Roraima: ministro pede reforço na segurança para enfrentar garimpeiros

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, assume o cargo em cerimônia no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, pediu ao Ministério da Justiça e Segurança Pública medidas de proteção de lideranças indígenas em caráter de urgência. O ministro pede a presença permanente de forças de segurança federais na Terra Indígena Yanomami e escolta para os líderes, diante de ameaças feitas por garimpeiros às lideranças e equipes de saúde..

Em ofício desta segunda-feira (30). Almeida pede ainda que a Polícia Federal intensifique as ações de inteligência para monitorar as articulações de garimpeiros contra a comunidade indígena e que a Força Nacional auxilie a PF nesta missão.

O documento também solicita que seja elaborado plano emergencial de desintrusão de garimpeiros, diante de relatos de que eles estão impedindo o atendimento na saúde, inclusive de crianças indígenas.

Almeida quer ainda que seja avaliada a conveniência de instauração de investigação para apurar envolvimento de autoridades locais como garimpo ilegal, “considerando a inexistência de adoção de medidas de proteção do território e de enfrentamento à atividade ilegal, em nivel local, e a inexistência de leis contrárias ao controle da atividade garimpeira”.

Ameaças

Em missão, a comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) identificou ameaças sistemáticas de garimpeiros à integridade dos povos indígenas e também da força-tarefa liderada por equipes de saúde presentes no local. O ofício afirma, por exemplo, que os garimpeiros têm imposto suas presenças “de forma ostensiva, atuando também no aliciamento de jovens indígenas e na distribuição de armas de fogo”.

“Foram apresentados diversos relatos de ameaças sistemáticas praticadas contra as lideranças yanomami. Foi possível avaliar, por meio da escuta especializada de tais lideranças, que existe situação de risco concreto e iminente à sua integridade física e vida, potencializada pela presença dos órgãos federais no território e pelos anúncios de autoridades governamentais de que ocorrerá a desintrusão dos garimpeiros da Terra Indígena Yanomami”, alega  o ofício.

“Vamos tirá-los de lá”, diz Lula sobre garimpeiros em Roraima

Presidente Lula em reunião com governadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta segunda-feira (30) que o governo brasileiro vai expulsar os garimpeiros da Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima. Segundo ele, um decreto foi assinado para mobilizar forças federais em uma missão de desintrusão. A estimativa do Ministério dos Povos Indígenas é que haja mais de 20 mil invasores na área protegida.

“O Estado brasileiro, quando ele quer tomar uma decisão, ele toma e acontece. Já houve um tempo que retiramos garimpeiros de determinados locais que eles não podiam invadir. Hoje, eu assinei um decreto dando poderes às Forças Armadas, ao ministro da Defesa, ao Ministério da Saúde. Nós vamos tomar todas as atitudes para acabar com o garimpo ilegal, tirar os garimpeiros de lá, e vamos cuidar do povo yanomami, que precisa ser tratado com respeito. Não é possível que alguém veja aquelas imagens, que tive a oportunidade de ver na semana passada, e não fazer nada”, afirmou Lula em coletiva de imprensa após encontro bilateral com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, no Palácio do Planalto.

Sobre o decreto, o Palácio do Planalto informou que será publicado na edição de desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União (DOU), mas negou tratar-se de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

A TI Yanomami é a maior do país em extensão territorial e sofre com a invasão de garimpeiros. A contaminação da água pelo mercúrio utilizado no garimpo e o desmatamento impacta na segurança e disponibilidade de alimento nas comunidades.

O presidente não deu prazo para concluir a retirada dos invasores, mas destacou medidas já anunciadas pelo governo. “Resolvemos tomar uma decisão, parar com a brincadeira. Se vai demorar um dia ou dois, eu não sei. Pode demorar um pouco, mas que vamos tirá-los, vamos. Não vai ter mais sobrevoo, vamos proibir as barcaças de transitar com combustível”. Lula também falou sobre rigor na concessão de autorizações sobre pesquisa mineral que afete áreas indígenas. “E mais ainda, não haverá, por parte da agência de Minas e Energia, conceder autorização de pesquisa mineral em qualquer área indígena. O Brasil voltará a ser um país sério e respeitado, que respeita a Constituição, às leis e, sobretudo, os direitos humanos”.

Lula aproveitou para criticar o presidente anterior por ter estimulado o crime na região. “Tivemos um governo que poderia ser tratado como um governo genocida. Porque ele [Bolsonaro] é um dos culpados para que aquilo acontecesse. Ele que fazia propaganda que as pessoas tinham que invadir o garimpo, que podia jogar mercúrio. Tá cheio de discurso dele falando isso”.

Crise humanitária

Embora entidades indígenas e órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) já denunciem a falta de assistência às comunidades da Terra Indígena Yanomami há muito tempo, novas imagens de crianças e adultos subnutridos, bem como de unidades de saúde lotadas com pessoas com malária e outras doenças, chamaram a atenção da opinião pública nas últimas semanas e motivaram o governo federal a implementar medidas emergenciais para socorrer os yanomami.

Há duas semanas, o Ministério da Saúde enviou para Roraima equipes técnicas encarregadas de elaborar um diagnóstico sobre a situação de saúde dos cerca de 30,4 mil habitantes indígenas da TI Yanomami. Na ocasião, a iniciativa foi anunciada como um primeiro passo do governo federal para traçar, em parceria com instituições da sociedade civil, uma “nova estratégia inédita do governo federal para reestabelecer o acesso” dos yanomami à “saúde de qualidade”.

Ao visitarem a Casa de Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista, para onde são levados os yanomami que precisam de atendimento hospitalar, e os polos base de Surucucu e Xitei, no interior da reserva indígena, os técnicos se depararam com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

Medidas emergenciais

Cinco dias após as equipes começarem o trabalho in loco, o ministério declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Y), responsável por coordenar as medidas a serem implementadas, incluindo a distribuição de recursos para o restabelecimento dos serviços e a articulação com os gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS).

No último dia 21, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e vários integrantes do governo federal, como as ministras da Saúde, Nísia Trindade, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foram a Boa Vista, onde visitaram a Casai. O presidente prometeu envolver vários ministérios para superar a grave crise sanitária e, já no mesmo dia, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) transportaram cerca de 1,26 toneladas de alimentos para serem distribuídos às comunidades yanomami. Nos últimos quatro anos, ao menos 570 crianças morreram de desnutrição e doenças tratáveis, como malária.

No último dia (24), os profissionais da Força Nacional do SUS começaram a reforçar o atendimento na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista. A pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a PF instaurou, no dia 25, inquérito para apurar a possível prática de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros atos ilícitos contra os yanomami. os últimos quatro anos, ao menos 570 crianças morreram de desnutrição e doenças tratáveis, como malária.

Na sexta-feira (27), o primeiro hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB) na capital do estado começou a funcionar, com trinta profissionais de saúde militares atendendo a parte dos pacientes transferidos da terra indígena, a cerca de duas horas de voo de distância.

Vasco é superado pelo Volta Redonda em Cariacica

Vasco da Gama, Volta Redonda, Campeonato Carioca

Jogando no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, o Vasco foi superado por 2 a 1 pelo Volta Redonda, na noite desta segunda-feira (30), na partida que fechou a quinta rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca.

Após o revés, o Cruzmaltino permanece na 6ª posição da classificação com cinco pontos. Já o Esquadrão de Aço assumiu a vice-liderança da competição com os mesmos 10 pontos do Fluminense, que foi derrotado por 1 a 0 pelo Botafogo no último domingo (29) no Maracanã. A ponta da classificação é ocupada pelo Flamengo, com 11 pontos.

A partida começou com o Volta Redonda dominando as ações, criando dificuldades para um Vasco que teve sua primeira oportunidade clara apenas aos 14 minutos, com Pedro Raul. Porém, ao assumir uma postura mais agressiva, a equipe de São Januário ofereceu espaços ao adversário, que não perdoou.

Aos 24 minutos, o lateral Ricardo Sena aproveitou indecisão dos defensores do Vasco para chutar com força para superar o goleiro Ivan. Dez minutos depois o Volta Redonda ampliou sua vantagem quando Lelê recebeu passe em profundidade antes de bater na saída do goleiro cruzmaltino.

Na etapa final a equipe comandada pelo técnico Maurício Barbieri até ensaiou uma reação com o belo gol, de chapada de esquerda, de Gabriel Pec aos 12 minutos. Mas qualquer chance de recuperação foi por água abaixo quando Pedro Raul viu o goleiro Jefferson defender sua cobrança de pênalti aos 30 minutos.

O Vasco volta a entrar em campo pela competição a partir das 19h (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (2), quando mede forças com o Resende no estádio de São Januário. No mesmo dia, mas a partir das 21h10, o Volta Redonda recebe o Fluminense no Raulino de Oliveira.

“Democracia brasileira foi capaz de resistir”, diz chanceler alemão

Presidente Lula e chanceler alemão, Olaf Scholz

Em visita ao Brasil, o chanceler alemão Olaf Scholz se encontrou nesta segunda-feira (30) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, e comentou sobre ataques golpistas ocorridos há três semanas na capital federal.

“Gostaria de expressar e reafirmar ao presidente Lula, e a todos os brasileiras e brasileiras, que podem contar com total solidariedade da República Federal da Alemanha. Os democratas devem cerrar fileiras diante de um ataque de tal maneira ultrajante. A democracia brasileira é forte e foi capaz de resistir a esse ataque, o que é impressionante e serve de modelo”, enfatizou Scholz em coletiva de imprensa, após reunião privada com Lula.

Um pouco antes, ele citou a emoção de ver de perto o Palácio do Planalto, invadido por extremistas há algumas semanas. “Esse encontro me deixa muito emocionado porque as imagens da invasão do Congresso, do Palácio presidencial e do Supremo Tribunal Federal, há três semanas, ainda estão muito presentes na minha e na nossa memória. E ainda podemos ver os resquícios dessa destruição, um sinal para defendermos a democracia”. Os dois líderes se reuniram a sós por cerca de uma hora, seguido de um encontro de trabalho com ministros dos dois países.

A defesa da democracia também esteve em destaque no comunicado bilateral distribuído pelo Palácio do Planalto, após o encontro. Um novo encontro entre Lula e Scholz está previsto para setembro, desta vez na Alemanha. O chanceler da Alemanha também festejou a retomada do diálogo multilateral do Brasil. “Estamos muito felizes pelo Brasil estar de volta à cena mundial e como liderança na América Latina. Vocês fizeram falta, Lula”.

Sobre a agenda bilateral, o chanceler alemão citou o desejo de colaboração especialmente na área ambiental e de mudanças climáticas, incluindo proteção da Floresta Amazônica, ampliação de energias renováveis e transformações econômicas justas, além do avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. “Tema central da nossa cooperação será o futuro do nosso suprimento energético. O Brasil, ator importante para fazer avançar a agenda verde, vocês têm experciência com energias renováveis e hidrogênio verde”, citou.

Mais cedo, o governo dos dois países fecharam um acordo de investimento de 200 milhões de euros, por parte da Alemanha, para medidas de proteção ambiental no Brasil. A parceria foi anunciada ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze.

Barroso ordena investigação de suspeitas de genocídio indígena

Brasília 60 anos - Supremo Tribunal Federal

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a investigação de suspeitas de prática de genocídio e de outros tipos de crime contra o povo yanomami por parte do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ordem foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Ministério Público Militar, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Superintendência da Polícia Federal em Roraima.

As apurações não se limitarão à suspeita de genocídio, mas incluem crimes como quebra de segredo de Justiça, desobediência e delitos ambientais que ameaçaram a saúde, a segurança e a vida de diversas comunidades indígenas.

Barroso exigiu as medidas em um despacho relacionado a uma ação que tramita no STF em segredo de Justiça. O ministro determinou a remessa de documentos que, segundo o Supremo, “sugerem um quadro de absoluta insegurança dos povos indígenas envolvidos, bem como a ocorrência de ação ou omissão, parcial ou total, por parte de autoridades federais, agravando tal situação”.

Segundo o ministro do Supremo, diversas medidas podem ter comprometido operações de repressão a garimpeiros, como a divulgação, no Diário Oficial da União, de data e local de realização de operação sigilosa de intervenção em terra indígena. As informações foram publicadas pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, atualmente preso por suspeita de colaboração com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A Coordenação de Operações de Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também divulgou, conforme o magistrado, a data e o local da operação em e-mail destinado aos servidores do órgão.

Barroso também citou indícios de alteração do planejamento da Operação Jacareacanga, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o magistrado, o repasse de informações a garimpeiros comprometeu o sucesso da ação.

Expulsão de garimpeiros

Em relação a outra ação, apresentada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Barroso determinou a expulsão de todos os garimpeiros das terras indígenas yanomami, karipuna, uru-eu-wau-wau, kayapó, arariboia, mundurucu e trincheira bacajá. No processo, a Apib questiona a falta de proteção a essas comunidades durante a pior fase da pandemia de covid-19.

Segundo Barroso, a retirada deverá começar pelas áreas em situação mais grave. O ministro também questionou a eficácia da estratégia de asfixiar o fornecimento de materiais aos garimpos. “A estratégia anteriormente adotada, de ‘sufocamento’ da logística de tais garimpos, não produziu efeitos, se é que foi implementada”, escreveu o ministro.

Barroso determinou que a PGR seja informada do conteúdo integral do processo, para a apuração de eventual crime de desobediência pelas autoridades envolvidas e deu 30 dias para que a União apresente um diagnóstico da situação das comunidades indígenas e elabore um cronograma de execução das ações não cumpridas.

Lula propõe grupo para mediar paz entre Rússia e Ucrânia

Presidente Lula e chanceler alemão Olaf Scholz falam à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (30) a criação de um grupo de países que se envolva em uma mediação para pôr fim à guerra na Ucrânia. A declaração foi dada após encontro bilateral com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, no Palácio do Planalto.

“O que é preciso é constituir um grupo com força suficiente para ser respeitado numa mesa de negociação. E sentar com os dois lados”, disse o presidente.

Lula citou a participação de países como a Índia, a Indonésia e, principalmente, a China nesse processo. “Nossos amigos chineses têm um papel muito importante. Está na hora da China colocar a mão na massa”, continuou. Lula também comparou com o esforço empregado para debelar a crise econômica em 2008, quando foi criado o G20.

“Temos que criar outro organismo, da mesma forma que criamos o G20, quando aconteceu a crise econômica em 2008, queremos propor um G20 para por fim ao conflito Rússia e Ucrânia”. Lula garantiu que vai levar a ideia ao presidente americano, Joe Biden, em visita aos Estados Unidos em fevereiro, e ao presidente chinês, Xi Jinping, em março, quando for visitar a China.

Armamentos

O presidente brasileiro confirmou ter vetado o envio de munições de tanques de guerra à Ucrânia por não concordar com o conflito do país com a Rússia. O pedido foi feito na semana passada pelo próprio governo alemão, que, por sua vez, tem ajudado diretamente a Ucrânnia com envio de armamentos.

“O Brasil não tem interesse em passar as munições, para que elas não sejam utilizadas para a guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil é um país de paz, o último contencioso nosso foi na guerra do Paraguai. O Brasil não quer ter participação, mesmo que indireta”.

Do lado alemão, Olaf Scholz falou que a guerra é uma violação do direito internacional e voltou a condenar a Rússia. “Essa guerra não é uma questão europeia, mas uma questão que diz respeito a todos nós. É uma violação flagrante do direitos internacionais e da ordem internacional que acordamos em conjunto. Ninguém pode mexer em fronteiras de forma violenta, isso são tradições que pertencem ao passado”.

Governança global

Durante o encontro bilateral, Lula falou sobre a proposta de criar um grupo de países formado por Brasil, Alemanha, Japão e Índia para reivindicar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Ele criticou a atual arquitetura de governança geopolítica.

“O que a gente quer é dizer em alto e bom som que as Nações Unidas, hoje, não é mais a geopolítica de 1945, quando ela foi criada. Queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força, tenha mais representatividade, que possa falar mais uma linguagem que o mundo tá precisando Quando a ONU estiver forte, vamos evitar possíveis guerras que acontecem”.

Mesatenistas caruaruenses são convocados para seletiva da Seleção Brasileira

Os mesatenistas Yasmim Ramalho e João Moreira foram convocados em nota oficial emitida pelo Comitê Brasileiro de Tênis de Mesa – CBTM em 27 de janeiro para disputarem a seletiva da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa.

Os jogos acontecerão no Centro Paralímpico Brasileiro, localizado na capital paulistana de 26 a 28 de março. Yasmim foi convocada para participar das disputas por um vaga na categoria SUB-13 e João Moreira na categoria SUB-15.

Yasmim vem conseguindo resultados expressivos e recorrentes em suas participações nas competições nacionais, regionais e locais, fato que tem dado bastante confiança a mesatenista.

“Nosso esforço participando de eventos por todo o Brasil e mantando uma rotina disciplinada de treinos tem nos trazido ótimos resultados, e isso me motivo mais ainda pra vencer desafios maiores e chegar à Seleção Brasileira de Tênis de Mesa!”, disse a atleta.

Já João Moreira, figurinha carimbada nos podiums nacionais e conhecido em todo o esporte, se mostra confiante e focado para conseguir resultados cada vez mais expressivos.

“A nossa evolução a cada torneio que estamos participando têm demostrado a força do tênis de mesa caruaruense. Estamos escrevendo uma história vitoriosa de incentivo ao tênis de mesa pernambucano. Na temporada passada, 2022, tive excelente resultados, que foram conquistados com muito treino, suor e dedicação. Esse é o caminho que continuarei seguido!”, disse o mesatenista.

Renam Lima, técnico da Seleção Pernambucana e da DRIVEPONG avalia o excelente momento que o tênis de mesa do interior do Estado vem passando.

“Temos excelentes jogadores em nosso Estado, a prova disso são os resultados que estamos obtendo em cada campeonato. O 2º lugar na categoria Mirim no Campeonato Brasileira de Tênis de Mesa, desclassificando a tradicional equipe de São Paulo, mostrou a qualidade técnica dos nossos atletas. Nós temos jogadores de alto nível e capazes de disputar qualquer competição de nível nacional!”, ressaltou Renam Lima.

Yasmim, João e Renam já se preparam para os dias que passarão em São Paulo disputando aa vaga para integrarem a Seleção Brasileira de Tênis de Mesa e já emendam com o torneio TMB Platinum – Ciclo I que também irá acontecer na capital paulistana entre 29 de março e 02 de abril.

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A DRIVEPONG é uma associação sem fins lucrativos, filiada à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e a Federação Pernambucana de Tênis de Mesa (FPETM).
O espaço fica localizado no Polo Caruaru e conta com 200 metros quadrados de infraestrutura climatizada, cinco mesas, robô TT-Robot (CBTM), piso especial para tênis de mesa (única academia no Estado com essa tecnologia), estacionamento, segurança e praça de alimentação.

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Ferreira Costa dá dicas em como garantir a diversão, conforto e segurança

A data mais festiva do ano está chegando! Carnaval é sinônimo de festa, animação e folia. Deixamos a criatividade rolar solta, nos fantasiamos, encontramos amigos e aproveitamos o clima de verão. Mas, também há quem curta aproveitar o feriadão para descansar, seja descansando em uma praia, campo ou até mesmo em casa.

Sem deixar que o espírito carnavalesco atrapalhe as finanças. Quando o orçamento está apertado, é preciso entender que é possível curtir o feriado e, ao mesmo tempo, dar um respiro para o bolso, ponderando os gastos e economizando.

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Chanceler alemão chega hoje ao Brasil

 Olaf Scholz

O chanceler alemão Olaf Scholz chega hoje (30) ao Brasil e terá encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com delegações de empresários. 

Segundo a Embaixada da Alemanha, a viagem de Scholz incluiu, também, Argentina e Chile, visando enfatizar a importância da América do Sul para o governo alemão.

Na agenda de Lula para hoje, divulgada pelo Palácio do Planalto, está prevista para as 15h30 a cerimônia de chegada do chanceler, seguida de reunião bilateral às 15h45. Às 18h, Lula e Scholz se reúnem com as delegações empresariais do Brasil e da Alemanha. Em seguida, será feita uma declaração à imprensa, às 18h30.

Às 19h30 haverá um jantar em homenagem a Scholz no Palácio Itamaraty.

A ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, deve acompanhar as reuniões. No fim de semana, ela se encontrou com representantes de sindicatos, sociedade civil e empresas em São Paulo, para tratar de temas relacionados à energia sustentável.

Uma epidemia silenciosa

Por Maurício Rands

Em meio à cacofonia e ao alarido tóxico do nosso quotidiano, surge uma epidemia silenciosa. Estamos condenados à barulheira que ouvimos em casa, na rua, na praça, na academia, no bar, na boate, na festa de casamento ou na proximidade do carro de som de um trio elétrico. Esporadicamente sofremos com as rajadas de fogos comemorativos de uma data ou uma conquista. Que levam ao desespero os nossos cães de estimação, ainda mais sensíveis aos estrondos. A essa hiperexposição aos ruídos, acrescentamos alguns maus hábitos. Como o uso constante dos fones de ouvidos em volume elevado (o nível correto é aquele em que continuamos a ouvir as vozes e outros sons do entorno), o uso inadequado de cotonetes ou outros instrumentos que introduzimos nos ouvidos, e o acúmulo de cera. Quando a esses fatores acrescentamos outras causas como as doenças congênitas, as perdas pelo envelhecimento, os acidentes ou eventos traumáticos intensos, a falta de diagnóstico, a hipertensão e as diabetes descontroladas, temos um painel das causas da epidemia silenciosa. Uma epidemia da qual pouco se fala. E que pouco se previne. Na esfera pública, como na individual. A zoada intensa e permanente pode nos condenar ao silêncio da perda auditiva.

Há estudos sugerindo que uma em cada cinco pessoas no mundo padece de alguma redução da capacidade auditiva. A estimativa do Global Burden of Disease é de que mais de 1,5 bilhão de seres humanos convivem com a perda de audição. A Organização Mundial da Saúde projeta que cerca de um bilhão de pessoas têm alto risco de perder a audição nas próximas décadas. Por isso, acaba de classificar a perda auditiva como uma de suas cinco prioridades para o século 21. E disponibiliza gratuitamente um aplicativo (hearWHO) que nos permite avaliar nossa capacidade auditiva. Isso pode nos convencer a buscar atendimento profissional para prevenir uma deterioração ainda maior.

Outro dia, numa consulta de alto nível com que me brindaram, as dras Luiza Gondra e Laíse Galindo me chamavam a atenção para o que está ocorrendo em larga escala. Não apenas as pessoas de mais idade estão experimentando perdas auditivas acentuadas. Até mesmo crianças de 10 ou 12 anos têm sido atendidas por problemas auditivos. Em muitos casos, resultantes da intensa exposição aos vídeos games e seus barulhos intensos de tiros de guerras e outros enredos.

Somos uma nação que confunde balbúrdia e gritaria com alegria e felicidade. Logo, refratária à leitura, à reflexão e à vida interior. Que prefere a estridência digital das redes sociais. E o som alto das músicas no bar, na rua ou na praia. Ou em casa, como se ninguém tivesse vizinhos que possam não gostar da música barulhenta que lhe impõe o morador do lado. O problema fica ainda mais grave nos bairros populares. Neles, as leis municipais de afastamentos e taxas de ocupação para as edificações quase sempre são ignoradas. Dá para imaginar o sofrimento de alguém que precise dormir, esteja enfermo ou precise ler ou estudar. À escola já precária, junta-se mais este impedimento à nossa juventude que queira estudar e more num bairro popular. Uma imposição da nossa imoral desigualdade social que é agravada pelos maus hábitos, falta de urbanidade e por uma cultura que confunde algazarra com espontaneidade e descontração.

Quando estamos em grupo num restaurante quase nunca nos preocupamos com as mesas ao lado. Dia desses, em viagem ao exterior, Patrícia e eu encontramos uns amigos e fomos todos diretamente para um restaurante. Mesa grande, barulho maior. Fomos advertidos pelo garçom a pedido de duas mesas ao lado. Vergonha que poderíamos ter evitado se não confundíssemos a alegria do encontro com a estridência de todos falando ao mesmo tempo como se o restaurante inteiro quisesse nos escutar. Não seria de todo mal se trouxéssemos para o nosso quotidiano um pouquinho da sabedoria milenar dos orientais: a verdade não grita.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, PhD pela Universidade Oxfords