Anistia Internacional critica mortes em ação policial na Bahia

A Anistia Internacional divulgou, nesta quarta-feira (27), nota pública criticando o governo da Bahia pelo número de mortes registradas no estado em confrontos com policiais.

Levantamento da organização aponta 86 mortes em operações policiais no período de dois meses, o que significa quase duas mortes por dia. Somente em setembro, foram 52 mortes registradas.

A organização, que atua na defesa dos direitos humanos, pede a responsabilização dos envolvidos nas esferas federal e estadual.

“A Anistia Internacional Brasil exige a ação contundente das autoridades em âmbito estadual e federal, para responsabilização de todos os envolvidos nas ações que levaram a essas mortes, incluindo cadeias de comando. Para isso devem ser instauradas investigações céleres, imparciais e efetivas, os agentes que tiveram participação direta devem ser afastados e as armas utilizadas acauteladas”, diz a nota.

O estado da Bahia vive uma onda de violência, com registros de tiroteios quase diários. Nesta quarta-feira (27), por exemplo, dois homens foram mortos em uma ação da polícia em Lauro de Freitas. De acordo com a Polícia Civil, a dupla tinha armas, munições e granadas e atiraram contra os agentes.

No dia 15 de setembro, um policial federal foi morto em uma operação contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos. Antes, em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, havia sido assassinada no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador.

Para a Anistia Internacional, o combate às drogas e ao crime organizado “não podem ser usados como justificativas para graves violações de direitos humanos por parte do Estado”.

Na segunda-feira (25), o governador Jerônimo Rodrigues reuniu-se com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, para solicitar reforços.

Dino garantiu a ampliação de recursos para compra de equipamentos e tecnologias, com o objetivo de fortalecer as operações conjuntas. Equipes da pasta estarão até esta quinta-feira (28) em Salvador para visitas técnicas.

Dia das Crianças: Consumidores planejam gastar R$123,00 com presentes, afirma Fecomércio-PE

A Pesquisa de Sondagem de Opinião para o Dia das Crianças, realizada pela Fecomércio-PE, em parceria com a Ceplan Consultoria, revelou que 67,9% dos consumidores pernambucanos têm intenção de comemorar o Dia das Crianças em 2023. O desejo de comprar presentes foi indicado por 74,5% dos pesquisados, enquanto 26,6% pretendem comemorar em casa e 29,5% pretendem fazer passeio ou viajar. Mais da metade dos consumidores (61,7%) efetivará compras na mesma semana da data comemorativa. 

O ticket médio dos presentes (preço médio per capita das compras) foi estimado em R$123 por consumidor, variando entre R$131 para homens e R$116 para mulheres. Além das compras, a pesquisa também questionou os respondentes acerca de escolhas relacionadas a atividades recreativas. 

Neste caso, predomina a escolha por praias, parques e praças, seguida por parques de diversão e estabelecimentos de entretenimento com jogos eletrônicos, como o Gamestation. No primeiro caso, não há custos de acesso, o que segue um desejo de restringir o consumo.

Sobre os locais escolhidos para a compra dos presentes, 55,8% efetuarão compras no comércio tradicional; 42,4% em shoppings centers; e 13,2% no comércio eletrônico. Como as escolhas não são mutuamente excludentes, os consumidores podem buscar um canal de compra para pesquisa, mas efetuá-la por outro meio, motivado seja por oferta ou preços. Ou, ainda, comprar mais de um presente em diferentes locais. Por isso, os percentuais indicados somam mais de 100%. 

A forma de pagamento à vista (dinheiro, Pix e cartão de débito) somam 56% das preferências dos consumidores que pretendem presentear neste Dia das Crianças, enquanto 57% utilizarão o cartão de crédito. A possibilidade de os consumidores escolherem mais de uma opção de pagamento para uma aquisição (ou mais) indica a possibilidade de optarem por um mix de pagamentos entre modalidades. 

Os itens mais demandados serão brinquedos ou jogos não eletrônicos (65,2%), roupas ou acessórios de vestuário (24,5%) e calçados (10,9%). Nos últimos 12 meses, na cidade do Recife, houve inflação leve em brinquedos (2,22%) e nas roupas infantis (4,95%). Paralelamente, os consoles (videogames) apresentaram deflação (-10,7%). Esse comportamento de preços pode vir a influenciar os consumidores no momento de presentear. 

 Dia das Crianças leva otimismo aos varejistas pernambucanos

Para os estabelecimentos, a pesquisa revelou uma baixa intenção de emprego de mão de obra temporária para apoiar as vendas do Dia das Crianças. No comércio tradicional, apenas 3,3% dos lojistas incrementarão o quadro de pessoal. Diferente é o quadro do segmento de alimentação no comércio tradicional, onde 14,3% dos estabelecimentos pretendem contratar temporários para a sazonalidade. 

As principais estratégias dos empresários e gestores para alavancar as vendas foram o uso de internet e redes sociais, principalmente no comércio tradicional. Em shoppings centers, também optou-se pelo uso da internet, mas o incentivo à equipe de colaboradores foi a estratégia predominante. 

A expectativa para o desempenho das vendas no Dia das Crianças é otimista entre os empresários: no varejo tradicional, 58,6% acreditam que as vendas serão maiores do que em 2022, percentual maior foi registrado nos shoppings centers (67,2%). No segmento de alimentação do comércio tradicional, registrou-se que 42,7% dos entrevistados esperam vender mais em relação ao Dia das Crianças do ano passado, e 63,1% dos empresários de alimentação nos shoppings centers seguem a mesma linha. 

Lastreiam esse otimismo: a melhora da confiança do consumidor; o mercado de trabalho formal se recuperando; e a oferta de descontos aos consumidores para a data. 

Os empresários do varejo estimam crescimento nas vendas de 11,4% no comércio tradicional e 11,6% nos shoppings centers. Já no segmento de alimentação, a estimativa é de avanço de 8,8% no comércio tradicional e 9,5% nos shoppings. 

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, Bernardo Peixoto, em referência aos resultados da pesquisa, observou que “os consumidores planejam adotar uma abordagem mais econômica para o Dia das Crianças em comparação com outras celebrações”. Ou seja, o ticket médio dos presentes para o Dia das Crianças é menor do que em outras datas comemorativas. Os varejistas pernambucanos devem estar atentos às estratégias de vendas e às preferências de pagamento dos consumidores, bem como às tendências de compra e celebração identificadas na pesquisa. Aproveitar o momento de recuo inflacionário e avanço na atividade do comércio em Pernambuco é importante para atrair mais consumidores. Usar plataformas digitais pode ajudar ainda mais a divulgar a marca e apresentar produtos e serviços aos consumidores”.

STF deve definir hoje tese final do julgamento sobre marco temporal

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir hoje (27) a tese final do julgamento que derrubou o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A sessão está prevista para começar às 14h.

Na semana passada, por votos 9 votos a 2, o Supremo julgou inconstitucional o marco temporal, mas a conclusão sobre os demais pontos debatidos foi adiada.

Entre os pontos que serão analisados na sessão desta quarta-feira, está a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de “boa-fé” e se o pagamento seria condicionado à saída de proprietários das áreas indígenas.

Nesse caso, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Também pode ser debatida a sugestão do ministro Dias Toffoli para autorizar a exploração econômica das terras pelos indígenas. Pela proposta, mediante aprovação do Congresso e dos indígenas, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderiam ser comercializados pelas comunidades.

Rosa Weber

A sessão de hoje também será marcada pela última participação da presidente da Corte, Rosa Weber, no plenário. A ministra deixará o tribunal amanhã (28) ao completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente. A posse de Luís Roberto Barroso no comando da Corte será no mesmo dia.

Especialistas sugerem vacinação nas escolas para aumentar adesão

No intuito de ampliar a cobertura vacinal, o Jardim Zoológico de Brasília e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal promovem neste domingo imunização de crianças e adultos que forem visitar o local

A dificuldade de aumentar a cobertura vacinal de adolescentes tem levado especialistas a sugerir que uma solução eficaz para aumentar a imunização desse público pode ser levar a vacina até ele, no espaço em que estão com mais frequência: a escola. A proposta ganha força no momento em que imunizantes com histórico de atingirem metas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão com baixas coberturas. 

A chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Luciana Phebo, defende a vacinação nas escolas como uma forma de acelerar a retomada das coberturas vacinais, que precisam ser recuperadas antes que doenças controladas por elas voltem a incidir no país, como a paralisia infantil.

“Outros setores como a educação devem trabalhar junto com o SUS e o Programa Nacional de Imunizações. Se as escolas não atuarem junto, nós não vamos conseguir dar essa aceleração”, afirma Luciana Phebo. Para a especialista, atuação vai além de vacinar nas unidades de ensino, “fazendo vacinação nas escolas, campanhas de vacinação, educação em saúde, trazendo para a escola essa temática da saúde como importante para se cuidar, do autocuidado dos pais e mães, o cuidado com as crianças pequenas. A vacinação é uma questão legal. A criança tem o direito a ser protegida”.

Estratégia disponível

Vacinar nas escolas já faz parte dos planos do Ministério da Saúde para enfrentar as baixas coberturas vacinais. A estratégia de multivacinação adotada no Amazonas e no Acre desde junho, por exemplo, prevê essa ação entre as possibilidades de vacinação fora dos postos de saúde.

A vacinação de crianças e adolescentes nas escolas deve incluir o apoio de profissionais de saúde da atenção primária, para leitura de caderneta de vacinação, a vacinação propriamente dita, e o  registro de doses aplicadas no Sistema de Informação Oficial do Ministério da Saúde. O público prioritário para essa ação são as crianças e os adolescentes de 9 a 15 anos de idade, e as vacinas oferecidas são dT, Febre Amarela, HPV, Tríplice Viral, Hepatite B, Meningite ACWY e Covid-19.

O Ministério da Saúde orienta ainda que a vacinação escolar deve ser precedida de ação pedagógica e de divulgação voltada aos estudantes sobre a importância da vacinação. Caso o responsável não queira autorizar a vacinação da criança ou adolescente, ele deverá ser orientado a assinar e encaminhar à escola o “Termo de Recusa de Vacinação”.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, um programa de vacinação nas escolas foi lançado no último dia 15, com a possibilidade de imunização nas escolas públicas e particulares. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, destacou a imunização contra o HPV entre as que precisam chegar aos adolescentes. A vacina garante maior proteção se for aplicada antes do início da vida sexual e o vírus contra o qual ela protege é o maior causador de câncer de colo de útero, além de estar associado a tumores malignos no pênis, ânus e garganta.

“A vacina prioritária é a vacina do HPV, porque é uma vacina que salva vidas no longo prazo, prevenindo o câncer de colo de útero e outros cânceres”, explicou o secretário. “A gente pretende aplicar todas as vacinas do calendário. A expectativa é que a gente vacine ou pelo menos confira a caderneta de 600 mil crianças nesse processo”.

Em um mês do programa, a Secretaria Municipal de Saúde aplicou 28 mil doses em mais de 1,2 mil escolas da cidade. Somente contra o HPV, mais de 11,5 mil adolescentes foram protegidos.

Promotora da saúde

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Ballalai, conta que trabalhou em vacinação nas escolas ao longo de sua carreira e afirma que as experiências e estudos sobre o tema mostram que essa é uma estratégia necessária.

“Em 1993, fiz minha primeira campanha vacinal em escolas, e, sem dúvida nenhuma, a literatura, a minha prática, a prática do Ministério da Saúde, mostram o quanto isso é importante. Essa estratégia ainda é usada no Brasil como uma forma de acesso, principalmente para adolescentes. Se não levar, eles não vão ao posto, então, é muito importante”.

Além de abrir as portas para a vacinação, ela defende que as escolas podem contribuir como promotora da saúde, com a educação em saúde. “A escola pode contribuir muito com a confiança na vacinação, com a lembrança das próximas doses, colocando esse tema, que é considerado transversal pelo Ministério da Educação, no seu planejamento pedagógico. Saúde e educação precisam andar juntas”.

A importância e as facilidades trazidas pela vacinação nas escolas também são reconhecidas por parte das mães brasileiras. Uma pesquisa realizada com duas mil mães no ano passado chegou a um percentual de 76% que consideram a escola como o lugar ideal para a vacinação infantil. O estudo foi realizado pela farmacêutica Pfizer e pelo Instituto Locomotiva e divulgado em abril deste ano. As respostas indicam que as mães gostariam de ser ajudadas pela escola a manter o calendário vacinal em dia.

Oito em cada dez mães concordaram com a frase “seria muito prático se a vacinação do/da meu/minha filho/filha pudesse ocorrer dentro da escola”, e, para 85%, “se houvesse a possibilidade de a vacinação ocorrer na escola a cobertura vacinal infantil poderia ser maior”.

O questionário aplicado nas cinco regiões do país também mostrou que 81% das entrevistadas ficariam seguras com a vacinação dentro da escola se soubessem que ela seria realizada por profissionais de saúde qualificados. Segundo a pesquisa 91% das mães afirmam que provavelmente autorizariam os filhos a receber as doses na escola.

Secretário de Turismo de Garanhuns emite nota, após fala pejorativa de Daniel Coelho sobre FIG

Uma fala pejorativa de Daniel Coelho, atual secretário de Turismo do Estado, fez o secretário de Turismo de Garanhuns, Matheus Martins, emitir uma nota. Coelho teria comparado o FIG-sob uma possível administração da prefeitura, ao Recifolia- evento que marcou a Capital Pernambucana nos anos 90.

Vale lembrar que a prefeitura acusa o Governo do Estado  de não apresentar uma programação digna no Festival de Inverno deste ano e causar prejuízos em todos os setores da cidade. Veja a nota na íntegra:

Causa-nos surpresa um secretário de estado criticar a iniciativa de um governo municipal que resolve gerir seu grande evento, um patrimônio cultural que em 31 edições, em 33 anos, fez-se palco maior das manifestações artísticas da região, de Pernambuco e do país. Sabemos o que significa o Festival de Inverno de Garanhuns em sua plenitude, e é justamente para não corrermos o risco de sermos tratados com incompetência e menosprezo, mais uma vez, como foi na edição deste ano, quando os resultados foram negativos em praticamente todos os segmentos, que estamos assumindo, sim, sua organização e realização, para que ele evolua, volte a se agigantar como o Maior Evento Multicultural do Brasil. E tudo isto faremos com planejamento, gestão e parcerias. Temos os recursos próprios, rejeitados pelo Governo do Estado, e temos também os projetos que serão enviados aos grandes financiadores da cultura no país, sejam órgãos públicos ou privados.

Caberia ao secretário saber que o São João de Caruaru tem patrocinadores, pois foi deputado representante daquele município durante o Governo Raquel Lyra, e deveria saber também que além dos patrocínios, tem comercialização de camarotes e outros espaços, os dias e a programação aumentaram com diversos outros ritmos, como sertanejo, eletrônica, axé, etc, e o secretário nunca fez menção de crítica. No cargo que ocupa, deveria saber que os carnavais de Olinda e Recife, também têm investimento privado na forma de patrocínios, assim como os grandes eventos em Petrolina e Arcoverde. Será assim, tratando o FIG de forma planejada, profissional, com recursos e parcerias, que vamos fazer, sim, a maior edição da história, em 2024, com participação de todos, inclusive do Governo do Estado, pois esperamos o chamado para as parcerias que busquem a altivez da cultura pernambucana e o incentivo ao turismo.

O FIG 2024 acontecerá de 11 a 28 de julho, com três finais de semana, e grandes atrações nacionais que já foram divulgadas, nenhuma delas com passagem no Recifolia, como o secretário buscou ironizar, mas bem que poderiam se fossem chamadas à época, pois estão nos maiores palcos da Música Popular Brasileira. As atrações locais e regionais, como a Secretaria de Cultura e a Fundarpe sabem, sairão das convocatórias que abriremos para a participação dos artistas e grupos culturais de Pernambuco.

Aproveitamos para registrar a forma pejorativa com a qual o secretário do governo estadual se referiu ao antigo Recifolia, que durante muitos anos foi uma referência para a capital pernambucana, inclusive para a formação da cena cultural pernambucana, com nossos grandes nomes tocando em cima dos trios, e atraindo milhares de pessoas. Marrom Brasileiro, Almir Rouche, André Rio e Alceu Valença passaram pelo Recifolia. Mas reafirmamos, secretário, o Festival de Inverno de Garanhuns não será o Recifolia, no seu posto e responsabilidade, não é salutar fazer estas comparações sem sentido e que buscam somente jogar a opinião pública contra aqueles que querem, de fato, o soerguimento do FIG, que sofreu um revés este ano sob o comando do atual Governo do Estado.

Se defende o Turismo realmente, faça a comparação entre as edições de 2022 e 2023, os resultados são tão distintos que não há como defender a continuidade da gestão dos que fizeram a edição deste ano, pois penalizou todos que trabalham no evento. Nosso turismo vai dar os resultados que esperamos no FIG 2024, em sua 32ª edição, e a participação do Governo do Estado apoiando nossa iniciativa é esperada, ao invés de buscar atacar a gestão municipal.

Matheus Martins – Secretário de Turismo de Garanhuns

BC obriga instituições a avisar clientes sobre vazamentos no Pix

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

As instituições financeiras terão de avisar aos clientes quaisquer vazamentos ou incidentes de segurança relacionados ao Pix. A mudança consta de resolução do Banco Central (BC) publicada nesta terça-feira (26), que também endurece as penas para os casos mais graves e torna o cálculo das multas proporcional ao número de chaves afetadas.

Pelas novas regras, as instituições terão o dever de comunicar aos próprios clientes incidentes de segurança nas chaves Pix, independentemente de serem as responsáveis pelos vazamentos ou se o caso não teve gravidade. Até agora, valia apenas o estabelecido pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que determinava que a comunicação era obrigatória apenas em casos com potencial risco ou dano relevante.

O BC ressalta que a responsabilidade pela comunicação recai sobre a instituição de relacionamento do cliente, mesmo que esta não tenha provocado o incidente. Segundo o banco, isso ocorre porque os avisos são dados por canais seguros de comunicação, acessíveis exclusivamente por identificação pessoal, como senha e reconhecimento biométrico.

“Desde o lançamento do Pix, o BC optou pela comunicação mesmo nos casos de menor impacto, pautado pela transparência, aspecto fundamental para a manutenção da confiança da população no meio de pagamento. O BC avalia que esse compromisso com a plena transparência vem trazendo inúmeros benefícios para a sociedade”, ressalta a autoridade monetária em comunicado.

Segundo o Banco Central, a mudança afeta apenas as normas. Isso porque, em todas as ocorrências de vazamento de chaves Pix até agora, as instituições de relacionamento avisaram aos clientes, independentemente da gravidade do caso. O órgão apenas oficializou uma prática que vinha sendo aplicada. O BC informou que novos aperfeiçoamentos poderão ser implementados conforme as discussões do Grupo Estratégico de Segurança no Fórum Pix.

Penalidades

A resolução também aperfeiçoou as penalidades para as instituições que descumprirem os requisitos de segurança do Pix. O impacto dos incidentes será considerado no estabelecimento das punições, com os casos de maior repercussão tendo punições mais severas. Da mesma forma, as multas relativas aos incidentes de segurança com dados pessoais no Pix passam a ser calculadas com base na quantidade de chaves potencialmente afetadas. Quanto maior o vazamento, maior a multa.

Mega-Sena acumula; prêmio chega a R$ 5,2 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do prêmio da faixa principal do concurso 2.637 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite desta terça-feira (26), no Espaço da Sorte, na cidade de São Paulo. 

Os números sorteados são os seguintes: 01 – 02 – 10 – 32 –34 – 59.

O prêmio acumulado está estimado em R$ 5,2 milhões. O sorteio do concurso 2.638 será realizado nesta quinta-feira (28), às 20h (horário de Brasília).

A quina teve 36 acertadores, cada um vai receber R$ 35.309,01. Já a quadra registrou 3.112 apostas vencedoras, cada ganhador vai receber um prêmio de R$ 583,51.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Estudantes do ensino médio terão bolsa para permanecer na escola

Brasília, (DF) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa, da cerimônia de lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. E/D. Ministro da Educação, Camilo Pena, presidente Lula, e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante cerimônia de lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

Estudantes de baixa renda que estão no ensino médio terão acesso a bolsa de permanência na escola, além de uma poupança que poderá sacar ao concluir esta etapa da educação formal. O formato do novo programa, que está em fase final de elaboração, foi anunciado nesta terça-feira (26) pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Ainda não foram divulgados valores da bolsa e da poupança.

“Nós estamos finalizando o desenho, dentro das possibilidades de recursos orçamentários que existem, tanto no MEC quanto no Ministério de Desenvolvimento Social. Vamos utilizar o CadÚnico [Cadastro Único de inscritos em Programas Sociais] e o programa Bolsa Família, juntamente, integrando com o Censo Escolar do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], para que a gente possa atingir”, afirmou Santana durante uma coletiva de imprensa para detalhar o decreto que cria a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Segundo o ministro, cerca de 7% dos estudantes do ensino médio abandonam a escola, número que o governo pretende reverter com a medida.

“A ideia é que a gente possa garantir um apoio porque quando um aluno chega no ensino médio, idade de 14 ou 15 anos, geralmente é aquela fase que, diante da dificuldade da família, ele precisa trabalhar. Então, muitas vezes, o aluno abandona a escola, falta demais, é reprovado. A ideia é dar um auxílio que será mensal e uma poupança para que ele possa receber ao final do ensino médio, por ano”, acrescentou o ministro da Educação. O objetivo da bolsa é ajudar em despesas do dia a dia. Já a poupança poderá ser resgatada pelo aluno para projetos individuais dele, como abrir o negócio ou pagar estudos em uma faculdade. Nos dois casos, segundo Camilo Santana, serão exigidas contrapartidas dos beneficiários, como frequência escolar e aprovação.

Escolas conectadas

Durante evento no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que cria a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, cuja meta é expandir a conexão em banda larga para todas as 138,4 mil escolas públicas de todo o país até 2026. Serão investidos cerca de R$ 6,5 bilhões em recursos do Novo PAC para financiar a infraestrutura, por meio de convênios com estados e prefeituras.

Ao todo, segundo dados do MEC, cerca de 40,1 mil escolas não têm disponibilidade de tecnologia para acesso à banda larga e outras 42,7 mil não têm acesso à internet em velocidade ou disponibilidade adequadas. Em pelo menos 4,6 mil escolas, nem sequer há rede de energia elétrica. O programa pretende levar energia para essas unidades de ensino a partir de placas solares, em parceria com o Ministério de Minas e Energia. O governo estima que 4,1 milhões de alunos no país não têm acesso adequado à internet nas escolas. E quase 80% das escolas sem infraestrutura estão concentradas no Norte e Nordeste.

Segundo o ministro da Educação, a estratégia pretende não apenas levar conexão e distribuir equipamentos, como tablets e computadores, mas alinhar à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para promover o ensino da cidadania digital e adaptar a conectividade para melhorar os recursos educacionais e a qualidade da aprendizagem, além da gestão da escola. Outro anúncio é o de que, além de levar conectividade às escolas, o programa vai oferecer acesso à internet também em unidades básicas de saúde que ficam nas proximidades.

Cerca de 6 milhões brasileiros já desnegativaram nomes após Desenrola

Cerca de 6 milhões brasileiros já conseguiram tirar o nome de cadastros negativos por terem renegociado dívidas de até R$ 100. A dívida não é perdoada, mas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e realizar operações, como fechar contratos de aluguel.

O levantamento é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) após dez semanas em vigor do Programa Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas de consumidores de média e baixa renda.

De 17 de julho a 22 de setembro, foram renegociados R$ 14,3 bilhões em dívidas, principalmente da Faixa 2, que abrange débitos com bancos para quem tem renda de até R$ 20 mil sem limite de valor de dívidas, o que permite o refinanciamento de imóveis e de veículos, por exemplo. O montante equivale a 2,03 milhões de contratos.

O Desenrola prevê parcelamento da dívida de 12 a 120 meses, com taxas personalizadas e primeira parcela para 30 dias. A exclusão dos cadastros restritivos se dá em até 5 dias úteis após a efetivação da renegociação.

Leilões com desconto

O Desenrola iniciou a segunda etapa nesta segunda-feira (25). Até quarta-feira (27), 709 credores participarão de leilão de descontos em um sistema desenvolvido pela B3, a bolsa de valores brasileira

Quem oferecer os maiores descontos será contemplado com recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com R$ 8 bilhões do Orçamento da União, o fundo cobrirá eventuais calotes de quem aderir às renegociações e voltar a ficar inadimplente. Isso permite às empresas concederem abatimentos maiores no processo de renegociação.

TSE exclui Forças Armadas do grupo de fiscalização das eleições

Os convidados poderão acompanhar o evento no plenário e em dois auditórios do TSE. Fachada do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira (26), excluir as Forças Armadas do grupo de entidades fiscalizadoras das próximas eleições. Os militares também deixarão de participar da comissão de transparência do pleito. Em 2021, a participação dos militares foi inserida em uma resolução aprovada durante a gestão do então presidente do tribunal, Edson Fachin.

A proposta de alteração foi feita pelo atual presidente, Alexandre de Moraes. Segundo o ministro, a participação das Forças Armadas na fiscalização das eleições de 2022 se mostrou “incompatível” com as atribuições legais dos militares.

“Essa ampliação das Forças Armadas no rol de entidades fiscalizadoras não se mostrou compatível com suas funções constitucionais nem razoável e eficiente”, afirmou.

De acordo com Moraes, as Forças Armadas vão continuar auxiliando a Justiça Eleitoral no transporte de urnas eletrônicas e na segurança dos eleitores e locais de votação.

Na mesma decisão, o TSE também retirou o Supremo Tribunal Federal (STF) das entidades fiscalizadoras. Para o tribunal, três ministros do Supremo também fazem parte do TSE e, além disso, a Corte é alvo de recursos contra as decisões da Justiça Eleitoral.

Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, que foi candidato à reeleição, as relações entre o TSE e as Forças Armadas foram marcadas por diversos atritos. Em um dos episódios, em um relatório encaminhado ao tribunal eleitoral, o Ministério da Defesa afirmou que os militares não excluíram a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas.

O grupo de fiscalização é composto por partidos políticos e representantes do Ministério Público, do Congresso Nacional, da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outras entidades.