Temer segue amanhã para a Argentina e Paraguai

Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil
O presidente Michel Temer retorna a Brasília no início da tarde de hoje (2) e deve permanecer no Palácio do Jaburu, onde segue morando com a família. A informação é da assessoria de comunicação do Palácio do Planalto.

Amanhã (3), ele embarca para Buenos Aires. Temer terá uma reunião de trabalho e almoçará com o presidente da Argentina, Maurício Macri, na Quinta Presidencial de Olivos, no subúrbio da capital.

Os dois discutirão a retomada do comércio e dos investimentos entre os países e há previsão de assinatura de acordos bilaterais e de uma declaração conjunta dos líderes brasileiro e argentino. À tarde, Temer irá para Assunção, capital paraguaia, e se encontrará com o presidente do Paraguai, Horácio Cartes.

Temer votou às 8h de hoje, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), zona oeste de São Paulo. Ele foi o primeiro a chegar à sessão eleitoral. O presidente falou rapidamente com a imprensa e desejou a vitória da democracia

TSE aprova atuação de tropas federais em mais sete municípios paraibanos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou mais um pedido de atuação das tropas federais no âmbito das eleições 2016. O presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, aceitou o pedido feito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba para reforçar a segurança em mais sete municípios.

Com a decisão, tropas das Forças Armadas e da Força Nacional vão atuar em Areial, Montadas, Lagoa, Paulista, São Bentinho, Cajazeirinhas e São Domingos de Pombal. Ao todo, 467 municípios brasileiros receberão auxílio federal em 14 estados.

O estado com maior registro é o Piauí. Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins também receberam as tropas. O TSE informou ainda que até o momento não há pedidos pendentes no tribunal para o uso de forças federais.

Lula vota em São Bernardo do Campo sob vaias e aplausos

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou às 11h30 na Escola Estadual José Firmino Correia de Araújo, no Jardim Lavínia, em São Bernardo do Campo. Ao chegar, estava acompanhado do candidato a prefeito pelo PT, Tarcísio Cecoli. Lula foi recebido por aplausos e vaias de eleitores que votavam no mesmo local e, ao ser questionado sobre as manifestações, disse que não ouvia as vaias porque os aplausos eram mais altos.

“Eu nem ouvi as vaias. Era tanto aplauso que nem ouvi. Eu tenho noção da minha relação com a sociedade brasileira e o que estou sentindo é que quanto mais ódio se estimula contra mim, mais amor se cria a meu favor”. Ele disse, ainda, que as pessoas contrárias a ele começarão a se surpreender porque, a partir destas eleições, ele começará a andar pelo Brasil.

Lula afirmou que o PT não é o primeiro a experimentar momentos complicados e que, além da crise pela qual passa o partido, a legenda ainda enfrenta uma guerra da imprensa contra o PT, que já dura sete anos, disse. “O PT sobrevive aparecendo em todas as pesquisas como a legenda preferida do brasileiro. O fato de o PT ser a legenda preferida, ter o dobro de preferência do que tem o PSDB e o dobro de preferência do que tem o PMDB nessa crise, demonstra que se enganam aqueles que pensam que podem acabar com o PT atacando uma personalidade”, afirmou.

Vivendo no anonimato

Segundo Lula, o PT tem milhões de pessoas que vivem no anonimato, trabalhando nos mais diversos lugares às vezes com medo de dizer que são petistas. “O PT é mais do que um conjunto de pessoas, é uma multidão e eu acho que vai surpreender nessa eleição. Obviamente que perder e ganhar uma eleição faz parte do jogo. E isso não define a história de um partido”.

Lula elogiou tanto o candidato à prefeitura de São Bernardo do Campo, Tarcísio Cecoli, quanto o candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Ele disse que ambos são capazes de administrar as cidades.

“Tenho certeza de que Haddad é um orgulho para uma cidade como São Paulo e de que é um orgulho para uma cidade como essa ter essa qualidade de pessoa como prefeito. São Paulo não merece correr o risco de perder a possibilidade de reeleger o Haddad para colocar um aventureiro, uma pessoa da qual não se sabe nada sobre a vida [dela]”.

Quase 500 cidades estão recebendo apoio de segurança e logística nas eleições

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
Um total de 498 municípios em 16 estados conta com a presença de 25,4 mil militares das Forças Armadas para a garantia da segurança e logística das eleições municipais que estão sendo realizadas hoje (2) em todo o país. O número é maior que o registrado nas eleições de 2012, quando 477 municípios receberam o apoio militar.

Em 395 localidades, os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuaram na garantia da votação e apuração dos votos e, em 103 municípios, o apoio é logístico. Os estados que recebem apoio são Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rio de Janeiro, Piauí, Goiás, Paraíba, Maranhão, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima.

O maior efetivo por estado está no Rio de Janeiro, onde 6,5 mil militares atuam em 11 localidades para garantir a segurança das eleições. “O Rio de Janeiro fez com que empenhássemos o maior efetivo, por causa das condições sociais da cidade”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante entrevista no começo da tarde, no Ministério da Defesa, em Brasília.

Na região Norte, há 7,7 mil homens atuando especialmente na garantia logística das eleições, como o deslocamento de urnas em locais de difícil acesso.

Reforço em São Luís

Por causa de ataques a locais de votação registrados em São Luís (MA), foram enviados cerca de 500 militares para a cidade e mais 2,8 mil podem ser deslocados caso seja necessário. O ministro esteve ontem (1º) na capital maranhense para acompanhar a situação da segurança.

Coquetel molotov

Jungmann explicou que, durante a madrugada deste domingo foram registradas tentativas de incêndio em três escolas com o lançamento de coquetel molotov. Em uma delas, houve disparos de advertência. Mas, segundo o ministro, as ocorrências não impediram as eleições na cidade. “A tentativa de impedir as eleições nessas escolas foram debeladas e a votação em toda São Luís, inclusive nestes locais, tem ocorrido de forma normal”, afirmou.

Itumbiara

Também foram deslocados 200 militares para Itumbiara (GO), onde foi registrado um atentado contra candidatos. Segundo o ministro, não houve relatos de anormalidade na votação na cidade.

“Fora as tentativas abortadas em São Luís, não há registro de nenhuma alteração, intranquilidade ou impeditivo para que nesses locais que estão com a presença das forças armadas a votação não tenha sido transcorrida com tranquilidade”, disse Jungmann.

Primeiras quatro horas das eleições têm 92 ocorrências ligadas a candidatos

No terceiro boletim divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as ocorrências nas eleições 2016 registrou, até às 11h54 deste domingo (2), 907 ocorrências com pessoas. Deste total, 92 ocorrências estão ligadas a candidatos, sendo 60 com prisão. Das 815 que não envolveram candidatos, 337 acarretaram em prisão.

Ainda de acordo com o documento, 0,38% – 1.675 urnas do total de 432.959 que estão sendo utilizadas – precisaram ser substituídas. Em números absolutos, a maior quantidade de substituição, até o momento, é o estado do Rio de Janeiro, com 332 urnas trocadas

TSE confirma 786 urnas substituídas e 142 prisões

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o segundo boletim das eleições 2016 às 10h12 deste domingo (2). Até o momento, foram registradas 305 ocorrências. Do total, 40 tiveram relação com candidatos. Desses, 21 foram presos. As outras 265 ocorrências, das quais 142 acarretaram em prisão, não envolveram candidatos.
O documento também contabiliza 786 urnas eletrônicas que precisaram ser substituídas em 25 estados no início desta manhã. O único que não registrou quaisquer problemas foi o Espírito Santo, enquanto o maior número de substituições, até o momento, foi o Rio de Janeiro, com 165 urnas trocadas.

Para o presidente do TSE, Gilmar Mendes, os casos de violência foram pontuais. Ainda de acordo com ele, as forças de segurança conseguiram solucionar as ocorrências e a eleição segue tranquila em todo o país.

“A votação está ocorrendo num quadro de paz. Quanto aos incidentes graves demos as respostas adequadas com as forças de segurança estaduais juntamente com a força federal, que estão atuando onde foi necessária uma ação mais ostensiva”, disse o presidente do TSE ao destacar que mais de 400 municípios receberam apoio da força federal.

Neste domingo, 144.088.912 eleitores vão às urnas para eleger 57.943 vereadores e os prefeitos de 5.568 municípios brasileiros

Geraldo Júlio confiante na vitória

Do Blog do Magno

O prefeito Geraldo Júlio (PSB), candidato à reeleição, disse estar muito confiante na vitória seja no primeiro ou segundo turnos. Ele elencou uma série de obras que pretende colocar como prioridades a exemplo da situação de tráfego na Avenida Conde da Boa Vista e a construção do Hospital do Idoso no Recife (PE). “Nossa prioridade é resolver os problemas e dar continuidade a esse trabalho de quatros anos”, disse.

O candidato destacou o desempenho que teve no debate realizado pela Globo Nordeste, na última quinta-feira (29). “Apresentamos nossas propostas. Mostramos que temos trabalho para o Recife pelos próximos quatro anos”, relembrou.

Geraldo Júlio, que tomou café da manhã hoje na casa do governador Paulo Câmara (PSB), fez uma breve avaliação do cenário político. “Há uma descrença da população em relação à política. São muitas as confusões em Brasília (DF), mas aqui seguimos com nossas propostas e estamos animados”, finalizou.

Rio: nova pesquisa Datafolha aponta Freixo como adversário de Crivella no segundo turno

Novas pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura do Rio de Janeiro, divulgada neste sábado (1º/out) pelo Datafolha, mostra que o segundo turno na capital fluminense deve ter um confronto entre homônimos: Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (Psol) despontam como favoritos dos eleitores na véspera da votação, com 27% e 13% das escolhas, respectivamente.

O quadro mostra um candidato evangélico, que tem o apoio de uma população conservadora (em que pese o papel da Igreja Universal do Reuni de Deus, que pertence ao Bispo Edir Macedo, seu parente), liderando o pleito, mas seguido de perto por um nome ligado às minorias, aos progressistas e os chamados eleitores de esquerda, com adesão significativa entre os jovens.

No entanto, segundo o Datafolha, embora o cenário se desenhe com um segundo turno que terá Marcelo Crivella (PRB) na disputa, seu adversário na nova etapa de votações ainda é incerto. De acordo com o instituto, Pedro Paulo (PMDB), com 10% das menções, e Índio da Costa (PSD), com 9%, disputam a segunda vaga. Segundo o site do jornal O Globo, percentuais Freixo e o Pedro Paulo, o terceiro colocado, estão no limite da margem de erro, mas o Datafolha lembra que a tendência dos últimos dias apontam mais probabilidade de o peemedebista ser derrotado.

O Datafolha anotou a escolha de 2.159 pessoas no Rio de Janeiro, entre 30 de setembro e 1 de outubro. O nível de confiança dessa pesquisa é de 95% (isso quer dizer que, considerando-se a margem de erro, a chance de os números retratarem a realidade é 95%). Com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o levantamento foi encomendado pela TV Globo em parceria com o jornal Folha de S.Paulo.

São Paulo: Russomanno e Haddad disputam vaga contra Doria no segundo turno, diz Datafolha

O tucano João Doria desponta na liderança na última rodada de pesquisas do Datafolha sobre as intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo. Segundo o instituto, o empresário venceria o primeiro turno com 38% das escolhas, em uma corrida com empate na segunda colocação – tentando a reeleição, Fernando Haddad (PT) tem os mesmos 14% de preferência que o deputado licenciado Celso Russomano (PRB) amealhou no eleitorado paulistano.

Aproveitando a rejeição generalizada da população sobre a classe política, Doria aposta no mote de que não é um político, mas um gestor, para tentar desbancar tanto Haddad quanto Russomanno, ambos com certa experiência em mandatos e funções no executivo.

Na sequência aparecem Marta Suplicy (PMDB), com 12% das citações; Luiza Erundina (Psol), com 5%; Major Olímpio (SD), com 2%; e Levy Fidelix (PRTB), com 1%. Uma das fundadoras do PT paulista e ex-ministra nos governos Lula (Turismo) e Dilma (Cultura), Marta tem atribuído ao fato de ter integrado as gestões petistas à derrocada na campanha até agora – ao menos segundo os números apresentados pelo Datafolha. No entanto, segundo informações de bastidor, tem sido alvo de “fogo amigo” dos novos aliados no governo Michel Temer – as lideranças do PSDB, que tentam eleger o correligionário João Doria prefeito de São Paulo.

Ainda segundo o Datafolha, Ricardo Young (Rede), João Bico (PSDC), Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não atingiram percentual suficiente para figurar na pesquisa (mínimo de 1%). Declarações de voto branco e nulo (ou nenhum dos citados) somaram 10%. Os que disseram não sabe em quem votariam chegaram a 4%.

O Datafolha anotou a escolha de 4.022 pessoas em São Paulo, entre 30 de setembro e 1º de outubro. O nível de confiança dessa pesquisa é de 95% (isso quer dizer que, considerando-se a margem de erro, a chance de os números retratarem a realidade é 95%). Com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o levantamento foi encomendado pela TV Globo em parceria com o jornal Folha de S.Paulo.

Confira o desempenho dos candidatos nas últimas pesquisas Datafolha, segundo registro feito na versão online do jornal O Globo:

Doria registrou 5%, 16%, 25%, 30%; agora chega a 38% (considerada a margem de erro, reúne entre 36% e 40% das declarações de voto)

Russomanno teve 31%, 26%, 22%, 22%; agora tem 14% (entre 12% e 16%)

Haddad teve 8%, 9%, 10%, 11%; agora está com 14% (entre 12% e 16%)

Marta teve 16%, 21%, 20%, 15%; agora está com 12% (entre 10% e 14%)

Erundina teve 10%, 7%, 5%, 5%. agora está com 5% (entre 3% e 7%)

Major Olimpio teve 2%, 2%, 2%, 1%; agora está com 2% (entre 0% e 4%)

Mulheres que disputam as eleições deste ano enfrentam um desafio a mais: lidar com o assédio durante a campanha

Em São Paulo, candidatas a vereadora relataram à jornalista Letícia Mori, da Folha de S.Paulo, como lidam com o machismo eleitoral em situações corriqueiras. ”Você me dá um beijo se eu votar em você?”, questiona um eleitor de meia-idade à candidata Marina Helou (Rede), 29 anos, durante panfletagem no Largo da Batata. “Por isso a gente precisa de representatividade, de ter mais mulheres na política”, afirma Marina.

Na Câmara Municipal de São Paulo, dos 55 vereadores apenas 5 são mulheres. “Rola sim muito assédio, rola xaveco, rola uns caras tentando tirar uma casquinha”, relata a candidata Maíra Pinheiro (PT), 26 anos. ”Tem gente que xinga mesmo, que não gosta de feminista. Fala palavrão, chama de puta, mal-amada. Sem contar os que dizem que eu sou egoísta por entrar na política tendo uma filha pequena. Que eu sou uma péssima mãe, que eu estou negligenciando ela”, diz Maíra, acompanhada da filha de 2 anos, Bethânia.

Até as candidatas que afirmam não sofrer assédio não estão imunes aos olhares indiscretos e comentários machistas durante a campanha. A advogada Adriana Ramalho, 35 anos, por exemplo recebe sem problemas questionamentos como “o que o seu marido acha disso?”. ”Digo que ele tem sido o meu maior parceiro”, responde a candidata, que é filha do deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB), e tem os trabalhadores da construção civil como reduto eleitoral. Durante atividade de campanha no Mercado do Ipiranga, Adriana ouve conselho de um eleitor: ”Você tem um papai lá que sabe como funciona. Fica nesse papo que eu tô falando e será eleita. Tchau, linda, dá um abraço no seu pai!”

Perguntas sobre a opinião do marido ou do pai a respeito da candidatura aborrecem Isa Penna (Psol), de 25 anos. “Me incomoda porque é basicamente: quem é o seu dono e o que ele acha disso?”, avalia a advogada formada pela PUC-SP. Sâmia Bomfim (Psol), 26 anos, já chegou a ouvir que merecia ser estuprada e torturada. ”Disseram que o coronel [Carlos Brilhante] Ustra [agente da ditadura militar] torturou quem mereceu, como as feministas”, diz a funcionária pública. ”Dá uma desanimada na gente, viu, amiga? Precisa ser forte pra aguentar tudo isso.”