Fernando Monteiro propõe crédito consignado para entregadores e motoristas de aplicativo

O deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE) vai propor a ampliação do crédito consignado para entregadores e motoristas de aplicativo. Monteiro foi escolhido presidente da Comissão Especial encarregada de analisar a medida provisória do crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada.

Para o deputado, a inclusão de entregadores e motoristas de aplicativo na lista de beneficiários do crédito com desconto é uma importante medida para uma categoria que se dedica incansavelmente para atender às nossas necessidades diárias e não recebe a devida valorização do Estado.

“Este crédito consignado pode ser uma oportunidade valiosa para muita gente sair de um eventual aperto financeiro e melhorar os próprios negócios”, afirma o deputado.

Fernando Monteiro entende ainda que a expansão do crédito consignado aumentará o dinheiro em circulação, o que poderia ser muito bom para o comércio e para a economia do país. “Quanto mais o dinheiro circula, melhor para todos”, afirma.

O crédito consignado permite que os trabalhadores obtenham empréstimos com desconto diretamente na folha de pagamento. Esta proposta será analisada pela Comissão Especial e, em seguida, encaminhada para votação.

Cachoeira Seca, Xicuru e Malhada de Pedra recebem São João na Roça neste fim de semana

O terceiro fim de semana do São João na Roça está prestes a começar. A partir desta sexta-feira (9), as localidades de Cachoeira Seca, Xicuru e Malhada de Pedra receberão a programação com mais de 100 artistas, entre shows musicais, apresentações de dança e desfiles de batalhões de bacamarteiros.

Além destas atividades culturais, o evento contará com parque de diversão para receber o público infantil e área de alimentação com quiosques de comerciantes das localidades.

Na sexta (9) e no sábado (10), as atividades terão início a partir das 18h, com apresentações itinerantes. No domingo (11), terá continuidade o modelo de matinê, com programação das 16h às 20h.

*Confira a programação completa:*

– *Sexta-feira (9) – Cachoeira Seca*

18h – Batalhão Bacamarteiro 56

18h – Quadrilha Brincantes do Sertão

18h – Trio Os Vitalinos

20h – Pau no Xote

22h – Banda Alternativa

– *Sábado (10) – Xicuru*

18h – Batalhão Bacamarteiro 333

18h – Banda de Pífano Vitoriano Jovem

18h – Trio Vai Hoje

20h – Raphael Moura

22h – Elifas Júnior

– *Domingo (11) – Malhada de Pedra*

16h – Banda de Pífano Alvorada

16h – Cia Olhares

16h – Trio Santa Rosa

17h – Gitana Pimentel

18h45 – Benil

Novo Papa é escolhido: fumaça branca sai da chaminé da Capela Sistina

O novo papa da Igreja Católica foi eleito, há pouco. Fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina para indicar que os cardeais chegaram a um consenso no conclave para escolher o sucessor de Francisco.

Isso acontece no segundo dia da votação secreta dos cardeais. Ainda não se sabe qual cardeal foi eleito e nem qual nome de papa ele usará. O cardeal protodiácono, Dominique Mamberti, irá à varanda central da Basílica de São Pedro em breve para anunciar aos fiéis as palavras “habemus papam”.

Depois de alguns minutos do anúncio, o novo pontífice deve aparecer para a multidão na Praça de São Pedro e fazer uma primeira oração. Em cerca de quatro a cinco dias deve ser feita a primeira missa do novo papa.

Prefeitura de Caruaru realiza visita técnica à UPA do Vassoural com presença de vereadores

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), promoveu, nesta quinta-feira (8), uma visita técnica à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vassoural. A ação contou com a participação de vereadores do município, além de representantes das secretarias envolvidas na obra.

Estiveram presentes na visita o secretário de Governo, Gilvan Calado; o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Andrews Melo; a secretária de Saúde, Nadja Farias; a secretária executiva da Atenção Especializada, Karla Gomes; o secretário executivo de Planejamento, Administração e Finanças, Matheus Neves; o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Lula Torres; o presidente da Comissão de Obras e Urbanismo, vereador Cabo Cardoso, entre outros parlamentares.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Andrews Melo, a empresa anteriormente contratada para a execução da obra teve o contrato rescindido por não cumprir o cronograma estabelecido. “No último mês realizamos o distrato com a empresa responsável pela obra, que não vinha avançando conforme previsto. Estamos agora finalizando a readequação do projeto e o orçamento, e a previsão é de publicação de um novo edital de licitação até o final de maio”, explicou.

A secretária de Saúde, Nadja Farias, destacou que o projeto está sendo aprimorado para oferecer um serviço mais amplo à população. “Estamos readequando a obra com a inclusão de novos serviços que vão qualificar ainda mais o atendimento. A nova estrutura permitirá ações de prevenção, promoção e reabilitação de saúde de forma mais integrada entre a atenção básica e a atenção especializada, representando um avanço significativo para a população do Vassoural”, afirmou.

Para o vereador Lula Torres, a presença dos parlamentares na visita reforça o compromisso da Câmara com a fiscalização e o apoio às ações em benefício da população. “Essa ação conjunta da Prefeitura com os secretários, executivos e vereadores demonstra a transparência da gestão do prefeito Rodrigo Pinheiro. Ficamos tranquilos em ver os encaminhamentos sendo feitos de forma responsável e com diálogo”, concluiu.

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 38 milhões

Bilhetes de aposta da mega-sena

As seis dezenas do concurso 2.860 da Mega-Sena serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e no Facebook das Loterias Caixa.

O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 38 milhões. Por se tratar de um concurso com final zero, ele recebe um adicional das arrecadações dos cinco concursos anteriores, conforme regra da modalidade.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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Análise da regra que aumenta pena de quem ofender servidor público prosseguirá na quinta (8)

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (7) o julgamento sobre a validade de uma regra do Código Penal que prevê aumento de um terço na pena dos crimes contra a honra de funcionário público e dos presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do STF em razão de suas funções. Até o momento, quatro ministros entendem que a cláusula de aumento é válida e se aplica a todos crimes contra a honra, e dois ministros consideram que a regra deve valer apenas para o caso de calúnia. A análise, que está sendo feita na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 338, será retomada na sessão desta quinta-feira (8).

O Código Penal prevê três tipos de crime contra a honra: calúnia (imputar a alguém o cometimento de crime), difamação (atribuir fato não criminoso, mas ofensivo à reputação) e injúria (opiniões ou juízos de valor negativos que ofendam a dignidade ou o decoro de alguém.

A discussão sobre a validade da regra começou em 27 de fevereiro, com a apresentação dos argumentos das partes. Em seguida, o julgamento foi suspenso para que o Plenário tivesse mais tempo para refletir sobre o tema. Essa metodologia tem sido aplicada no julgamento de questões complexas.

Aplicação apenas a casos de calúnia
Para o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, o agravamento da pena se justifica apenas no caso de calúnia, que considera o único dos crimes contra a honra que, por envolver imputação de crime, representa risco efetivo ao exercício das funções de servidores e agentes públicos. Ele observou, ainda, que a calúnia admite a exceção da verdade, ou seja, se o ofensor conseguir provar que sua alegação é verdadeira, não haverá o crime.

Barroso lembrou que calúnia é uma das hipóteses em que o STF afasta a imunidade e permite a continuidade de processo parlamentar. A seu ver, o aumento deve ser proporcional e não se aplica à crítica política. Esse ponto de vista foi acompanhado pelo ministro André Mendonça.

Ofensa dupla

Primeiro a divergir, o ministro Flávio Dino considera válido o aumento da pena em todos os crimes contra honra de servidores públicos em razão de suas funções. Para ele, o fato de haver ofensa à honra do cidadão e, ao mesmo tempo, à honra e à dignidade do serviço público justifica o agravamento da sanção.

Dino salientou que, na condição de servidores públicos, as pessoas passam a ter maior exposição a críticas, mas essas não podem ser criminosas. Ele foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

Moraes marca datas dos depoimentos de testemunhas na ação em que Bolsonaro é réu

A ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados avançou mais uma etapa nesta quarta-feira (7). O ministro Alexandre de Moraes agendou os depoimentos das testemunhas de acusação, listadas pela Procuradoria-Geral da República, e também as indicadas pelas defesas de Mauro Cid, do ex-presidente da República e dos demais réus.

De acordo com despacho do ministro, as testemunhas elencadas pelas PGR serão ouvidas no dia 19 de maio. São elas:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, dono de uma empresa que teria auxiliado na produção de um material com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas que supostamente foram utilizadas por Anderson Torres para mapear a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores nas eleições de 2022;
  • Ibaneis Rocha Barros Júnior, governador do Distrito Federal;
  • Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
  • Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.

No dia 22 de maio, serão ouvidas as testemunhas listadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Entre os convocados, está o ex-comandante do Exército general Júlio Cesar de Arruda, que estava à frente da instituição no dia 8 de janeiro; e o ex-assessor de Bolsonaro Luís Marcos dos Reis.

Nos dias 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas testemunhas indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre as quais:

  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
  • Amauri Feres Saad, advogado;
  • Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
  • Ricardo Peixoto Camarinha, médico cardiologista que acompanha Bolsonaro;
  • Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia do TSE;
  • Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado e ex-ministro da Saúde
  • Rogério Marinho (PL-RN), senador.

Blog do Magno Martins

CGU recomendou suspensão de descontos em folha de aposentados

Brasília (DF), 03/11/2023, Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social. Edfício sede do INSS. Fachada do INSS. Setor de autarquia sul  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Após auditoria realizada entre abril e julho de 2024, a Controladoria-Geral da União (CGU) recomendou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deixasse de intermediar a cobrança de mensalidades associativas em favor de entidades civis. O relatório da auditoria, concluído em dezembro de 2024, foi tornado público nesta terça-feira (6). No final de abril, a Polícia Federal e a CGU deflagraram uma operação para desvendar um esquema de desvios ilegais de benefícios previdenciários pagos a milhões de aposentados e pensionistas do país.

No documento, a CGU aponta a fragilidade dos mecanismos de controle adotados pelo instituto “no âmbito do processamento dos descontos associativos” e faz 12 recomendações ao INSS.

Entre a sugestões estava a elaboração de uma proposta de descontinuação de descontos de mensalidades associativas a ser submetida ao Ministério da Previdência Social. O objetivo era avaliar a legalidade dos descontos e do repasse a associações, sindicatos e entidades.

Além da suspensão dos acordos de cooperação técnica (ACTs) do INSS com 29 entidades – de opção de débito automático a seus filiados e cancelamento dos descontos em folha -, a CGU recomendou a formulação de medidas para casos de cobranças ilegais.

No último dia 23 de abril, quando a PF e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto, os convênios foram suspensos.

Inspeções

Durante a auditoria, servidores regionais da CGU inspecionaram 29 entidades que, juntas, reuniam quase 5,98 milhões de aposentados e pensionistas com mensalidades descontadas em seus contracheques. As entidades faturavam o equivalente a R$ 229,46 milhões mensais.

“Em setembro de 2024, existiam 37 entidades com descontos de mensalidades associativas, que recebiam R$ 255,2 milhões/mês. Em janeiro de 2025, já eram 49 entidades que recebiam as mensalidades, chegando a um montante de R$ 257,1 milhões em descontos”, diz o relatório.

No documento, a controladoria indicou a necessidade de o INSS aprimorar os procedimentos de formalização, acompanhamento, suspensão e cancelamento dos ACTs, assegurando que as 29 entidades sociais visitadas não tinham apresentado “evidências que atestassem a capacidade operacional de atender ao elevado crescimento do número de beneficiários [filiados] com descontos associativos”.

Durante a auditoria, servidores regionais da CGU entrevistaram dirigentes das entidades e coletaram informações sobre a estrutura das entidades e os serviços oferecidos. Também solicitaram apresentação de documentos para demonstrar capacidade de oferecer serviços e benefícios prometidos e comprovassem a legitimidade das autorizações de descontos.

De uma pequena amostra de 952 pessoas, as entidades só apresentaram a documentação completa de 275 (28,9%). A documentação de 304 beneficiários (31,9%) apresentavam algum tipo de inconformidade – incluindo 167 casos de falta de identificação do beneficiário e 74 que não tinham o termo de filiação. No caso de 373 pessoas (39,2%), as organizações não apresentaram documento que demonstrasse autorização de descontos.

“Quatro entidades se negaram a disponibilizar documentos à CGU sob alegação de que o ACT pactuado estabelece que a relação objeto dos acordos se dá apenas entre a entidade e o INSS, e que não caberia à CGU requisitar documentos ou dados a entidade privada e/ou fiscalizar relações privadas e aplicação de recursos oriundos das contribuições associativas.”

Consultados, o INSS e o Ministério da Previdência Social não se manifestaram sobre o relatório da CGU até a publicação desta reportagem.

Entenda o caso

A mensalidade associativa é uma contribuição que aposentados e pensionistas pagam para fazer parte de uma associação, sindicato ou entidade de classe que represente os interesses de seus associados.

A cobrança em folha é permitida desde 1991, quando entrou em vigor a Lei dos Benefícios da Previdência Social. É feita com base nos acordos de cooperação técnica (ACTs) que o INSS assina com as entidades para as quais, posteriormente, repassa o valor deduzido das aposentadorias e pensões.

Indícios de ilegalidades levaram a PF e a CGU a deflagrar, no último dia 23, uma megaoperação para aprofundar as investigações sobre um esquema nacional de descontos em folha não autorizados – que conforme demonstram os dois relatórios que a CGU divulgou nos últimos, já vinham sendo apurados no âmbito administrativo.

A chamada Operação Sem Desconto resultou na exoneração do então presidente do INSS Alessandro Stefanutto e no afastamento de outros quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal lotado em São Paulo. Para o lugar de Stefanutto, o governo federal escolheu o procurador federal Gilberto Waller Júnior

Na sequência, o INSS suspendeu os acordos de cooperação técnica com todas as associações, sindicatos e entidades e, consequentemente, os descontos automáticos de milhões de beneficiários. Poucos dias após a demissão de Stefanutto, Carlos Lupi deixou o comando do Ministério da Previdência Social, ao qual o INSS está subordinado.

No rastro da operação, a Advocacia-Geral da União (AGU) criou um grupo especial para propor medidas judiciais e administrativas com o objetivo de recuperar o prejuízo, ressarcir os beneficiários do INSS e propor novas medidas contra fraudes. Por decisão judicial, mais de R$ 1 bilhão em bens patrimoniais dos investigados estão bloqueados para, eventualmente, reparar parte dos danos.

O INSS está elaborando a proposta de um “plano de ressarcimento excepcional” para aposentados e pensionistas vítimas dos descontos não autorizados. Membros do governo têm assegurado que todos serão devidamente ressarcidos se comprovadas as ilegalidades.

Valor das deduções

Dados do INSS e da CGU apontam para o “súbito” aumento no montante dos descontos de mensalidades associativas na folha de pagamento a partir de 2016, quando os descontos somaram R$ 413 milhões.

Em 2017, o montante subiu para R$ 460 milhões. Já em 2018, foram descontados R$ 617 milhões. Em 2019, R$ 604 milhões. Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, o valor caiu para R$ 510 milhões. Em 2021, o total voltou a subir, atingindo R$ 536 milhões. Em 2022, foram R$ 706 milhões. Em 2023, R$ 1,2 bilhão. E, no ano passado, R$ 2,8 bilhões.

As reclamações aumentaram praticamente no mesmo ritmo dos descontos. Só entre janeiro de 2023 a maio de 2024, o instituto recebeu mais de 1,163 milhão de pedidos de cancelamento de cobranças. A maioria com a justificativa de que não tinham sido autorizados pelos beneficiários ou seus representantes legais.

Dino e Mendonça têm discussão acalorada durante sessão do STF

Brasília (DF), 07/05/2025 - Sessão plenária do STF.
Foto: Gustavo Moreno/STF

Os ministros Flávio Dino e André Mendonça tiveram uma discussão acalorada durante a sessão desta quarta-feira (7) do Supremo Tribunal Federal (STF).

O episódio ocorreu durante o julgamento que discute a constitucionalidade do artigo do Código Penal que prevê aumento de pena para crimes contra a honra praticados contra servidores públicos.

No entendimento de Mendonça, xingamentos contra servidores não justificam o agravamento da pena. O ministro citou como exemplos casos em que políticos são chamados de “ladrão”.

“O que se espera do servidor público é estar sujeito a críticas. Mais ácidas, injustas, desproporcionais”, afirmou.

Após a afirmação, Flávio Dino rebateu a fala de Mendonça.

 Confira o diálogo:

Mendonça: “Ladrão é uma opinião sobre a pessoa. Não é um fato específico.”

Dino: Ministro André, para mim é uma ofensa grave. Não admito que alguém me chame de ladrão. Quero só informar Vossa Excelência que, por favor, consignemos todos que eu não admito. Na minha ótica, é uma ofensa gravíssima.”

Mendonça: “Se uma pessoa não puder chamar um político de ladrão?”

Dino: “Ministro do Supremo pode?”

Mendonça: “Eu não sou distinto dos demais.”

Dino: “Se um advogado subisse na tribuna e dissesse que Vossa Excelência é ladrão, eu ficaria curioso para ver a reação de Vossa Excelência.”

Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes disse que ofensas contra servidores devem ser tratadas como crime, e não como liberdade de expressão ou cerceamento de críticas contra políticos e juízes, por exemplo.

“Eu acho extremamente grave alguém me chamar de ladrão. Não é porque a pessoa optou pelo serviço público que ela perde a honra, perde a dignidade. A pessoa tem que saber o limite da crítica”, completou Moraes.

Após a discussão, julgamento do caso foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira (8).