Cultivo da Graviola é exemplo de sucesso no cabo de Santo Agostinho

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O agricultor Marcelo Ferreira da Silva tem como principal atividade econômica o cultivo de Gravioleira, na comunidade Engenho Pau Santo, município de Cabo de Santo Agostinho. Com faturamento de R$ 50 mil por ano, ele paga as despesas e consegue, de forma digna, sustentar a família, formada pela esposa Ozana e três filhos, Mateus, Davi e Lucas.

Mas nem sempre foi assim. Até 2002, ele vivia do comércio de material de construção, quando adquiriu um lote de 5,5 hectares e começou o cultivo da graviola. “Passei a vender o fruto in natura, a pasta da graviola e também a polpa, produzida de forma artesanal”, explica Marcelo.

Para o sucesso da Gravioleira, o agricultor contou com o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. Nesse sentido, recebeu orientação de tratos culturais: podas de formação e limpeza, desbaste de fruto e adubação; controle de pragas e doenças: Broca do Fruto (Cerconota anonella); Broca da Semente (Bephratelloides pomorum); Broca do tronco (Cratosomus) e   Antracnose.

“Após essa assistência do IPA, consegui planejar de melhor forma a  produção e apresentar um fruto de melhor qualidade ao  comércio local”, garante o produtor que agregou valor comercial ao fruto e, consequentemente, elevou a renda familiar.

Comitê Editorial do IPA recebe Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

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A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco (Caisan-PE) entregou o 2º Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional ao Comitê Editorial do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) para revisão e editoração. O evento foi realizado na última segunda-feira (05/09), na sede do IPA, no Recife. A data foi escolhida em comemoração ao Dia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional.

O documento foi elaborado a partir das propostas priorizadas pela Caisan-PE e é o principal instrumento de planejamento, gestão e execução das ações de segurança alimentar e nutricional do governo para os próximos quatro anos. “Parabenizo a todos que participam dessa construção coletiva, que pode mudar a vida de muitos pernambucanos”, falou o presidente do IPA, Gabriel Maciel. “O plano é um avanço para o estado, embora muitos sejam os desafios a serem superados”, falou Mariana Suassuna, secretária-executiva da Caisan-PE. Ela destacou que Pernambuco foi pioneiro a entregar o documento, em 2011.

Nesse sentido, Aldo Santos, diretor de Articulação e Meio Ambiente da Compesa, destacou a importância da iniciativa. “O primeiro plano foi uma alavanca motivadora para adesão a essa política pública”, ressaltou. “A segunda edição foi feita com foco na realidade das pessoas”, complementou o presidente do Conselho de Segurança Alimentar de Pernambuco (Consea-PE), Natan Maranhão.  Para Áurea Igrejas, secretária executiva de Agricultura e Reforma Agrária, o Plano representa melhoria da qualidade de vida da população. Já na opinião de Sônia Lucena, do Consea Nacional, a fome é um dos piores flagelos da humanidade. “Embora o Brasil tenha saído do mapa da fome, Cerca de 900 milhões de pessoas ainda sofrem desse mal. Esse documento nos ajuda a manter a atenção ao tema”, reforçou.

A Caisan-PE, responsável pela realização do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional,  é um órgão deliberativo, que funciona em caráter executivo, de modo a articular ações desenvolvidas nas secretarias de Estado, com o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação necessária. As ações contam com a participação de 13 secretarias estaduais de Pernambuco. Entre elas, as secretarias da Mulher, Seplag, Justiça e Direitos Humanos, Transportes, Casa Civil, Agricultura e Meio Ambiente, Trabalho e Qualificação, Desenvolvimento Econômico e Micro e Pequena Empresa, além de 11 instituições, entre elas, o IPA, Iterpe, ProRura, Adagro e Ceasa, órgãos vinculados à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária.

Dia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Pernambuco – A data marca o nascimento de Josué de Castro e teve reconhecimento como dia de Segurança Alimentar por meio de lei, sancionada pelo ex-governador, Eduardo Campos, em 2013.

Ibmec expande atuação e chega ao Nordeste

O Ibmec, uma das mais importantes e qualificadas Escolas de Negócios do Brasil, chega a Fortaleza, Recife e Salvador a partir desta semana. Pioneira em seu modelo de negócios, a instituição existe há mais de 40 anos e oferecerá, nessas cidades, quatro modalidades de cursos de pós-graduação: MBAs em Finanças, Gerenciamento de Projetos, Gestão de Negócios; e LL.M em Direito Corporativo, a partir de outubro.

“A expansão da marca Ibmec é um passo importante não só para o Grupo DeVry Brasil, mas também para o mercado de educação superior, uma vez que poderemos utilizar de toda a nossa estrutura e disseminar em outros estados um ensino de alto rendimento acadêmico e capaz de formar os verdadeiros protagonistas de nosso país”, afirma Carlos Degas Filgueiras, CEO do Grupo DeVry Brasil.

Atuando no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Distrito Federal, o Ibmec tornou-se uma das mais reconhecidas faculdades do país. Além disso, a instituição tem uma cultura voltada para a prática, com professores atuantes no mercado de trabalho e instalações de vanguarda voltadas para promover a integração, o networking e o protagonismo.

“Desde que foi fundado, o Ibmec tem, na sua base de atuação, a preocupação com a excelência para efetivamente formar profissionais preparados a enfrentar os desafios de um mundo globalizado. A expansão da marca seguiu todas as premissas para que essa característica esteja presente em todos os novos mercados”, acrescenta Thiago Sayão, Vice-Presidente do Ibmec.

As aulas da pós-graduação Ibmec em Fortaleza, Recife e Salvador acontecerão nos campi das faculdades DeVry|Fanor; DeVry|FBV e DeVry|Ruy Barbosa, respectivamente. Elas serão ministradas por professores do Ibmec oriundos do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, o que proporcionará uma troca ainda mais rica de experiências. O curso será ministrado quinzenalmente, às sextas, das 18h30 às 22h30, e aos sábados, das 8h às 17h.  Os alunos também contarão com espaços exclusivos do Ibmec dentro das faculdades e direito a estacionamento com vagas reservadas e gratuitas.

As inscrições podem ser feitas no site: http://posgraduacao.ibmec.br/

Sobre o Ibmec  

Reconhecido como uma das mais importantes e qualificadas Escolas de Negócios do Brasil, o Ibmec forma os protagonistas do mercado há mais de 40 anos. Com unidades próprias no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, a instituição oferece cursos de Graduação nas áreas de Economia, Finanças, Direito, Engenharia, Comunicação, Relações Internacionais e Ciências Contábeis. Além de ser criador do primeiro MBA em Finanças do país, em 1985, a instituição possui 50 cursos de pós-graduação, incluindo dois Mestrados em Administração e Economia, recomendados pela Capes e reconhecidos por renomadas certificações internacionais, como a Association of MBAs (AMBA) e a LL.M. Em 2015 passou a fazer parte do grupo de educação superior DeVry Brasil.

Sebastião Biano será cidadão de Caruaru

Na próxima quinta-feira, dia 15, a Câmara Municipal de Caruaru realizará sessão solene, às 20h, para fazer a entrega do Título de Cidadão de Caruaru ao músico Sebastião Clarindo Biano, de 97 anos, da Banda de Pífanos de Caruaru. A honraria foi aprovada na reunião pública ordinária do dia 29 de outubro do ano passado. Em novembro, quem recebeu o título, in memoriam, foi o irmão Benedito Clarindo Biano, também da Banda de Pífanos.

Criada em 1924 em Alagoas pelo agricultor Manoel Clarindo Biano, pai de Sebastião e de Benedito, a Banda de Pífanos de Caruaru é considerada a mais famosa do gênero no Brasil.

Indícios de irregularidades em doações a partidos estão na mira da Justiça Eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que os técnicos da Justiça Eleitoral estão analisando criteriosamente o material apresentado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na tarde desta segunda-feira (5). O TCU entregou uma lista com indícios de irregularidades nos relatórios financeiros de campanhas encaminhados à Justiça Eleitoral por candidatos e partidos até 31 de agosto 2016.

Foram identificados indícios de irregularidades no montante de R$ 4.218.370,00, doados por 4.630 beneficiários do programa Bolsa Família, do Governo Federal. Também foi constatada a existência de 21.072 doadores com indícios de falta de capacidade econômica que, no total, entregaram R$ 168.336.395,00 a candidatos e partidos das Eleições de 2016. Foram descobertos, ainda, 34 mortos que doaram R$ 57.257,00, como informado pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, durante a audiência para a entrega da lista do TCU.

Ao receber o documento, o TSE compartilhou imediatamente o material com o Ministério Público Eleitoral (MPE). De acordo com a Instrução Normativa nº 18, editada pelo TSE em 16 de agosto deste ano, os indícios de irregularidades serão disponibilizados aos juízes eleitorais para apuração com prioridade, em até cinco dias a partir do conhecimento do indício de irregularidade. (Leia mais:Juiz eleitoral deve priorizar análise de possíveis irregularidades em campanha)

As suspeitas em torno de beneficiários do Programa Bolsa Família também serão compartilhadas com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS). No fim do mês passado, o MDS firmou um acordo de cooperação técnica com o TSE, que visa contribuir para o aperfeiçoamento da Administração Pública por meio da troca de informações. (Leia mais: Tribunal e Ministério do Desenvolvimento Social firmam acordo técnico para compartilhar informações)

O trabalho inédito é resultado de um cruzamento de dados proporcionado pela parceria firmada entre o TSE e diversos órgãos públicos para fiscalizar a prestação de contas dos candidatos e coibir crimes eleitorais no período de campanha. Em 15 dias de campanha, foram declarados 114 mil doadores distintos à Justiça Eleitoral. Desse total, há indícios de irregularidades envolvendo 38.985 doadores. Na parte dos gastos de campanha, foram 60.952 fornecedores distintos, sendo que, desse total, foram identificados 1.426 fornecedores de campanha com indícios de irregularidades.

A Justiça Eleitoral ressalta que os casos relatados acima acendem um sinal amarelo a respeito da regularidade das doações e precisam de devida apuração e investigação pelos respectivos juízos eleitorais, devendo ser respeitado o contraditório e a ampla defesa.

Cunha cria site para se defender e manda carta a colegas pedindo clemência

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) intensificou suas articulações para tentar escapar da cassação por quebra de decoro parlamentar. A cinco dias da primeira votação do parecer do Conselho de Ética em plenário, com recomendação de perda de mandato, o ex-presidente da Câmara lançou um site (www.adefesadocunha.com.br) em que apresenta suas alegações, tanto em termos jurídicos quanto na análise política do seu caso.

No site, Cunha se limita a reproduzir os documentos dos processos jurídico e político – desde a representação feita no Conselho de Ética da Câmara pelo PSol, em outubro de 2015, até o voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PP-BA), que pede apenas uma punição administrativa para Cunha.

A página eletrônica reproduz o conteúdo dos 11 inquéritos a que Cunha está respondendo e outros cinco documentos da defesa feita no Conselho de Ética. Entre eles está o parecer do advogado Francisco Rezeck, ex-presidente do Supremo Tribunal e contratado para defende-lo, e do advogado e professor José Tadeu de Chiara, professor da USP, que trata de questões relacionadas patrimônio de Cunha no exterior.

O ex-presidente da Câmara também tem enviado seguidas cartas aos colegas alegando inocência e pedindo voto contra a sua cassação. No texto da mensagem que manda aos gabinetes dos demais deputados, Cunha reconhece a dificuldade de convencer os pares em uma carta, mas apela para que reconheçam a sua atuação no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Todos sabem que sem a minha determinação e sem a minha atuação jamais este processo teria sido aberto”, escreveu na carta.

Cunha diz na carta que não mentiu à CPI da Petrobras, em março de 2015, quando negou que tenha contas em bancos no exterior e não declaradas à Receita Federal e por isso não cometeu ilegalidades. Apela para a decisão política dos colegas com o argumento de que foi fundamental para a retirada do PT do poder.

TCU detecta pagamentos indevidos para cúpula do Comitê Paralímpico Brasileiro

Investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram que o jornalista Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), beneficiou a esposa, Marcela Frias Pimentel, com pagamentos indevidos com recursos da Lei Piva (leia abaixo). As suspeitas resultam de auditoria especial, aprovada em julho pelo TCU, realizada a fim de investigar irregularidades cometidas pelo CPB no uso de dinheiro público por fraude em licitações, pagamentos de viagens a pessoas sem direito e salários desproporcionais a dirigentes da entidade.

De acordo com informações divulgadas pela Folha nesta quinta-feira (8), o procedimento visa apurar o dano aos cofres públicos e eventual ressarcimento por gastos indevidos. Os auditores contestam, por exemplo, o pagamento de passagens na classe executiva para a esposa de Parsons em três eventos internacionais: aniversário do Comitê Paralímpico da Grécia, onde foram gastos R$ 21.248 em passagens aéreas e mais R$ 9.108 de diárias para Marcela e R$ 4.430 para Parsons, em junho de 2015; e em reuniões do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 e do Comitê Paralímpico da Coreia do Sul, ambos em outubro de 2014, nas quais o TCU questiona o gasto de R$ 21.997 em passagens na executiva e de R$ 6.350 em diárias internacionais para o casal.

Para os auditores, ”não se mostra razoável a utilização de recursos públicos para financiar esse tipo de benefício”. Outro questionamento feito pelo TCU é o valor do salário recebido por Parsons. O valor (R$ 36 mil) estava sendo mantido em sigilo pelo tribunal, entretanto, já é sabido que a quantia é mais alta que os R$ 33,7 mil dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizado para estabelecer o teto dos funcionários públicos.

Em resposta à matéria do jornal paulista, Parsons disse não ver irregularidade nas compras das passagens para sua esposa. Além disso, afirmou que o TCU foi precipitado sobre os salários da entidade e que ”não faz sentido” comparar o Comitê à administração federal. Entretanto, avaliou como “erro” o valor utilizado para pagar as diárias na Grécia e prometeu devolvê-lo.

“Houve um equívoco. Na época, passou despercebido. Quando o TCU nos informou, vimos o erro. [A verba] está em processo de devolução. As viagens foram de representação institucional, em que o convite foi feito ao presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. Neste tipo de viagem, é praxe a presença do cônjuge, o que é permitido pelo regulamento de diárias e passagens do CPB”, disse o presidente.

“Por fim, em que pese o fato de o CPB não considerar que tenha havido qualquer irregularidade —pois o comitê segue dispositivos legais e seu regulamento interno—, se o TCU decidir que há razão para que valores sejam devolvidos, eles serão devolvidos”, acrescentou Parsons.

Dilma entrega defesa ao TCU sobre contas de 2015

A ex-presidenta Dilma Rousseff apresentou nesta quinta-feira (8) ao Tribunal de Contas da União (TCU) sua defesa sobre os questionamentos a respeito das contas do governo de 2015. Depois de duas prorrogações dadas pelo TCU, o prazo final para a entrega dos documentos terminava nesta quinta-feira. A previsão é que o plenário do TCU vote o relatório final do ministro José Múcio Monteiro no dia 5 de outubro.

Em junho, os ministros aprovaram por unanimidade o relatório sobre as contas de 2015, que apontou a repetição de irregularidades constatadas nas contas de 2014, como as operações de crédito com bancos públicos. Ao todo, foram apresentados 19 questionamentos pelo TCU e mais cinco pelo Ministério Público.

No ano passado, o TCU recomendou a rejeição das contas de Dilma de 2014, principalmente por causa da constatação de atrasos no repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, referentes a despesas com programas sociais do governo, o que configuraria operação de crédito. Outro item apontado foram os decretos envolvendo créditos suplementares assinados pela presidenta sem autorização do Congresso Nacional. Esses dois pontos foram a base para a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Governo mostra força no Senado e consegue aprovar reforma ministerial proposta por Temer

Na primeira votação após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a base de apoio parlamentar do governo no Senado conseguiu aprovar a reforma ministerial proposta pelo presidente Michel Temer assim que assumiu o cargo, ainda na fase da interinidade. Com isso, o número de ministérios ficou reduzido para 26 unidades, como previa a medida provisória (726/2016) aprovada na noite desta quinta-feira (8) pelos senadores. A matéria já foi aprovada na Câmara, em 30 de agosto, e perderia vigência caso sua tramitação não fosse concluída hoje.
O apoio de 44 senadores na votação da reforma ministerial mostrou a consistência do apoio ao governo Temer no Senado. A oposição, composta basicamente por senadores de PT e PCdoB, só conseguiu seis votos, com uma abstenção. Os petistas apresentaram vários destaques ao texto principal, mas todos foram rejeitados pela maioria. O governo alega que a reforma ministerial terá uma redução de milhares de cargos da administração direta e indireta com a extinção ou fusão de ministérios.

O argumento da nova oposição de que a extinção ou incorporação de ministérios como o de Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial iria impedir a adoção de políticas públicas para estes segmentos não convenceu o plenário. A base de apoio ao governo Temer aceitou incluir no enunciado do Ministério da Transparência a expressão “Controladoria-Geral da União”.

O destaque foi solicitado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com o argumento de que a sigla CGU seria importante pelo simbolismo e uma sinalização de que o governo dará a devida importância ao controle interno e às investigações de corrupção na administração federal. O governo Temer conseguiu que os senadores mantivessem a transferência da Previdência Social, antes com um ministério autônomo, para a pasta da Fazenda.

A reforma ministerial, com a redução de 34 para 27 pastas, faz parte da proposta do novo governo para cortar gastos e ajudar no equilíbrio das contas públicas. A redução de custos com o corte dos ministérios é insignificante, contudo, diante do deficit público de R$ 170,5 bilhões para este ano, e de R$ 139 bilhões previstos para o próximo ano. Mas sinaliza ao mercado que o governo pretende reduzir os custos da máquina pública.

Senado aprova programa que agiliza concessões públicas

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (8) o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado nos primeiros dias do então governo interino de Michel Temer. A proposta, como justificada pelo Executivo, vem para agilizar as concessões públicas, eliminar entraves burocráticos e excesso de interferências do Estado. O projeto seguiu à sanção presidencial.
O texto aprovado é um substitutivo do senador Wilder Morais (PP-GO) à Medida Provisória (MP) 727/2016. Os empreendimentos incluídos no PPI deverão ser tratados como “prioridade nacional” por todos os agentes públicos de execução e controle da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Segundo o governo, o programa garante segurança jurídica aos investidores privados. Além disso, estabelece regras estáveis, amplia a interação entre o Estado e a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.

A MP criou o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República e também autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a constituir e participar do fundo de apoio à estruturação de projetos.

A medida estabelece ainda como dever dos órgãos governamentais a atuação de forma coordenada para que a viabilização dos empreendimentos do PPI ocorra “de forma uniforme, econômica e em prazo compatível com o caráter prioritário nacional do empreendimento”.

Ao defender o PPI, o senador Wilder Morais destacou que “o grave momento atual” demanda “urgentes correções de curso” para tirar o país da forte recessão. A medida também reconhece a “incapacidade da União” — assim como de estados, municípios e do Distrito Federal — “de fazer frente aos investimentos” para recuperar e aprimorar a infraestrutura nacional.​