Confira como acompanhar a apuração deste pleito em tempo real

O eleitor vai poder acompanhar em tempo real a apuração dos resultados deste pleito de quatro formas diferentes. A primeira delas pelo “Divulga”, sistema produzido pela Justiça Eleitoral para o acompanhamento dos resultados de votação de candidatos, partidos e coligações.

O “Divulga” permite a visualização dos dados por meio de várias consultas. Na versão desktop, ele oferece maior gama de informações, permitindo ao usuário consultar os resultados de todos os municípios. “O Divulga é um software instalável, que se encontra disponível para download gratuito na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em versões para Windows e Linux”, explica o chefe da Seção de Totalização e Divulgação de Resultados do TSE, Júlio Valente.

Outra forma de acompanhar a apuração dos resultados em tempo real é pelo aplicativo (APP) “Resultados”. O APP desenvolvido para tablets e smartphones pode ser baixado gratuitamente nas lojas Google Play (Android) e Apple Store (IOS). Por meio dele, é possível acompanhar os dados de cada município com a indicação dos eleitos ou dos que foram para o segundo turno (no caso dos municípios com mais de 200 mil eleitores). Os resultados do primeiro turno serão divulgados a partir das 17h do dia 2 de outubro.

Mais uma possibilidade é pelo aplicativo “Boletim na Mão”, também disponível para download gratuito nas lojas Google Play e Apple Store. A ferramenta permite que o resultado do pleito municipal de 2016 seja conferido por meio do código QR – um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. “Assim que acaba a eleição, o resultado da votação já é público. A urna emite o Boletim de Urna (BU), que o eleitor pode conferir no próprio local de votação. Agora, com o QR-Code, ele vai poder escanear uma cópia do BU e levar para casa o resultado da sua seção eleitoral no seu aparelho celular. Com a cópia do BU em mãos, o eleitor pode conferir no site do TSE se aquele boletim foi totalizado pelo Tribunal”, esclarece o chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE, Rodrigo Coimbra.

Eleitor com deficiência poderá ter auxilio na cabine de votação

Somente aquelas pessoas que tenham alguma restrição de acessibilidade, que tenham dificuldade de locomoção (ou de visão) ou que precisem de um auxílio para votar poderão ser acompanhadas na cabina por uma pessoa de sua confiança. As urnas eletrônicas contam com uma marca de identificação em relevo na tecla 5, para o eleitor cego se orientar no momento do voto com relação às outras teclas, e um sistema de áudio, que é automaticamente habilitado para o eleitor que já se identificou perante a Justiça Eleitoral como deficiente visual. Além da marca de identificação, todas as teclas da urna têm Braille. O teclado corresponde ao de um telefone.

Para o eleitor que notadamente tiver deficiência visual, o mesário poderá habilitar, no instante do voto, o sistema de áudio da urna, a fim de facilitar a votação deste eleitor. Nestas eleições, 601.085 pessoas informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. A Justiça Eleitoral disponibilizará 32.271 seções eleitorais especiais acessíveis no dia 2 de outubro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral. Ele tem como meta implantar gradualmente medidas para remover barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e de atitudes, sempre com o objetivo de promover o acesso, amplo e irrestrito, com segurança e autonomia, de pessoas com deficiência ou mobilidade diminuída ao processo eleitoral.

Mais de 200 mil eleitores vão às urnas hoje em Caruaru

As eleições deste domingo entram para a história da Capital do Agreste como a primeira com mais de 200 mil eleitores e a possibilidade real de segundo turno

Wagner Gil

Neste domingo (2), 209.898 mil eleitores de Caruaru vão às urnas para escolher prefeito e vice, além de 23 edis que passarão a integrar a Casa Jornalista José Carlos Florêncio, a partir de 1º de janeiro de 2017. Ao todo são sete candidatos na briga pela Palácio Jaime Nejain: Raquel Lyra (PSDB), Jefferson Abraão (PCB), Tony Gel (PMDB), Eduardo Guerra (Psol), Rivaldo Soares (PHS), Jorge Gomes (PSB) e Erick Lessa (PR). Já para a Câmara de Vereadores são mais de 400.

Além da possibilidade real de segundo turno pela primeira vez (Caruaru passou dos 200 mil eleirores), outra novidade este ano foi o início do rezoneamento, onde a 41ª Zona Eleitoral, que antes cuidava apenas da zona rural, agora vai receber seções eleitorais do perímetro urbano.

De acordo com o juiz Brasílio Guerra, a 41ª teve um acrésimo em torno de 11 mil eleitores com a inclusão de seções que estão nos bairro Cohab I, Afonsinho, parte do Jardim Panorama e Maria Auxiliadora. “Isso não muda nada para o eleitor. Apenas no seu título vai haver modificação de sua zona eleitoral. Os novos títulos serão entregues no dia da votação”, informou o magistrado. Ainda na 41ª são exatos 43.417 eleitores que irão votar em 140 seções. No total são 130 urnas, porque dez seções são agregadas, ou seja, duas na mesma urna.

Caruaru ainda conta com as zonas 105 e 106. Na 105 está Colégio Municipal Álvaro Linas, onde concentra o maior número de eleiores da cidade.

A cabina de votação é o local reservado da seção eleitoral em que o eleitor pode expressar, com total sigilo e inviolabilidade, seu voto na urna eletrônica. Com o objetivo de assegurar este sigilo, não é permitido ao eleitor, na hora da votação, o uso de celular (inclusive para tirar selfie do momento do voto). Também são proibidos máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer a liberdade do sufrágio.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, ressalta que “quando o eleitor se dirige ao local de votação, é necessário ter em mente que está ali para o exercício de um direito de alta relevância na sua condição de cidadão”. Sobre o sigilo do voto, ele salientou que “tão importante é esse direito que o cidadão deve exercê-lo com absoluta liberdade, ou seja, é dever da Justiça Eleitoral zelar para que o eleitor vote sem qualquer assédio, intervenção ou constrangimento”.

“Mais que isso, a garantia do sigilo do voto se projeta como benefício para a sociedade, haja vista que a percepção de liberdade, para se manter íntegra, não pode ser abalada por episódios que se convertam em desconfiança contra o processo democrático. Com efeito, atuar contra a liberdade do voto, em qualquer hipótese, tem repercussão contra os interesses da sociedade e do país como nação. Isso porque o direito ao voto livre e consciente é um direito de igual valor para todos os cidadãos que estejam no pleno gozo de seus direitos políticos”, afirma o ministro.

No momento de votar, o eleitor pode levar para a cabina uma “cola”, um lembrete, ou seja, um papel com os números de seus candidatos para que possa marcar na urna eletrônica. No dia da votação também é permitida apenas a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.

Em pronunciamento, presidente do TSE destaca importância do exercício da cidadania por meio do voto

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, em pronunciamento veiculado na noite deste sábado (1°) em cadeia nacional de rádio e televisão, destacou a importância do exercício da cidadania por meio do voto. Mais de 144 milhões de eleitores irão às urnas neste domingo (2) para eleger prefeitos e vereadores para os próximos quatros anos.

“Ao votar, damos um importante passo no fortalecimento da democracia. O voto, contudo, é apenas uma parte desse processo. Nosso papel também é o de fiscalizar aqueles que foram eleitos, a fim de que cumpram os compromissos assumidos. É momento de celebrar a democracia e exercer com liberdade e responsabilidade o direito de escolha dos nossos governantes”, afirmou em sua fala

Rede usa campanha municipal para formar quadros

Com um ano e registro e participando da primeira eleição, a Rede Sustentabilidade mede o seu desempenho no pleito municipal deste domingo (2) menos pelo número de candidatos a prefeito, vice e vereadores e mais pelo aprendizado dos militantes. O partido criado pela ex-senadora Mariana Silva utilizou a campanha municipal para formar quadros e criar uma estrutura partidária que possa sustentar a candidatura do seu principal nome na disputa presidencial de 2018.

A singela expectativa da Rede é reeleger seus dois prefeitos – Clécio Luiz, em Macapá, e Audifax Barcelos, em Serra, no Espírito Santo. Os dois têm chance. A direção da Rede também tem esperanças em conquistar a vice-prefeitura de Belo Horizonte, com a candidatura de Paulo Lamac, vice de Alexandre Kalil (PHS), e também tentar eleger o candidato a vice em Curitiba, o vereador Jorge Bernardi, na chapa encabeçada por Requião Filho (PMDB).

Clécio foi vereador pelo PT, depois mudou-se para o PSol e, em 2015, transferiu-se para a Rede. Agora, tenta a reeleição. O deputado estadual Lamac desistiu de concorrer sozinho e optou por uma aliança com um nome de maior peso e com mais chances. Audifax, apesar de ter ficado fora da campanha enquanto se recuperava de uma pneumonia, também tem chance de se eleger.

A Rede lançou 3.500 candidatos a vereador em quase todos os estados. Deste grupo, pouco mais de mil são mulheres. E outros 180 concorrentes a prefeito. “A renovação na política que a Rede propõe virá com o tempo. Por enquanto, estamos aprendendo e formando quadros”, disse um dos coordenadores da legenda, Bazileu Margarido.

“Nosso desempenho está dentro das nossas expectativas”, completou.

Na reta final da campanha, Marina Silva vai concentrar seu trabalho em Rio Branco, onde vota domingo, para tentar eleger Carlos Gomes prefeito e Gabriel Santos vice, uma chapa pura. As últimas pesquisas mostram as poucas chances da chapa da Rede na terra de Marina. Além de Macapá e Rio Branco, a Rede lançou candidatos a prefeito em mais outras cinco capitais – Belém (Úrsula Vidal), Manaus (Luiz Castro), Natal (Freitas Junior), Cuiabá (Renato Santana), São Paulo (Ricardo Young) e Rio de Janeiro (Alessandro Molon).

O desempenho do deputado Molon no Rio de Janeiro ficou muito aquém do esperado pela Rede. Mesmo sendo um dos parlamentares mais atuantes em Brasília, e tendo participado de ações políticas de peso, como o trabalho pela cassação do agora ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), Molon não decolou. Nas pesquisas de quase todos os institutos ele não passa de dois por cento e é o último colocado, atrás de nomes como o do vereador Flávio Bolsonaro. A campanha municipal da Rede está de olho na candidatura de Marina Silva em 2018

PMDB e PSDB lideram os barrados na Ficha Limpa

O PMDB e o PSDB são, respectivamente, os dois partidos com mais candidatos barrados com base na Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2016 em todo o país – em números absolutos e proporcionalmente ao total de nomes lançados. Os dados são de levantamento do Congresso em Foco, a partir de registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao todo, 306 peemedebistas foram considerados inelegíveis pela Justiça eleitoral. O número representa 11,1% do total de barrados. Até segunda-feira (26), 93 candidatos do PMDB haviam sido excluídos em definitivo da campanha. Outros 213 ainda tentam reverter a decisão e correm o risco de não se eleger mesmo obtendo a votação necessária. O partido é responsável por quase 9% de todas as candidaturas deste ano.

Exclusivo: conheça os candidatos que caíram na Lei da Ficha Limpa

Em segundo lugar, aparece o PSDB – que também é o vice-campeão em filiados, com 7,2% de todos os candidatos. Ao todo, 209 tucanos foram considerados inelegíveis. Desses, 63 foram retirados da disputa. Os demais 146 seguem na disputa pendurados em recursos na Justiça.

Depois do PMDB e do PSDB, aparece o PSD, com 184 candidatos incluídos na lista dos inelegíveis. Desses, 134 ainda tentam reverter a decisão. Apenas três partidos não tiveram candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa: PSTU, PCO e Novo. Essas são, também, as legendas que têm menos concorrentes.

Envolvido na maior crise ética e política de sua história, em meio ao impeachment de Dilma e as denúncias contra o ex-presidente Lula, o PT aparece apenas na 12ª colocação entre os partidos com mais candidatos barrados na Ficha Limpa. Ao todo, 108 petistas tiveram registro negado. Desses, 66 seguem na corrida eleitoral. Proporcionalmente ao número de candidatos lançados, porém, é o sétimo

Eleições 2016: Militares reforçarão a segurança em 315 cidades

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu enviar reforço de tropas das Forças Armadas a 315 municípios do país para garantir a segurança das eleições municipais, no próximo domingo (2). O número consolidado foi divulgado nesta sexta-feira (30) pelo ministro Gilmar Mendes, presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Segundo o Ministério da Defesa, serão empregados ao todo cerca de 25 mil militares nas ações.

Os militares vão patrulhar locais de votação em 13 estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Goias, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Durante o final de semana, o TSE ficará de plantão para analisar eventuais pedidos de presença de militares em outros municípios. Segundo Gilmar Mendes, o tribunal foi criterioso na análise dos pedidos antes de autorizar o envio das tropas. O gasto com o deslocamento dos militares é custeado pela Justiça Eleitoral.

Desde agosto, quando começou oficialmente a disputa, ao menos 20 candidatos a prefeito e vereador foram assassinados em todo o país, de acordo com levantamento feito pelo Congresso em Foco. Não estão incluídos nessa lista os pré-candidatos, que não tiveram tempo sequer para registrar suas candidaturas, no início do mês passado. Os crimes foram cometidos de diversas maneiras e alcançam as cinco regiões do Brasil. A maioria foi praticada por disparos de arma de fogo.

Itumbiara

Uma das cidades que receberá o reforço da Força Nacional é Itumbiara (GO), onde o candidato à prefeitura José Gomes da Rocha (PTB) foi assassinado durante uma carreata de sua campanha eleitoral. Na carreata, também estava o vice-governador de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, que também foi baleado e sobreviveu.

A decisão foi tomada em contrariedade ao parecer do governador de Goiás, que opinou contra o envio dos militares, por entender que as forças do estado podem garantir a segurança do pleito. No entanto, devido à gravidade do atentado contra o candidato, o TSE decidiu autorizar os envio dos militares.

56 municípios têm apenas mulheres candidatas ao cargo de prefeito

A participação da mulher brasileira na política tem aumentado a cada ano. Em cumprimento ao que estabelece a legislação eleitoral, os partidos e coligações têm incentivado uma maior presença feminina não apenas nos diretórios das agremiações, mas também como candidatas a cargos eletivos. Nas Eleições Municipais 2016, por exemplo, segundo dados desta quarta-feira (28), há 56 municípios de 17 estados com apenas mulheres candidatas ao cargo de prefeito.

A maior participação feminina para uma vaga nas prefeituras está no Rio Grande do Norte. Lá, em oito municípios (Lucrécia, Frutuoso Gomes, Ouro Branco, Serra Caiada, Santa Cruz, São José do Campestre, São Vicente e Taboleiro Grande), apenas mulheres se candidataram ao cargo de prefeito. No estado de São Paulo, são sete cidades: Alto Alegre, São João de Iracema, Barão de Antonina, Cássia dos Coqueiros, Magda, Nova Granada e Ocauçu.

As outras unidades da Federação com municípios nessa situação são: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Segundo a analista do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) Adriana Sampaio, que já realizou diversos estudos sobre a participação feminina na política, de 1997 para cá, com a Lei das Eleições (Lei n° 9.504), está havendo uma evolução no sentido de favorecer o engajamento da mulher na política como candidata. A norma passou a prever que os partidos e coligações reservassem, para os cargos proporcionais, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.

No entanto, de acordo com ela, a participação feminina nas candidaturas começou a crescer consideravelmente a partir de 2009, com a Lei 12.034, que passou a exigir o preenchimento (e não mais apenas a reserva) de no mínimo 30% e no máximo 70% para candidaturas de cada sexo no caso das eleições proporcionais.

“Temos hoje muitas mulheres participando bastante como eleitoras ativas, como cabos eleitorais. Mesmo dentro dos partidos elas já têm uma participação muito maior, como filiadas, mas na hora de saírem candidatas, de concorrerem, isso não acontecia tanto. Então, todos esses processos estão fomentando uma participação maior da mulher, porque estão obrigando os partidos a inscreverem mulheres como candidatas. É uma obrigação, e eles acabam tendo de cumprir, mas ainda é pouco”, acrescenta.

Gilmar Mendes afirma que violência nas eleições preocupa e requer total atenção das instituições

A onda de violência nas eleições deste ano preocupa o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que falou sobre o assunto durante a sessão plenária desta quinta-feira (29) e também em entrevista. “Estamos em contato estreito com o Ministério da Justiça e também já pedimos que a Polícia Federal atue, tal como prevê a lei, na investigação desses fatos, que claro repercutem e podem afetar o pleito”, afirmou.

Gilmar Mendes disse que o TSE tem feito sua parte, ao dar rápido encaminhamento aos pedidos de reforço de segurança nos estados por meio da requisição de Forças Federais. “Estamos atendendo aos pedidos de Força Federal para que a eleição transcorra num quadro de tranquilidade e paz”, disse o presidente do TSE, referindo-se aos 307 municípios de 12 estados que receberão as tropas até o momento.

O ministro afirmou que o assassinato do candidato a prefeito em Itumbiara (GO), José Gomes da Rocha (PTB), tem contornos de atentado, numa região que até então não tinha histórico de violência. “Estamos aguardando as investigações desse episódio chocante e deplorável por todos os títulos”, afirmou o ministro.

Já com relação aos assassinatos ocorridos na região metropolitana do Rio de Janeiro, o ministro afirmou que a maioria dos casos parece ter ligação com disputas ligadas ao crime organizado (milícias e narcotráfico). O ministro afirmou que as evidências de que o crime organizado esteja participando do processo eleitoral é algo delicado, que merece a devida atenção das autoridades, na medida em que a Justiça Eleitoral tem campo de atuação restrito.

“A última coisa que podemos desejar é a presença do crime organizado no sistema político. Certamente a polícia e os órgãos de inteligência têm que dar atenção a isso. Não é possível a Justiça Eleitoral simplesmente impedir que essas pessoas se candidatem se elas não forem atingidas por lei de inelegibilidades ou não estiverem respondendo a um processo que possa levar à eventual impugnação”, salientou o ministro Gilmar Mendes, destacando também o papel da imprensa no enfrentamento desse grave problema

Faltam 2 dias: a partir de hoje (29) poderá ser expedido salvo-conduto em favor de eleitor

Segundo a legislação eleitoral, esta quinta-feira (29) é a data a partir da qual o juízo eleitoral ou o presidente da mesa receptora de votos poderá expedir salvo-conduto em favor de eleitor que sofrer violência moral ou física na sua liberdade de votar, ou pelo fato de ter votado. A regra está prevista no Código Eleitoral (Lei n° 4.737/1965), artigo 235, parágrafo único.

Ainda de acordo com a norma, quem desobedecer à expedição do salvo-conduto poderá sofrer pena de prisão de até cinco dias. A medida será válida para o período compreendido entre 72 horas antes até 48 horas depois do pleito. Nestas Eleições, o primeiro turno está marcado para este domingo (2), das 8h às 17h (horário local).

Conforme explica o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves, o salvo-conduto é uma garantia à liberdade do eleitor, para que ele não sofra nenhum tipo de intervenção ou de coação indevida nas vésperas da eleição e que, eventualmente, possa comprometer o seu comparecimento no dia da votação.

“Essa é uma regra do Código [Eleitoral] de 1965, mas que já encontrava previsão anterior, em períodos em que a democracia não era tão presente como é hoje em dia no Brasil. Então, era uma garantia para que os eleitores não sofressem nenhuma medida que pudesse, de certa forma, coagi-los ou ameaçá-los com o intuito de atingir a liberdade do voto”, destaca.