Henry e Jarbas defendem saída do PMDB do Governo

Membros do diretório nacional do PMDB, o vice-governador de Pernambuco e presidente da legenda no Estado, Raul Henry, e o deputado federal Jarbas Vasconcelos seguem amanhã para Brasília, para participar da reunião do partido que irá decidir sobre a permanência ou não no Governo Dilma Rousseff. No encontro, o PMDB-PE vai ratificar a sua posição de oposição à gestão petista.

Fazendo uma avaliação do atual cenário político, Raul Henry prevê que, hoje, 80% do PMDB deseja o rompimento com o Governo. “Como o partido é muito heterogêneo, já que em cada estado do Brasil há um perfil diferente, é possível que a minoria, sobretudo aqueles que estão ocupando os sete ministérios, queira continuar apoiando a presidente. Mas, a maioria absoluta do partido, incluindo o PMDB de Pernambuco, entende, sim, que o Governo acabou, uma vez que Dilma Rousseff não lidera mais o Congresso Nacional e não tem a confiança da sociedade brasileira”, avaliou Henry.

O presidente estadual da sigla destacou, ainda, que se trata da maior crise econômica da história do País, e que quem está pagando a conta é a população. “Em Pernambuco, mais de 60 mil pais de família perderam o emprego, o Estado apresenta queda de arrecadação, queda da capacidade de investimento e não fomos nós que causamos essa crise. Ela é resultado da gestão temerária da economia do País. É preciso que haja providências para amenizar a crise que os estados estão vivendo”, concluiu.

III Viva Dominguinhos: evento inicia contagem regressiva‏

Garanhuns está a 24 dias da abertura oficial da terceira edição do Viva Dominguinhos. O evento, que acontece de 21 a 23 de abril deste ano, contará com apresentações culturais no Espaço Colunata durante o dia e shows noturnos na Praça Cultural Mestre Dominguinhos. Na fanpage oficial, intitulada Viva Dominguinhos, e na página da Prefeitura de Garanhuns, ambas no Facebook, iniciou hoje (28) uma contagem regressiva para a chegada do evento.

Além dos dois tradicionais polos de animação, a população e os visitantes contarão com a execução projetos especiais. Entre eles, o workshop “Desmistificando a Sanfona” – que iniciou hoje (28) e vai passar por escolas públicas e privadas da cidade, apresentando noções de como o instrumento é tocado.

Programação – O III Viva Dominguinhos vai reunir grandes nomes da música local, regional e nacional. Cristina Amaral, Quinteto Violado, Jorge de Altinho, Flávio Leandro, Waldonys, Dorgival Dantas, Maciel Melo, Elba Ramalho, Rogério Rangel e Flávio José, são alguns dos principais artistas que irão passar por esta edição.

Intervenção urbana “Dominguinhos em Quadros” – Este ano, o projeto será realizado no Casarão de Ferreira Costa, localizado na avenida Rui Barbosa. O espaço de aproximadamente 50 metros receberá pinturas e grafite que retratam o ídolo. As artes serão realizadas pelos artistas plásticos Espedito Dias e Rubens Costa, a partir deste mês.

Caminhada do Forró Viva Dominguinhos – No sábado, dia 23 de abril, a caminhada terá concentração às 9h30, na Praça da Fonte Luminosa, de onde o cortejo seguirá até o Palco Colunata. Os participantes terão, ao longo do percurso, a apresentação de bacarmateiros, grupos de xaxado e banda de pífanos. Trio Forró Pé de Serra, Associação dos Bacamarteiros de São João, banda de pífanos Esquenta Mulher de Lajedo, grupo cultural Flor de Mandacaru de Iati e grupo cultural Valentes do Forró de Garanhuns, farão o comando da festa.

Jarbas e Raul Henry defendem impeachement de Dilma 

Membros do diretório nacional do PMDB, o vice-governador de Pernambuco e presidente da legenda no Estado, Raul Henry, e o deputado federal Jarbas Vasconcelos seguem amanhã (29) para Brasília, para participar da reunião do partido que irá decidir sobre a permanência ou não no Governo Dilma Rousseff. No encontro, o PMDB-PE vai ratificar a sua posição de oposição à gestão petista. 

Fazendo uma avaliação do atual cenário político, Raul Henry prevê que, hoje, 80% do PMDB deseja o rompimento com o Governo. “Como o partido é muito heterogêneo, já que em cada estado do Brasil há um perfil diferente, é possível que a minoria, sobretudo aqueles que estão ocupando os sete ministérios, queira continuar apoiando a presidente. Mas, a maioria absoluta do partido, incluindo o PMDB de Pernambuco, entende, sim, que o Governo acabou, uma vez que Dilma Rousseff não lidera mais o Congresso Nacional e não tem a confiança da sociedade brasileira”, avaliou Henry.

O presidente estadual da sigla destacou, ainda, que se trata da maior crise econômica da história do País, e que quem está pagando a conta é a população. “Em Pernambuco, mais de 60 mil pais de família perderam o emprego, o Estado apresenta queda de arrecadação, queda da capacidade de investimento e não fomos nós que causamos essa crise. Ela é resultado da gestão temerária da economia do País. É preciso que haja providências para amenizar a crise que os estados estão vivendo”, concluiu.

Caruaru vai sediar seminário regional sobre microcefalia 

A Capital do Forró será palco, próxima quinta – feira (31), para realização do Seminário regional: “Microcefalia e os Cuidados Socioassistenciais” do Agreste. O mesmo acontecerá no auditório do Shopping Difusora, localizado na Avenida Agamenon Magalhães, 444 a partir das 9h.
O encontro é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e tem como objetivo aprofundar as discussões das demandas de microcefalia com gestores e técnicos da área socioassistencial dos municípios pernambucanos e órgãos envolvidos.

Além de gestores e técnicos da área socioassistencial, o evento é aberto para conselheiros municipais de assistência social e saúde, representantes de classes profissionais e estudantes de áreas relacionadas. Os participantes receberão certificado. O evento também busca alinhar a importância do papel da assistência social no acompanhamento e inserção das famílias no Cadastro Único e demais programas sociais por meio da discussão de propostas e sugestões de ação.

A SDSCJ está realizando o seminário “Microcefalia e os Cuidados Socioassistenciais” como ação de fortalecimento no atendimento aos casos de famílias com crianças, sejam elas nascidas ou intra-útero, identificadas com microcefalia em Pernambuco. O evento será realizado em parceria com vários órgãos, entre eles, os conselhos regionais de Serviço Social (CRESS), de Psicologia (CRP), o Conselho Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (COEGEMAS), e os conselhos estaduais de Assistência Social (CEAS) e de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONED).

Além da Capital do Agreste, o Seminário também será realizado na cidade de Serra Talhada (01/01) e Vitória de Santo Antão (12/04).  

INSCRIÇÃO – O prazo para as inscrições segue até o dia 30 de março. Basta preencher o formulário online disponível nos links abaixo dividido por região. Ainda restam algumas vagas, limitadas para atender à capacidade dos auditórios de Caruaru, Serra Talhada e Vitória. A gestão municipal irá eleger seus representantes, os quais serão inscritos conforme informações em ofício enviado e, de acordo com o porte populacional de cada município. Os participantes receberão certificado.

DADOS – Estudos relacionados ao perfil social das famílias com casos notificados estimam que 70% destas estão em situação de extrema pobreza. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 05 de março, 1.722 casos eram investigados em Pernambuco, em 169 municípios. Desses, 241 casos foram confirmados, distribuídos em 77 municípios do estado.

Comissão do Impeachment se reúne hoje com ministro Luís Barroso

Integrantes da comissão especial encarregada de analisar o pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, se encontram nesta segunda-feira (28), às 18 horas, com o ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso foi relator da ação que definiu o rito de impeachment a ser seguido pelo Congresso Nacional.

O presidente da comissão especial do impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), disse que será um encontro institucional para garantir a harmonia entre os poderes. “Vamos deixar bastante claro todo zelo constitucional, a cautela que todos nós estamos tendo na Comissão para respeitar tudo que foi decidido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal sobre o rito do impeachment”, declarou.

Rogério Rosso reforçou ainda o papel da comissão especial que analisar a admissibilidade da denúncia:”Diferentemente de uma CPI, nós não podemos nem devemos produzir provas; não podemos e nem devemos fazer oitivas para novos fatos, muito pelo contrário. Nosso limite é o que diz a Constituição e que está dentro do que foi decidido pelo Supremo: fazer diligências para esclarecer a denúncia. A Câmara dos Deputados tem agora a prerrogativa e a atribuição de apenas e, tão somente, admitir ou não a denúncia.”

Rosso reafirmou que a Comissão decidiu ignorar denúncias posteriores ao pedido de impeachment apresentado à Câmara: “De fato, nós desconsideramos esses documentos que eram da delação do senador Delcídio, uma vez que poderia suspender algum prazo e abrir prazo de nova defesa com a inclusão de novos documentos. Até porque há 5.500 páginas de denúncia; temos muitos fatos, muitas circunstâncias importantes e graves que precisam ser analisadas com a cautela, a isenção e a imparcialidade necessárias.”

Sérgio Moro envia lista da Odebrecht para o STF

O juiz federal Sérgio Moro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (28) a lista de pagamentos que teriam sido feitos a cerca de 200 políticos, apreendida em uma busca da Polícia Federal na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos executivos da Odebrecht, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Acarajé, deflagrada no mês passado.

De acordo com análise preliminar feita por Moro, a lista envolve pagamentos a pessoas com foro por prerrogativa de função, como deputados e senadores, e, portanto, deve ser remetida ao Supremo, instância responsável por esses processos.

Em despacho na última sexta-feira (25), no qual libertou nove presos temporários na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, o juiz disse que ainda não é possível avaliar a legalidade dos pagamentos, sendo que a Odebrecht é uma das maiores doadoras para campanhas políticas.

“Os pagamentos retratados nas planilhas encontradas na residência do executivo Benedi­cto Barbosa podem ser doações eleitorais lícitas ou mesmo pagamentos que não tenham se efetivado”. diz Moro. “A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Supremo Tribunal Federal”.

Advogados fazem apelo para que OAB não apresente pedido de impeachment

Edjalma Borges-Congresso em Foco

Advogados, juristas e ex-presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestaram no domingo 27, por meio de nota, contra a proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff formulada pelo Conselho Federal da instituição a ser protocolada nesta segunda-feira (28) na Câmara dos Deputados.

Na nota, que será entregue amanhã (29) ao presidente da OAB, Claudio Lamachia, os advogados consideram o pedido de impeachment “um erro brutal”, e alertam que “essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido em 1964, jamais poderia haver sido tomada em sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros, em termos absolutamente transparentes e democráticos, assegurando-lhes o acesso às diferentes posições a respeito do grave momento nacional e das soluções do ponto de vista da preservação da Constituição e do Estado de Direito”.

O pedido de impeachment defendido pela OAB inclui as acusações feitas contra a presidente Dilma pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido–MS) em delação premiada no âmbito daOperação Lava Jato.

Leia a íntegra da nota:
Excelentíssimo Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

Ao ingressarmos na Ordem todos os advogados fizemos o seguinte juramento:
“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.”

O juramento, que deve pautar nossa atuação profissional, aplica-se com idêntica carga imperativa ao exercício das altas responsabilidades de direção da Ordem nos Conselhos Seccionais e no Conselho Federal.

A crise política e econômica em que o Brasil está mergulhado demanda uma solução política e jurídica, que respeite a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos e o aperfeiçoamento da cultura e as instituições jurídicas.

A consciência democrática e a consciência jurídica nacional estão em luta aberta contra as soluções de natureza autoritária que rompam o processo democrático, o respeito ao mandato da Presidente da República e ameaçam mergulhar o país numa conflagração civil de grandes proporções, tempo indefinido, dores incalculáveis e resultado incerto.

O pedido de impeachment da Presidente da República, que tramita na Câmara dos Deputados, é considerado pela maioria dos grandes juristas brasileiros imprestável para a finalidade a que se propõe. Não há crime de responsabilidade a fundamentar o pedido. Logo, trata-se de um golpe contra o mandato da Presidente e contra as instituições democráticas mal travestido de legalidade.

Advogados e juristas de todo o Brasil se reúnem em grupos e comitês e defesa da democracia e contra o golpe. No entanto, o Conselho Federal da OAB, para a surpresa e indignação da consciência cívica e democrática dos advogados e da sociedade brasileira, e sem qualquer consulta ao conjunto dos advogados, resolve somar-se ao movimento golpista de clara orientação partidária mediante a apresentação de um pedido de impeachment da Presidente da República.

Trata-se de um erro brutal e cujas consequências dramáticas em termos de perda da respeitabilidade da Ordem perante a história e sociedade brasileira sobreviverão em décadas o mandato dos atuais conselheiros da entidade. Essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido pela Ordem em 1964, jamais poderia haver sido tomada sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros, em termos absolutamente transparentes e democráticos, assegurando-lhes o acesso às diferentes posições a respeito do grave momento nacional e das soluções adequadas do ponto de vista da preservação da Constituição e do Estado Democrático.

O fato inegável é que, a continuar o crescente isolamento da OAB em relação ao amplo movimento de defesa da Constituição Federal e do Estado Democrático, a Ordem sairá desse diminuída em sua importância e protagonismo institucional, em prejuízo de toda a sociedade, mas especialmente dos advogados, que dependem de uma entidade nacional forte e respeitada para o prestígio da profissão e a defesa das suas prerrogativas.

A situação atual não se compara com o impedimento do presidente Collor. Então havia um virtual consenso na sociedade brasileira e era evidente a participação do presidente da República na prática de crime de responsabilidade. Bem diferente é a atual situação, em que o Conselho Federal da OAB arrisca-se a apartar-se da melhor expressão consciente da consciência democrática e jurídica nacional, servindo como instrumento de um golpe contra a democracia brasileira, como o movimento do impeachment vem sendo compreendido internamente e assim apresentado ao mundo por Chefes-de-Estado e pela mais séria imprensa internacional.
Neste sentido, por haver ainda haver tempo para evitar o erro na iminência de ser cometido pelo Conselho Federal da OAB, requeremos, enfaticamente, que seja suspenso o protocolo do pedido de impeachment da Presidente da República e se proceda imediatamente a uma ampla e direta consulta direta aos advogados brasileiros, através da Seccionais, de modo a permitir que cada colega possa manifestar a sua opinião pelo voto a respeito da decisão da Ordem de pedir o impeachment da Presidente da República sob os fundamentos preconizados pelo Conselho Federal.

Para que a democracia seja respeitada, é preciso assegurar de modo transparente e sem limitações o mais amplo contraditório. Tal procedimento democrático engrandecerá a Ordem, fortalecerá a nossa unidade e constituirá processo de elevação da cultura jurídica e da consciência democrática do conjunto dos advogados brasileiros.

Na hipótese de que o Ilustre Presidente considere não ser possível tempestivamente interromper o protocolo do pedido de impeachment, requeremos que a consulta direta aos advogados brasileiros ora requerida seja submetida a deliberação do Conselho Federal na primeira oportunidade, se possível por convocação extraordinária de modo que de nova decisão do Conselho possa rapidamente surtir seus regulares efeitos, em especial a retirada do pedido de impedimento da Presidente.

PMDB forte para eleições proporcionais

O PMDB deve ser um dos partidos com mais densidade eleitoral nas eleições do próximo ano. Embora ainda não tenha divulgado um nome para a candidatura majoritária – o do deputado Tony Gel é o mais forte -, a sigla vem reunindo vereadores de destaque no Legislativo caruaruense e com boa votação. Além de Evandro Silva – único eleito no último pleito -, a legenda vai contar com Cecílio Pedro, Val de Cachoeira Seca, Eduardo Cantarelli e Louro do Juá.

VANGUARDA conversou com o presidente municipal da legenda, Marcelo Cumaru, e ele confirmou as novas filiações. “São vereadores que estão ligados ao deputado Tony Gel. Nossa expectativa é de aumentar ainda mais esse quadro e deixar o PMDB forte para as eleições proporcionais”, disse Cumaru. Esse reforço que o PMDB recebeu pode ainda ser ampliado com outros vereadores, mas Marcelo preferiu não revelar os nomes. “Ainda estamos conversando”, disse.

O cientista político Davi Cardoso, que está sendo responsável por montar vários blocos (módulos) com o pessoal ligado ao deputado Tony Gel, afirmou que a expectativa é que o PMDB faça pelo menos três vereadores, podendo até fazer quatro. “Teremos ainda a possibilidade de ter o vereador Neto e, desta forma, a sigla ganhará mais corpo, porém ainda é cedo para falar, pois o PMDB terá outras lideranças sem mandatos, mas com boas chances de votos”, completou Cardoso.

Davi disse ainda que o resultado da Operação Ponto Final I pode ser decisivo para o quadro deste ano, já que Eduardo Cantarelli, Louro do Juá, Cecílio Pedro, Neto, Val de Cachoeira Seca e Evandro Silva estão sendo acusados. Ele lembrou que existem duas ações – uma em Brasília e outra no Recife – que podem inocentar os vereadores e, desta forma, ajudar na recuperação da imagem de todos eles. “Se esses recursos forem julgados, deve anular a decisão local e isso vai mudar o quadro de forma significativa”, afirmou Davi.

 

Indefinições na Câmara de Vereadores de Caruaru

Wagner Gil

Apesar de faltar uma semana para o fim da troca de partido para quem vai disputar a eleição este ano, o quadro na Câmara de Vereadores de Caruaru se modificou bastante em relação ao início da legislatura. Nada está definido e, até o dia 2 de abril, muita coisa pode mudar na chamada dança das cadeiras. O jornal VANGUARDA fez um levantamento na última terça-feira (22) e dois partidos lideravam a bancada na Casa Jornalista José Carlos Florêncio: o PDT, com cinco edis, e o PRTB, com quatro. O detalhe é que alguns partidos sem nenhum vereador eleito após as últimas eleições tiveram acréscimo considerável.

Estão no PDT José Aílton (atualmente licenciado, ocupando o cargo de secretário de Desenvolvimento Rural), único que foi eleito pela sigla em 2012; Ranílson Enfermeiro (deixou o PTB), que foi o segundo mais votado nas últimas eleições; Ricardo Liberato (ex-PSC), Lula Torres (ex-PR) e Alecrim (ex-PSD). Um dos motivos da força do PDT para atrair vereadores é que o partido é a sigla do atual prefeito José Queiroz e, neste caso, pesa a força da máquina administrativa.

No PRTB, que tem quatro vereadores, estão Heleno do Inocoop, Edjaílson da CaruForró (ex-PTdoB), Rozael do Divinópolis (PRTB) e o Pastor Carlos (ex-PRB). Essa bancada pode ser ampliada. “Nós estamos fazendo um grupo com alguns vereadores e vamos nos unir a pelo menos outro partido para formar uma chapinha forte nas eleições proporcionais”, disse Rodrigues da Ceaca.

Demóstenes Veras, que fez algumas mudanças de partido nos últimos quatro anos, permanece no PP e deve apoiar a candidatura de Erick Lessa (PR) para prefeito. Veras já teria declarado seu voto majoritário em um programa de rádio.

Uma legenda que ganhou musculatura foi o PMDB. Nas últimas eleições municipais, o maior partido do Brasil só tinha um vereador eleito, Evandro Silva. Agora conta com Cecílio Pedro (que deixou o PTB e foi o segundo mais votado nas últimas eleições), Louro do Juá (ex-SDD), Eduardo Cantarelli (ex-SDD) e Val de Cachoeira Seca. Val e Evandro Silva estão afastados das funções devido à Operação Ponto Final II. Outro afastado pela Ponto Final e que pode ir para o PMDB é Neto (ex-PMN).

Nino do Rap está no DEM, mas deve deixar a legenda. Já Sivaldo Oliveira, que ocupa a cadeira na Câmara pelo PP, deve se filiar ao PSC, mesmo destino de Jajá, que saiu do PMN. Marcelo Gomes permanece no PSB, partido do vice-prefeito e potencial candidato Jorge Gomes. Enquanto isso, Gilberto de Dora deixou o ninho socialista e se filiou ao PSDB, sendo único tucano na Câmara. O presidente da Casa, Leonardo Chaves, está no PSD e, segundo informações extra-oficiais, já teria assinado sua ficha de filiação ao PDT.

Senado aprova mais de R$300 milhões para agricultores que tiveram prejuízo com a seca

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, na semana passada, a medida provisória (MP) 715/2016 que destinou R$ 316,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Os recursos serão usados para pagar parcelas do Benefício Garantia-Safra voltadas a 440 mil famílias de agricultores familiares da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) atingidos pela seca no período 2014/2015.

A relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), defendeu a MP. Ela frisou que a urgência de créditos suplementares em caso de quebra de safra justifica sua edição.”Cabe destacar que a verba do Fundo Garantia-Safra prevista originariamente no Orçamento não foi considerada suficiente para pagar o benefício a todos os agricultores familiares vitimados por perda de produção”, disse.

O Benefício Garantia-Safra foi criado pela Lei 10.420/2002 e é destinado aos produtores que aderiram ao programa de mesmo nome, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e que perderam pelos menos 50% da produção agrícola, em decorrência de estiagem ou excesso de chuvas, de culturas como feijão, milho, arroz, mandioca e algodão. O Garantia-Safra é pago em parcelas pela rede bancária da Caixa Econômica Federal. O valor é definido pelo comitê gestor do programa.

Perdas compravas

Segundo a Constituição, o Executivo pode editar medida provisória de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. O governo alega que cerca de 80% dos agricultores familiares que aderiram ao programa tiveram perdas comprovadas superiores a 50% da produção com a seca de 2014 e 2015, a pior dos últimos 50 anos.

O impacto social causado pela estiagem, argumenta o Planalto, exige uma rápida intervenção para garantir a sobrevivência da população.