Dilma sanciona lei que libera ‘pílula do câncer’

A presidenta Dilma Rousseff (PT) sancionou a lei aprovada pelo Senado há duas semanas, que permite a produção, a distribuição e o uso da fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como “pílula do câncer”. A decisão de Dilma foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14).

  
De acordo com o líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), que foi ministro da Saúde de Lula, a norma prevê que pessoas com câncer podem utilizar a substância “por livre escolha”, desde que apresentem um laudo médico comprovando o diagnóstico da doença e assinem um termo de consentimento e responsabilidade.

“A presidenta foi sensível aos milhares de pedidos que recebeu para a liberação da substância. Quis ajudar aquelas pessoas que estão doentes e seus familiares a terem mais esperança e mais um elemento de cura. Foi um texto aprovado pelo Congresso Nacional, que ela respeitou integralmente e sancionou sem vetos”, explicou Humberto Costa.

O Governo, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem realizado uma série de testes para avaliar a viabilidade da fosfoetanolamina sintética como medicamento. Se, ao final dos procedimentos, os estudos clínicos indicarem êxito nos resultados, a substância será liberada para a comercialização como remédio.    

Deputados do Rio Grande do Sul serão os primeiros a votar o impeachment 

O 1º secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP), anunciou nesta quarta-feira (13) em Plenário que a votação, no próximo domingo (17), do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff será feita da seguinte forma: primeiramente, serão chamados nominalmente os deputados da Região Sul, passando pelas demais até se chegar à Região Norte; dentro de cada estado, a chamada seguirá a ordem alfabética dos nomes dos deputados. 

Assim, os primeiros parlamentares a votar serão os do Rio Grande do Sul, a começar por Afonso Hamm (PP), que já declarou ser favorável ao impeachment de Dilma.

A decisão sobre a ordem de chamada foi tomada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele argumenta que o então presidente Ibsen Pinheiro, quando da votação do processo de impeachment de Fernando Collor, em 1992, decidiu pela chamada nominal por ordem alfabética porque o Regimento Interno da época, ao contrário do caso atual, não previa a hipótese de chamada para votação desse tipo de matéria com alternância entre as regiões.

Movimento Vem Pra Rua vai transmitir impeachment ao vivo em várias cidades 

O movimento Vem Pra Rua vai preparar estruturas de transmissão da sessão plenária que vai decidir, na Câmara, se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff segue para a votação do Senado – Casa legislativa que, segundo rito definido pelo Supremo Tribunal Federal, fica responsável pela análise de mérito sobre as denúncias de crime de responsabilidade apresentadas contra a petista.

 As discussões terão início na próxima sexta-feira (15) e, depois de diversos procedimentos regimentais, vão culminar com a votação do pedido de impedimento no domingo, a partir das 14h.Convocando a população para se manifestar Brasil afora, o Vem Pra Rua vai montar telões para que o cidadão possa acompanhar ao vivo as discussões de plenário. Segundo o movimento, os locais de transmissão são os mesmos em que, no último 13 de março, manifestações pró-impeachment foram realizadas em todas as capitais brasileiras e centenas de municípios.

Os telões serão afixados a céu aberto em todas as capitais e em cerca de 200 cidades – nesse caso, diz o grupo, a mobilização é espontânea. O Vem Pra Rua diz não ter “lista formatada” sobre quais são as cidades que promoverão as transmissões.
Ainda segundo o movimento, telões serão dispostos na Esplanada dos Ministérios, a poucos metros do Congresso. Além da região central de Brasília, haverá telões a céu aberto em São Paulo (no cruzamento da Avenida Paulista com a Pamplona, em um caminhão); no Rio de Janeiro (três telões na Praia de Copacabana); em Recife (telões na Avenida Boa Viagem, nas proximidades do Segundo Jardim); e em Salvador (Jardim de Alah).

Impeachment: investigado  na Lava Jato será o primeiro a votar

O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) será o primeiro parlamentar a votar em plenário na apreciação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo (17). A fila de votação seguirá a ordem alfabética do nome dos deputados, respeitando o rito definido na segunda-feira (11) pela Câmara. 

  
Hamm está em seu terceiro mandato na Câmara, tem cerca de 20 anos de vida política e é declaradamente favorável à saída da presidente Dilma do poder.
Desde março de 2015, Afonso Hammresponde no Supremo Tribunal Federal (STF) ao Inquérito 3989, da Operação Lava Jato, por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele foi apontado por Alberto Youssef como um dos parlamentares da legenda que recebiam mesada de R$ 30 mil a R$ 150 mil.

Na segunda-feira, após presidir a sessão de leitura do relatório da comissão do impeachment em plenário, Hamm disse que não teme as investigações e que espera que sejam arquivadas. “Coloquei todos os meus sigilos à disposição da Justiça e espero que o processo seja arquivado”, afirmou.

O deputado gaúcho passou à frente do deputado Abel Galinha (DEM-RR) na ordem de votação em plenário com a definição que o Sul dará início aos votos.

Hamm comemorou em um vídeo gravado ao lado do relator da Comissão Especial de Impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), a aprovação do parecer do petebista. Segundo Jovair, “a vitória também é de Afonso Hamm”.

O PP, partido do parlamentar gaúcho, é a legenda com o maior número de políticos investigados pela Operação Lava Jato – são mais de 30. É também a sigla que mais ganhou adeptos com a janela partidária, que terminou no mês passado. Passou de 41 deputados para 47. A bancada decidiu apoiar o impeachment de Dilma na última segunda-feira. De acordo com o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), o PP decidiu não obrigar seus deputados a votarem contra o governo, mas o líder, Aguinaldo Ribeiro (PB), vai encaminhar o voto a favor do impeachment. O deputado paraibano, no entanto, votou contra o impeachment na comissão e deve manter essa posição em plenário. Ele foi ministro das Cidades no primeiro governo Dilma.

Prazo para partidos encaminharem lista com filiados à Justiça Eleitoral termina hoje 

Termina nesta quinta-feira (14) o prazo para os 35 partidos políticos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminharem à Justiça Eleitoral, via internet, as informações atualizadas sobre a relação de filiados. Os dados serão divulgados pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral (CGE), após o processamento das informações, no dia 20 de abril.

O prazo final para o envio das listas de filiados foi estabelecido pelo Provimento nº 5/2016 da CGE. A relação atualizada deve conter a data de filiação e o número dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados às legendas estiverem inscritos. Se a relação não é remetida nos prazos mencionados, permanece inalterada a filiação de todos os eleitores.O artigo 19 da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) estabelece que as agremiações devem encaminhar as relações de seus filiados em abril e outubro de cada ano. Os dados devem ser disponibilizados por meio do sistema Filiaweb, que permite a interação on-line com o Sistema de Filiação Partidária.

No caso de coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.

Filiados até 2015

No Brasil, hoje há 15.842.525 filiados a partidos políticos. Esse dado foi calculado com base nas últimas listas enviadas à Justiça Eleitoral, em 2015, pelos 35 partidos registrados no TSE.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) tem o maior número de filiados: 2.376.463. Em seguida, vem o Partido dos Trabalhadores (PT), com 1.590.104, e o Partido Progressista (PP), com 1.419.386 filiados.

Os três partidos mais recentes que tiveram seus registros aprovados no TSE (Partido Novo – 1.394; Partido da Mulher Brasileira – 34; e Rede Sustentabilidade – 1.576) somam juntos 3.004 filiados.

Jorge Gomes destaca democracia em congresso da ASCES 

O vice-prefeito Jorge Gomes participou, representando o prefeito José Queiroz, da abertura do Congresso de Administração Pública da Asces, que ocorreu na noite desta quarta, 13. 

  
Com o tema Eleições e Gestão Pública – desafios e estratégias, o vice-prefeito fez um reconhecimento à instituição de ensino por proporcionar aos estudantes a possibilidade de ter olhares diferentes sobre o tema, a partir da ótica de cada palestrante. “Essa é uma oportunidade do jovem debater política. Um espaço democrático, bem diferente do tempo em que as divergências eram separadas pela bala ou pelo exílio. E esse tempo jamais deve voltar”, afirmou Jorge Gomes, durante a saudação aos participantes.

Gilberto Kassab pede demissão mas Dilma não aceita 

O deputado Átila Lins (PSD-AM) disse aoCongresso em Foco que o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, informou à presidente Dilma Rousseff que estaria disposto a deixar o cargo. O motivo foi a decisão amplamente majoritária tomada pela bancada do partido na Câmara na tarde desta quarta-feira de apoiar a abertura do processo de impeachment da presidente. Dos 31 deputados, 28 se posicionaram a favor do impeachment.

Kassab teve audiência com Dilma depois da decisão dos deputados da bancada de desembarcar do governo. Ainda não se sabe se o PSD vai continuar com os cargos ocupados por indicados pela legenda nos ministérios e no segundo escalão de diversos órgãos federais. Constrangido, Kassab ouviu de Dilma, segundo o deputado Átila Lins, que poderia continuar na pasta, mesmo com o apoio da quase totalidade dos parlamentares do PSD ao impeachment.

Kassab foi para o Ministério das Cidades em janeiro do ano passado na partilha de poder definida pela presidente Dilma para garantir o apoio do PSD ao Palácio do Planalto. Antes de Kassab, em 2013 o vice-governador de São Paulo, Guilherme Affif Domingos, mesmo com estreitas ligações com o governador tucano Geraldo Alckmin, aceitou ser secretário especial da Pequena e Média Empresa, também na cota do PSD, e passou a ser o 39º ministro.

Demissão em massa no Palácio do Planalto 

O Palácio do Planalto começa nesta quinta-feira (14) a exonerar os indicados por deputados que vão votar favoravelmente ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Quadros que foram nomeados por indicações do PP e do PTB serão os primeiros a serem destituídos, tendo eles apresentado ou não pedido de demissão.

  
Nesta quarta-feira (13), o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, indicado pelo PP, entregou o cargoapós o partido declarar ontem (12) voto favorável ao impeachment. Além dele, o secretário executivo, Carlos Antônio Vieira Fernandes, e o presidente da Companhia Desenvolvimento Vale São Francisco (Codevasf), Felipe Mendes de Oliveira, devem ser exonerados na edição de amanhã do Diário Oficial da União. Assume o ministério um secretário da pasta que não foi indicado pela legenda.

O governo continua atualizando a contabilidade dos deputados que garantiram votos contrários ao afastamento da presidenta. Do cenário mais pessimista ao otimista, os números variam de 187 a 207. Para derrubar o processo, são precisos dois terços dos parlamentares da Câmara, o que significa 172 dos 513 deputados. São necessário 342 votos para o impeachment ser aprovado e o processo seguir para o Senado.

Nesta quinta, Dilma recebe no Palácio da Alvorada, para um café da manhã, os 27 deputados que votaram contra o impeachment na comissão que analisou o parecer. O encontro será um gesto de agradecimento aos parlamentares, que têm sido chamados pelo governo de “heróis da democracia”, pela defesa que fizeram da presidenta e reúne também outros líderes de partidos contrários ao processo.

Queiroz, Jorge e Bruno Lagos, visitam usina de asfalto 

Nesta quarta-feira (13), o prefeito José Queiroz foi conferir o funcionamento da nova usina de asfalto pré-misturado a frio acompanhado do vice-prefeito, Jorge Gomes, e do ex-secretário infraestrutura, Bruno Lagos.
Antes, a produção de asfalto era de cerca de cinco toneladas por hora, já o novo maquinário pode oferecer até 60 toneladas de asfalto no mesmo tempo. 

Isso significa a fabricação média de 1200 m²/h de material, que pode ser armazenado por até três meses, sem perder suas características originais. Esse asfalto é ideal para reparos e recuperação de vias. Além disso, também pode ser usado na construção de lombadas.

De acordo com o prefeito, o aumento da demanda ocasionada pelo crescimento natural da cidade e pelas chuvas comuns desta época do ano foram fatores de peso para a decisão sobre o investimento. “Reforçar a produção é a melhor alternativa. Havendo sempre asfalto disponível é possível realizar reparos até no inverno sempre que houver um dia sem chuvas”, pontuou Queiroz. 

  
A atual Usina, localizada às margens da BR 104, próximo ao Hospital Regional do Agreste, pertence ao DER – Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco, mas foi cedida ao município desde 2010. A produção e a mão de obra são custeadas pela Prefeitura, que realiza a compra da brita, da areia e das emulsões asfálticas, matéria-prima para fabricação do asfalto.