Mulheres vítimas de violência poderão ter proteção imediata

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) um projeto de lei que determina a concessão sumária de medidas protetivas de urgência às mulheres a partir da denúncia a qualquer autoridade policial ou a partir de alegações escritas. A proposta será enviada à sanção presidencial.

De autoria da ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, o Projeto de Lei 1604 de 2022, do Senado, foi aprovado com emendas de redação apresentadas pela relatora, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O relatório, que foi lido em Plenário pela deputada Luisa Canziani (PSD-PR), havia sido aprovado pelo Senado.

De acordo com a proposta, as medidas protetivas poderão ser indeferidas no caso de avaliação pela autoridade de inexistência de risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral da ofendida ou de seus dependentes.

Ministro do STF vai homologar acordo envolvendo Fernando de Noronha

Fernando de Noronha (PE)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski vai homologar o acordo entre o governo federal e o Estado de Pernambuco para gestão compartilhada do território de Fernando de Noronha. A informação foi confirmada na noite desta terça-feira (21) pela assessoria do ministro. 

O documento será assinado amanhã (22), no Recife, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao estado.

Preservação

Fernando de Noronha (PE)
Fernando de Noronha (PE) – Arquivo/Agência Brasil

Pelo novo acordo, ambas as partes se comprometeram a realizar o compartilhamento da gestão da ilha, preservando o meio ambiente e o uso ordenado do solo.

As regras preveem que não poderá ocorrer a ampliação do perímetro urbano e construções irregulares deverão ser coibidas e demolidas se estiverem em desconformidade com as normas ambientais do arquipélago.

A gestão de Fernando de Noronha passou a ser questionada no STF após o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pedir que o território fosse declarado domínio da União pelo suposto descumprimento do acordo de compartilhamento firmado em 2002. As alegações sempre foram contestadas pelo governo de Pernambuco. Desde 1988, a ilha pertence ao governo estadual.

Juros do consignado do INSS serão definidos até sexta-feira

Dinheiro

Uma definição sobre o novo teto dos juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sairá até sexta-feira (24), disse há pouco o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Sidney Oliveira.

Ele se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, nesta tarde para discutir o assunto.

“O patamar fixado pelo Conselho [Nacional de Previdência Social] de 1,7% [ao mês] não atende a estrutura de custo dos bancos. Tanto não atende que os bancos públicos também interromperam a concessão de consignado, ou seja, Banco do Brasil e Caixa interromperam porque não consegue suportar com a taxa de 1,70%”, disse Sidney após o encontro.

O presidente da Febraban também declarou que as instituições financeiras estão dispostas a negociar e indicou que uma solução intermediária deverá ser encontrada. “Nós precisamos sair desse impasse. Há toda uma disposição da Febraban, do setor bancário para que nós possamos encontrar o patamar que possa de um lado atender a um anseio do governo e de outro lado permitir a viabilidade econômica de crédito consignado”, acrescentou

Nota

Na segunda-feira (20) à noite, a Casa Civil da Presidência da República soltou nota em que afirmou que aguarda uma nova reunião entre representantes do governo e do sistema financeiro, prevista para ocorrer até o fim desta semana. “Existe possibilidade de elevação do teto de juros, mas é necessário aguardar o resultado dessa reunião. A expectativa é chegar a um acordo sobre a taxa”, informou o comunicado.

“Há previsão de que na próxima semana, o ministro da Previdência convoque uma nova reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) para discutir o tema”, acrescentou a Casa Civil.

O comunicado saiu após reunião entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; e da Previdência, Carlos Lupi, no Palácio do Planalto, para debater o assunto. Também estiveram presentes no encontro Galípolo, o secretário-executivo do Ministério Trabalho e Emprego, Francisco Macena, além das presidentas da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu de 2,14% para 1,7% ao mês o teto dos juros sobre o crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS. O órgão também diminuiu de 3,06% para 2,62% ao mês o limite da taxa para o cartão de crédito consignado.

No fim da semana passada, vários bancos públicos e privados, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, suspenderam a oferta de crédito consignado do INSS. Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições financeiras cobravam taxas menores que 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%).

Decreto institui cotas raciais em 30% dos cargos de confiança

Fachada do Palácio do Planalto

Como forma de ampliar a presença de pessoas negras em cargos de liderança, o governo federal vai implementar um programa que reserva até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações.

O decreto que institui a medida foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (21), em cerimônia no Palácio do Planalto alusiva ao Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

“Apesar de ocupar o posto de segunda maior nação negra do planeta [depois da Nigéria], o Brasil ainda não acertou as contas com o passado de 350 anos de escravidão. Apesar de todos os esforços e avanços, este país ainda tem uma imensa dívida histórica a resgatar”, afirmou Lula em discurso após assinar o decreto.

O presidente lembrou que a Lei Áurea, que aboliu a escravidão formal no país, em 1888, tirou a população do confinamento das senzalas para o confinamento das piores estatísticas sociais até hoje. “Moradia, emprego, educação, saúde, segurança pública. Qualquer que seja o indicador, homens e, principalmente, mulheres negras são sempre os mais excluídos”, destacou.

As cotas serão para os Cargos Comissionados Executivos (CCE), que são de livre nomeação, e as Funções Comissionadas Executivas (FCE), que também são de livre nomeação, mas exclusivas para servidores concursados. Segundo o governo, o decreto estabelece o prazo de até 31 de dezembro de 2026 para que a administração pública federal alcance os percentuais mínimos de reserva de vagas estipulados.

“Daremos esse passo inédito que entrará para a história. Negros e negras na ponta e no topo da implementação de políticas públicas no governo federal, um novo horizonte para uma nova página desta gestão”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em discurso emocionado ao anunciar a medida.

Os ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Igualdade Racial (MIR) devem estabelecer metas intermediárias para cada grupo dos níveis de CCE e FCE estipulados pelo decreto. As pastas também devem estabelecer metas específicas para cada órgão. A norma também determina a observação da paridade de gênero na ocupação desses cargos.

Grupos de trabalho

Na cerimônia, a ministra Anielle Franco anunciou a criação de três grupos de trabalho interministerial. Um vai atuar na estruturação do novo programa Juventude Negra Viva, que envolve uma articulação de ações de diversos ministérios para promover oportunidades para a juventude se desenvolver com segurança, saúde e educação.

O outro grupo de trabalho da pasta da Igualdade Racial, com apoio do Ministério da Cultura, vai desenvolver políticas de salvaguarda e promoção da memória e herança africana do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro. O Mercado do Valongo foi o principal entreposto do comércio de africanos escravizados das Américas, durante o período colonial. Um terceiro grupo de trabalho vai propor medidas para o enfrentamento ao racismo religioso contra religiões de matriz africana no país.

Lula titula áreas quilombolas após quatro anos de paralisação

Brasília (DF), 21/03/2023, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina atos para a promoção da igualdade racial em solenidade no Palácio do Planalto. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou nesta terça-feira (21) a política de reconhecimento de territórios tradicionais quilombolas, com a assinatura da titulação de três áreas, onde vivem 936 famílias. A titulação de áreas onde vivem descendentes de africanos escravizados durante a colonização portuguesa do país havia sido interrompida deliberadamente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A última titulação foi em 2019 no quilombo Paiol de Telha, no Paraná, por força de uma determinação judicial.

“Muito se falou sobre democracia nesses últimos anos, em que ela esteve efetivamente ameaçada. A verdade é que nenhum país do mundo será uma verdadeira democracia enquanto a cor da pele das pessoas determinar as oportunidades que elas terão ou não ao longo da vida”, afirmou Lula.

De acordo com o Ministério da Igualdade Racial, Lula assinou a titulação de três territórios quilombolas em dois estados. A área de Brejo dos Crioulos, em Minas Gerais, teve 2,2 mil hectares reconhecidos, uma titulação parcial, já que o total do território soma mais de 8,1 mil hectares. Na comunidade, vivem 630 famílias.

Em Sergipe, foram titulados dois territórios. Um deles é Serra da Guia, no município de Poço Redondo, onde vivem 198 famílias, em uma área total de 9 mil hectares, dos quais 806 hectares foram titulados. O outro é o território Lagoa dos Campinhos, nos municípios de Amparo de São Francisco e Telha. Tem área total de 1.263 hectares, mas a parte titulada corresponde a 111 hectares. No total, 108 famílias vivem nesta área.

A titulação de áreas quilombolas será parte do programa Aquilomba Brasil, que também prevê ações nas áreas moradia, educação e infraestrutura, como construção de moradias e ampliação de eletrificação em áreas rurais ainda não contempladas.

“A promoção de direitos para as comunidades quilombolas no Brasil é um ato de reparação à enorme dívida histórica que o Estado brasileiro tem com estas populações. A partir do Programa Aquilomba Brasil, no eixo acesso à terra, vamos organizar, junto com o Incra, uma agenda nacional de titulação, que começa com os títulos entregues hoje pelo nosso presidente”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

A titulação, de responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), é a última etapa do processo de reconhecimento de um território tradicional.

Alberto Feitosa abre racha no PL em Pernambuco

Por Magno Martins – Folha de Pernambuco

Ao negociar o Detran para o seu grupo, os Ferreira, o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, agiu sem ouvir o conjunto da bancada na Assembleia Legislativa, segundo os próprios deputados revelaram em off. A tendência é que se abra uma dissidência na legenda, liderada pelo deputado estadual Alberto Feitosa, o mais votado do Estado, com quase 150 mil votos.

Feitosa, aliás, já foi vítima da primeira recaída governista do PL. Na composição das comissões temáticas da Casa, acabou degolado, literalmente. Rifado numa articulação envolvendo os irmãos Anderson e André Ferreira, Feitosa perdeu a presidência de uma das comissões e por tabela a liderança do PL na Casa.

Em Pernambuco, não há mais espaço no PL para abrigar os dois grupos bolsonaristas – os do Ferreira com o de Feitosa. Feitosa se aproximou na campanha passada do ex-ministro Gilson Machado, que saiu candidato ao Senado e surpreendeu com uma votação superior a 1,4 milhão de votos. O que a Folha apurou é que ambos estão entendidos para construir uma alternativa partidária.

Estão convencidos, também, que Anderson jamais perderá essa queda de braço pelo PL em Pernambuco porque detém a confiança e o apoio irrestrito do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. “Não há a menor possibilidade do nosso grupo tirar o controle do PL no Estado das mãos de Anderson”, revelou um aliado de Feitosa.

Segundo ele, Gilson e Feitosa não deixarão o PL de imediato. Vão aguardar os desdobramentos nacionais, até porque também não é certa a permanência do ex-presidente Bolsonaro na legenda. “Gilson e Feitosa vão para o partido que Bolsonaro optar”, diz uma fonte ligada ao ex-ministro do Turismo.

Feitosa tem sido, dentro da bancada do PL, a voz mais firme contra o Governo Raquel Lyra. Na semana passada, subiu à tribuna da Assembleia para bater duro na ausência da governadora na reunião da bancada federal com o ministro da Defesa, José Múcio, na qual foi batido o martelo da construção da Escola de Sargento em Abreu e Lima, investimento da ordem de R$ 1,8 bilhão.

Em entrevista ao Frente a Frente, programa que apresento pela Rede Nordeste de Rádio, tendo como cabeça de rede a 102.1 FM, do Grupo EQM, Feitosa abraçou a causa da Escola de Sargento, num contraponto à governadora, que ainda não se manifestou sobre o investimento no Estado. “Anderson fechou com Raquel sem ouvir nenhum dos quatro deputados federais do PL nem qualquer um dos cinco estaduais. Foi uma tremenda falta de habilidade política”, disse Feitosa.

Policiais e militares não podem advogar, decide STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade de dispositivos do Estatuto da Advocacia que autorizavam policiais e militares na ativa a advogar em causa própria. A decisão unânime foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7227, na sessão virtual encerrada em 17/3.

Seguindo o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, foi julgado procedente o pedido formulado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra os parágrafos 3º e 4º do artigo 28 do Estatuto (Lei 8.906/1994). Os dispositivos, incluídos em 2022 pela Lei 14.365, permitiam a atuação “estritamente para fins de defesa e tutela de direitos pessoais”, mediante inscrição especial na OAB.

Segundo a relatora, a lei dispõe há décadas sobre a incompatibilidade do exercício da advocacia e das funções exercidas por policiais e militares na ativa, e o STF já concluiu que norma contra a atuação, como advogados, de agentes da segurança pública, mesmo que em causa própria, não ofende a Constituição.

Abusos e tráfico de influência

A ministra ressaltou que os regimes jurídicos de policiais e militares não são compatíveis com o exercício simultâneo da advocacia, porque esses profissionais desempenham funções estatais relacionadas à segurança pública e executam tarefas que os colocam, direta ou indiretamente, próximos de litígios jurídicos.

Por sua vez, as normas questionadas podem propiciar influência indevida e privilégios de acesso a inquéritos e processos, entre outras vantagens que desequilibram a relação processual. “A advocacia simultânea, mesmo em causa própria, exercida por policiais e militares põe em risco a boa administração da justiça, privilegiando estes servidores relativamente aos demais advogados”, apontou.

Ainda segundo a ministra, a incompatibilidade visa impedir abusos, tráfico de influência e práticas que coloquem em risco a independência e a liberdade da advocacia.

Remuneração

Um dos argumentos apresentado na justificativa para a aprovação das normas foi o de que policiais e militares não teriam remuneração adequada para custear o risco inerente à profissão e outras demandas de interesse pessoal, mesmo tendo formação acadêmica e aprovação no exame da OAB. Mas, de acordo com a ministra, a questão remuneratória dessas carreiras não é um critério constitucionalmente válido para autorizar o exercício da advocacia, consistindo, na verdade, em privilégio para determinados servidores públicos.

Juiz, senador e equipes se reúnem a respeito de atuação de Conselho Tutelar

Juiz José Fernando de Souza e senador Humberto Costa

Juiz José Fernando de Souza e senador Humberto Costa

Titular da Vara Regional da Infância e Juventude da 7ª Circunscrição em Caruaru, o juiz José Fernando de Souza recebeu o senador Humberto Costa na sexta-feira (17/3). O encontro, realizado na Unidade Judiciária, teve o objetivo de debater melhorias para a atuação de conselheiras e conselheiros tutelares da região.

Equipes reunidas na VRIJ da 7ª Circunscrição - Caruaru

Equipes reunidas na VRIJ da 7ª Circunscrição – Caruaru

TJPE assina parceria com o Sebrae/PE para a capacitação de detentas

O presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, em discurso durante o evento 

Promover ações que visam à reinserção social de mulheres em cumprimento de privação de liberdade no mercado de trabalho. Com esse objetivo, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco (Sebrae/PE), firmou protocolo de intenções para realização de oficinas e cursos voltados à capacitação de reeducandas. A ação integra uma das atividades do Projeto Recomeçar, que também tem como proposta fornecer orientações por meio de cartilhas distribuídas às detentas e aos seus familiares. A assinatura do termo aconteceu no Salão Nobre, no 2º andar, do Palácio da Justiça, nesta segunda-feira (20/3).

A capacitação será realizada por meio do Projeto Sebrae Delas, uma iniciativa da instituição que busca o empoderamento feminino, utilizando dentre outros meios para essa conquista, a reinserção da mulher no mercado de trabalho a partir da promoção de oficinas e cursos. O projeto-piloto será desenvolvido na Penitenciária de Abreu e Lima com a promoção de oficinas de capacitação, inicialmente, para 50 mulheres, em privação de liberdade, com duração de sete meses. Os temas das oficinas ainda serão definidos de acordo com pesquisa a ser realizada pela gerência da penitenciária com as reeducandas.

O presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, destacou a felicidade por vivenciar esse momento de qualificação e futura independência das reeducandas e enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Sebrae. “Estou feliz por esse momento que significa uma mudança na vida dessas mulheres. Quando pensamos em penitenciária quem é a parte mais sofrida dentro desse contexto são as reeducandas, principalmente quando se trata da conquista da independência delas porque são mulheres que, na grande maioria das vezes, não contam com a ajuda de um companheiro, que as abandonam. Nesta realidade, o Sebrae ingressa com uma ação de grande importância, que é a de investir no empreendedorismo, e a partir dessa iniciativa fazer a realidade de vida dessas mulheres mudarem”, pontuou.

A coordenadora estadual da Mulher, desembargadora Daisy Andrade, em seu pronunciamento 

A coordenadora estadual da Mulher, desembargadora Daisy Andrade, agradeceu ao presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, ao diretor-geral da Escola Judicial (Esmape) do TJPE, desembargador Francisco Bandeira de Mello; ao gestor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), desembargador Mauro Alencar; e ao 2ª vice-presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves. “São gestores que vestem a camisa da instituição e acompanham sempre os nossos pleitos com muito entusiasmo e sugestões enriquecedoras”, observou.

A magistrada falou também o que significa esse convênio com o Sebrae para a evolução de vida das reeducandas. “A parceria com o Sebrae representa um grande avanço e agrega muito valor ao projeto Recomeçar desenvolvido pelo TJPE através da Coordenadoria da Mulher. Realizar cursos de capacitação é garantir um ofício e assegurar o empreendedorismo das mulheres privadas de liberdade, facilitando o processo de ressocialização”, pontuou a desembargadora Daisy Andrade.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/PE, Fausto Falcão Pontual

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/PE, Fausto Falcão Pontual, enfatizou a oportunidade de capacitação que será dada às mulheres em privação de liberdade e as consequências dessa iniciativa. “Sabemos que a situação das mulheres privadas de liberdade é muito difícil. Em grande parte são pessoas que não tiveram oportunidade de trabalho, exatamente por falta de meios de educação e qualificação. Por isso, o Programa Sebrae Delas é tão importante porque ele oferece uma alternativa efetiva de desenvolvimento profissional trazendo um impacto social uma vez que aumenta a geração de renda e traz autonomia financeira para essas mulheres. É uma iniciativa que tem tudo para contribuir para a redução da reincidência criminal”, concluiu.

Gestora do programa Sebrae Delas, da Região Metropolitana do Recife, Andréa Viana

A gestora do programa Sebrae Delas, da Região Metropolitana do Recife, Andréa Viana, falou o que significa a assinatura do termo e como é desenvolvido o programa Delas, do Sebrae. “Estamos muito felizes em realizar essa parceria e estender essa prática para as reeducandas, estimulando um empreendedorismo feminino. Já desenvolvemos esse programa no país inteiro e estamos aqui para realizar essa parceria. O Sebrae Delas significa desenvolver empreendedoras e líderes apaixonadas pelo sucesso. O nosso objetivo principal é tornar essas mulheres independentes financeiramente a partir do desenvolvimento do seu próprio negócio”, especificou.

A gerente da Penitenciária de Abreu e Lima, a policial Elisângela Santana, falou o que representa essa iniciativa para as reeducandas da instituição. “Nós necessitamos muito desse apoio de parceiros externos para contribuir com a ressocialização do nosso público, para que as mulheres privadas de liberdade possam sair daqui seguras de seu potencial como profissionais, que saibam que têm um caminho para seguir seja atuando em empresas ou como autônomas. Vamos fazer esse filtro das reeducandas que querem participar da ação e que cursos seriam mais interessantes para elas, sejam eles voltados para o mercado da beleza, da alimentação, do artesanato, ou quaisquer outros que nos sejam oferecidos”, enfatizou.

Participaram da assinatura do termo; o presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo; a coordenadora estadual da Mulher, desembargadora Daisy Andrade; o gestor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), desembargador Mauro Alencar; o diretor-geral da Escola Judicial (Esmape) do TJPE, desembargador Francisco Bandeira de Mello; e o superintende do Sebrae/PE, Murilo Roberto de Moraes Guerra.

Cartilhas – O Projeto Recomeçar também envolve a entrega de cartilhas para as reeducandas e seus familiares. O material informativo, produzido pela Assessoria de Comunicação do TJPE, já foi distribuído no ano passado. A cartilha para as reeducandas aborda temas como os direitos da mulher encarcerada a atendimentos individuais voltados para as áreas de Serviço Social, Psicologia, bem como para atendimentos médicos e orientações jurídicas. Trata também de orientações sobre visitas de seus familiares, cônjuges, e de advogados; normas a serem cumpridas no estabelecimento prisional; trabalhos que podem ser desenvolvidos pela mulher durante a sua pena; dentre outras informações. Confira a Cartilha para as mulheres apenadas

Já a cartilha voltada para os familiares das mulheres apenadas contém informações como os familiares e companheiros ou companheiras das mulheres encarceradas devem realizar o cadastro para visitas à unidade prisional; ainda relaciona os itens que elas podem receber na unidade onde estão cumprindo suas respectivas penas – incluindo desde objetos para uso pessoal aos alimentos que podem ser levados para a visita, bem como o modo de transportá-los até a unidade prisional, dentre outras orientações. Confira a Cartilha dos familiares

Fundo Partidário 2023: aumenta para 14 o número de partidos aptos a receber recursos

Dinheiro eletrônico - 22.09.2022

Em virtude da incorporação do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), o Solidariedade (legenda incorporadora) garantiu o direito de receber os recursos do Fundo Partidário, bem como de ter acesso gratuito a rádio e televisão para a exibição da propaganda partidária. A inclusão da agremiação está prevista nas Portarias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 116 e nº 117, publicadas na edição desta segunda-feira (20) do Diário de Justiça Eletrônico da Corte.

Com a alteração, do total de 28 entes políticos que lançaram candidaturas na eleição do ano passado, agora são 14 as legendas e federações partidárias que alcançaram a chamada cláusula de desempenho prevista para o pleito. São elas: as federações FE Brasil (PT/PCdoB/PV), PSDB/Cidadania e PSOL/Rede; e os partidos Avante, MDB, PDT, PL, Podemos, Progressistas, PSB, PSD, Republicanos, União Brasil e Solidariedade.

As demais 13 agremiações (Agir, DC, Novo, Patriota, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSC, PSTU, PTB e UP) continuarão a existir, porém não receberão nada do Fundo. Caso desejem, ainda é possível realizar fusões, incorporações ou mesmo constituir federações com outros partidos que tiveram melhor resultado nas urnas.

O Fundo

O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.

Ele é repassado mensalmente às siglas, em forma de duodécimos, para o custeio de despesas cotidianas, como pagamento de salários de funcionários, contas de água e luz, passagens aéreas e aluguéis, entre outras.

Critérios

De acordo com os critérios estabelecidos pela Emenda Constitucional n° 97/2017, para receber recursos do Fundo Partidário em 2023, os partidos políticos deveriam obter nas Eleições Gerais de 2022 pelo menos 2% dos votos válidos, com no mínimo 1% da votação em nove estados ou, ainda, garantir a eleição de, ao menos, 11 deputados federais distribuídos em nove unidades da Federação.

O TSE estabeleceu em R$ 1.185.493.562,00 o limite de dotação do Fundo Partidário para o exercício de 2023. O valor está previsto na Portaria nº 74/2023.