Paulo Câmara recebe a ex-senadora Marina Silva

Marina-Silva-PalácioO governador Paulo Câmara e a primeira-dama Ana Luiza receberam, na manhã deste domingo (28.08), no Palácio do Campo das Princesas, a ex-senadora Marina Silva.

Na ocasião, acompanharam o chefe do Executivo estadual os secretários Felipe Carreras (Turismo, Esporte e Lazer), Sérgio Xavier (Meio Ambiente e Sustentabilidade) e João Campos (Chefe de Gabinete), o deputado federal Tadeu Alencar e o vereador do Recife Eurico Freire.

Marina grava ainda hoje imagens com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Amanhã ela participa de ato com o postulante ao Executivo olindense pelo PSB, Antônio Campos – que, em 2014, defendeu que a, então, candidata a vice-presidente da República assumisse a cabeça de chapa e disputasse o Planalto, após a morte de Eduardo Campos (PSB).

Para Nelson Barbosa, TCU mudou regra para atingir Dilma

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou, neste sábado (27), que está ainda mais convencido de que Dilma não cometeu qualquer crime de responsabilidade e de que o Tribunal de Contas da União (TCU) agiu para prejudicar a presidenta ao formular, no decorrer do mandato dela, um entendimento inusitado, que jamais teve.
 
Depois de ouvir a primeira testemunha do dia, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa – que explicou que o governo Dilma parou de emitir decretos de suplementação orçamentária quando chegou a um entendimento com o TCU – a mudança da avaliação do tribunal não poderia retroagir de maneira nenhuma. 
 
“O ministro Brabosa deixou claro: como o TCU passou a cobrar uma posição diferente do governo, se ele próprio nunca havia se debruçado sobre aquilo? E outra: como reprovar as contas da presidenta se a meta fiscal foi cumprida ao final do ano e o governo respeitou todas as decisões daquela Corte de contas? Não tem cabimento”, afirmou Humberto.
 
Segundo o parlamentar, a mudança de entendimento do TCU ao longo do ano passado não deveria, jamais, ter efeito retroativo, porque isso contraria a legislação brasileira. “É inadmissível que imponham uma nova regra e cobrem o seu cumprimento mesmo antes dela existir. Por essa lógica, Fernando Henrique e Lula deveriam ter sido punidos também, já que praticaram os mesmos atos”, declarou. 
 
Em seu depoimento, Barbosa explicou que os questionamentos do TCU ao governo ocorreram apenas em 12 de agosto do ano passado e que as explicações foram encaminhadas ao tribunal em 7 de outubro. “Depois disso, quando a situação foi resolvida, o governo não abriu mais crédito suplementar”, garantiu o ex-ministro. 
 
Ele também comentou que os decretos de suplementação orçamentária, um dos pontos da denúncia contra Dilma, não geraram qualquer despesa adicional aos cofres públicos e foram editados a partir de um trabalho técnico criterioso feito por vários ministérios. 
 
Segundo ele, trata-se de autorização para abrir crédito para executar o orçamento. “O decreto não aumenta a despesa. Ele apenas dá mais liberdade para utilizar aquele recurso limitado. Então, não se pode falar em aumento de gastos ou maquiagem das contas. E vale ressaltar que fizemos, no ano passado, o maior contingenciamento da história do país: R$ 78 bilhões”, observou. 
 
O ex-ministro ainda comentou, a respeito do segundo e último pontos da acusação contra a presidenta: as chamadas pedaladas fiscais, que são os eventuais atrasos de repasse do governo do Plano Safra ao Banco do Brasil. O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o afastamento de Dilma, diz que o procedimento se configurou como operação de crédito e, portanto, há crime de responsabilidade. 
 
Só que, para Barbosa, a própria Secretaria do Tesouro Nacional (STN), já na gestão do presidente interino Michel Temer, nega esse posicionamento. Barbosa disse que, no dia 30 de maio deste ano, o órgão emitiu nota técnica em que afirma que não se trata de operação de crédito. “O documento foi feito por técnicos da STN, os mesmos que seguem nos cargos nesse governo atual, porque são técnicos, são servidores de carreiras do Estado. A Procuradoria-Geral da Fazendo Nacional também já afirmou que não são operações de crédito”, garantiu.

Francisco Papaléo é empossado na Secretaria das Cidades

O governador Paulo Câmara empossou, nesta sexta-feira (26.08), Francisco Papaléo no cargo de secretário estadual das Cidades, durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas.  Ex-presidente do Grande Recife Consórcio, o novo comandante da pasta substitui André de Paula, que retoma o mandato de deputado federal, em Brasília. Ruy Rocha, que ocupava a secretaria-executiva da pasta, presidirá o Consórcio. “O secretário Francisco Papaléo tem minha confiança e chega para continuar o trabalho de André de Paula. Temos muitas entregas a fazer e desafios que serão realizados”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
 
Durante o ato de nomeação de Papaléo, Paulo Câmara fez um breve balanço do que foi feito, até então, na Secretaria das Cidades. “Ao longo de um ano e oito meses, demos a prova de que é possível fazer mais: realizamos a entrega de terminais e de estações do BRT e tivemos a construção do Passe Livre. Agora, temos todas as questões de mobilidade devidamente encaminhadas, com obras em todo o Estado, mesmo diante de um quadro tão difícil”, destacou.
 
Ao assumir o cargo, o secretário afirmou que dará encaminhamento a todos os projetos que vinham sendo realizados, buscando alternativas para que todo o cronograma planejado seja concluído. “Como já fazíamos parte da Secretaria das Cidades, por meio do Grande Recife, participando, por exemplo, do monitoramento, então somos conhecedores dos desafios e das soluções de Pernambuco”, disse Francisco Papaléo.  “Depois de ter tido grandes experiências, não esperava que o maior desafio estivesse por vir. Agradeço pela confiança”, concluiu. Além de ex-presidente do Grande Recife Consórcio, o recém-empossado secretário estadual das Cidades também foi diretor da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) e esteve à frente do Instituto de Recursos Humanos (IRH).
 
Durante a solenidade, o ex-secretário das Cidades e deputado federal André de Paula destacou que Pernambuco ganha um aliado na Câmara dos Deputados, em Brasília. “Mudei de trincheira, mas continuo empunhando a mesma bandeira e Paulo Câmara terá um aliado a mais para defender os interesses legítimos dos pernambucanos”, ressaltou.

REDE reafirma sua posição favorável ao impeachment

O Senado iniciou na última sexta a Sessão de julgamento da presidente Dilma, acusada de ter cometido crime de responsabilidade. Desde o dia 01 de dezembro, quando foi aceito o pedido de tramitação do processo de impeachment no Congresso, foram apresentados documentos de acusação e de defesa, testemunhas foram ouvidas e perícias realizadas, com acompanhamento estreito do Supremo Tribunal Federal.
Os elementos que levaram a REDE a se posicionar a favor da admissibilidade do processo do impeachment se confirmaram nessa etapa de debates no Senado. Reiteramos nosso posicionamento favorável ao afastamento definitivo da presidente Dilma, lembrando que a REDE respeita a pluralidade das posições e opiniões sobre essa questão e decidiu liberar as bancadas na Câmara e no Senado para votarem de acordo com suas consciências.
Também reafirmamos nosso entendimento de que o impeachment, por si só, não resolverá a crise política, social, econômica e moral. É preciso que as investigações da Lava-Jato continuem, que todos os culpados sejam punidos. Insistimos que a melhor saída para a crise é a convocação de uma nova eleição a partir da cassação da chapa Dilma-Temer. A Lava-Jato tem apontado que há indícios de que dinheiro público desviado da Petrobrás tenha sido usado para financiar a campanha dessa chapa e que várias lideranças do PMDB podem ter sido beneficiadas com recursos ilícitos.
Por fim, entendemos que os fiadores da Operação Lava-Jato somos nós, cidadãos e cidadãs, os únicos capazes de escolher um governo com credibilidade para tirar o país da crise.
Comissão Executiva Nacional
Rede Sustentabilidade
 

Aliados querem fala dura de Dilma; não, ao termo golpe

Do G1, em Brasília

Aliados da presidente afastada Dilma Rousseff defendem que ela faça um discurso “duro” e “firme” no Senado nesta segunda-feira (29), quando vai ao plenário para se defender no julgamento final do processo do impeachment.

Para senadores ouvidos pelo G1 e para o advogado de defesa, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, Dilma deve, além de enfatizar que não cometeu crime, não cair em eventuais provocações de adversários.

No entanto, os aliados da petista divergem sobre o uso dos termos “golpe” ou “golpista” no pronunciamento, com previsão de duração de 30 minutos, prorrogáveis por período indeterminado a critério do presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento de Dilma é esperado como um dos principais atos do julgamento do impeachment. Esta vai ser a primeira vez que ela irá ao Congresso desde que foi afastada da Presidência da República, em maio

A sessão está prevista para começar às 9h. Após o pronunciamento, Dilma receberá perguntas formuladas pela acusação, pela defesa e por senadores e poderá responder se quiser. Assessores e aliados dizem que a disposição dela é responder.

Segundo a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ministra e amiga pessoal de Dilma, senadores contrários ao impeachment vão se reunir com a presidente afastada no fim de semana para definir a estratégia a ser usada na segunda-feira.

Um dos que defendem o tom mais “duro” no discurso de Dilma, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a presidente afastada precisa resistir e não cair em possíveis “provocações” de parlamentares favoráveis ao impeachment.

Ele disse também acreditar que Dilma não deve “elevar o tom”, fazer acusações contra senadores, apontar eventuais envolvimento deles em casos de corrupção ou chamá-los de “golpistas”.

Ex-ministro de Dilma, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-AL), por sua vez, defendeu que a petista faça uma fala “firme” durante a sessão, “como é a característica” da presidente afastada.

“Ela tem que fazer uma fala firme e ser altiva. Evidentemente, se ela puder temperar sua fala com um toque mais humano, é sempre bom. E não me parece que ela está vindo aqui apontar o dedo aos senadores, chamá-los assim [golpistas]. […] Até porque não seria uma linguagem própria e não a ajudaria nesse contexto [de julgamento]”, declarou o G1.

Divergência
Uma das principais aliadas de Dilma no Senado, Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), por outro lado, disse “discordar” dessa tese, pois acredita que a presidente afastada deve, sim, chamar de “golpistas” os senadores que defendem o impeachment. “Por que ela esconderia isso?”, indagou.Para Vanessa Grazziotin, a sessão de segunda será um “debate muito forte” porque “todos os lados estão muito nervosos”.

“Se alguém no plenário elevar o tom contra ela [Dilma], algum senador, não será ela quem responderá. Seremos nós, no outro lado do plenário”, declarou. “Gente, alguém vai para o abatedouro como um cordeiro que é mansinho?”, indagou.

O advogado de Dilma no processo, José Eduardo Cardozo, disse ao G1 não saber o tom que Dilma usará em seu discurso, mas afirmou que “certamente será de uma chefe de Estado acusada injustamente”.

“Dilma fará uma contextualização política sobre o assunto e abordará os aspectos que considera mais descabidos nas acusações contra ela. Eu usei o termo ‘golpista’ o tempo inteiro, por escrito e nas minhas falas, assim como vários juristas de todo mundo têm utilizado, e não vejo por que ela não fazê-lo [chamar senadores de golpistas]”, afirmou o ex-ministro da Justiça.

Lula
Na segunda, Dilma contará com uma estrutura especial no Senado. Além de parte do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi colocada à disposição dela a tribuna de honra do plenário, onde poderão ser acomodados ex-ministros e auxiliares.

Ela vai ter a presença de seu mentor político e antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lista de pessoas que vão acompanhar Dilma na sessão tem ainda 18 ex-ministros – como Jaques Wagner (Casa Civil) e Aloizio Mercadante (Educação) –, presidentes de partidos – entre eles Rui Falcão (PT) e Carlos Lupi (PDT) – e assessores que a acompanham no Palácio da Alvorada.

Lava Jato ofende quem prega respeito à Constituição

Folha de S.Paulo

O procurador-geral Rodrigo Janot tem uma curiosidade. Bom sinal, nestes tempos em que temos sabido de inquisidores sem curiosidade, só receptivos a determinadas respostas.

A crítica do ministro Gilmar Mendes aos “vazamentos” de delação na Lava Jato suscitou a reação de Rodrigo Janot registrada por Bernardo Mello Franco: “A Lava Jato está incomodando tanto? A quem e por quê?”.

É uma honra, e quase um prazer, aplacar um pouco a curiosidade que a esta altura acomete ainda o procurador-geral, talvez forçando-o a alguma passividade ou omissão.

Não escapa à sua percepção o quanto a Lava Jato incomoda aos que envolve com sua malha, tenha ou não motivo real para tanto.

Mas existe outra classe de incomodados, muito mais numerosos do que os anteriores e atingidos por inquietação diferente. O procurador-geral não terá dificuldade em reconhecê-los.

É uma gente teimosa e inconformada. São os que prezam o respeito à Constituição, mesmo que não a admirem toda, e às leis, mesmo que imperfeitas.

E entendem, entre outras coisas, que isso depende não só dos governos e políticos em geral, mas, sobretudo, dos que integram o sistema dito de Justiça. Ou seja, o Judiciário, o Ministério Público, as polícias.

Perseguições escancaradamente políticas, prisões desnecessárias ou injustificáveis, permanências excessivas em cadeias, “vazamentos” seletivos —tudo isso, de que se tem hoje em dia inúmeros casos, incomoda muita gente.

Porque, além de covardes, são práticas que implicam abuso de autoridade e múltipla ilegalidade. E sua prepotência é tipicamente fascistoide.

Mas os incomodados com isso não se mudam e não mudam. Querem o fim da corrupção e de todas as outras bandalheiras, sem, no entanto, o uso de resquícios do passado repugnante.

2) Mais uma vez, às vésperas de uma decisão em procedimentos destinados ao impeachment, a Lava Jato cria uma pretensa evidência, na linha do escandaloso, que atinja Dilma Rousseff ainda que indiretamente.

Desta vez, estando os seus procuradores sob suspeita do crime de “vazamento” de matéria sigilosa, a Lava Jato passou a tarefa ao seu braço policial: o já conhecido delegado Márcio Anselmo, da Polícia Federal, indicia Lula, Marisa e Paulo Okamotto.

Os procuradores da Lava Jato pediram 90 dias para fazer a denúncia dos indiciados. Três meses? Um inquérito com as peças que justifiquem o indiciamento não precisa de tanto prazo para a denúncia.

A dedução é inevitável: o indiciamento foi precipitado, com o mesmo propósito político dos anteriores atos gritantes, e os longos três meses são para tentar obter o que até agora não foi encontrado.

3) O governo da China ofereceu ao Brasil, em junho de 2015, crédito em torno de US$ 50 bilhões para obras de infra-estrutura.

A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, no governo Dilma, e os chineses formaram uma comissão que, por sua vez, decidiu pela criação de um fundo de investimento de US$ 20 bilhões, composto por US$ 15 bilhões da China e completado pelo Brasil. Um outro fundo elevará o financiamento ao montante proposto no ano passado.

O governo de Michel Temer reteve a formalização do acordo, e o início do primeiro fundo, para apresentá-lo como realização sua. No dia 2 de setembro, data escolhida em princípio.

4) A crítica de Gilmar Mendes aos procuradores da Lava Jato foi atribuída por muitos, nos últimos dias, ao corporativismo sensibilizado pelo “vazamento” injustificado contra o ministro Dias Toffoli.

O que houve, porém, foi a repetição, em parte até com as mesmas palavras, das críticas feitas por Gilmar Mendes em pelo menos duas ocasiões. Inclusive tratando como crimes os “vazamentos” de delações sigilosas. Os quais, na verdade, não são vazamentos, ou informações passadas a jornalistas: são jogadas com fins políticos.

A definição como crime, aliás, é motivo bastante para que a tal investigação do “vazamento” contra Toffoli, ou nem comece, ou termine em nada a declarar.

A pobre estreia de Temer no G20

Folha de S.Paulo

Se se tornar o presidente efetivo até lá, Michel Temer fará sua apresentação à sociedade internacional durante a cúpula do G20 nos próximos dias 4 e 5, em Hangzhou (China).

Será tudo menos uma estreia apoteótica. Primeiro porque Temer carece do brilho que só o banho das urnas confere a governantes recém-empossados.

Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, apresentou-se ao mundo (no caso dele, no Fórum de Davos, em 2003) e foi um sucesso de público e de crítica, um tanto por sua vitória eleitoral e muito por sua história de vida, realmente cinematográfica. Temer, ao contrário, tem uma biografia convencional.

Segundo fator: o Brasil de Temer está tendo o pior desempenho econômico entre todos os países do G20. Até a Rússia, a pior da classe no G20 anterior, passou o Brasil.

Os simpatizantes do novo governo podem dizer que a culpa não é dele, mas de Dilma Rousseff. Não deixa de ser verdade, mas para o resto do mundo é difícil entender como o companheiro de chapa de uma pessoa não é corresponsável pelas políticas adotadas.

Afinal, não se conhece uma única palavrinha de Temer contra o que Dilma fazia. Até fez questão de ser o candidato a vice em 2014, quando já operavam as políticas que acabaram levando ao desastre.

Mais complicado ainda é o fato de que os anúncios de Temer até agora vão na contramão do pensamento predominante hoje no G20.

O clubão das grandes economias comprometeu-se, na cúpula de 2013, a adotar políticas que levassem o mundo a crescer, até 2018, 2,1 pontos percentuais acima do que o Fundo Monetário Internacional previa naquele ano.

Como a previsão era de crescimento de 2,9%, tem-se, portanto, que, em 2018, o mundo deveria estar crescendo fabulosos 5%.

É uma meta que, a esta altura, parece inalcançável. Tanto que na mais recente reunião dos ministros de Economia do G20 anunciou-se, pela enésima vez, a disposição de “usar todas as ferramentas políticas, individual e coletivamente”, para alcançar um crescimento forte.

Até o Fundo Monetário Internacional, outrora guardião inflexível da ortodoxia, especificou uma das ferramentas necessárias: mais gasto público. O Brasil de Temer, além de estar contribuindo para arruinar a meta de crescer 5% em 2018, parece exclusivamente preocupado com o acerto das contas públicas, no pressuposto de que, uma vez alcançado este, o crescimento virá inexoravelmente.

Para o meu gosto, é mais fé do que ciência. De todo modo, a ênfase na agenda do novo governo não é o crescimento, ao contrário do que destacam, ao menos retoricamente, seus pares do G20.

De todo modo, o governo brasileiro festeja o fato de que a China, a anfitriã, incluiu “reformas estruturais” entre os temas para facilitar o crescimento. Essa expressão acaba sendo uma muleta retórica que países (ou o mundo em geral) usam quando o crescimento é medíocre, como ocorre atualmente.

O governo Temer também usa a muleta retórica, o que, em tese, significa que está em sintonia com o G20. É pouco para uma estreia que tem tudo para ser opaca.

Daniel Finizola inaugura comitê neste sábado ao lado de Jorge Gomes e Louise Caroline

Daniel Finizola inaugura neste sábado (27), às 16h, seu comitê de campanha. Estarão presentes  à inauguração os candidatos a prefeito, Jorge Gomes e a vice, Louise Caroline; além de amigos, militantes e simpatizantes de Daniel. Finizola, que atualmente é vice-presidente do PT, concorre a uma vaga na Câmara de Vereadores pela Coligação Unidade Popular de Caruaru (PT/PRP/PTC).
O comitê fica na Rua Tiradentes, 69 (em frente à Acic), no Centro de Caruaru.

Paulo Câmara destaca importância da Fiepe para a superação da crise‏

O governador Paulo Câmara reforçou, nesta quinta-feira (25.08), o compromisso do Governo de Pernambuco de dialogar com  a sociedade civil e suas entidades representativas, com o objetivo de encontrar saídas para os problemas que afetam a população e os diferentes segmentos.  Durante encontro com dirigentes da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), na sede da instituição, o chefe do Executivo estadual destacou que a sistematização de fóruns como esse será fundamental para a construção de um Estado mais equilibrado e que atende as demandas apresentadas.
 
“Vamos continuar ouvindo as pessoas e as entidades que representam setores. É incluindo cada vez mais agentes nessa conversa que encontraremos as respostas para as questões que precisam da nossa atenção e do nosso empenho. E a Fiepe tem sua importância. Ajuda a pensar o Estado e contribui também com discussões nacionais”, pontuou, logo após a sua primeira visita oficial à instituição.
 
Paulo ressaltou que, durante o encontro, os representantes da entidade apresentaram observações relevantes sobre pontos que o Governo de Pernambuco tem trabalhado para equacionar.    ” A Fiepe tem preocupações, a exemplo das questões tributárias e outras relacionadas à geração de emprego no Estado, que também são nossas preocupações. A partir desse reconhecimento e diálogo, vamos ter a oportunidade de avançar cada vez mais”, garantiu.
 
O presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, acredita que o entendimento entre o Governo do Estado e o setor industrial é o caminho para enfrentar a crise econômica. “O governo tem que entender as dificuldades do setor industrial, assim como nós temos que entender as dificuldades do governo”, frisou. Apesar da atual conjuntura econômica do País, o dirigente afirmou que os empresários já identificam um otimismo no setor. “Nós acreditamos haver uma retomada do crescimento, que nós víamos descendo a ladeira. Nós já sentimos em alguns setores uma melhoria de desempenho”, concluiu Essinger. 
 
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, que acompanhou o governador Paulo Câmara, o encontro contribuiu para destacar a disposição do Governo de Pernambuco de caminhar ao lado de parceiros. “Temos a certeza de que continuaremos a receber muitas sugestões que poderão nos ajudar. A Fiepe tem um histórico de contribuições com a nossa sociedade”, afirmou. O secretário Alexandre Valença, de Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, também integrou a comitiva do governador Paulo Câmara durante o encontro. O chefe do Executivo estadual marcou uma nova reunião com grupo para outubro.

Saúde libera R$ 75 milhões para Hospitais Universitários Federais‏

O Ministério da Saúde liberou nesta quarta-feira R$ 75 milhões para os atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 40 hospitais universitários federais de 22 estados brasileiros. Os recursos já estão disponíveis e podem ser utilizados para qualificação da assistência e aumento do acesso da população aos serviços oferecidos.

O recurso federal foi liberado por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF). Desenvolvido desde 2010 em parceria com o Ministério da Educação e com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o REHUF já possibilitou investimento de aproximadamente R$ 3,5 bilhões nos hospitais universitários, somente por parte do Ministério da Saúde. Com isso, as universidades mantenedoras desses estabelecimentos ganham maior capacidade orçamentária para estimular a oferta de ensino, pesquisa e atendimento de qualidade. Neste ano, incluindo os recursos liberados nesta quarta-feira, já foram repassados R$ 305 milhões de REHUF aos hospitais universitários federais.

Aprovados em lei orçamentária, os valores são pagos pelo Ministério da Saúde, em parcela única, para as instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do SUS. O crédito para as universidades foi garantido pela portaria 1.506/16, que consta no Diário Oficial da União. Os pagamentos são efetuados pelo Fundo Nacional de Saúde conforme a comprovação dos gastos.

De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o montante vai permitir à população maior acesso aos serviços oferecidos pelas unidades, além da estruturação das atividades. “Hospitais universitários são locais de ensino e também realizam procedimentos hospitalares e ambulatoriais, ou seja, os recursos beneficiarão estudantes de saúde e fortalecerão o atendimento das populações locais”, destacou.

Em 2015, foram realizados mais de 23 milhões de atendimentos ambulatoriais e internações pelos hospitais universitários do país, resultando em um investimento de R$ 828,3 milhões do Ministério da Saúde para o custeio desses serviços.

REHUF – De 2010 a 2015, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 2,6 bilhões aos 51 hospitais universitários de todo o país inscritos no REHUF. No ano passado, foram mais R$ 344 milhões a esses estabelecimentos, além de outros R$ 1,4 bilhão de incentivos a essas unidades. Além de ser aplicado em pesquisas e na melhoria da qualidade da gestão e do atendimento, o REHUF também pode ser utilizado para reformas e aquisição de materiais médico-hospitalares, entre outras ações, conforme a necessidade e o planejamento da instituição. Os repasses liberados este ano já superam R$ 305 milhões.

 

LISTA REHUF

UF

MUNICÍPIO

UNIVERSIDADE

ESTABELECIMENTO

RECURSO R$

AL

Maceió

UFAL

Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes

714.487,50

AM

Manaus

UFAM

Hospital Universitário Getúlio Vargas

1.304.809,14

BA

Salvador

UFBA

Hospital Universitário Prof. Edgard Santos

207.486,79

BA

Salvador

UFBA

Maternidade Climério de Oliveira

1.320.640,74

CE

Fortaleza

UFC

Hospital Universitário Walter Cantídio

3.342.199,49

DF

Brasília

UnB

Hospital Universitário de Brasília

5.657.118,75

ES

Vitória

UFES

Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes

3.075.892,62

GO

Goiânia

UFG

Hospital das Clínicas

2.353.754,35

MA

São Luís

UFMA

Hospital Universitário

7.084.536,59

MG

Belo Horizonte

UFMG

Hospital de Clínicas

2.557.940,90

MG

Juiz de Fora

UFJF

Hospital Universitário

1.826.721,99

MG

Uberaba

UFTM

Hospital Escola

3.518.032,01

MG

Uberlândia

UFU

Hospital de Clínicas

2.241.395,06

MS

Campo Grande

UFMS

Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian

2.198.493,85

MS

Dourados

UFGD

Hospital Universitário

1.071.937,36

MT

Cuiabá

UFMT

Hospital Universitário Júlio Müller

1.004.773,85

PA

Belém

UFPA

Hospital Universitário João de Barros Barreto

2.042.792,97

PA

Belém

UFPA

Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

942.284,98

PB

Campina Grande

UFCG

Hospital Universitário Alcides Carneiro

64.733,05

PB

João Pessoa

UFPB

Hospital Universitário Lauro Wanderley

3.181.084,19

PE

Petrolina

UNIVASF

Hospital de Urgências e Traumas

6.948,03

PE

Recife

UFPE

Hospital das Clínicas

3.575.562,69

PI

Teresina

UFPI

Hospital Universitário

1.643.069,15

PR

Curitiba

UFPR

Hospital de Clínicas

2.237.275,05

PR

Curitiba

UFPR

Maternidade Vitor Ferreira do Amaral

459.340,98

RJ

Niterói

UFF

Hospital Universitário Antonio Pedro

1.311.439,93

RJ

Rio de Janeiro

UFRJ

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

832.274,70

RJ

Rio de Janeiro

UFRJ

Instituto de Neurologia Deolindo Couto

133.789,66

RJ

Rio de Janeiro

UFRJ

Maternidade Escola

255.862,98

RJ

Rio de Janeiro

UNIRIO

Hospital Universitário Gaffrée e Guinle

2.973.508,69

RN

Natal

UFRN

Hospital Universitário Onofre Lopes

1.565.100,62

RN

Natal

UFRN

Maternidade Escola Januário Cicco

1.293.812,59

RN

Santa Cruz

UFRN

Hospital Universitário Ana Bezerra

95.487,00

RS

Pelotas

UFPEL

Hospital Escola

1.540.367,78

RS

Rio Grande

UFRG

Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Júnior

4.701.090,71

RS

Santa Maria

UFSM

Hospital Universitário

1.075.755,46

SC

Florianópolis

UFSC

Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago

1.684.083,38

SE

Aracaju

UFS

Hospital Universitário

981.346,56

SP

São Paulo

UFSCAR

Hospital Escola de São Carlos

467.252,72

SP

São Paulo

UNIFESP

Universidade Federal de São Paulo

2.467.835,89

TOTAL

 

 

 

75.012.320,75