Nesta segunda-feira (10), às 9h, Guilherme José Lira dos Santos será levado a júri popular na 1ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Ilha Joana Bezerra, no Recife. O réu é acusado de ter assassinado a ex-esposa, Patrícia Cristina Araújo dos Santos, em uma colisão de carro na Rua João Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, no dia 4 de novembro de 2018. O processo referente ao caso é o de número NPU 0021504-84.2018.8.17.0001. O júri será presidido pela juíza de Direito, Fernanda Moura de Carvalho.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco, o réu é acusado de provocar a colisão contra uma árvore com o objetivo de assassinar a vítima. Na sessão, o acusado será julgado por homicídio qualificado. As qualificadoras são ter cometido o homicídio por motivo fútil; mediante dissimulação ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima; e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). A defesa do réu nega que houve intenção de matar a vítima e alega que houve apenas um acidente de trânsito, o que faria o homicídio ser culposo. Para a oitiva do julgamento em plenário, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) arrolou cinco testemunhas e três peritos criminais; e a Defesa arrolou cinco testemunhas e dois informantes.
Cobertura – Durante a sessão, será permitido o acompanhamento pela imprensa em plenário, sem necessidade de credenciamento prévio. No entanto, fica proibida a realização de filmagem dos jurados integrantes do Conselho de Sentença, do réu e das pessoas presentes no local. Não haverá transmissão em tempo real da sessão de julgamento pelo Youtube. A transmissão será feita pela Ascom TJPE através do perfil oficial da instituição no Twitter (http://www.twitter.com/TJPE_oficial). A magistrada Fernanda Moura de Carvalho concederá entrevistas à imprensa unicamente para fornecer informações técnicas sobre o desenvolvimento da sessão de julgamento. Imagens da magistrada, dos membros do MPPE e dos advogados de Defesa serão permitidas, desde que as pessoas envolvidas autorizem expressamente aos profissionais de mídia e imprensa.
Inicialmente, o júri popular deste caso foi marcado para o dia 20 de março, às 9h. Foi adiado para o dia 10 de abril, porque a juíza da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Fernanda Moura, atendeu pedido do Ministério Público e da Assistência da Acusação, após haver sido certificada por oficial de justiça, sobre a impossibilidade do comparecimento de duas testemunhas a serem ouvidas durante o julgamento, que estava programado para segunda-feira (20/3). Foi alegado, pelos pedidos, que uma das testemunhas não poderia comparecer por motivo de saúde e a outra por se encontrar fora do estado.