Setembro Amarelo – Mais de 30 ações foram realizadas pela Saúde em Caruaru

Neste mês dedicado ao combate e conscientização da prevenção do suicídio, com a campanha do Setembro Amarelo, a Secretaria de Saúde de Caruaru (SMS) desenvolveu diversas atividades alusivas. Sendo essa a maior campanha antiestigma do mundo, o tema foi trabalhado em mais de 30 ações voltadas à temática, algumas intersetoriais, pela Rede de Atenção Básica de Saúde, em escolas, espaços e serviços públicos. Tiveram também ações desenvolvidas pela Unidade de Atenção Psicossocial (UAP) e pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

 

A última atividade da Rede Básica foi realizada nessa sexta (29), no auditório do Parque Ambiental Rendeiras. A comunidade foi recebida com auriculoterapia, zumba e uma roda de acolhimento com a psicóloga residente em Saúde da Família do território, Débora Lethicia da Rocha. Segundo Débora, o encontro foi fruto de um grupo intitulado de “Autocuidado”, que existe há mais de um ano no território de Rendeiras I e II, e Morada Nova. 

 

“É importante investir a longo prazo na saúde mental, como vemos fazendo no grupo, debatendo sobre adoecimento mental, alimentação, atividade física, autocuidado, e sobre questões que integram uma saúde como um todo. O sucesso dessa ação de hoje foi o reflexo do que a gente vem implantando sobre a conscientização dos fatores de risco e de proteção em relação ao suicídio: como podem ser observados, como ampliar esses fatores de proteção dentro das redes de relações, dos afetos subjetivos que permeiam as nossas vidas”, destacou a psicóloga. Ainda segundo Débora, os estímulos dessas rodas de cuidado para além do Setembro Amarelo, são muito importantes para a prevenção ao suicídio. 

 

O suicídio é tratado como problema de saúde pública mundial, com impactos na sociedade como um todo. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2019 foram mais de 700 mil suicídios registrados em todo o mundo. Se contar com os episódios subnotificados, a estimativa é que esse número seja de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, atingindo a média de 38 pessoas que cometem suicídio por dia. Em Caruaru, do início de 2023 até o presente momento, foram registrados 253 casos notificados de violências autoprovocadas, das quais, 14 levaram ao óbito, segundo informações da Vigilância em Saúde, da SMS.

 

Maioria dos futuros professores não conclui estágio em escolas

Recife – Alunos da Escola Municipal Abílio Gomes, na capital pernambucana, usam livros didáticos que podem ser proibidos pela Câmara de Vereadores (Sumaia Vilela / Agência Brasil)

A maior parte dos formandos em licenciaturas no Brasil não cumpre a carga horária mínima exigida no estágio obrigatório. Além disso, cerca de um a cada dez futuros professores sequer fez o estágio. Os dados são do último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2021, e foram compilados pelo Todos pela Educação, com exclusividade para a Agência Brasil.

O estágio obrigatório é um período que os estudantes de licenciaturas acompanham a rotina escolar, sempre supervisionados por professores. A intenção é que eles tenham contato com as escolas e se preparem para o trabalho como professores. De acordo com resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), esse estágio deve ter a duração de pelo menos 400 horas.

Os dados do Enade, no entanto, mostram que a regra, na prática, não está sendo cumprida. O Enade é um exame realizado por estudantes que estão concluindo os cursos de graduação. A cada ano, o exame avalia um conjunto diferente de cursos. Em 2021, foi a vez das licenciaturas. Além de realizar as provas, os alunos respondem a um questionário sobre a formação. As perguntas sobre o estágio fazem parte deste questionário.

Cerca de 55% dos concluintes em licenciaturas, o equivalente a cerca de 165 mil estudantes, disseram que cumpriram menos de 300 horas de estágio. Outros 11,82%, o equivalente a 35,5 mil alunos, disseram que sequer fizeram o estágio. Os dados mostram ainda que 19,49%, ou 58,5 mil, cumpriram entre 301 e 400 horas e apenas 13,71%, ou 41,2 mil, fizeram estágios de mais de 400 horas.

“O estágio permite essa conexão da teoria com a prática. Tudo que se aprende na teoria, se vê aplicações práticas na escola”, diz o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo.

“É importante que os estudantes conheçam a dinâmica da escola, os papéis e as responsabilidades de cada um dos atores da equipe escolar. Nesse período, vão entender como é a organização do espaço e como é o trabalho ali. O estágio tem caráter de observação e, progressivamente vai permitindo participar mais, acompanhar professores nas avaliações e atividades. Por isso a carga horária é grande.”

Gontijo ressalta que aqueles que se formaram em 2021 foram impactados pela pandemia, que levou ao fechamento das escolas por pelo menos um ano. Apesar disso, os dados do Enade mostram que mesmo antes, o estágio não era totalmente cumprido. Em 2014 e em 2017, anos em que as licenciaturas foram avaliadas, cerca de 3%, ou mais de 7 mil estudantes em ambos os anos, declararam que não fizeram o estágio. Também em ambos os anos, cerca de 60% dos estudantes disseram que não cumpriram a carga horária mínima, fazendo 300 horas ou menos de estágio obrigatório.

Para receber o diploma, os estudantes precisam cumprir o estágio. Segundo Gontijo, as altas porcentagens de estudantes que declaram que não concluíram os estágios pode ocorrer porque muitos acabam conseguindo documentos afirmando que fizeram as práticas ou mesmo realizaram o estágio de forma não estruturada, o que dá uma sensação de que não o cumpriram.

“Isso chama atenção desses dados porque em tese é obrigatório cumprir as horas de estágio, então, para conseguir esse diploma, eles precisaram apresentar algo, mas não têm a percepção de que fizeram o estágio.”

Nas escolas

Gina Vieira, professora aposentada da rede pública no Distrito Federal, que trabalha atualmente como professora voluntária na Universidade de Brasília (UnB) e atua na formação de professores da educação básica, reforça a importância do estágio.

“A formação dos professores tem sido cada vez mais frágil e insipiente porque formar um bom profissional é caro. Muitas vezes, há precarização na formação inicial desses profissionais”, afirmou. Segundo ela, muitas vezes os alunos desses cursos precisam conciliar a formação com trabalho e outras demandas, o que faz com que eles não consigam cumprir a carga horária mínima.

O questionário do Enade mostra ainda que a maior parte dos formandos deseja atuar nas escolas. A maioria( 64%) dos concluintes dos cursos de formação inicial docente quer atuar em escolas públicas em médio prazo daqui a cinco anos. Outros 13% preferem atuar com gestão educação no setor público e 11% pretendem buscar outro campo de atuação, fora da área da Educação. Os dados mostram ainda que 8% desejam ser professor na rede privada e 4% pretendem trabalhar na gestão educacional de alguma instituição também privada.

“É fundamental que esse profissional, como parte da sua formação, tenha contato com a pratica pedagógica, com a sala de aula, com o chão da escola, porque é isso que vai ajudá-lo a ter um pouco mais de entendimento do que é ser professor. Formar professor com a qualidade que se espera passa por uma articulação permanente entre teoria e prática. Prática sem teoria não sustenta. Mas teoria sozinha não vai te ajudar a ser bom profissional”, ressalta Vieira.

Vieira explicou que um bom estágio permite que os estudantes tenham contato com as salas de aula, possam dar aulas e também que recebam retornos dos profissionais que os supervisionam e tenham a oportunidade experimentar o que esses retornos propõem. Para isso, a professora defende inclusive a ampliação do tempo de estágio. “Esse estágio precisa acontecer e acho que carga horária precisa ser ampliada.”

Atualmente, das 1.648.328 matrículas nos cursos de licenciatura, 35,6% foram registradas em instituições públicas e 64,4%, em privadas de ensino superior, de acordo com o último Censo da Educação Superior, de 2021. Dos estudantes matriculados em cursos de licenciatura, 61% frequentam curso à distância.

Legalização da maconha na Argentina é tema de documentário de coletivo brasileiro

O coletivo antiproibicionista Abra a Gaveta ultrapassou limites territoriais para produzir o documentário “Queimando Fronteiras – A legalização da maconha na Argentina”, que traz uma análise da história e dos avanços recentes da maconha na Argentina.

Desde 2016, o coletivo Abra a Gaveta produz conteúdos educativos sobre o uso medicinal e recreativo da planta, redução de danos e políticas de drogas. Agora, busca financiar “Queimando Fronteiras – A legalização da maconha na Argentina”, seu primeiro longa-metragem, por meio de parcerias comerciais e financiamento coletivo.

A obra, uma produção independente, teve seu pré-lançamento realizado durante a ExpoCannabis Brasil – primeira edição nacional da feira voltada para o debate, ativismo e mercado da maconha, que reuniu mais de 20 mil visitantes e cerca de 130 empresas e coletivos durante três dias em São Paulo, entre 15 e 17 de setembro.

Durante o primeiro semestre de 2023, o coletivo cruzou a fronteira da Argentina para entrevistar mais de 30 pessoas envolvidas com o processo de legalização e regulamentação da maconha por lá, desde a mobilização de ativistas nas ruas, passando pela aprovação no Congresso Nacional, até as consequências na vida prática de pessoas e associações.

“A principal motivação do documentário é mostrar para à sociedade brasileira e latinoamericana que a regulamentação da cannabis é possível, urgente e tem trazido ótimos resultados em outros países”, explicou o diretor e um dos idealizadores do Abra a Gaveta, Leonardo Ferron Baggio.

A Argentina aprovou sua primeira lei federal sobre o assunto em 2017, que autorizou o uso de óleos e derivados da planta para uso médico. Em 2020, legalizou o autocultivo e, em 2022, criou o Marco Regulatório da cannabis, tirando da ilegalidade milhares de mães, pacientes e usuários, no que está sendo classificado como uma “Revolução Verde” por lá. As medidas estão causando impactos diretos na saúde, economia e segurança de um país que segue em crise econômica há anos e, nos próximos meses, enfrenta uma eleição presidencial imprevisível e vital para o seu futuro.

“Queimando Fronteiras” investiga esses impactos ao dar voz a deputados, mães que lutam pelo direito de cultivar a planta para seus filhos, médicos, pacientes, ativistas, growers, jornalistas, representantes de clubes de cultivo e pessoas processadas pelo estado, além de visitar universidades, empresas particulares e produções de maconha governamentais.

Agora, o filme entra em fase de pós-produção e, para ser viabilizado, abriu uma campanha de financiamento coletivo na plataforma ‘apoia.se’, com recompensas que variam desde um baralho canábico a produtos e kits com camisetas, bandeiras e adesivos – que também estavam à venda no stand do grupo na ExpoCannabis Brasil e seguem disponíveis no site do projeto.

“É essencial esclarecer que a proibição não é a solução e que a regulamentação pode beneficiar muito com impactos diretos não só na saúde, mas também na segurança e na criação de empregos e impostos. Também entendemos ser necessário ‘queimar’ as fronteiras culturais, econômicas, sociais e políticas da América Latina, como um caminho necessário para trazer melhores condições de vida à população do nosso continente, região do mundo que mais sofre com o fracasso da guerra às drogas”, completa Leonardo Ferron Baggio.

Assista o trailer de “Queimando Fronteiras – A legalização da maconha na Argentina”, documentário do coletivo antiproibicionista Abra a Gaveta: Queimando Fronteiras – A legalização da maconha na Argentina (Trailer)

Para saber mais sobre o Abra a Gaveta, acesse o perfil oficial no Instagram: @abraagaveta.

Prefeitura de Caruaru adquire antiga sede da Fafica, onde passa a funcionar a Secretaria de Educação

Será realizada, nesta sexta-feira (29), a inauguração do novo prédio da Secretaria de Educação e Esportes de Caruaru (Seduc). O novo espaço funcionará nas dependências da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica), no bairro Petrópolis. O evento acontece às 16h e deverá reunir, além do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, autoridades e servidores da Educação, ex-alunos e ex-funcionários da antiga faculdade.

Após seis décadas, a Fafica encerrou as atividades educacionais, em decisão tomada pelo Colégio dos Consultores da Diocese de Caruaru, em fevereiro de 2021. Com o fechamento da casa, a Prefeitura de Caruaru com o objetivo de preservar a edificação teve a ideia de instalar a Secretaria de Educação e Esportes neste prédio. “Por ser um lugar que respira educação e foi especial na vida de tanta gente. Então, não haveria melhor espaço para cuidar da educação básica da nossa cidade”, disse a secretária da Seduc, Aline Tiburcio.

Como a história da Fafica se mistura com a da educação de Caruaru, de onde saíram tantos profissionais que atuam nas escolas da cidade, um memorial registrando os 60 anos de história da faculdade também foi pensado para fazer parte da nova sede da Seduc, bem como um Centro de Formação para profissionais da área e servidores.

Serviço:

Inauguração nova sede da Seduc

Data: 28/09/23 (sexta-feira)

Hora: 16h

Endereço: Avenida Cícero José Dutra, 1327 – Petrópolis

Conselhos tutelares: confira os itens de segurança das urnas nas eleições de domingo (1º)

Empréstimos de urnas 23.08.2023

Conselheira ou conselheiro tutelar é a pessoa que realiza o atendimento de crianças e adolescentes com direitos violados ou ameaçados. Também faz parte das atribuições do cargo orientar pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes e dar o encaminhamento necessário aos casos que são da sua competência. No próximo domingo (1º), das 8h às 17h, cidadãs e cidadãos vão às urnas para escolher os cerca de 30 mil novos integrantes dos conselhos tutelares de todo o país.

A tecnologia empregada nas urnas eletrônicas será colocada à disposição do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, autoridade responsável pela votação. Na eleição de domingo serão utilizados equipamentos dos modelos 2020, 2015, 2013, 2011, 2010 e 2009, mesmas versões já conhecidas das brasileiras e dos brasileiros que compareceram às seções eleitorais para votar no pleito de outubro do ano passado. O apoio da Justiça Eleitoral ao processo de eleição para os conselhos tutelares é regulado pela Resolução TSE nº 23.719/2023.

Segurança e preservação do sigilo do voto

E as similaridades com as eleições ordinárias não param por aí. Embora a organização e a fiscalização da votação para eleger conselheiras e conselheiros tutelares não sejam de responsabilidade da Justiça Eleitoral, a população terá acesso a diversos recursos de segurança que também estão presentes nas eleições ordinárias, destinadas à escolha de representantes para os Poderes Executivo e Legislativo.

Entre esses mecanismos de segurança, estão:

  •  Assinatura Digital – um mecanismo de criptografia usado para autenticar documentos eletrônicos, que serve para proteger dados e identificar a autoridade responsável pela informação;
  •  Registro Digital do Voto (RDV) – uma tabela digital (como a de Excel) na qual são armazenados os votos digitados na urna, de forma embaralhada, para que não seja possível identificar em quem determinada eleitora ou eleitor votou;
  •  Impressão da zerésima – relatório emitido pelo equipamento, antes do início da votação, que comprova que a urna “está zerada”, ou seja, não contém, previamente, qualquer voto dado a uma candidata ou candidato;
  • Boletim de Urna (BU) – documento impresso no encerramento da eleição, que lista a quantidade de votos recebidos pelas candidaturas que concorreram aos conselhos tutelares.

Ajustes no sistema

Apesar de vários pontos em comum – como a segurança e a agilidade na hora de escolher os integrantes –, as eleições para os conselhos tutelares contarão com uma adaptação no sistema da urna. Ao contrário do que ocorre em eleições ordinárias, será possível escolher mais de uma candidatura para ocupar o cargo. Isso acontece porque em, algumas localidades, é permitido votar em até cinco candidatas ou candidatos.

Para mais informações sobre candidaturas e locais de votação, consulte a prefeitura da sua cidade.

Motivo de orgulho nacional

A segurança das urnas eletrônicas foi, inclusive, um dos pontos destacados pelo Parlamento do Mercosul (Parlasul), uma das 16 Missões de Observação Eleitoral (MOEs) nacionais e internacionais que acompanharam as Eleições Gerais de 2022. Em relatório final divulgado no dia 13 de setembro, a entidade ressaltou que as urnas se mostraram seguras, não gerando reclamações nem inconvenientes nas seções eleitorais visitadas pela equipe de especialistas.

Caruaru: Inscrições abertas para Encontro da Vara Regional da Infância sobre o ECA

Celebrar o aniversário de 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de promover um momento formativo sobre o que preconiza o referido estatuto quanto a atuação dos órgãos que trabalham com crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade e integram o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA). Esta é a proposta do I Encontro Formativo da Vara Regional da Infância e da Juventude (VRIJ) de Caruaru e SDSDH: o ECA e a prática do Sistema de Garantias de Direitos.
O evento, realizado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em parceria com a SDSDH, vai ocorrer no dia 26 de outubro, das 9h às 12h, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), situada na Rua Azevedo Coutinho, S/N – Petrópolis – Caruaru. O encontro é gratuito e as inscrições podem ser feitas através do link: https://www.sympla.com.br/i-encontro-formativo-da-vara-regional-da-infancia-e–juventude-de-caruaru-e-sdsdh__2161203.
A iniciativa tem como público-alvo todas as equipes que trabalham com crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade na Comarca de Caruaru e cidades vizinhas: das casas de acolhimento, da Vara Regional, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Conselho Tutelar. Além disso, o evento será aberto aos estudantes de Direito, Serviço Social e Psicologia. No entanto, para participar é necessário fazer a inscrição no link acima.
O magistrado da VRIJ de Caruaru, José Fernando de Souza, enfatiza a importância do evento para a melhoria da prestação social e jurisdicional. “Na medida em que a Vara da Infância de Caruaru realiza esse estudo que discute temas importantes: em que consiste a medida protetiva; as causas em que o conselho tutelar poderá fazer um acolhimento emergencial; as hipóteses de destituição/ suspensão do poder familiar; tudo isso será de grande importância não só para a vara, mas para todos que trabalham na rede”, destaca.

Caruaru: MPPE adverte candidatos sobre condutas na eleição do Conselho Tutelar

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru, emitiu recomendação para os candidatos ao cargo de conselheiro tutelar do Município, para que observem a legislação que rege as regras da campanha eleitoral, abstendo-se de praticar condutas vedadas.

De acordo com a recomendação, é vedada a doação, oferta, promessa ou entrega ao eleitor de bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor. O mesmo é válido para propaganda por meio de anúncios luminosos, faixas, cartazes ou inscrições em qualquer local público, bem como o favorecimento de candidatos por qualquer autoridade pública ou utilização, em benefício daqueles, de espaços, equipamentos e serviços da Administração Pública.

É vedada, ainda, a distribuição de camisetas e qualquer outro tipo de divulgação em vestuário; assim como propaganda eleitoral em rádio, televisão, outdoors, carro de som, luminosos, bem como por faixas, letreiros e banners com fotos ou outras formas de propaganda de massa.

Já no dia da eleição, será vedado aos candidatos a utilização de espaço na mídia; fornecer transporte aos eleitores; o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou promoção de comício ou carreata; a distribuição de material de propaganda política ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na vontade do eleitor; e qualquer tipo de propaganda eleitoral, inclusive “boca de urna”.

O não atendimento da recomendação ensejará a propositura da competente ação judicial, bem como a responsabilização pela conduta vedada.

A recomendação, de autoria da Promotora de Justiça Sílvia Amélia de Melo Oliveira, foi publicada na edição Diário Oficial eletrônico do MPPE do dia 28 de agosto de 2023.

Rosa Weber se despede do STF e abre nova vaga para indicação de Lula

Brasília (DF) - Ministra Rosa Weber preside a sessão plenária do STF no Julgamento do marco temporal, última sessão presidida pela ministra antes de sua aposentadoria. Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

A ministra Rosa Weber presidiu, nesta quarta-feira (27), a última sessão no comando do Supremo Tribunal Federal (STF). Nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011, Rosa deixará o tribunal nos próximos dias ao completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente.

No discurso de despedida, a ministra destacou os atos golpistas de 8 de janeiro. Ela lembrou que, pela primeira vez na história, a sede da Corte foi invadida e depredada. Rosa afirmou que o episódio mostrou que a “democracia ficou inabalada”.

“Inabalada restou nossa democracia, como inabalável continua, simbolizada neste plenário inteiramente restaurado. Ficou a advertência, cabe a todos a defesa intransigente da democracia constitucional”, afirmou.

Rosa Weber disse ainda que teve a oportunidade de conhecer o país ao visitar presídios, quilombos e terras indígenas.

“A partir dos trabalhos desenvolvidos, mais e melhor conhecer esse Brasil de tantos brasis, esse Brasil plural, de tantas desigualdades e mazelas e, ao mesmo tempo, de tantas belezas e de riquezas de toda ordem”, concluiu.

Amanhã (28), em substituição a Rosa Weber, o ministro Luís Roberto Barroso tomará posse no cargo de presidente da Corte.

Trajetória

Rosa tomou posse em dezembro de 2011. Ela entrou na vaga deixada pela aposentadoria da ministra Ellen Gracie, primeira mulher a ser nomeada para a Corte, em 2000.

Weber foi indicada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Antes de chegar ao Supremo, a ministra fez carreira na Justiça do Trabalho, onde iniciou como juíza trabalhista no Rio Grande do Sul e chegou ao cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Durante sua passagem pela Corte, a ministra se destacou pelo voto proferido a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação e a manifestação contra o habeas corpus preventivo para evitar a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018.

Nesta semana, na função de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rosa conseguiu articular a aprovação da resolução para ampliar a promoção de mulheres na magistratura.

No CNJ, a ministra também retomou a realização de mutirões carcerários e visitou territórios indígenas, além de lançar a primeira Constituição em línguas indígenas.

Vaga aberta

A vaga deixada por Rosa Weber deverá ser preenchida por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não há prazo para a nomeação.

Após a definição do nome, o indicado precisará ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Em seguida, a posse será marcada.

Com a saída de Rosa, o plenário da Corte será composto, ainda que temporariamente, por apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia. O cenário pode ser alterado a depender da indicação de Lula.

Comissão adia de novo votação de projeto contra casamento homoafetivo

Pela segunda vez, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados adiou a votação da proposta que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O primeiro adiamento ocorreu na semana passada, após acordo entre deputados da base do governo e da oposição. Desta vez, o relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para analisar as manifestações dos membros do colegiado.

“Gostaria de pedir que nos desse mais um tempo, em respeito aos que honrosamente falaram aqui e até aos que nos desrespeitaram, para provar que não há retaliação e não estamos aqui para impor nada”, disse nesta quarta-feira (27).

No parecer, Eurico defende a aprovação do Projeto de Lei 5167/09, que diz que relação entre pessoas do mesmo sexo não pode ser equiparada a casamento ou família.

Ele sugere a inclusão no Artigo 1.521 do Código Civil do seguinte trecho: “Nos termos constitucionais, nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar.” Atualmente, o Artigo 1.521 enumera os casos em que o casamento não é permitido, como união entre pais e filhos ou entre pessoas já casadas.

Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que os casamentos homoafetivos são equiparados às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar.

Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família, nem qualquer formalidade exigida para que ela seja considerada como tal. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem casamentos homoafetivos.

Caso seja aprovado na comissão, o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter conclusivo. Ou seja, não precisaria ir ao Plenário para nova aprovação, passando diretamente para apreciação do Senado. Só iria ao Plenário se ao menos 52 deputados assinassem um recurso nesse sentido.

A próxima votação na comissão está marcada para o dia 10 de outubro.

A proposta divide os parlamentares. Os contrários argumentam que trata-se de um projeto inconstitucional.

Na avaliação da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), o texto muda legislação com o objetivo de derrubar uma interpretação constitucional. “Isso não existe, é uma proibição para o casamento”, disse, acrescentando que já são aceitas no mundo diversas configurações familiares. “Esta Casa foi feita para garantir direitos e não para retirar direitos”, afirmou.

Os defensores da proposta, como deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), afirmam que a Constituição já determina que casamento é apenas união estável entre homem e mulher. “Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à liberdade do texto constitucional”, apontou.

Marinha apreende cerca de 1,3 tonelada de drogas no Amazonas

Apreensão de drogas no Rio Solimões. Foto: Marinha do Brasil

Militares da Marinha do Brasil que atuam na Operação Ágata apreenderam, nessa terça-feira (26), cerca de 1,3 tonelada de skank (uma espécie de maconha com alta pureza) e 90,78 quilos de pasta base de cocaína em uma embarcação regional no rio Solimões. A apreensão ocorreu nas proximidades da cidade de Fonte Boa (AM).

Dois suspeitos foram detidos e entregues à Polícia Civil. O material apreendido será encaminhado à Polícia Federal em Manaus.

Apreensão de drogas no Rio Solimões. Foto: Marinha do Brasil
Drogas foram entregues à Polícia Federal. Foto:- Marinha do Brasil

Segundo a Marinha, a droga foi repassada aos suspeitos por uma embarcação de bandeira colombiana, que havia saído da cidade de Letícia, na Colômbia, com destino a La Pedrera. A embarcação colombiana foi abordada pelos militares, mas nada foi encontrado.

Para achar as drogas, foram utilizados cães treinados para reconhecimento de entorpecentes e para atestar as substâncias ilícitas foi utilizado um kit de narcoteste.

A Operação Ágata visa reprimir crimes transfronteiriços e ambientais na área de fronteira. Também integra a operação um navio de assistência hospitalar, que realiza ações de assistência médica e odontológica nas comunidades ribeirinhas do rio Japurá.