o seu governo e a cúpula do PMDB para o centro da operação Lava-Jato.

O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso, chegou a anunciar, deixando o Jaburu, que haveria um encontro ainda hoje com a equipe econômica. Ele falou, inclusive, em possibilidade de anúncio neste domingo, mas foi desautorizado pelo Palácio do Planalto.

– As medidas de estímulo à economia já estão há mais de uma semana sendo estudadas pelo Ministério da Fazenda e pelo Planejamento. Essas medidas serão anunciadas quando estiverem prontas, isso não será hoje – afirmou um auxiliar do presidente Michel Temer.

Aliados de Temer querem anular delação da Odebrecht

Estadão Conteúdo

Preocupado com o impacto das delações da Odebrecht, o presidente Michel Temer convocou uma reunião de emergência em Brasília, no Palácio do Jaburu. Segundo interlocutores, apesar de “tranquilo”, Temer se mostrou “indignado” com o vazamento da delação do ex-diretor de Relações InstitucionaisCláudio Melo Filho. Além de ressaltar que o depoimento ainda precisa ser homologado, aliados do presidente destacam que o acordo pode ser invalidado. Interlocutores citam como exemplo a suspensão das negociações da delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, após vazamento na imprensa.

Neste sábado, 10, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou que vai pedir uma investigação sobre o vazamento do anexo de delação premiada do executivo da Odebrecht. Na sexta-feira, 9, o documento de 82 páginas com informações de Cláudio Melo Filho foi divulgado por veículos de comunicação. O jornal O Estado de S. Paulo obteve o documento, em que o executivo menciona que o presidente da República, Michel Temer, fez pedido de apoio financeiro para o PMDB ao então presidente e herdeiro da empresa, Marcelo Odebrecht. “Em virtude da divulgação, pela imprensa, de documento sigiloso que seria relativo à colaboração premiada de um dos executivos da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitará abertura de investigação para apurar o vazamento”, informa nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República. Foi Janot o responsável por suspender a negociação com Léo Pinheiro.

Temer negou “com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, disse em nota emitida na última sexta-feira. O governo não pode, via Ministério da Justiça, solicitar a investigação do vazamento e, neste caso, terá que contar com o Ministério Público Federal.

Reunião

No Jaburu, neste domingo, Temer convocou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário de Programa de Parceria e Investimentos (PPI), Moreira Franco. A ideia, além de discutir o efeito das delações da Odebrecht, já que os dois também estão citados, é desenhar a pauta econômica da semana para criar uma agenda positiva.

O objetivo do governo é reagir a mais uma crise política mostrando “trabalho”. Além de estudar novas medidas econômicas, o governo precisa garantir a votação da PEC do teto dos gastos no Senado, em segundo turno, e do Orçamento. Para isso, o presidente continuará investindo em conversas com a base aliada e, principalmente, com os tucanos, que devem ficar com o comando da Secretaria de Governo, apesar do imbróglio envolvendo a possível nomeação do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O nome chegou a ser dado como certo, mas decisão foi suspensa após a pressão de parlamentares do chamado ‘Centrão’.

Alguns interlocutores, ponderam, que apesar de ter que prosseguir nas conversas, o foco é garantir o avanço das matérias. A nomeação “não precisa ser feita às pressas”, dizem.

Preocupado, Temer vai aguardar efeito das delações

Estadão conteúdo

O presidente Michel Temer reagiuaos vazamentos da delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho com “preocupação” e sem “ingenuidade”. A ordem no Planalto, entretanto, é evitar muitos comentários, reforçar que as delações precisam se comprovar e que o governo precisa “continuar trabalhando” pelo País. Interlocutores do presidente admitem, contudo, que “os efeitos disso precisam ser observados” e que a Lava Jato sempre foi e continua sendo um fator “imponderável”.

O foco do presidente nessas últimas semanas de trabalho no Congresso será garantir a aprovação da PEC do Teto de Gastos no segundo turno no Senado, prevista para o próximo dia 13, e o andamento da Reforma da Previdência nas comissões na Câmara. Com isso, espera-se que Temer consiga emplacar algumas agendas positivas, para tirar o foco da crise. A equipe econômica – que tem sido alvo de críticas – também trabalha para lançar novas medidas de estímulo. “O presidente diz que não se pode falar em crise, e é preciso trabalhar. É isso que o governo está tentando fazer”, disse um auxiliar.

Oposição e movimentos sociais entregam mais um pedido de impeachment de Teme

Pedido contra Temer argumenta que ele cometeu crime de responsabilidade no caso do apartamento de Geddel Vieira Lima em Salvador

 

 

Parlamentares da oposição, representantes de movimentos sociais e juristas protocolaram nesta quinta-feira (8) na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB). O processo é assinado por vinte pessoas, sendo quatro juristas e outros dezesseis representantes de organizações da sociedade civil, como MST, CUT, UNE, MTST. Este é o segundo pedido desta natureza apresentado contra o peemebista. O primeiro foi protocolado pelo Psol.

Leia a íntegra do pedido de impeachment

A peça é baseada nas denúncias apresentadas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Segundo Calero,  Temer o pressionou no caso do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima – o que, segundo a oposição, configura tráfico de influência. Calero afirmou, no último dia 18 de novembro, que pediu demissão do ministério porque Geddel e Temer o teriam pressionado a produzir um parecer técnico para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovasse o projeto imobiliário La Vue – nos arredores de uma área tombada em Salvador – e onde o ex-secretário de Governo de Temer tem um apartamento.

 

Reprodução/Twitter Humberto Costa

Parlamentares que foram protocolar o pedido reclamaram da ausência de Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados

O pedido foi protocolado na Câmara dos Deputados e depende da aceitação do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para dar encaminhamento ao processo. Aliado a Temer, no entanto, Maia sequer compareceu ao seu gabinete para receber o processo.

 

O texto é embasado juridicamente na Lei do Impeachment e nos artigos 85 e 86 da Constituição Federal que tratam sobre crime de responsabilidade e afastamento do presidente da República, respectivamente. Segundo a peça, “no atual momento por que passa o país, em especial, é de se exigir do presidente da República que dedique as suas energias para tratar das grandes questões ligadas ao desenvolvimento nacional, a efetividade de direitos e garantias fundamentais, sendo absolutamente incompatível que se envolva e mobilize sua equipe para tratar de tema tão particular quanto o narrado”.

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), “é bizarro um presidente da República utilizar seu cargo para defender interesses de um ministro”. Segundo o senador petista, “o ‘caso Geddel’ foi a gota d’água” entre várias denúncias que assolam a gestão de Michel Temer.

O pedido é assinado por Alexandre Conceição (MST), Carina Vitral (UNE), Carolina Tokuyo (Fora do Eixo), Carolina Proner (jurista), Clayton (Mídia Ninja), Denildo (Comunidades Negras Rurais Quilombolas), Edson da Silva (Intersindical), Gabriel dos Santos (ANPG), Guilherme Boulos (MTST), Ivanete Oliveira (UNEGRO), Juvelino Strozacke (jurista), Leonardo Yarochevsk (jurista), Luana Pereira (Levante Popular), Lúcia Rincón (UBM), Marcelo Neves (jurista), Raimundo Bonfim (CMP), Sonia Bone (APIB), Vagner Freitas (CUT) e Wanderley (CONAM).