Tony Gel cumpriu agenda no interior com Raul Henry

O deputado estadual Tony Gel e o vice-governador Raul Henry, cumpriram agenda política de fortalecimento do PMDB, em duas cidades próximas à Câmara, no Agreste. Na sexta-feira (08), Tony Gel e Raul Henry estiveram prestigiando um encontro promovido pelo médico Ildefonso Rodrigues, pré -candidato do PMDB na Cidade de São Caetano. O encontro aconteceu na Fazenda de Dr Ildefonso e contou com a presença de várias lideranças comunitárias. 

  
Já neste sábado (09), Tony Gel e Raul Henry, participaram em Toritama, de um encontro promovido pelo empresário Edílson Tavares, pré -candidato à prefeito da Terra do Jeans, pelo PMDB. Em ambos, Raul Henry e Tony Gel falaram da importância do partido ter candidatos à prefeito em várias cidades da região.

Concurso da Polícia Militar: inscrições se encerram neste domingo(10)

Acabam neste domingo, 10/04, as inscrições para o Concurso Público da Polícia Militar de Pernambuco. No total estão sendo disponibilizadas 1.500 vagas para candidatos de nível médio. 
A organização do certame está sob a responsabilidade do IAUPE – Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco, e terá como etapas a Prova Objetiva, Exame de Aptidão Física, Avaliação Psicológica, Exames Médicos e Investigação Social.

As inscrições são realizadas exclusivamente pelo site do IAUPE, e somente serão validadas após o pagamento do boleto referente à inscrição, no valor de R$ 100,00. Para inscrições, acesse: www.upenet.com.br 

O Concurso tem validade de dois anos, a contar da data da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da Secretaria de Defesa Social. Todas as demais informações constam no edital, no site do concurso: www.upenet.com.br 

Com presença de lideranças nacionais, Agrestina ganha R$3,7 milhões em convênios 

O foco dos discursos realizados neste sábado (09), em Agrestina, foi a superação de expectativas mesmo em um momento frágil da economia e da política em todo o Brasil. Em um palanque formado por nomes como o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, o senador Humberto Costa, o vice – governador Raul Henry, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa, o secretário estadual das Cidades, André de Paula, deputados e prefeitos da região, o prefeito Thiago Nunes realizou a assinatura de ordens de serviço e convênios com investimentos que totalizam R$ 3,7 milhões. 

  
Thiago Nunes lembrou da regularidade com o Cadastro Único de Convênios (CAUC), da conquista de um representante da Caixa Econômica Federal para o município, da efetivação de R$ 12 milhões, em 20 contratos junto à CEF nos últimos três anos, e ainda da instalação da indústria da Eurosono.  “A Agrestina de hoje é muito diferente da Agrestina de ontem. A maneira que posso retribuir a confiança de todos vocês é trabalhando. Em momentos difíceis, os grandes gestores se destacam e eu estou conseguindo sobreviver a essa crise. Tenho fé e esperança que vamos virar e esperanças são página”, declarou.

Já o senador Humberto Costa, que foi oposição durante a disputa municipal de 2012, contou que recebeu o prefeito pessoalmente em Brasília para viabilizar emendas e também se colocou à disposição para continuar contribuindo com o que for possível para o desenvolvimento de projetos que beneficiem Agrestina. O ministro Armando Monteiro, classificou o movimento visto neste sábado em Agrestina como um “mutirão de esforços”. “Mesmo em meio a esse cenário de grandes dificuldades, é sempre importante destacar que a política é um exercício de esperança e o povo brasileiro já deu diversas provas da sua capacidade de superação. Eu não tenho nenhuma dúvida que o Brasil mais uma vez haverá de ultrapassar esse momento difícil”, disse. 

Para o vice – governador, Raul Henry, foi uma “demonstração de competência política que uniu lideranças de partidos antagônicos num mesmo propósito”. Tanta euforia se deu porque nos próximos meses, 10 ruas da cidade receberão asfalto, a Praça Padre Cícero passará por uma completa requalificação, através de um investimento de R$ 750 mil. Ainda o Estádio Municipal terá investimento inicial de R$ 250 mil reais na primeira etapa e outros R$ 250 mil serão destinados para a construção da Praça Nossa Senhora Aparecida, ao lado do Fórum. 

A Ponte da Capivara, que faz parte do roteiro turístico da cidade, passará por reformas, com uma verba de R$ 350 mil e o mesmo valor será utilizado para a construção de um pórtico de entrada para Agrestina. Os convênios assinados permitirão a reforma da Praça da Câmara de Vereadores e a construção da Praça do Ipiranga. As obras serão realizadas a partir da segunda (11) através de parcerias com os Ministérios do Turismo, das Cidades e do Esporte, além do Governo de Pernambuco através da Secretaria das Cidades. À frente de uma das pastas que será beneficiada pelas obras, Josenildo Santos, Secretário de Cultura, Turismo e Juventude lembrou a importância de se trabalhar a estruturação de um município para que ele cresça de forma sólida. “Cinco dessas obras beneficiam diretamente o turismo, mas não só ele, trazem benefícios para toda uma cadeia da economia, por isso são importantes”, completou.

Indecisos vão decidir impeachment da presidente Dilma Rousseff 

Por Magno Martins

Faltando praticamente apenas dez dias para a votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, pesquisa do Datafolha aponta que 60% dos deputados se dizem favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Datafolha ouviu uma amostra de 359 parlamentares entre 21 de março e 7 de abril: 291 deputados e 68 senadores.

O índice de 60% representa 308 deputados, considerando o total de votantes (513). Para que o impeachment seja aprovado na Câmara, são necessários 342 votos. A pesquisa também apurou que 21% dos deputados declararam voto contrário à saída da presidente, o que, pela projeção, representa 108 votos a favor de Dilma. Para se livrar do processo, a presidente precisa de 172 votos.

Neste cenário do Datafolha, nem a oposição tem hoje os votos suficientes para aprovar nem tampouco o Governo o que precisa para estancar o processo logo no plenário da Câmara. Traduzindo em miúdos, a bola está com os indecisos, mas teoricamente, a esta altura, não tem ninguém indeciso. Tem parlamentar, na verdade, querendo vender seu voto num leilão, para quem der mais no balcão de Dilma ou Temer.

Os deputados indecisos, de acordo com o Datafolha, são 18% da Câmara. Esses votos decidirão o destino de Dilma. Os parlamentares entrevistados deram resposta por telefone e na condição de anonimato. Os resultados, segundo o Datafolha, foram ponderados segundo as bancadas dos partidos, “com o pressuposto de que a filiação é uma variável importante na definição do voto”. O instituto ressaltou que fatos novos podem mudar a tendência de votação.
O processo de impeachment tramita na comissão especial da Câmara formada para analisar o caso. O relator, Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou parecer pela cassação do mandato da presidente.

 A comissão deve realizar sessão inclusive no fim de semana para poder votar o parecer na próxima segunda-feira. Depois, se aprovada a abertura do processo na comissão, o impeachment será votado no plenário da Casa.
A pesquisa investigou também como votam os deputados de cada bancada. No PP, partido da base cortejado pelo governo para reforçar o apoio a Dilma, 57% dizem que votarão pelo impeachment e 30% estão indecisos. No PMDB, que era o maior partido da base ao lado do PT, mas deixou o governo recentemente, 59% dos deputados devem votar pelo afastamento e 38% não se posicionaram.

A pesquisa ouviu ainda os senadores. 55% disseram que votariam pelo afastamento definitivo de Dilma e 24% se posicionaram contra. Caso seja aprovado na Câmara, o impeachment tem que passar pelo Senado. O instituto quis saber o posicionamento dos deputados sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal acusado de irregularidades no esquema de corrupção na Petrobras.

Entre os deputados, 61% disseram que defendem sua renúncia e 23% entendem que ele deveria permanecer no cargo. Também 61% disseram que votariam pela cassação dele caso o processo que tramita no Conselho de Ética chegue ao plenário da Casa. Cunha responde por quebra de decoro e é acusado de manter contas bancárias secretas na Suíça.

Policlínicas das Cohabs ainda não foram inauguradas

Anny Katleen/Jornal Vanguarda 

As UPAs dos bairros Boa Vista I e II e das Rendeiras, que deveriam ter sido entregues em funcionamento à população em dezembro de 2012, não foram abertas até o presente momento. As unidades estão prontas, porém ainda não possuem equipamentos e nem funcionários para atender os moradores dessas localidades, principalmente nesta época que ocorre surto de infecções pelo mosquito Aedes aegypti e suas consequências, como os casos de microcefalia.

Devido à demora da inauguração e à falta de manutenção, alguns locais das unidades apresentam rachaduras, azulejos caindo, bem como metralhas e lixo acumulados nos arredores.

O número de infectados pelo vírus da dengue, zika e chikungunya, transmitidos pelo mosquito, tem aumentado consideravelmente em Caruaru. No ano passado, foram notificados mais de 6.329 casos de dengue, destes, 655 foram confirmados. Até o início de março deste ano houve 925 notificações com 41 confirmações da doença, e 31 casos confirmados de chikungunya. Quanto à zika houve 283 notificações e nenhuma confirmação.

Para a aposentada Cosma Maria, 75 anos, que reside há 30 anos na rua Francisco Pereira da Silva, no bairro Divinópolis, próximo à UPA do Boa Vista I e II, o não funcionamento da unidade prejudica a agilidade e a mobilidade na hora de procurar tratamento para as doenças. Ela revela que ainda está se recuperando da chikungunya. “Eu ainda sinto muitas dores e estou em observação. Como a UPA não funciona aqui, eu tive que me deslocar para o Hospital Manoel Afonso e lá fui atendida e medicada. Voltei para me cuidar em casa. Além de mim, meu filho e minha nora tiveram a doença”, comenta.

Intelectuais fortalecem Rede Sustentabilidade

Hélio Júnior

No prazo final para filiações visando às eleições municipais, a Rede Sustentabilidade em Caruaru foi fortalecida com a chegada de novos membros, incluindo pessoas ligadas à cultura, educação e direitos humanos. “Conheço grande parte deste grupo que entrou, sei da militância de cada um e das suas afinidades políticas. Eles também sabem da minha afinidade. O partido tem se comportado de uma forma plural”, afirmou o porta-voz masculino da sigla, o advogado Marcílio Cumaru.

 Com uma proposta diferente de partido, não existe a figura de presidente, nem coordenador, contando ainda com uma porta-voz feminina, a advogada Cláudia Alcântara. Marcílio e Cláudia fazem parte de um coletivo, formado por dez pessoas, que vai deliberar as questões internas. “Hérlon, mesmo recente na Rede, já tem uma vaga no coletivo, que é formado por pessoas que estão desde a coleta de assinaturas, como quem chegou agora”, disse Marcílio.O jornalista e poeta Hérlon Cavalcanti, aliás, foi muito importante na articulação para a entrada deste grupo. “Renova nossas esperanças. A Rede tem uma linha de esquerda que a gente sempre acreditou. Esse grupo defende uma pauta que a cidade ainda não conseguiu avançar: educação, terra, social, esporte, pautas que todo município precisa acordar. Temos um modelo de cidade que não avançou”, comentou Hérlon.

Willon Valença, que também é novato na Rede, pretende levar, por exemplo, discussões sobre o campo. “A ideia é colaborar com a proposta desta nova agenda no campo e na cidade. Quero trazer mais o debate para área na qual eu já venho vivenciando, que é a questão da vida das pessoas na zona rural, a agricultura familiar e a sustentabilidade”, disse. De acordo com Willon, a diversidade das pessoas que compõem a legenda também chama a sua atenção.

Para a professora Tânia Bazante, a decisão de entrar na Rede é a busca por um lugar onde possa ter espaço para as lutas importantes, como a da educação. “Temos uma série de arranjos que não fazem mais parte das pautas de luta que eu geralmente participo. Estar sempre nas lutas da cidade era uma perspectiva depois da saída de espaço que não me representavam mais. A Rede guarda esta possibilidade. Vir para o partido significa encontrar um lugar fértil.”

O professor de educação física, Severino Júnior, acredita que chegou a hora da sua categoria participar mais da política, e a Rede foi o partido escolhido. “Viver é se posicionar e, há algum tempo, temos nos posicionado na área de esporte, lazer e qualidade de vida. E isso é obrigação do Estado. Muitos professores de educação física querem discutir esporte, com política, através da Rede.”

A Rede Sustentabilidade conquistou também os irmãos cientistas políticos Arnaldo Dantas, Ana Maria Barros e Perpétua Dantas. “A legenda tem uma pauta diferente. Não tem medo de discutir com a sociedade. O importante é que ela estimula o debate político. Cada indivíduo tem uma identidade com a cidade”, disse Arnaldo.

Diante desta diversidade de pensamentos, um dos desafios da legenda será definir sobre a candidatura majoritária. De acordo com Marcílio, a decisão de candidatura própria ou de apoio a algum dos pré-candidatos já postos vai depender, também, da viabilidade eleitoral. A comissão, que deve deliberar sobre este e outros temas, deverá ser formalizada na semana que vem.

Número de eleitores já passa de 208 mil e Caruaru terá rezoneamento 

Wagner Gil 

Até a manhã da última quinta-feira (7) o número de eleitores em Caruaru aptos para votar nas eleições municipais deste ano era de 208.056, numa clara garantia de possibilidade de segundo turno na eleição majoritária que vai escolher o novo prefeito e o vice. Como já é tradição, a 105ª Zona Eleitoral é a maior da cidade, com 102.378 inscritos. Em seguida vem a 106ª, com 73.161 eleitores. A menor é a 41ª, que é responsável pela zona rural e tem 32.517 pessoas aptas para o pleito.

Como os pedidos de transferência e novos alistamentos estão valendo até o início do próximo mês, esse número pode chegar a 220 mil eleitores. Isso porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Caruaru, está atendendo uma média de 250 pessoas para essa finalidade, diariamente. “De acordo com determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo para o novo alistamento e mudança de domicílio eleitoral se encerra no dia 4 de maio e, geralmente, quando o tempo vai esgotando, o número de pessoas para ser atendidas aumenta de forma considerável”, disse o chefe do Cartório da 46ª, Marcelo Henrique.

Por enquanto o movimento é normal e o TRE atende bem. Todos os agendamentos são marcados via internet e isso tem facilitado bastante a agilização do processo quando o eleitor chega para ser atendido. Em média 15 minutos, no máximo.

De acordo com Leda Barbosa, responsável pelo atendimento, atualmente são marcados cerca de 210 atendimentos pela internet e outras 40 vagas são selecionadas para pessoas portadoras de deficiência, idosos, gestantes etc.
REZONEAMENTO

Outro fator importante para as eleições deste ano é a possibilidade da cidade passar por um rezoneamento. Ou seja, alguns bairros que pertencem a uma determinada zona eleitoral passariam para outra zona. Nesse caso, a 46ª receberia os bairros Cohab II, Jardim Panorama, José Carlos de Oliveira e Severino Afonso. “Não tem nada decidido, ainda é um estudo e só a Corregedoria poderá confirmar se o rezoneamento vai ocorrer e se vai ser a partir dessas eleições”, comentou Marcelo Henrique.

De acordo com Raquel Salazar, que faz parte da Corregedoria do TRE, o processo de rezoneamento de Caruaru ainda não foi julgado, mas existem grandes possibilidades de já valer este ano. Ela explicou ainda que para o eleitor não altera nada.

Mudança de partido mantém equilíbrio de forças na Câmara de Caruaru

Wagner Gil

Com  o fim do prazo de filiações partidárias, houve uma mudança significativa na formação das bancadas de oposição e situação na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. No começo desta legislatura, o governo tinha 16 dos 23 vereadores eleitos, agora o quadro se modificou bastante, por vários fatores, que vão da Operação Ponto Final à adequação para as eleições deste ano. A oposição ao prefeito José Queiroz (PDT) foi ampliada, mas em duas frentes: uma ligada à deputada Raquel Lyra (PSDB) e outra ao deputado Tony Gel, porém o chefe do Executivo municipal mantém a maioria.

Atualmente dois partidos estão com as maiores bancadas: o PDT, do prefeito José Queiroz, conta com cinco vereadores: Leonardo Chaves (ex-PSD), Lula Tôrres (ex-PR), Zé Ailton, Ricardo Liberato (ex-PSC) e Ranilson Enfermeiro (ex-PTB). Já o PRTB, que também tem cinco edis, ficou com Heleno do Inocoop, Rodrigues da Ceaca, Edjailson da CaruForró (ex-PT do B), Rozael do Divinópolis (ex-Pros) e Duda do Vassoural (ex-DEM). O detalhe é que o PRTB não decidiu quem vai apoiar na majoritária, mas se mantém na base do governo. A decisão em relação às eleições será pela maioria dos integrantes.

O PMDB, por enquanto, tem três: Louro do Juá (ex-SD), Eduardo Cantarelli (ex-SD) e Cecílio Pedro (ex-PTB). Caso os edis que estão afastados pela Operação Ponto Final retornem – Val (ex-DEM), Neto (ex-PMN) e Evandro Silva, que já era do quadro -, a sigla passará a contar com seis integrantes, a maioria da bancada.

O PSDC ficou com Nino do Rap (Ex-DEM), Jajá (que estava sem partido, depois de deixar o PMN) e Sivaldo Oliveira (ex-PP). Também estão na legenda Val das Rendeiras e Pastor Jadiel, que ainda estão afastados devido à Operação Ponto Final. O Pros perdeu Demóstenes Veras, que foi para o PP.

Já o PSB, partido do vice-prefeito e provável candidato do governo, Jorge Gomes, também ficou com apenas um, com a saída de Gilberto de Dora para o PSDB. O representante dos socialistas é Marcelo Gomes.

Entre os que permaneceram nos seus partidos, estão os vereadores Edmilson do Salgado (PCdoB), Romildo Oscar (PTN), Carlos Santos (PRB) e Tenente Tibúrcio (PMN). Quem teve uma redução enorme foi o DEM, que conta apenas com a suplente Rosimery da Apodec.

Mudança de partidos mantém equilíbrio de forças na Câmara de Caruaru

Wagner Gil

Com  o fim do prazo de filiações partidárias, houve uma mudança significativa na formação das bancadas de oposição e situação na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. No começo desta legislatura, o governo tinha 16 dos 23 vereadores eleitos, agora o quadro se modificou bastante, por vários fatores, que vão da Operação Ponto Final à adequação para as eleições deste ano. A oposição ao prefeito José Queiroz (PDT) foi ampliada, mas em duas frentes: uma ligada à deputada Raquel Lyra (PSDB) e outra ao deputado Tony Gel, porém o chefe do Executivo municipal mantém a maioria.

Atualmente dois partidos estão com as maiores bancadas: o PDT, do prefeito José Queiroz, conta com cinco vereadores: Leonardo Chaves (ex-PSD), Lula Tôrres (ex-PR), Zé Ailton, Ricardo Liberato (ex-PSC) e Ranilson Enfermeiro (ex-PTB). Já o PRTB, que também tem cinco edis, ficou com Heleno do Inocoop, Rodrigues da Ceaca, Edjailson da CaruForró (ex-PT do B), Rozael do Divinópolis (ex-Pros) e Duda do Vassoural (ex-DEM). O detalhe é que o PRTB não decidiu quem vai apoiar na majoritária, mas se mantém na base do governo. A decisão em relação às eleições será pela maioria dos integrantes.

O PMDB, por enquanto, tem três: Louro do Juá (ex-SD), Eduardo Cantarelli (ex-SD) e Cecílio Pedro (ex-PTB). Caso os edis que estão afastados pela Operação Ponto Final retornem – Val (ex-DEM), Neto (ex-PMN) e Evandro Silva, que já era do quadro -, a sigla passará a contar com seis integrantes, a maioria da bancada.

O PSDC ficou com Nino do Rap (Ex-DEM), Jajá (que estava sem partido, depois de deixar o PMN) e Sivaldo Oliveira (ex-PP). Também estão na legenda Val das Rendeiras e Pastor Jadiel, que ainda estão afastados devido à Operação Ponto Final. O Pros perdeu Demóstenes Veras, que foi para o PP.

Já o PSB, partido do vice-prefeito e provável candidato do governo, Jorge Gomes, também ficou com apenas um, com a saída de Gilberto de Dora para o PSDB. O representante dos socialistas é Marcelo Gomes.

Entre os que permaneceram nos seus partidos, estão os vereadores Edmilson do Salgado (PCdoB), Romildo Oscar (PTN), Carlos Santos (PRB) e Tenente Tibúrcio (PMN). Quem teve uma redução enorme foi o DEM, que conta apenas com a suplente Rosimery da Apodec.

Ministro Dias Toffoli defende que país deve “alforriar o debate político”

O Brasil precisa “alforriar a sua democracia, alforriar o debate político”. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, em conferência no V Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, em Curitiba, nesta sexta-feira (8).

O ministro defendeu o debate pré-eleitoral aberto no país e a democratização da escolha de candidatos pelos partidos políticos. O maior congresso de direito eleitoral da história, reuniu mais de 60 palestrantes que falaram para 2.300 inscritos sobre os diversos temas que envolvem o Direito Eleitoral e as eleições.“Os debates pré-eleitorais têm que ser abertos. O país lutou pela democracia. Quis o debate político. Agora você não pode fazer debate político porque é pré-campanha, e você só pode fazer campanha quando se registra candidato. Como ele vai ser testado antes? Como se faz um debate nacional?”, afirmou Toffoli, ao dar o exemplo dos Estados Unidos, onde os pré-candidatos a presidente da República já disputam as eleições primárias de seus partidos, falando dos mais variados assuntos. 

O ministro informou ainda que, hoje, 71% da população brasileira (de 203 milhões de habitantes) estão alistados para votar, enquanto 20% da população eram inscritos para votar em 1960, na última eleição presidencial direta antes do Regime Militar, implantado em 1964 e que vigorou por 21 anos.

Segundo o ministro, hoje o grande déficit da democracia brasileira está na falta de amplo debate político nos partidos, para a escolha de candidatos, antes mesmo do período eleitoral. “Todos aqueles que foram às urnas eletrônicas em outubro de 2014 tinham entre três ou quatro opções. A pergunta que faço é: quem escolheu esses três ou quatro nomes? Foi o processo democrático?”, indagou Toffoli.

O presidente do TSE disse que esse contexto se repete desde 1989, quanto à escolha de candidatos a presidente da República. “Há um déficit em nossa democracia que é o déficit da discussão aberta e democrática dos partidos políticos internamente, da participação política do cidadão brasileiro na institucionalidade”, observou o ministro.