Movimentos preparam atos contra prisão de Lula

Da Folha de São Paulo

Movimentos de esquerda estão a postos para protestar contra uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) preparam uma vigília em defesa do ex-presidente.

Já o MST (Movimento dos Sem Terra) está de prontidão para realização de um protesto que reuniria seus militantes da Região Sul. Os integrantes do movimento fariam uma caminhada rumo a Curitiba em caso de detenção de Lula.

Coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues diz que os movimentos planejam uma “resistência” à eventual prisão do ex-presidente.

“Em caso de prisão, deflagraremos uma marcha até Curitiba. Não vamos permitir esse clima de fato consumado”.

A mobilização cresceu na última quinta-feira (13), após o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, acolher denúncia feita pelo Ministério Público Federal e abrir ação penal contra Lula e o empresário Marcelo Odebrecht a respeito de possível corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a contratação, pela Odebrecht, de uma empresa de Taiguara Rodrigues, parente do petista.

É a terceira vez que Lula se torna réu desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014. As duas outras ações penais em andamento são a que apura uma suposta tentativa de impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que tramita também em Brasília, e outra, no Paraná, que acusa Lula de ter se beneficiado de obras de um apartamento no Guarujá (SP) em troca de apoio à empreiteira OAS.

Nem todos os dirigentes petistas concordam com a mobilização dos movimentos sociais, afirmando que isso “só gera pânico”. Os movimentos sociais, no entanto, já prepararam inclusive cartazes em defesa de Lula.

Operação em Jaboatão apreende mais de R$ 300 mil

Do G1/PE

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, no fim da tarde desta sexta, um novo balanço da Operação Caixa de Pandora, que investiga denúncias de crimes cometidos na Câmara Municipal em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O total da apreensão em dinheiro, que era parcialmente de R$ 90 mil, aumentou para R$ 303.783. Ainda segundo a polícia, desse valor apreendido, a maior parte (R$ 177 mil) foi encontrada na casa do candidato a prefeito de Jaboatão Manoel Pereira Neco (PDT).

Os 48 mandados de busca domiciliar resultaram, ainda, na apreensão de três armas: uma pistola calibre 380, um rifle calibre 22 e um revólver calibre 38. Três pessoas foram autuadas por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, entre elas, dois vereadores do município de Jaboatão dos Guararapes. Eles pagaram fiança e vão responder em liberdade.

Também foram apreendidas “dezenas de computadores, aparelhos celulares e centenas de documentos”, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil. Mais informações sobre a Operação Caixa de Pandora serão divulgadas em uma coletiva de imprensa que acontecerá na terça-feira (18), às 9h30, no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no bairro de Afogados, na Zona Oeste da capital.

A operação

Dois dos principais alvos da Operação Caixa de Pandora são o candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Manoel Pereira Neco (PDT) e Ricardo Valois (PR), candidato a vice na chapa adversária, liderada por Anderson Ferreira (PR). Ambos disputam o segundo turno da eleição municipal no dia 30 deste mês. Dos 48 mandados de busca e apreensão em residências e em gabinetes de vereadores da cidade, 19 tiveram como alvo parlamentares de Jaboatão. Cinco deles se reelegeram para a Câmara, que tem 27 cadeiras.

Entre os crimes investigados pela Operação Caixa de Pandora, estão associação criminosa, peculato — quando o funcionário público se beneficia com irregularidades praticadas —, além de falsificação de documentos e abandono de cargo público. Ao todo, forma mobilizados 354 policiais, incluindo delegados, agentes e escrivães.

Em entrevista na sede do Depatri, o delegado Salustiano Albuquerque falou sobre a possível contratação irregular de servidores para o Legislativo de Jaboatão, o segundo principal colégio eleitoral do estado, com 443,8 mil eleitores.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela juíza da 2ª Vara Criminal de Jaboatão. A ação, coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (Diresp) e pela Gerência de Controle Operacional Especializada (GCOE), é supervisionada pela Chefia da Polícia Civil. Ainda de acordo com a corporação, a investigação teve início há cinco meses.

Respostas

Em nota, a Coligação Muda Jaboatão, do candidato Anderson Ferreira, afirmou que “apoia toda investigação e a rigorosa apuração procedida pelo Ministério Público e pela Polícia. E têm a certeza de que a justiça será feita nesse casão envolvendo vereadores de Jaboatão”. O G1 tentou localizar o vereador Ricardo Valois, mas não obteve sucesso.

Em coletiva de imprensa realizada às 9h desta sexta, em sua casa, Neco disse estar tranquilo e que os advogados cuidarão da parte jurídica. Para ele, toda a operação não passa de uma ‘armação’. Na ocasião, ele definiu sua vida como ‘um livro aberto’, devido aos seus 40 anos como vereador em Jaboatão dos Guararapes e aos 25 anos como delegado.

Raquel Lyra recebida com festa na zona rural

Raquel recebida com festa na periferia e zona rural de Caruaru
Neste segundo turno, a receptividade e o apoio do povo de Caruaru à candidata Raquel Lyra (PSDB) vem aumentando a cada dia pelas ruas da cidade. Nestes últimos dias, ela realizou caminhadas pelos bairros Caiucá, João Mota e São Francisco e também fez visita porta a porta na zona rural. 

“O povo sabe que temos a capacidade de fazer diferente e essa eleição vai ser a resposta que a população de Caruaru deseja para nossa cidade”, disse Raquel, após a caminhada de ontem (13), no São Francisco. 

“Agradeço pelo enorme carinho que temos recebido em todos os cantos da cidade. Nós prometemos, desde o primeiro turno, de não arredar o pé da rua um minuto se quer, e assim estamos fazendo todos os dias, levando nossa mensagem de um tempo novo na nossa cidade. Um tempo que possamos juntos enfrentar a questão da violência, que está deixando a população toda com medo, e que nos deixe ocupar os espaços públicos com cultura, esporte, lazer e prática de atividades físicas”, concluiu Raquel. 


Na zona rural, a candidata visitou os povoados de Medeiros, Lagoa de Pedra, Cajazeiras e Serrote dos Bois, que fazem parte do 4º Distrito do município, onde apresentou propostas de seu Plano de Governo aos moradores. Na noite desta sexta-feira (14), às 19h, Raquel faz caminhada pelas ruas dos bairros Boa Vista I e II. 

Neco justifica os R$ 175 mil encontrados em sua casa

Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Manoel Neco (PDT), na manhã de hoje, policiais civis encontraram R$ 175 mil estocados na residência.

A assessoria do prefeiturável respondeu por meio de nota. “Neco informa que toda a verba encontrada hoje em sua residência é de origem lícita. Grande parte foi de empréstimo retirado junto à instituição financeira e o restante de aluguéis que recebe mensalmente de bens alugados. Inclusive seus advogados já estão estudando o pedido de restituição de todo valor junto à Justiça, pois tem documentos para justificar tais quantias”.

Com mandato de vereador, Neco é um dos nomes relacionados à operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de corrupção na Câmara Municipal de Jaboatão.

PE prioriza obras de segurança hídrica e ressocialização

O governador Paulo Câmara reuniu, na manhã de hoje, a bancada federal pernambucana para discutir o conjunto de ações prioritárias para o Estado a serem contempladas nas emendas que o grupo tem a prerrogativa de apresentar junto ao Orçamento Geral da União (OGU) – exercício de 2017.  Entre as áreas definidas no encontro, realizado no Palácio do Campo das Princesas, o chefe do Executivo estadual destacou a segurança pública e a segurança hídrica. Dos R$ 224 milhões da reserva parlamentar, R$ 164 milhões serão direcionados às obras da Adutora do Agreste e os outros R$ 60 milhões à conclusão do Complexo Prisional de Itaquitinga, localizado na Mata Norte.

“Entendemos que o momento é de priorizar a questão da água. É preciso ter um esforço das emendas de bancada para a Adutora do Agreste, para que possamos dar funcionalidade à obra. Quando totalmente pronta, ela beneficiará mais de 60 municípios pernambucanos, minimizando a situação hídrica da região”, afirmou Paulo Câmara. Além do valor das emendas já direcionado, Paulo também irá pleitear mais R$ 150 milhões, junto ao Ministério da Integração, para acelerar a obra federal. “O Governo Federal precisa assumir o compromisso de aportar um volume”, complementou.

Além do compromisso da bancada federal com o aporte de recursos para a Adutora do Agreste, o governador Paulo Câmara também assegurou a destinação de parte das emendas individuais as quais os deputados e senadores têm direito para a implantação de dessalinizadores em municípios atingidos pela estiagem, que já se estende por cinco anos. “É um importante mecanismo que contribui muito para enfrentarmos esse período de escassez de água em muitas regiões”, frisou Paulo. Cada parlamentar se comprometeu a destacar R$ 500 mil com esse fim.

Com relação à área de segurança pública, o governador frisou a importância de utilizar os recursos provenientes das emendas parlamentares para a conclusão do Complexo Prisional de Itaquitinga, pontuando que o investimento possibilitará uma importante mudança no sistema de ressocialização estadual.  “Sabemos que Pernambuco tem um índice elevado de superlotamento nas unidades, e a questão prisional é fundamental para a segurança pública do Estado. Por isso, vamos viabilizar novas vagas”, garantiu. Ao todo, o complexo demandará R$ 80 milhões. Os R$ 60 milhões da reserva parlamentar serão utilizados para a conclusão dos três pavilhões maiores, enquanto R$ 20 milhões serão de recursos do Tesouro Estadual para a finalização de obras de outros dois pavilhões que já estão em andamento.

O secretário de Planejamento e Gestão e coordenador do programa Pacto pela Vida, Márcio Stefanni, lembrou que a preocupação do Governo de Pernambuco com a questão hídrica se deve as dificuldades que, sobretudo, a Região Agreste vem apresentando. “É o pior balanço hídrico do Brasil, onde existe mais gente e menos água. Então, procura-se direcionar recursos para atender a população”, frisou. O gestor revelou ainda que o Governo de Pernambuco também está negociando com a bancada federal a destinação de algumas emendas individuais para reforçar a Polícia Científica, importante braço da segurança pública. “A melhoria dessa área seria uma forma de facilitar e melhorar as investigações em Pernambuco”, afirmou.

Representando a bancada federal, o deputado João Fernando Coutinho destacou que o apoio à Polícia Científica de Pernambuco implicará em uma maior efetividade nas ações desenvolvidas na área. “Dessa forma, teremos mais inteligência dentro da Polícia e mais capacidade para apuração. É um reforço que terá um papel muito importante para a garantia de um Estado mais seguro”, pontuou. Além do parlamentar, participaram da reunião o senador Humberto Costa, os deputados Danilo Cabral, Tadeu Alencar, André de Paula, Cadoca Pereira, Eduardo da Fonte, Marinaldo Rosendo, Severino Ninho, Kaio Maniçoba, Augusto Coutinho, Fernando Monteiro e Gonzaga Patriota. Os secretários Sebastião Oliveira (Transportes), Felipe Carreras (Turismo, Esporte e Lazer), Iran Costa (Saúde) e Pedro Eurico (Justiça e Direitos Humanos), o presidente da Compesa, Roberto Tavares, e o secretário executivo de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, também estiveram presentes na reunião.

Eleições 2016: PMDB foi o partido que mais elegeu prefeitos e vereadores

No último dia 2 de outubro, primeiro turno das Eleições Municipais 2016, foram eleitos 5.493 prefeitos. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) foi o que mais elegeu prefeitos: 1.026. Na sequência, aparecem o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que elegeu 792 prefeitos; o Partido Social Democrático (PSD), com 539; o Partido Progressista (PP), com 494; e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), com 413 prefeitos eleitos.

O PMDB elegeu o maior número de prefeitos em 14 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. O PSD elegeu mais prefeitos em quatro estados: Bahia, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. O PSDB conquistou mais prefeituras em Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Já o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), o PP e PSB conseguiram eleger mais prefeitos em um estado, cada.

Vereadores

Ao todo, foram eleitos 57.736 vereadores. Desse montante, o PMDB foi a legenda que mais elegeu vereadores em todo o país (7.551), seguido do PSDB (5.360), PP (4.726), PSD (4.617) e PDT (3.751). Por unidade da Federação, o PMDB elegeu mais vereadores em 13 estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

O PSDB, por sua vez, foi o campeão em quatro estados (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e São Paulo), o PDT elegeu mais vereadores em três (Amapá, Ceará e Espírito Santo) e o PP, em dois (Bahia e Santa Catarina).

As informações foram extraídas das Estatísticas de Resultados das Eleições 2016, disponíveis no Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Aprovação de Temer melhora, aponta pesquisa

Pesquisa feita pelo instituto Ipsos mostra que o presidente Michel Temer alcançou, pela primeira vez, a marca de 30% de aprovação em setembro, uma melhora de nove pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já a parcela dos que desaprovam Temer diminuiu oito pontos percentuais e ficou em 60%, a menor taxa em 12 meses – o instituto também apurava a popularidade do peemedebista quando era vice. O ápice da desaprovação a Temer foi registrado pela Ipsos em junho, quando chegou a 70%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

“Todos os indicadores de avaliação referentes ao presidente Michel Temer e ao seu governo estão em patamares muito negativos, mas, de um modo geral, apresentaram pequenas melhoras em setembro. Isso pode ser reflexo do término do processo de impeachment, que põe fim a um período de grande instabilidade política e social, e às primeiras percepções positivas sobre a melhora da economia no médio prazo”, considera Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

O levantamento mostra também que a avaliação do governo federal variou pouco em setembro em relação a agosto. O percentual dos que avaliam a atual gestão como ótima ou boa se manteve em 8%, mesmo nível de agosto. Também se manteve inalterada a porção dos que avaliam o governo como regular (31%). O índice dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo caiu quatro pontos percentuais em comparação a agosto e fechou setembro em 45%. A taxa dos que não responderam ou não souberam opinar ficou em 16% ante 12% no mês anterior.

Reformas

A pesquisa também revela que quase metade dos entrevistados (49%) não ouviu falar de propostas para reformar a Previdência. Já 59% dos pesquisados não sabem das mudanças discutidas para o setor trabalhista. O levantamento indica, ainda, que 41% dos entrevistados se disseram a favor de que haja mudanças no sistema previdenciário e 43% se mostraram favoráveis a alterações trabalhistas. Também foram sondados os índices de aprovação a outras propostas de reforma: política (56% a favor), reforma da educação (52% a favor), em programas sociais (46%) e reforma tributária (41%).

Mesmo com apoio às reformas, pouco mais da metade dos entrevistados (51%) acredita que Temer está despreparado para reestruturar quatro áreas centrais: a da Previdência, a política, a trabalhista e a tributária. Em contrapartida, 23% dos pesquisados aprovam a atuação do novo governo para reformar as quatro áreas e 22% acreditam que o governo está preparado para conduzir as mudanças.

Para 11% dos entrevistados, ainda é muito cedo para opinar se Temer está preparado e, para 7% dos pesquisados, Temer não está nem preparado nem despreparado. Outros 10% não souberam responder ou não opinaram. Já o índice dos que não souberam ou não quiseram responder se aprovam ou não é bem maior, com 27% dos indecisos quanto à atuação do novo governo até aqui.

“Há meses nossa análise tem ressaltado a alta rejeição da população em relação a partidos e a políticos, o que se confirmou com o alto índice de abstenção nas eleições municipais. Nesse cenário de indisposição contra a política e os políticos de um modo geral, o desafio de Temer é demonstrar preparo para conduzir as reformas necessárias para o país, algo que ainda não é percebido pela opinião pública e que será fundamental para melhorar a avaliação positiva de seu governo”, avalia Danilo Cersosimo.

Impeachment e golpe

A tese de que o impeachment foi um golpe, como defende a ex-presidente Dilma, é rejeitada por quatro em cada dez dos brasileiros. Um terço dos entrevistados concordou com a afirmação de que o processo que levou à deposição da ex-presidente foi um golpe. Outros 18% não concordaram nem discordaram da afirmação e 7% não souberam ou se recusaram a responder.

De acordo com o levantamento, o impeachment é visto como uma boa notícia porque põe fim aos governos do PT para 44% dos entrevistados. Já 31% discordaram dessa afirmação e 20% nem concordaram nem discordaram. Para 44%, a economia deve voltar a crescer com o afastamento de Dilma, enquanto 28% não acreditam em melhora e 22% não concordam nem discordam sobre a possibilidade de retomada do crescimento.

Pulso Brasil, monitoramento da Ipsos, foi feito entre 6 e 16 de setembro em 72 cidades brasileiras com 1.200 entrevistas presenciais. A Ipsos é uma empresa independente global na área de pesquisa de mercado presente em 87 países. A empresa tem mais de 5 mil clientes e ocupa a terceira posição na indústria de pesquisa.

IBGE: desocupação e subocupação atingem 16,4 milhões de pessoas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou novos indicadores do mercado de trabalho. Entre os novos indicadores, que são analisados dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), está a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas.
Segundo o IBGE, a população brasileira em idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 anos, é dividida em pessoas dentro da força de trabalho e pessoas fora da força de trabalho.

As pessoas dentro da força de trabalho podem estar trabalhando (pessoas ocupadas) ou desempregadas (ou seja, procuraram emprego mas não conseguiram).

Subocupação

Entre as pessoas ocupadas estão aquelas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, aquelas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar um período maior. De acordo com o IBGE, os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas chegaram a 4,8 milhões no segundo trimestre de 2016. No primeiro trimestre do ano, esse contingente era de 4,2 milhões.

Já os desocupados, ou seja, pessoas que procuraram emprego mas não conseguiram, somaram 11,6 milhões no segundo trimestre, ante os 11,1 milhões do primeiro trimestre. Juntando os dois indicadores (subocupação e desocupação) chega-se a um total de 16,4 milhões de pessoas que ou não trabalham dentro do período que gostariam ou estão desempregadas. No primeiro trimestre, esse número era de 15,3 milhões.

A taxa de subocupação e desocupação em relação ao total de pessoas na força de trabalho subiu de 15% no primeiro trimestre para 16% no segundo trimestre deste ano.

Força de trabalho potencial

Dentro do total de pessoas em idade de trabalhar (14 anos) também há aquelas que estão fora da força de trabalho. O contingente dos fora da força de trabalho é constituído por aqueles que não querem trabalhar (pessoas fora da força de trabalho potencial) e aquelas que querem trabalhar, mas não procuram emprego ou não estão disponíveis para o trabalho oferecido (pessoas na força de trabalho potencial).

As pessoas na força de trabalho potencial subiram de 5,4 milhões no primeiro trimestre de 2016 para 6,2 milhões no segundo trimestre deste ano. A taxa de pessoas nessa categoria em relação a todas que estão fora da força de trabalho cresceu de 8,4% para 9,8%.

Somando-se a desocupação, a subocupação por horas insuficientes e a força de trabalho potencial, o IBGE consegue analisar a subutilização da força de trabalho. A taxa de subutilização é conseguida somando-se os três indicadores e dividindo-se pela soma das pessoas ocupadas (incluindo as subocupadas), das pessoas desocupadas e da força de trabalho potencial. Essa taxa subiu de 19,3% para 20,9%.

A jornada média de horas trabalhadas ficou em 39,1 horas no segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre de 2012, a jornada média era de 40,1 horas. Além disso, o IBGE verificou que 2,8% dos ocupados tinham dois ou mais trabalhos, enquanto que há quatro anos, o percentual era de 3,5%.

Lula recusa sugestões e se nega a presidir o PT

Réu em três processos e protagonista de outras quatro investigações, Lula é assediado por correligionários que gostariam de vê-lo no comando do PT. Ele se recusa a dar ouvidos às sugestões. Apresenta duas razões para não assumir a presidência da legenda. Sustenta que o PT precisa de “renovação”. E alega que sua presença na direção do partido interessa mais aos adversários.

Nas palavras de Lula, seus rivais passariam a perseguir o objetivo de “matar dois coelhos de uma só cajadada”. Nesse enredo construído pelo pajé petista, delegados federais, procuradores da República, auditores do fisco e magistrados uniram-se aos “golpistas” e à mídia monopolizada para arrancá-lo do cenário de 2018. E as pancadas desferidas contra ele passariam a doer automaticamente no partido.

Transferida do final para o início de 2017, a sucessão interna do PT empacou na definição de um substituto para Rui Falcão, o atual presidente. A palavra “renovação”, entoada inicialmente por Lula, tornou-se uma espécie de mantra do processo. O problema é que os nomes cogitados são, digamos, manjados. Por exemplo: o ex-ministro Jaques Wagner (BA), os senadores Lindbergh Farias (RJ) e Humberto Costa (PE).

De resto, petistas históricos, cujas rubricas constam da ata de fundação, avaliam que o problema do partido é mais de script do que de diretor. Aferrada à tese da perseguição política, a atual direção partidária não consegue colocar em pé um discurso que se pareça com uma expiação. E, embora Lula finja não perceber, o PT já sangra junto com ele.

Dilma diz que discute no PT a reformulação do partido

O Estado de S.Paulo 

A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 13, que está envolvida nas discussões em prol da reformulação do PT, que devem passar pela troca antecipada da cúpula do partido. “Sem dúvida eu vou participar disso, já estou participando. É algo que tem que ser feito”, disse em entrevista à Rádio Guaíba, quando questionada sobre o assunto.De acordo com Dilma, o PT deve reconhecer que cometeu erros e quais foram esses erros. “Agora, não é uma questão de se autopunir, mas de buscar novos caminhos, de perceber que houve opções e atitudes incorretas”, avaliou. “Eu acredito que o PT tem um patrimônio, é o patrimônio das lutas sociais no Brasil. Não é esta ou aquela pessoa que definirá como o partido vai prosseguir.”

A ex-presidente disse que não vê ninguém de dentro do PT que seja contra essa discussão a respeito do rumo que será tomado pelo partido.

“Tem que fazer uma reavaliação porque o que ocorreu é muito grave. Não só as eleições. O impeachment é muito grave, a ruptura democrática é muito grave, e isso vai ensejar a discussão sobre o que fazer”, falou, acrescentando que é importante envolver a juventude nesse processo. “Tem de ter uma nova geração que seja a responsável também por todo o reerguimento do PT.”